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História Última Chance - A Seleção - Savanna


Escrita por: JustSerendipity

Notas do Autor


Voltei!!! Espero que não tenham desistido de mim... finamente terminei a mudança, estou pronta para escrever muito!!!
Obrigada pelos comentários, acabei não respondendo, mas agradeço muito!
Aproveitem!

Capítulo 18 - Savanna


Fanfic / Fanfiction Última Chance - A Seleção - Savanna

Sarah P.O.V

Passei o vôo inteiro tentando pensar no que faria. Muitos anos antes disso eu havia pensado no que faria se conseguisse sair de casa. Eu havia imaginado todo tipo de situação e tentado me preparar para elas, mas eu nunca tinha conseguido juntar coragem o suficiente para fazer algo de verdade. A cada minuto eu ficava mais nervosa, eu sabia que tinha feito a coisa certa, mas doía mesmo assim.

O casaco de Alex ainda estava úmido, comecei a brincar com os botões e a pensar por apenas cinco minutos. Isso me impedia de ficar mais e mais nervosa.

"Eu vou fechar os olhos por dois minutos, nós vamos nos aproximar mais da cidade a cada minuto que passa..." evitar pensar em coisas que estavam a mais de cinco minutos de distância de ser um acontecimento era estranhamente reconfortante. Era como se eu não estivesse prestes a enfrentar tudo que havia de errado em minha vida, como se meu maior problema fosse um aeroporto lotado.

Desci do avião e vesti o casaco de Alex. Não haviam câmeras ou repórteres, apenas um homem baixinho de cabelos grisalhos ao lado de uma limusine. Entrei no carro sem poder enxergar o homem direito, seu nome era Tiago e ele devia ter uns sessenta anos, não conversou muito comigo durante o trajeto até minha casa, mas foi muito gentil comigo quando chegamos.

Tiago me abraçou e ofereceu ajuda com as malas. Eu havia esquecido delas. Caminhei até o porta-malas e encontrei uma pequena surpresa de minhas criadas. Duas malas enormes e extremamente pesadas me esperavam. Tiago pegou uma delas, peguei a última e caminhamos juntos até a porta da frente. 

Esperei Tiago voltar para o carro, dar a partida e ir embora antes de tentar entrar em casa. A porta estava trancada. Respirei fundo e me esforcei para permanecer calma.

Bati na porta.

Ouvi passos no interior de casa. A porta foi aberta e logo senti o fedor de cigarros caros e colônia masculina. Então vi meu pai. Ele disse alguma coisa. Não conseguia entender o que ele havia dito, mas sua voz me fez sentir dor. Me escolhi quando ele se aproximou de mim e pisquei diversas vezes tentando espantar as lágrimas que não paravam de brotar em meus olhos.

Minha respiração estava acelerada, entrei na casa carregando as malas. Meu pai fechou a porta atrás de mim.

"Foi mandada embora? Ou recuperou a razão?" Ele perguntou.

"Eu não voltei" falei. Respirei fundo e tentei soar corajosa e forte "eu vim aqui pegar minhas coisas, falar com minha mãe e depois vou voltar para o castelo" falei.

Ele apenas riu. Se aproximou de mim e colocou a mão em meu rosto.

"De que merda você está falando?" Ele disse.

Dei dois passos para trás, me afastei dele.

"Contei à família real a verdade sobre você. Eu vou me casar com o príncipe" falei sustentando a mentira. Meu pai não costumava assistir ao jornal oficial, era muito improvável que ele soubesse algo sobre o andamento da Seleção. Mas eu não sabia o que ele havia feito nos últimos meses, talvez ele soubesse que ainda haviam várias garotas na competição.

Meu pai hesitou. Ele ficou pálido e realmente parecia não saber o que fazer.

"Samantha, tudo o que eu queria era que você voltasse para casa..." Ele disse.

"Eu vou voltar para casa. Assim que pegar minhas coisas, e vou levar minha mãe comigo desta vez" falei me sentindo levemente mais corajosa.

