História Última escolha - Capítulo Único.

Já não faz mais pouco tempo que ela está comigo.

Ela me machuca, 

ela me corrói, 

ela acaba comigo, 

ela me mata.

Faz um ano que eu não aguento mais. 

Faz um ano que quando eu acordo, ela já começa a me atormentar.

Mas isso não é o pior. Por causa dela, todos acham que sou louca.

Eu não sou louca, não sou. Pelo menos é o que eu acho. 

Não tenho certeza...Não mais.

Tudo o que eu digo ela revida, e sempre que tento dar satisfação sou interrompida pelas risadas das outras que ouço, me tiram a atenção, me deixam nervosa e me fazem parecer mais idiota. Idiota, não tola. Tolas são Elas. Pois o tolo fala tolices e seu coração trama o mal.

Você é só mais um dizendo que me entende, mas não entende não!

Quem não passou por um transtorno como esse nunca entenderá.

É como estar em uma sala iluminada, mas sentir-se no escuro.

É como ter gente por perto, mas sentir-se sozinho.

É como se alimentar, mas sentir-se vazio.

É como estar em um lugar, mas sentir-se em outro.

É como estar acordado, mas sentir-se dormindo.

É como estar nadando, mas sentir se afogando.

É como estar vivo, mas estar morto.

A cada dia eu pranteio e enfraqueço.

Sou apenas uma garota, não consigo aguentar toda essa confusão em minha mente. Nada jamais foi conquistado com lágrimas.

Agora eu reflito sobre o terror que se passa.

Você acha que estou ficando louca?

Talvez. Sim. Louquinha. Pirada.

Eu perdi a minha muiteza.

Você precisa ser como alguém louco para entender. Que por sorte, agora eu sou!

Ela cairá também. O chão ficará ensopado de sangue e o ar ficará pesado.

A única saída é matar aquela que me mata, pois o fruto da justiça será a paz e o efeito da justiça será o sossego para sempre.

Nada como uma execução matinal.