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História Última Chance-Stop Bulling - Perfect


Escrita por: ThesDreams

Notas do Autor


Bom pessoal, essa é a segunda fanfic da era de ouro da Touka, uma série de Fanfics cristãs que vão aumentar a sua fé!

Se você ainda não leu a primeira fanfic, quando terminar de ler essa fanfic, leia: No caminho do amor. O assunto é sobre o namoro cristão. Rebeca é cristã, e acaba se apaixonando por Matt, um garoto que não é cristão. Veja como tudo isso vai rolar e fique sabendo de uma dica que ajuda milhares de cristãos, que já passaram ou passam por esse mesmo problema.

Bem, agora chega de divulgação. Essa fanfic vai falar sobre uma coisa mais séria: o suicídio. A cada ano que se passa, 800 mil pessoas se suicidam. Isso é tão cruel, pensar que os problemas conturbaram a mente da pessoa até que ela chegue ao ponto de se matar.

Dentre os milhares dos motivos para levar uma pessoa a querer se matar, uma das principais causas de suicidio entre pessoas de 12-20 anos de idade é o famoso Bulling.

O Bulling pode ocorrer de duas maneiras:

A maneira psicologica: Que é quando um determinado grupo de pessoas começa a te julgar por ser diferente , e te isolar.

E a maneira sob pressão: Que é quando um valentão ( ou o Bully) começa a ameaçar a pessoa é a usa de diferentes maneiras.

Mas o Bulling sobre pressão é assunto para outra fanfic. Essa aqui fala sobre o tipo mais comum de Bulling, narrado por mim mesma, contando acontecimentos 98% reais.

Durante a explicação da fanfic terá um *. Se vocês o encontrarem não foi erro de digitação: ele traz uma importante mensagem, que se vocês quiserem eu explicarei nos comentários. Façam essa "lição de casa" pra mim.

Muito bem, eu espero que gostem dessa fanfic que retrata infelizmente uma realidade.

Capítulo 1 - Perfect


Fanfic / Fanfiction Última Chance-Stop Bulling - Perfect

[...] Eu costumava vir aqui todos os dias, mas os compromissos como escritora fizeram isso ser apenas uma lembrança do passado. 

 

Hoje é dia 12 de Setembro de 2051 . Estacionei meu carro, e desci acompanhada de meus dois filhos: Elias e Eliseu.

 

-Por quê nós estamos aqui? Não é o mesmo cemitério em que o bisavô está ! Elias reclamou

 

-Quem morreu? Perguntou Eliseu e os dois começaram a rir 

 

-Como foi o dia de vocês hoje? Perguntei procurando um certo nome.

 

-Foi um saco! Elias disse se espreguiçando 

 

-Maldito ditado de que por causa de um todos pagam... Eliseu reclamou

 

-Como assim? Perguntei sem entender 

 

-Tem uma menina na nossa sala, que ela é gorda, chata e sem graça. Elias começou 

 

-Por causa dela, nossa sala toda vai ter que fazer lição de casa! Eliseu completou 

 

-Seria bem melhor se ela não existisse! Elias disse 

 

-Concordo! Seria melhor pra todo mundo! Eliseu concordou 

 

-COMO VOCÊS PODEM DIZER ISSO? Gritei indignada e saí pisando duro derramando lágrimas pelo caminho.

 

-Vish, o que deu nela? 

 

-Sei lá! 

 

[...] Todos sempre pensam assim...Preciso impedi-los, antes que seja tarde...

Me sentei então quando finalmente encontrei o que eu estava procurando. 

 

-Aí mãe! Não fica tão brava assim com a gente! Arfou Eliseu, sendo carregado por Elias, que se aproximava com uma cara amarrada.

 

-Por quê você ficou tão brava assim? Perguntou Elias 

 

Meus olhos se permaneceram fechados por um tempo enquanto um leve vento balançava meus cabelos. Passei os dedos nas verbetes cravadas na pedra do túmulo, em especial as letras do nome da identificação. 

