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História Última Chance - A Seleção - Resgate


Escrita por: JustSerendipity

Notas do Autor


Espero muito que gostem! Desculpas pela pequena demora, eu tive alguns problemas e precisei viajar, fiquei sem internet e ainda passei por uma semana de provas.....
Muito, muito obrigada a todos que estão comentando e acompanhando esta história!
Beijos!!!

Capítulo 9 - Resgate


Senti Jenna colocando um pano em minha boca. Ela estava falando comigo mas eu não conseguia entender nada. Ela estava chorando. Tentei dizer para ela não chorar mas tudo o que consegui fazer foi gritar. Minha perna esquerda, um palmo acima do joelho parecia estar pegando fogo. Tudo doía muito, eu estava com medo de me mover e de falar. Vi um dos guardas falando alguma coisa, mas eu não consegui compreender o quê. Senti virarem algo em minha perna e a dor piorar ainda mais. Mordi o pano que estava em minha boca e chorei sem ter a menor ideia do que aconteceria a seguir, estava com medo e com frio. Helena, Larissa e Matilda estavam sentadas perto de mim.

"Alguém me arranje uma tira de tecido, Sarah preste atenção em mim, ok? Eu vou virar você e olhar a parte de trás de sua perna" Matilda falou, ela tinha cabelos castanhos cortados na altura dos ombros e seus olhos verdes pareciam duas esmeraldas. Fiquei olhando fixamente para seus olhos "respire fundo, isso vai doer um pouco" ela disse.

Matilda, Jenna e o guarda me viraram rapidamente, me deixando de bruços. Gritei e segurei a mão de Oliver enquanto Matilda examinava minha perna. Doía tanto que sentia que iria desmaiar a qualquer momento. Eles me rolaram de volta, Matilda falava claramente, sua voz agora estava tão tranquila que estava conseguindo me acalmar apesar da dor.

"Sarah, a boa notícia é que a bala atravessou. Porém precisamos suturar sua perna ou você continuará sangrando até morrer, Sarah, eu vou costurar seu machucado" ela falava tranquilamente, como se estivesse dizendo que a última moda entre os famosos era costurar machucados causados por balas.

Respirei fundo, eu não estava pronta para aquilo, acho que nunca estaria. Tudo o que eu queria era que alguém me avisasse como seriam os momentos assustadores em minha vida. Talvez se alguém me explicasse como é apanhar ou levar um tiro eu pudesse me preparar para aquilo de alguma forma. Acho que a vida é tão difícil porque não vem com manual de instruções.

Matilda pegou uma vela de algum lugar, dizendo que ali não havia luz suficiente, e se aproximou, ela contou até três e começou a costurar meu ferimento. As lágrimas escorriam incessivamente pelo meu rosto, gritar e chorar não faziam a dor ir embora. Fiquei deitada soluçando durante pouco tempo, porque logo depois eu desmaiei. Muito tempo depois eu percebi não sabia de onde ela havia conseguido linha e agulha, mas eu fiquei muito agradecida. Não foi como dormir, foi mais como ser sedada. Meu corpo simplesmente desligou, mas mesmo adormecida eu ainda sentia a dor em minha perna. Acordei algum tempo depois, com um barulho muito alto.

Vários rebeldes entraram no cômodo segurando suas armas. Eles gritavam alguma coisa que eu não compreendia, acho que ainda estava meio desmaiada quando eles adentraram o salão. Observei enquanto os rebeldes colocavam todos os integrantes do castelo em uma fila. Eram um grupo esquisito, pessoas em trajes de festa, pessoas com roupas simples de empregadas, guardas parecendo perdidos.

"O que fazemos com ela?" gritou um dos rebeldes. Ele tinha sotaque sulista e deveria ter a minha idade, talvez até um pouco menos.

"Ela vai caminhar" falou um dos mais velhos, ele tinha um sotaque estranho e bem acentuado, mas eu não reconheci.

"Eu posso ajuda-la" falou o guarda que disse onde estávamos. O rebelde acenou com a cabeça, parecendo concordar com a ideia.