"Boa sorte com isso. Sua mãe foi embora faz um mês" ele disse sorrindo de forma estranha "encontrei ela escrevendo cartas pra você. Mas elas nunca foram enviadas. Estão no seu quarto, pode ir e ver você mesma" ele disse.

Em um segundo tudo mudou. Minha mãe havia ido embora? Um turbilhão de perguntas invadiu minha cabeça. Onde ela estava? E se ele estivesse mentindo? E se ela estivesse morta?

Subi as escadas correndo. Eu sabia que estava caindo na armadilha dele, mas não consegui evitar ir até meu quarto.

Minha cama estava quebrada, a penteadeira estava igual a sempre, apenas bastante empoeirada, mas o espelho estava quebrado bem no meio. Em cima da penteadeira estavam algumas folhas de papel.

Peguei as folhas e comecei uma leitura frenética e desesperada.

"Querida Sam.

Sinto muito por tudo o que você passou, por tudo o que passamos juntas. Eu tenho assistido ao jornal oficial sempre que possível e sei que voce está mais linda que nunca. Estou muito orgulhosa de você, querida.

Vou sair de casa, assim que colocar esta carta no correio estarei completamente livre. Por favor, tente ficar no castelo, você seria uma boa rainha.

Samantha; mesmo que seja difícil, peço que não conte a ninguém sobre seu pai, é melhor continuar sendo apenas Sarah, é mais seguro e não sabemos o que eles poderiam fazer se descobrissem seu verdadeiro nome.

Espero que está carta chegue logo, assim que arranjar um lugar para ficar eu mando outra carta com meu novo endereço, então você poderá vir para casa.

Beijos querida. Fique segura, continue linda, e seja corajosa."

A carta acabava ali. Mas ela não havia sido enviada. Dei um soco no espelho. Ele se partiu em alguns pedaços grandes, sentei no chão, chorando e morrendo de medo por mim e minha mãe; eu precisava sair de casa.

Peguei as cartas e guardei em meu bolso, fui até minha cama, peguei a fronha do travesseiro e enrolei em um dos cacos de vidro maiores.

Desci a escada correndo, meu pai estava sentado em uma poltrona de couro marrom.

"O que você fez com ela?" Gritei da escada. Ele se virou lentamente.

"Eu não fiz nada com ela, ela fez tudo sozinha" ele se levantou e se aproximou muito de mim. Minha mão segurando o caco de espelho em minhas costas "a pergunta é: o que você vai fazer".

Ele estava bem na minha frente, seus olhos negros brilhando, ele estava achando tudo aquilo engraçado, eu era como um ratinho que mordia alguém.

"Eu vou embora. Se eu não voltar, eles vão mandar os guardas até aqui" falei sustentando a mentira pelo máximo de tempo possível.

"Você sabe que não vai embora" ele falou. Em um segundo ele me segurou pelos cabelos, fiquei completamente parada, então acertei seu rosto com o caco de espelho. Vi sangue correr em minhas mãos, mas não consegui identificar se era meu ou dele. Meu pai virou o rosto e o corpo até ficar de costas para mim, quando ele virou novamente eu vi o estrago. Sua bochecha esquerda, seu queixo e pescoço sangravam, o corte em sua bochecha parecia o mais fundo de todos.

"Vadia!" Ele gritou enfurecido, tentou me socar, mas me desviei. Ele virou a mão e bateu em cheio em minha boca. Senti o gosto metálico de sangue em minha língua, me afastei dele o máximo que consegui, então peguei as malas e caminhei até até porta.

"Samantha, eu imploro que fique" ele disse quando percebeu que a luta estava perdida, eu estava finalmente indo embora. Saí pela porta e não ousei olhar para trás nenhuma vez.

Carreguei a mala por poucos metros até perceber que minha mão sangrava e doía muito. O caco de vidro havia machucado bastante minha mão, mas com certeza havia machucado meu pai muito mais. Eu não havia nada para enrolar minha mão, estava parada a poucos metros da porta de casa quando pensei melhor.