 

-Conheçam a Thalita Gigi Rafael. Disse pausadamente.

 

-Prazer. Elias disse irônico

 

-Thalita Gigi Rafael? Você nunca tinha nos falado dela antes! Eliseu exclamou 

 

-Está bem, eu irei apresentá-los corretamente a ela. Mas primeiro vão ter que prestar atenção. 

 

-Eba! Adoro as histórias da mamãe! Eliseu bateu palminhas 

 

-Tá bom então. Elias resmungou

 

-Vocês têm direito a perguntas, pra mim começar e desenvolver a história. Disse aos meninos, Eliseu gritou logo em seguida que queria começar. 

 

Eliseu abriu um sorriso animado:

 

-Quem era ela?

Parte I: Quem era ela?

[...] Ela era simplesmente a garota mais valentona do colégio. Ela falava tudo o que ela queria, e fazia tudo o que dava na telha dela. Ela não aceitava provocação alguma, era completamente valentona, e adorava xingar. No meu primeiro dia de aula, eu fui intimidada por um garoto do oitavo ano, e eu fiquei com medo, porém ela mandou o moleque se ferrar, e o mesmo deu no pé. Imaginem essa cena: Uma garota do sexto ano contra um valentão do oitavo!

 

-Nossa, ela notava pra quebrar então! Eliseu exclamou socando o vento como um lutador de vídeo game. 

 

Elias deu de ombros:

-Mas como ela era?

 

Parte II: Como ela era? 

[...] Bem, a Talhita era uma garota muito conhecida pela sua aparência física, mas não no bom sentido: e sim no mal.

A Thalita era original, do jeito dela.  Ela era a menina mais alta da sala depois da sua madrinha Larissa, e era um pouco gordinha. Seus olhos eram castanhos, e seus cabelos eram castanhos escuros, ela gostava de deixá-los amarrados num coque ou num rabo de cavalo. Ela gostava de usar roupas mais largas do que as das outras garotas , e eu até me identifiquei com ela nesse quesito. 

 

Elias arqueou as sobrancelhas: 

-Certo, então ela era uma maria macho, é isso?

Parte III: Então ela era uma maria macho, é isso?

[...] Era exatamente isso que as pessoas pensavam dela. Já eu, no começo, tinha medo dela.

Mas aos poucos, ela foi se tornando uma pessoa bem mais capaz do que eu imaginava. Ela era a única garota que realmente jogava na turma durante os jogos da Ed.Fisica, enquanto eu e todas as garotas da outra escola ficavam fugindo da bola.

 

-Ela era mesmo diferente...Eliseu observou-Ela sofria por isso? 

 

Parte IV: Ela era mesmo diferente...Ela sofria por isso?  

[...] Sim, ela sofria muito por isso. Com o tempo eu pude perceber que ela era muito solitária, e que na verdade ela sempre estava tentando arranjar alguma encrenca para chamar a atenção. Por outro lado, nenhum garoto da minha sala tinha o bom senso de deixá-la em paz. 

 

-Mas ela por acaso já fez coisas horríveis? Elias perguntou 

Parte V: Mas ela por acaso já fez coisas horríveis? 

[...] Sim, muitas. Ela sumia com as coisas das pessoas e as quebrava. Ela roubava, batia  e xingava as pessoas.

 

-Então ela era uma pessoa ruim!  Eliseu exclamou, com um ar de quem não queria mais saber.

 

Parte VI: Então ela era uma pessoa ruim! 

[...] Não, ela nunca foi uma pessoa ruim. Erros todo mundo comete, e pelo fato dela ser muito sozinha, ela queria atrair a atenção das pessoas, para ver se amenizava toda essa solidão. Foi então que eu tentei me aproximar dela pra ver se eu conseguia fazer ela parar de fazer coisas ruins, e parar de se sentir sozinha.