O guarda se aproximou de mim e me pegou no colo. Foi uma sensação estranha e desconfortável de várias formas. Minha perna doía, eu estava com medo dos rebeldes e agora com medo do guarda, eu não achava que ele fosse fazer alguma coisa comigo, mas era bastante assustador ter alguém me carregando. Oliver caminhava na nossa frente na fila, e olhava para trás tentando ajudar como podia. Saímos todos do salão; alguém estava chorando e soluçando, mas eu não consegui ver quem.

Passamos por corredores que mais pareciam túneis: eram escuros e úmidos, iluminados precariamente e todos cheiravam a mofo. O guarda que me carregava não parecia estar fazendo nenhum esforço, ele caminhava normalmente como se eu tivesse o peso de uma pluma. Ainda assim, os rebeldes gritavam e nos apressavam, empurrando quem demorasse ou ficasse para trás. Não sei por quanto tempo caminhamos, acho que quase vinte minutos.

Quando paramos o guarda me colocou no chão e Matilda veio olhar minha perna. Ela falou que o sangramento havia parado, com cuidado ela ficaria completamente curada. Os rebeldes adultos puxaram os guardas e criadas para longe, eles seguiram pelo corredor nos deixando para trás.

"Por que vocês estão fazendo isso?" Perguntei para o rebelde mais jovem. Ele estava tentando manter uma pose de adulto, mas aparentava ser exatamente  o que era, um jovem assustados e com responsabilidades demais.

"Porque odiamos a coroa. Ela nunca trouxe nada de bom para o povo" ele falou com seu sotaque estranho, ele estava de pé, mas parecia nervoso e desconfortável.

"Isso é o que você pensa ou o que estão obrigando você a pensar?" Perguntei.

Ele deu um riso debochado. "Qualquer um que não pertence à elite pensa igual a nós" ele falou.

"Eu não" eu disse. Por algum motivo eu já não estava mais com medo, talvez porque ele era um só e parecia com mais medo da arma do que nós "eu posso nunca ter passado fome, mas eu sei o que é sentir medo, como é se sentir invisível e impotente" eu disse.

"Eu duvido muito que algo ruim tenha acontecido com você pricesa" ele falou.

Helena estava chorando e soluçando, Larissa a estava abraçando e Jenna parecia querer me apoiar, mas acho que ela estava com medo do rebelde. Matilda estava de pé, como se o desafiasse a tentar fazer alguma coisa, o rebelde não parecia que faria algo e se estava incomodado não deixava transparecer.

Quando os outros rebeldes voltaram com os guardas e as criadas eles nos mandaram continuar andando, fui me arrastando lentamente, apoiada em Matilda e Jenna. Quando saímos do corredor entramos no que parecia ser uma enorme despensa. Havia ali todo tipo de comida enlatada e mantimentos, acho que era ali que ficavam os ingredientes de todas as refeições do castelo, apesar de pequeno, o espaço era bem claro e arejado, pelo cheiro de comida fresca estávamos perto da cozinha.

"Prestem atenção! Vocês estão aqui porque são importantes! Nós nunca conseguiríamos sequestrar o príncipe, o rei e a rainha muito menos, portanto sequestramos vocês. Vocês irão caminhar até a praça por livre e espontânea vontade, nós vamos cuidar das negociações, se tentarem fugir ou fazer alguma outra coisa vocês morrem. Acreditem em minha quando eu falo: existem outros guardas, outras damas e com certeza outras selecionadas, a morte de vocês vai acontecer se fizerem alguma coisa!" O rebelde mais velho falou, Helena começou a chorar ainda mais, meu frio voltou, mas tudo o que fiz foi me aproximar mais de Matilda.

De repente os rebeldes pararam e começaram a amarrar nossas mãos, acho que eles não estavam preocupados que fugissimos, apenas queriam provar para todos que estávamos completamente nas mãos deles, não era a primeira vez que algo assim me acontecia, lembrei de colocar os dedos para dentro e logo eu estava quase solta das amarras. Caminhamos por alguns metros até passarmos por uma porta enorme, depois fomos até o que parecia um espaço aberto, como uma praça ou jardim de inverno. Eu estava sofrendo muito para caminhar, minha perna e meu ombro doíam muito, e logo fiquei cansada pelo esforço. Paramos ajoelhados em frente a três tronos altos. Senti algo emcostando em minha cabeça. Uma arma.

