1. Spirit Fanfics >
  2. Uchiha's Household >
  3. Stalker

História Uchiha's Household - Stalker


Escrita por: ElabethWerth

Notas do Autor


Oe :)

Capítulo 7 - Stalker


 Entre abriu apenas uma pequena fresta da porta vendo o homem sério que ainda digitava e mexia no computador. Ela apenas tinha que entrar e limpar só isso, certo? Respirou fundo indo ate o espelho e tentando vez como estava a situação se dava para notar que usava aquele maldito absorvente interno ou não, se garantiu em deixar a cordinha o mais escondido possível dentro da peça.

Ela estava ate mesmo suando frio. Mas precisava fazer o que tinha que ser feito. Abriu a porta o mais silenciosamente possível vigiando se o homem olhara-a ou não, entretanto nem mesmo havia parado de digitar. Se apressou, queria termina aquilo o mais rápido possível.

—Não precisa ter pressa Srta. Haruno. –Começou Fugaku ao notar o desespero dela.

—Me desculpe e-eu… não estou usando branco. –Adiantou-se, foi então que finalmente o homem pareceu levar seu olhar sobre a jovem, notou que ele se demorou na parte de cima.

—Você tem o conjunto completo desse rosa? –Questionou. Ele parecia tão calmo, conversava com ela como se tivesse falando sobre o tempo. Acenou trêmula um sim. –Gostei do tom de rosa dele, passe a usá-lo quando vier trabalhar, por favor. –Sem mais ele retornou seu olhar ao monitor continuando a trabalhar sem olhá-la novamente.

Sentia-se mal diante aquela situação. Nunca desejaria passar por ela outra vez, se fosse possível. Por sorte, talvez (?), o homem não a olhou (não que ela tenha notado ou visto) novamente. O que a deixou minimamente aliviada.

Quando terminou correu, praticamente para se trocar e sair daquela sala, Sr. Uchiha nada disse, pareceu nem ter notado quando ela saiu.

Assim que virou o corredor deu de cara com Shizune que empurrava o carrinho bandeja, indo em direção a onde ela havia acabado de sair.

—Viu não é um bicho de sete cabeças. –Riu a mulher. –Você se acostuma com o tempo. –Deu-lhe dois tapinhas nas costas logo prosseguindo seu caminho.

O ponto não era ela se acostumar, e sim que ela realmente não queria se acostumar com aquele tipo de situação. Sentia-se de alguma forma suja por ter que passar por aquele tipo de coisa.