Voltei até a frente da casa, havia um carro preto esperando para ser usado. Eu nunca havia dirigido antes, nunca havia nem mesmo entrado naquele carro, mas não poderia ser tão difícil. Atirei as malas no banco de trás e peguei um pedaço de tecido para enrolar minha mão, sentei no banco do motorista tremendo.

Arranquei. O carro voou para frente muito rápido e morreu logo depois. Respirei fundo e tentei novamente. Fui com um pouco mais de calma desta vez, virando lentamente o volante, tentando sair em direção a rua. O carro morreu novamente. 

Tentei mais uma vez, deu certo. Fui guiando o carro lentamente por um longo tempo, fazendo curvas e virando em ruas desconhecidas. Eu não tinha nenhum lugar para ir, nenhum dinheiro, e nem família. Tudo o que eu possuía eram duas malas com roupas (e eu não sabia que roupas eram) e um casaco (que nem era meu de verdade, era de Alex).

Dirigi por uma hora inteira, eu não dirigia tão mal assim, mas estava longe de dirigir bem. Parei em uma lanchonete/estacionamento/posto-de-gasolina. Havia uma placa na porta dizendo que estavam contratando. Demorei bastante tempo para estacionar o carro, ele morreu algumas vezes até eu conseguir acertar. Antes de descer do carro eu olhei minha mão direita. Estava inchada ao redor do corte, com uma tira de pele morta soltando-se de minha mão. Limpei o sangue o melhor que consegui. Meu rosto foi outra historia.

Levei as malas até o porta-malas do carro e entrei no restaurante. O cheiro de fritura me atingiu e me fez perceber que fazia um dia inteiro que não comia nada.

Fui até o banheiro e me olhei no espelho, meu lábio sangrava, meus olhos estavam vermelhos e inchados e eu estava com uma aparência cansada. Lavei minha mão e retirei um pequeno fragmento de vidro que havia se instalado no interior do corte. A pia branca e rachada no fundo ficou cor de ferrugem, mas depois de um tempo consegui fazer minha mão parar de sangrar.

Lavei bem o tecido e o enrolei em minha mão novamente. Tentei arrumar meu cabelo e saí do banheiro. Haviam poucas pessoas no restaurante, e quase todas elas pareciam me ignorar. Caminhei até o balcão onde estava sentada uma mulher de meia idade usando sombra e um batom colorido.

"Oi... vocês estão contratando?" Perguntei. 

A mulher me olhou de cima a baixo, franziu os lábio cor de rosa e sorriu, confirmando com a cabeça.

"Sim, está precisando de um emprego?" Ela perguntou enquanto saía de trás e balcão e começou a me empurrar até uma cozinha. "Qual sua casta querida?" Ela perguntou.

"... casta cinco, mas estou disposta a servir as mesas" falei e ela assentiu com a cabeça.

Ela me mostrou a cozinha, era um pouco apertada e cheirava a fritura, mas ao mesmo tempo parecia uma cozinha caseira confortável.

"Sabe cozinhar?" Ela perguntou. Disse a ela que não e perguntei sei nome, que havia se perdido no meio da euforia sobre o emprego "Andréia! Andréia Captain, e o seu?"

"Savanna Beauhamp " falei. Esse era o nome da personagem principal em "48 dias sob o céu azul", mas felizmente ela não reconheceu.

"Já trabalhou em um restaurante alguma vez?" Ela perguntou me levando até a despensa.

"Não, mas acho que posso aprender" falei timidamente. Estava com medo de que ela não me aceitasse, seria compreensível já que eu não sabia fazer nada, mas eu precisava de alguma fonte de dinheiro urgente.

"Esse é Louis" ela disse apontando para um homem que pegava distraidamente alguns ingredientes na despensa. Ele parecia ter uns vinte e poucos anos, tinha cabelos castanhos bem escuros e parecia um pouco mais alto que eu. Ele sorriu quando me viu.

Minha mão estava doendo bastante, apertei um pouco mais a faixa enquanto seguia Andréia.

"Você sabe fazer algo excepcionalmente bem?" Andréia me perguntou.

Pensei um pouco a respeito. Na verdade não havia muito que eu soubesse fazer. Eu sabia cantar, mas nunca havia cantado em público antes; Andréia me olhava ansiando minha resposta.