 

-E você conseguiu? Elias perguntou meio com desprezo.

 

Parte VII : E você conseguiu? 

[...] Consegui, mas nada mudou. Ela continuou fazendo essas coisas, mas ao menos eu acho que ela me considerava uma pessoa relevante em sua vida. Mesmo eu querendo aconselhar ela a parar de fazer besteiras. E eu até que consegui, por um tempo. Mas então...

 

-Ela se meteu em uma encrenca? Eliseu perguntou 

 

Parte VIII: Ela se meteu em uma encrenca? 

[...] Digamos que ela se meteu em duas grandes encrencas. Uma delas foi a escola. A Talhita estava cada vez pior na escola, suas notas estavam abaixando muito, principalmente em Matemática e Ciências, que eram as matérias que ela ia pior.

 

-E qual foi a outra encrenca? -Elias, que mudou o seu timbre de desprezo para um de curiosidade.

Parte IX: E qual foi a outra encrenca? 

[...] A Thalita era muito provocada quando criança pelos meninos. Certo dia estávamos eu e ela sentadas no banco quando alguns garotos começaram a jogar coisas e caçoar dela. Ela ficou irritada, e quis se levantar para bater nos garotos. Porém eu a segurei pelo braço e pedi para era ter calma. Estava meio receosa, mas mesmo assim, ela concordou. Continuamos conversando normalmente. Até que uma Secretária pediu que eu levasse alguns papéis para a professora de Geografia. E isso levou o resto do meu intervalo. O sinal tocou e eu subi pra sala com o restante dos alunos. A aula passava, e nada da minha professora de artes chegar. A única evidência de que ela estava realmente ali foram as coisas dela. 

 

Olhei por todo lado, e nada da Talhita.

 

-Você viu a Thalita? Perguntei para a Larissa 

 

-Não. Ela respondeu- Estranho, eu não vi ela subindo. 

 

De repente nossa sala começou a ouvir gritos de uma importante funcionaria do colégio, cujo nome não irei citar. 

 

Como se tudo isso já não fosse perturbador o bastante, a porta se abriu quase de imediato, e revelou a professora de artes quase caindo no chão. Fiquei extremamente assustada. Ela simplesmente entrou na sala e começou a dizer que iria MATAR um dos garotos que tinha jogado sucata nela mais cedo...O que ele fez? Eu não sei. Mas a verdade é que ela estava muito brava. 

 

Talhita e o garoto começaram a discutir feio, e o pior de tudo isso, é que foi exatamente do lado da minha mesa.

 

Sussurrei para Talhita ficar calma, mas tudo o que ela fez foi me olhar feio.

 

Até que os gritos da funcionaria cessaram, e ela mesma entrou na sala...

 

-Será possível que eu não posso trabalhar em paz? Ela dizia-Eu tenho certeza que nenhum dos seus colegas te quer aqui. Alguém te quer aqui?

Eu realmente não queria contrariar a ordem da funcionaria. Eu queria defender a Talhita....Até que resolvi ficar quieta.

 

-Você entende, Thalita? Você é um empecilho pra todo mundo! Ninguém gosta de você! Sabe o que você é na minha vida? Um nada! Você não é nada na minha vida! 

 

 

Alguns riam e apontavam dedos. Outros, até filmavam a cena; enquanto isso eu só queria chorar amargamente pela minha covardia.

 

Levantei a cabeça pra cima. Os olhos de Thalita estavam quase transportando de lágrimas, mas ela não se deu ao orgulho de derramá-las naquele lugar . 

 

 

A funcionária da escola logo se retirou, dizendo que iria ser a favor da expulsão da mesma na escola.

 

Talhita enterrou a cabeça no caderno e ignorou as provocações dos garotos, enquanto anotava freneticamente em seu caderno.