Quando Itachi adentrou no grande hall da mansão, apesar da inegável elegância com que se portava, desanimo e cansaço eram as palavras que o definiam. Ele não era um homem que reclamava de qualquer dorzinha, entretanto naquele dia deixou-se levar pelo impulso e rumou milagrosamente cedo para sua residência. Estava naquela pressão fazia semanas, mal dormia correndo com os prazos dos processos que necessitavam de sua atenção e ainda existiam as audiências de arbitragem. Agradecia por não ter uma audiência naquela tarde e poder se livrar por algumas horas de todas aquelas leis e estratagemas. Afinal, ninguém o culparia por se preocupar com a sua sanidade, principalmente com aquela dor incessante que pulsava em um ritmo próprio. Ele só queria poder dormir um pouco, sem qualquer incomodo.
Com passos rápidos dobrou o corredor realizando o tão conhecido caminho até seu quarto. Todavia, não chegou o destino, uma vez que a vislumbrou, retrocedendo, com pressa, de modo a ficar escondido pela coluna.
“Haruno Sakura!”
Não conteve um sussurro surpreso, enquanto os olhos examinaram o corpo feminino com cuidado, não conseguia desviar o olhar. Nunca os movimentos graciosos e respetivos que lustravam a maçanetas redondas e douradas pareceram tão instigantes. Sua intensa dor de cabeça pareceu sumir, ao passo que seu interior queimava em uma curiosa sensação. Admirou-a em silêncio, vendo-a trabalhar com esmero.
Desde a primeira vez que a viu, na universidade que ela havia cursado, teve um peculiar interesse na garota de cabelos loiros rosados. Havia perguntado para seus colegas acerca da identidade da desconhecida, que foi logo fornecida em conjunto com uma pasta com todos os dados possíveis da garota. Então a desconhecida havia ganhado o nome de Sakura Haruno, uma garota do interior que sonhava em ser enfermeira. Dai veio a ânsia de conhecê-la melhor, se aproximar, mas a coragem lhe faltava. Não era exatamente a melhor pessoa para se aproximar das mulheres, uma vez que só havia se aproximado de uma mulher em todos os seus vinte e seis anos.
Seu plano de descansar o dia inteiro caiu por terra. Passou o resto do dia a observando sutilmente, tomando o cuidado para que nem ela e nem ninguém o pegasse naquele momento suspeito.
Ele havia se reprendido mil e uma vezes pelo comportamento errado que estava tendo. Como advogado, sabia exatamente todas as implicações legais que suas ações poderiam ocasionar. Como homem, sabia o quão ética e moralmente aquilo era errado. Tinha certeza que se um de seus amigos ficasse seguindo uma garota, ele o impediria de continuar com aquele comportamento doentio. Se uma garota viesse pedir ajuda para processar um idiota que a estava lhe seguindo como ele estava, provavelmente a ajudaria sem pestanejar e não se cansaria até se certificar que aquilo não aconteceria novamente. Mas mesmo com tudo isso, não resistia ao instinto de fazê-lo, enquanto sua mente vagava por ideias banais de como se aproximar, puxar assunto e se aproximar definitivamente. Todas, porém, sempre terminavam com um obvio fracasso.
Ficou naquela crise existencial até notar que já estava na hora de ela partir. Dirigiu-se até a janela, observando-a adentrar um casebre aos fundos, logo saindo com roupas normais. Passou as mãos no rosto, impaciente com suas atitudes. Suspirou fracassado, algum dia ele seria capaz de conseguir conversar com ela?
Finalmente foi para o seu quarto, deitando-se na larga cama de casal. Seus olhos vagaram para os peixes multicoloridos do aquário que preenchia seu teto e a cabeceira de sua cama. Sua mente estava longe, voltando continuamente para a figura da mulher de mais cedo.
Sentia a necessidade de conhecê-la, realmente e não por meio de um detetive qualquer. Queria conversar com ela, ouvir sua risada gentil, ver se tinha covinhas ou não, observar o brilho dos seus olhos quando fala de uma coisa que gosta. Porém, como ele poderia chegar nela? O que falaria com ela depois? Seria muito precipitado questionar sobre o seu dia? Não seria forçado demais?
Casando, colocou as mãos no rosto, suspirando frustrado. Sua mão esquerda viajou ao nó da gravata, o desmanchando, para logo a puxar pra fora, jogando em um canto qualquer da cama. Sua dor estava voltando, mesmo com a vista tranquilizante do aquário.
“Merda.”
Resmungou sentando-se e estralando seu pescoço. Levantou-se preguiçosamente, dirigindo-se até uma larga escrivaninha que ocupava metade de duas paredes. Abriu uma das gavetas, pegando um pote azulado com comida para os peixes. Com passos lentos, dirigiu-se a um pequeno dispositivo na lateral da cabeceira, depositando uma boa quantidade de ração ali. Logo apertou um botão ao lado e os farelos se espalharam. As mãos foram para os bolsos da calça social, enquanto admirava os peixes se alimentando alegremente.
Se olhar vagou para os porta-retratos na escrivaninha, focando em um em especial. Sentiu seu coração se apertar ao vislumbrar Izumi, com um vestido justo e elegante lilás, com a mão em seu peito enquanto apoiava sua cabeça em seu ombro, despreocupadamente. Ela ria, quando aquela foto foi tirada, o que deixou seus olhos praticamente fechados. Itachi sempre amou vê-la com aquela expressão no rosto. E ainda amava, mesmo que doesse.
Sorriu, sentindo uma dor muito pior do que a que estava sentindo anteriormente. Aquela partia do seu coração e não tinha expectativa para acabar.


 


Notas Finais


E ai dlça's da tia, o que acharam?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...