"Eu sei cantar, era isso que fazia... cantava em eventos" falei. Andréia assentiu com a cabeça.

Ela me levou até o centro do restaurante e começou a me explicar como servir as mesas, onde ficavam os pratos, talheres, copos e xícaras, depois me mostrou como fazer o café na máquina e como limpa-la depois do café passado. Ela também me mostrou como anotar os pedidos e passa-los para o cozinheiro  (Elias, marido de Andréia) e para o confeiteiro (Louis, que não tinha nenhuma conexão com Andréia, apenas fora contratado para trabalhar no restaurante).

Por fim, fui guiada até um canto do restaurante onde ficava um microfone e um banco. Andréia sentou em uma das mesas e me pediu para cantar alguma coisa. Me senti boba por ter ficado nervosa, mas eu dependia muito de que tudo desse certo.

Cantei uma canção simples, sobre um marinheiro que viaja para longe e quando volta encontra um filho e a esposa casada com outro. Minha mãe costumava cantar esta canção para mim quando eu era bem pequena.

Andréia pareceu ficar bastante satisfeita com minha voz, assim como Louis, pois os dois me aplaudiram quando terminei

Me senti corar, mas estava feliz por eles terem gostado. Andréia me chamou para a cozinha e começou a falar.

"Você é excelente querida! Não se preocupe, ainda é cedo mas você pode ir para casa, venha amanhã!" Ela disse me entregando um avental, ela perguntou como se escrevia meu nome. Soletrei para ela, que anotou com uma caneta preta no canto do avental.

Andréia me abraçou e me disse a hora que deveria chegar, Louis abria o restaurante, e no dia seguinte ele me explicaria um pouco mais.

Levando meu avental, fui até o carro. Minha mão ainda doía, assim como minha boca. Caminhei até o carro mal estacionado, havia algumas coisas no banco de trás que eu não havia percebido antes.

Um casaco cheirando a cigarros, um talão de cheques, uma carteira com algums cartões de crédito e bastante dinheiro e uma garrafa de uísque. Examinei também o porta-luvas, havia uma caixa de primeiros socorros, um desodorante masculino, um canivete, um espelho pequeno e levemente rachado, uma caixa pequena com ferramentas, um pacote de biscoitos e uma lanterna.

Dirigi por um tempo até encontrar um pequeno hotel, parecia sujo e a diária era cara, então voltei para o carro e dirigi até o restaurante. Estacionei bem melhor desta vez, a noite estava chegando rápido. Sentada no banco do motorista eu observei algumas pessoas entrando e outras saindo do restaurante. Observei o sol se pondo. Ouvi a estrada ficar completamente silenciosa e vi quando Louis fechou o restaurante e foi embora.

Passei para o banco de trás do carro e deitei. Eram quase quatro da manhã quando finalmente consegui adormecer.

Acordei uma hora depois, com um pulo e um pesadelo. Estava cansada, mas tinha certeza que não conseguiria dormir mais,  sentei no teto do carro e comi os biscoitos, vi o sol subindo no céu. Esperei até as sete horas, então caminhei até a frente do restaurante, ainda comendo os biscoitos.

Louis chegou pouco depois, ele segurava a mão de um homem alto de cabelos ruivos. Na porta do restaurante os dois se beijaram e se despediram, depois o homem ruivo seguiu caminho enquanto Louis me cumprimentava e abria a porta para mim.

"Chegou aqui que horas?" Louis me perguntou sorrindo. Claramente o homem ruivo o deixava de bom humor.

"Faz alguns minutos. Não consegui dormir..." falei enquanto colocava o avental.

"Você veio até aqui por que não conseguia dormir?" Ele perguntou me levando até a despensa.

"Bom... sim" falei.

Louis me entregou algumas caixas e me mostrou como arrumar os alimentos.

"Onde você mora? Longe daqui?" Louis me perguntou "está com fome?".

"Sim, estou com fome, e não, agora eu estou morando bem perto daqui" falei.