O rei e a rainha estavam ali, juntamente de Alex, que suava nervosamente e batia a perna direita sem parar. Tentei sorrir para ele, mas estava difícil aparentar confiança com uma arma em minha cabeça. O rei Alexander e a rainha Felícia pareciam completamente tranquilos, eles olhavam para os rebeldes como um simples incômodo, da mesma forma que alguém olha para moscas, da mesma forma que os rebeldes nos olhavam, da mesma forma que meu pai olhava para mim. 

"O que vocês querem?" O rei começou.

"Queremos que vocês se rendam, nos dêem a coroa e vão embora do castelo" o rebelde que segurava a arma em minha cabeça falou "ou vamos começar a mata-los um por um, se vocês se recusarem nós vamos achar mais reféns, e vamos mata-los até vocês desistirem." Ele falava alto e pressionava cada vez mais a arma contra a minha cabeça. Os outros rebelde gritaram quando ele terminou de falar.

"Nós não podemos simplesmente desistir da coroa, mas podemos enviar suprimentos se vocês precisarem, agasalhos, alimentos, o que vocês quiserem." A rainha falou com sua voz tranquila.

"Pai..." Alex começou a falar, mas seu pai o interrompeu.

"Calado agora Alex, não vamos nos render a chantagens!" O rei disse.

Meu corpo inteiro tremeu e o frio voltou quando ouvi o tiro. Olhei para o lado, Oliver estava ajoelhado a meu lado, tremendo dos pés a cabeça, mas completamente ileso.

"Nós não estamos mentindo, majestades" o rebelde falou. Ele falou majestades como se estivesse rindo, da mesma forma que o outro rebelde havia me chamando de princesa.

"Nós vamos matar todos eles, vamos matar a todos!" O rebelde gritou.

Alex pareceu ficar ainda mais nervoso, mas o rei e a rainha permaneciam impassíveis. Ouvi alguém chorando (Acho que era Helena, pois, aparentemente, ela tinha um estoque inesgotável de lágrimas) e Oliver suspirar em um misto de alívio e medo.

"Vamos mudar o acordo: vocês não matam ninguém, libertam todos os reféns e ficam livres, sem mortes para nenhum dos lados!" O rei falou elevando um pouco o tom de voz. Os rebeldes riram e gozaram do rei, que começou a ficar vermelho.

Olhei para Alex, ele estava tentando falar alguma coisa, ele movia os lábios repetir sempre a mesma coisa, mas eu não conseguia compreender o quê.

Abaixe-se

Quando percebi o que ele tentava me dizer tive alguns segundos para me mover. Me joguei no chão, caindo de mal jeito enquanto terminava de soltar as mãos. Ouvi um tiro e levei um segundo para perceber que não haviam atirado em mim. O rebelde caiu por cima de mim, cuspindo seu sangue em meu rosto, respirando pesadamente e com os olhos vidrado, quase sem vida.

Ocorreram alguns tiros soltos, o barulho era muito alto e assustador. O cara continuava caído em cima de mim, meu rosto estava sujo com seu sangue e minha perna esquerda doía muito. Mas durou apenas um minuto, depois o silêncio voltou a reinar como se nada tivesse acontecido. Comecei, com esforço, a tentar tirar o cara de cima de mim, ele era literalmente um peso morto. Alguém veio me ajudar. Alex tirou o rebelde de cima de mim e me ajudou a levantar, depois me abraçou muito forte, me fazendo gritar de susto e dor.

"Ela! Foi ela que levou o tiro!" Ouvi Oliver gritando.

"O que?!?" Alex gritou desesperado.

Três homens enormes apareceram e me levantaram, me colocaram em uma maca   e começaram a me levar para longe. Toda a adrenalina, o medo e o cansaço me fizeram gritar muito, ainda mais do que quando os rebeldes apareceram. Eu não sabia muito bem para quem estava gritando, mas estava com muito medo daqueles três homens.

"Sarah! Sarah, respira!" Matilda falou e segurou minha mão, ela foi caminhando rapidamente junto da maca onde eu estava deitada "eles são médicos, você precisa cuidar deste machucado!" Ela mantinha sempre a voz tranquila, como é falasse com uma criança pequena.

"Por favor vai comigo!" Eu me sentia como uma criança perdida da mãe, fique segurando a mão de Matilda com toda a minha força morrendo de medo que ela disse embora.

"Eu não vou sair do seu lado!" Ela falou sorrindo.