 

Depois que ela terminou, ela arrancou a página e lançou como um aviãozinho de papel. Eu o capturei meio receosa. Seria uma carta de xingamentos? 

 

Julia,

Não se preocupe. Não estou com raiva de você. Estava evidente que você está se sentindo mal por mim. E já estou dizendo pra você não se sentir mal por minha causa . Eu sempre sofri Bulling, e eu já estou cansada disso. Hoje decidi colocar um fim em meu sofrimento. A escolha é minha ter uma coragem que em toda a minha vida eu não pude ter.

Obrigado.

Talhita

 

 

Meus filhos ficaram boquiabertos:

 

-E...O que aconteceu depois? Perguntaram os gêmeos ao mesmo tempo.

 

Parte X: E o que aconteceu depois? 

[...] Bem, a Thalita foi chamada para ir na direção, claro. Eu me senti extremamente culpada por não ter a defendido. É que pra ser honesta eu estava muito assustada com tudo o que tinha acontecido. 

Orei para que Talhita ficasse bem, e também orei para que ela não fosse expulsa da escola. Esperei a aula de artes acabar, e fui falar com ela.

 

Meio receosa , pedi desculpas. Ela simplesmente programou um tudo bem. Mas ela não estava tudo bem. 

 

Tudo que ela foi obrigada a ouvir... Será que eu realmente tinha o direito de falar alguma coisa? 

 

De repente senti algo vir sobre mim. E como no automático, fui usada pelo espírito santo para falar com a Thalita.

 

Disse pra ela manter a calma, e que acima de tudo, para ela pedir desculpas para a funcionária da escola , mesmo estando um pouco certa.

Prometi a ela enviar mensagens para conversarmos sobre o que aconteceu , porém ela não respondeu nenhuma. Fiquei preocupada, e na escola ninguém sabia onde ela havia se metido.

 

Ela havia dado fim ao seu sofrimento.

 

Ela não suportou a dor.

 

Apesar de saber que tipo de destino* a reservaria, orei para que a misericórdia divina estivesse sobre ela.

 

 

[...] E assim que eu terminei de contar a história, uma perua enorme escrita: “EU Amo Negas” buzinou e revelou o rosto de nada mais nada menos do que meu amigo de infância, Nicolas, que estava lotado com uma galerinha do bem: Giovanna, Gabriela, Manuela, Bruno e Matheus. Minha nossa.

 

-É o tio das negas! Gritou Eliseu

 

-Vamos lá!! Elias incentivou e os dois saíram correndo na frente.

 

Me levantei devagar de perto do túmulo, fiz minha oração.

 

-Foi bom relembrar da sua vida. Disse ao túmulo- Ainda nos veremos um dia, quem sabe...

 

Eu só esperava que eles não esquecessem com  rapidez de Thalita. Ela significou muito pra mim, e eu só queria que ela reconhecesse a Deus e as suas obras...

 

Que a misericórdia divina esteja sobre ela...

 

-Ei Julia! Vai demorar quanto tempo pra vir no Trailer Negáh?  Ouvi Nicollas reclamar.

 

Abri um grande sorriso no rosto enquanto caminhava em direção a van.


Notas Finais


Evite um final infeliz. Apoie sempre uma pessoa que está passando por dificuldades em se enturmar na escola, a convivência social está cada vez mais exigente hoje em dia.... Se ninguém a aceita, seja o primeiro a aceitar. Se ninguém quer conversar com ela, seja o primeiro a querer conversar com ela. Pare de colocar títulos. Você está perdendo uma grande chance de desfrutar de uma nova amizade! Somos todos cristãos, precisamos de comunhão com os homens, e comunhão com Deus para seguir em frente com os caminhos da nossa vida. Pense: E se fosse com você?

Somente nesse ano, 800 mil pessoas se suicidam. Isso é um problema global. Stop Bulling.

Eu espero que tenham gostado da fanfic e que tenham captado a mensagem.

Até a próxima!

~ThesDreams


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