Louis começou a fazer panquecas para nos, ele explicou que o restaurante só abria as oito horas, e que Andréia só chegava as dez, antes disso ele que cuidava de tudo. Mas que nunca havia muito movimento antes do meio dia.

"O que quer dizer com 'agora' mora perto daqui?" Louis era insistente.

"Eu tive uma briga com meus pais... estou morando no meu carro" falei comendo a panqueca rapidamente e indo arrumar as mesas.

Louis ficou horrorizado. Ele perguntou se eu estava bem e o que havia acontecido. Resolvi não responder o motivo da briga, mas disse a ele que estava bem.

Terminei de arrumar as mesas e abri o restaurante, pronta para aprender todo o necessário para me manter empregada pelo tempo que precisasse.

Eu gostei do meu trabalho. Era meio cansativo ficar em pé por tanto tempo, mas era bom saber que eu estava fazendo algo por mim mesma, sem precisar ter medo de meu pai. Louis, Andréia e Elias eram muito gentis comigo, eles me ajudavam quando eu não sabia fazer algo e era bom conversar com todos eles.

Louis cozinhava muito bem. No final do dia ele havia me preparado uma refeição. Agradeci a ele e sentamos juntos para conversar.

"Se não se importa com a pergunta, quem era o homem ruivo de hoje cedo?" Perguntei. Louis sorriu e seus olhos brilharam. Eles pareciam muito feliz e juntos.

"Meu namorado. Ele se chama Carl, nós moramos juntos. Eu também fui expulso de casa" ele falou, solidário "Você não tem mesmo onde morar?" Ele perguntou.

"Por enquanto não, mas eu vou dar um jeito. Eu tenho me virado sozinha faz algum tempo" falei. Meus olhos lacrimejando.

Me levantei da mesa e fui lavar a louça, depois limpei as mesas e guardei tudo. Já era quase uma da manhã quando terminamos, Louis arrumava a cozinha enquanto eu arrumava o salão.

Fui até o banheiro, lavei bem o rosto e as mãos. Eu precisava ir até o hotel para tomar um banho. Rezei para as gorjetas serem suficientes para uma noite.

Carl apareceu na porta, ele e Louis se cumprimentaram e começaram começaram conversar. Não ouvi o que eles disseram, mas quando fui me despedir Louis me impediu.

"Você pode morar com a gente" ele disse animado "nosso apartamento tem dois quartos e passamos a maior parte do dia fora mesmo" ele disse tentando me convencer.

"Obrigada, mas eu não posso aceitar..." Comecei a falar, mas Louis e Carl não aceitaram não como resposta.

Depois de meia hora cheguei em minha nova casa.

Louis e Carl foram me indicando o caminho enquanto eu dirigia. Estava tão escuro que mesmo com os faróis acessos era difícil enxergar o caminho. Carl abriu a porta e me ajudou a carregar as malas para dentro, Louis me mostrou meu quarto. Era bem simples, com as paredes pintadas de azul claro, uma cama de solteiro e uma estante enorme quase vazia. O que mais amei foi a janela: a vista era incrível! Havia uma pequena sacada que levava a uma escada de emergência. Havia dois banheiros na casa, Louis me mostrou como usar o chuveiro e onde ficava a cozinha, me explicou que eu poderia ver televisão, cozinhar e ler todos os livros que estavam na estante da sala. Eu deveria me sentir em casa.

Abracei os dois. Louis e Carl pareceram levemente envergonhados, mas fazia tempo que eu não me sentia tão em casa. Os dois foram para seu quarto e eu fui tomar banho.

Quando voltei para o quarto eu me sentia estranhamente em casa. Os lençóis tinham cheiro de guardado, a casa tinha seus barulhos estranhos e eu estava morando com dois homens sobre os quais eu não sabi nada. Mas se sentia bem.

Dormi por poucas horas antes de acordar com mais um pesadelo, meu cabelo ainda úmido do banho me deixava gelada. Peguei o casaco de Alex e sentei na janela para ver o sol nascer.

Eu iria ficar bem.


Notas Finais


E então??
Espero muito que tenham gostado!
Por favor comentem o que acharam...
Bjs! ❤


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