Matilda não estava mentindo, ela realmente ficou ao meu lado o tempo inteiro. Os médicos me carregaram até a enfermaria, eu já conhecia e fiquei um pouco aliviada ao ver a mesma mulher que havia me ajudado na minha primeira visita ali.

"Meu Deus! Quando ouvi o barulho do tiro  tentei ajudar mas só agora eu realmente vi a vítima! Deitem ela aqui...não espere...suas costas..." Ela parecia indecisa sobre o que fazer primeiro.

Por fim ela colocou uma compressa em minhas costas e foi olhar minha perna. Pedi para as outras pessoas saírem, ficou apenas ela e Matilda na sala.

"Querida: vou precisar cortar seu vestido e suturar novamente sua perna" ela parou de falar quando percebeu que eu iria argumentar alguma coisa "Matilda fez um ótimo trabalho com o que tinha, mas ao se mover seus pontos arrebentaram, vou precisar suturar e enfaixar sua perna." Ela havia explicado bem e eu havia tido tempo para processar tudo o que iria acontecer comigo. Mas não foi nem um pouco melhor. Eu gritei e chorei, segurei firme a mão de Matilda, até que comecei a me contorcer.

"Sarah, eu sei que você não quer mais ninguém aqui, mas se não conseguir parar de se mover, vou precisar chamar alguém para segura-la" a médica me explicou.

"Por favor não chame ninguém! Eu vou tentar parar! Por favor não chamam mais ninguém!" Falei sussurando. Estava muito assustada, a última coisa que eu queria era estranhos me vendo com pouquíssima roupa, e ainda me segurando. Eu confiava no que a médica me dizia, os outros médicos não me fariam nenhum mal, mas medos não precisam fazer sentido. Me segurei firmemente nas beiradas da cama, me esforcei o máximo possível, mas eu continuava me movendo.

"Como ela está?" Ouvi alguém gritando.

"Você precisa sair daqui" Matilda falou se levantando e se dirigindo a quem falou, ela disse isso de forma calma, porém autoritária "Sarah não quer ver ninguém agora".

Recebi mais um ponto e gritei alto.

"Sai da frente! Sarah! Você está bem?" Alex perguntou. Ele parecia preocupado, seus cabelos loiros estavam despenteados.

"Ela está ótima" a médica falou "aquele foi o último ponto. Considerando a situação ela aguentou muito melhor do que eu esperava. Mas agora você precisa ir." Ela disse.

"Tudo bem, ele pode ficar" falei respirando pesadamente. Eu estava me sentindo completamente desconfortável, mas Matilda me deu a mão novamente.

A médica (seu nome era Nathalia) enfaixou minha perna e se dirigiu para meu ombro. Ela disse que não precisaria suturar, aplicou uma pasta para amenizar a dor e me disse para deitar de lado, já era quase noite e eu precisaria dormir ali.

"Matilda" falei "obrigada...e você está sangrando".

Nathalia olhou o braço de Matilda, que tinha sido cortado durante a enorme chuva de vidro. Matilda falou que passaria a noite comigo se eu quisesse, mas Nathalia falou que eu precisava descansar. Após argumentar um pouco Matilda foi para seu quarto, já Alex eu não sei bem quando foi embora.

"Você quase me matou de preocupação, sabia?!" Alex falou enquanto sentava perto de minha cama.

"Não foi opcional" eu disse, após alguns segundos adormeci, talvez por algum remédio, talvez eu tenha alcançado meu limite de emoções.

Quando eu acordei já era noite. Eu era a única pessoa deitada em uma cama, mas três mulheres jovens estavam paradas na porta, fazendo sombra em minha cama e bloqueando parcialmente a luz que vinha da sala ao lado.

April, June e July estavam todas chorando. Elas se aproximaram da cama quando viram que eu estava acordada.

"Senhorita! O que aconteceu?" April perguntou.

"Eu levei um tiro" falei rindo "mas agora já estou muito melhor! Só acho que vou ficar meio longe de fendas em vestidos e de costas abertas".

"Oliver nos contou o que você fez!" June falou chorando "nunca poderemos agradecer o suficiente".

"Vocês já agradeceram! Eu amo vocês." Falei, elas pareciam que iam começar começar chorar novamente.

As três me abraçaram rapidamente e disseram que precisavam voltar, elas também disseram que torciam para que eu melhorasse logo.

Pouco depois delas irem embora Alex apareceu.

"Como você está?" Ele perguntou enquanto sentava do lado de minha cama.

"Melhor, eu acho. Você não deveria estar aqui, Nathalia vai matar você se te vir aqui!" Eu disse.

"Eu sei, mas eu queria ver você" ele segurou minha mão e perguntou o que havia acontecido.

"Desculpe, mas eu não quero fazer isso agora, eu acho que nem consigo..." expliquei, soltando minha mão da dele. Ele não parecia ficar bravo.

"Tudo bem, você teve um dia bem difícil." Ele falou, então se aproximou como se fosse me beijar. Coloquei a mão em seu rosto antes que ele se aproximasse demais.

"Eu não posso fazer isso, Alex" falei. Ele me olhou com dúvidas, mas acabou concordando com a cabeça.

"Boa noite, minha dama...Ah! Antes que eu me esqueça: te trouxe isso" ele me entregou um livro com capa cor de rosa bem escura, depois, me entregou uma peônia rosa, me deu um beijo na testa e se afastou. Era por volta das três da manhã e eu estava extremamente cansada, mas demorei para conseguir voltar a dormir.

Na manhã seguinte Nathalia achou melhor não me dar alta. Ela falou que eu deveria descansar bastante, me mover o mínimo possível e tomar analgésicos de cinco em cinco horas. Fiquei deitada na cama me sentindo meio sozinha, mas não de uma forma ruim, apenas feliz por não precisar me preocupar com minha aparência ou com o que eu diria para as pessoas. Tomei iogurte de pêssego de café da manhã e passei a manhã inteira lendo o livro de Alex. Como sempre ele havia deixado um bilhete para mim.

Este livro é um pouco diferente: mostra fotografias. Achei que você pudesse gostar, mesmo não sendo o tipo de livro que você normalmente lê.

Atenciosamente, Alex.

O livro era incrivelmente lindo. Mostrava fotos de tudo, pessoas diferentes, flores lindas que eu nunca havia visto, até mesmo algumas fotos do castelo. Mas as que eu mais gostei foram as de paisagens. Imagens de campos e de oceanos. Eu gostaria muito de ver o mar, já que eu nunca havia visto. Minha mãe tinha fotos de praias, fotos que ela tinha tirado em uma viagem com algumas amigas antes de conhecer o meu pai. Um dia ele me viu admirando as fotos, quando eu disse que queria viajar e ver o oceano ele queimou as fotos na lareira.

Depois de almoçar um prato de sopa, recebi visitas. Anastásia, Luana, Jenna, Tiffany, Aniya e Matilda vieram ver como eu estava. Eu me sentia bem de saúde, mas perto delas minha pele parecia ainda mais pálida e minhas olheiras ainda mais profundas. Ficamos conversando sobre assuntos superficiais e fúteis, até que Jenna tirou, sabe-se lá de onde, uma bolsinha cheia de maquiagens.

Anastásia me maquiou e Luana penteou meu cabelo, fiquei insistindo que estava bem e elas não precisavam fazer aquilo, mas elas pareciam estar se divertindo ainda mais do que eu. Matilda e Aniya contaram que várias meninas foram embora. Agora éramos apenas quinze meninas, mas Gabriella ainda estava ali. Fiquei meio triste ao ouvir isso, mas logo passou, acho que depois de sofrer um ataque rebelde eu conseguiria suportar algumas mentiras maldosas.

Depois que Luana e Anastásia imploraram para Nathalia, ela me deixou sair da enfermaria por alguns minutos. Caminhei pouco até o Salão das Mulheres, mas até aquela pequena caminhada já me esgotou. Quando entrei todos os olhares se voltaram para mim. Jenna, eu e Matilda éramos as únicas que não haviam ido embora, Helena e Larissa voltaram para casa no momento em que foram soltas pelos rebeldes.

Quando fui para meu quarto vi as criadas com enormes sorrisos em seus rostos!

"Você apareceu! Tem uma pequena supresa para você!" June falou me entregando um bilhete.

Espero que esteja livre está tarde, gostaria de te encontrar.

Alex


Notas Finais


E então, o que acharam???
O próximo capítulo vai ter encontro!!!
Vcs já shippam?
Muito obrigada!


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