História Última Noite: O Acampamento - Interativa - A Caminhada

Dia 4 – Caminhada

Levantaram cedo aquela noite, Sarah se recusava a falar com o irmão. Florence estava ainda assustada com o portão.

Peter então apareceu com o notebook no café da manhã, que era apenas uma barra de cereal e chá gelado. A câmera já estava ligada novamente.

- Consegui um mapa antigo do acampamento, eu vou passar para o celular, e podemos chegar do outro lado, onde fica os jardins, a área de piquenique, os banheiros com chuveiro, o refeitório e as casas. – Disse Peter. – Acho que seria bom irmos para lá.

- Mas com todas as coisas? – Perguntou Damon.

- Sim, deixamos um carro aqui, que podemos localizar depois com o rastreador que coloquei, isso caso nos percamos, - riu. – Mas eu acho que não já que temos o mapa. Colocamos tudo em um carro, e vamos todos nele. Isso também é uma segurança caso acabe a gasolina ainda teremos um carro, para ir à cidade e chamar ajuda.

- Por favor vamos logo, eu não quero ficar perto desse portão! – Disse Florence.

Começaram desmontando as barracas, guardaram os geradores, as luzes, os eletros, colocaram tudo que conseguiram no porta malas, o resto, como as barracas deixaram no carro, levaram apenas as roupas de cama e outros.

Peter e Damon foram na frente. Peter arrumou a câmera para grava –los.

As meninas se espremeram junto com Zayn atrás. Florence praticamente estava no colo da namorada, Sarah quase grudada na porta,

Começaram a andar com o carro.

- Ok, vá reto vire a direita perto de um salgueiro. – Disse Peter, assim fez Damon. – Agora só siga reto.

A estrada era íngreme, estreita, e os galhos batiam nos vidros.

Por onde passavam viam algumas placas, alguns animais, arvores, flores, pássaros, uma vez ou outra uma cruz...

Pararam em certo ponto. Havia uma pequena clareira de areia, e grama. Logo a frente uma ponte de madeira e cordas sobre um estreito e fundo córrego.

- E agora? – Perguntou Jenna. – Temos que andar?

- Sim... – respondeu Peter olhando o mapa. Vamos descer pegar as coisas e andar, não outro jeito para chegar no acampamento mais seguro.

- Seguro? – Perguntou Zayn. – Olha essa ponte cara!

Pegaram tudo, as malas e apetrechos necessários. Desta vez estavam todos vestidos mais adequados.

Damon foi o primeiro a passar pela ponte, ela balançava muito, e o fato de carregar coisas o impedia de se segurar deixando tudo mais perigoso. Então foi a vez de Zayn, ele andou devagar, sem fazer muitos movimentos, a ponte balançou pouco e ele atravessou. Em seguida foi Florence, Flor ajoelhou se, agarrando as madeiras velhas foi engatinhando até o outro lado, apesar da ponte ter balançado, ela sentiu mais seguro ir assim. Jenna e Sarah foram depois fazendo o mesmo que a outra.

Peter passou devagar como Zayn, com a câmera agravou um pouco o córrego. Assim que passaram a viagem.

Então começaram a subir um pequeno morro que se seguia a frente.  Fora a parte mais difícil. Pausaram por uns minutos, beberam agua, e continuaram. Era de terra com pouca grama o morro, eles quase tinham que encostar as mãos no chão para subir o terreno inclinado. Seguiram reto, até chegarem em uma clareira, de mato alto com arvores a sua volta.

- Onde estão os alojamentos? – Perguntou Sarah.

- Era para estarem aqui! – Disse Peter. – Vou pegar o celular, pera. – Ele soltou as coisas, estregou a câmera para Florence.  – Acho que deixei o celular no carro!

- Droga! – Xingou aos ventos Damon.

- E agora?! – Perguntou Sarah preocupada.

- Alguém volta comigo. – Disse Peter.

- Por um acaso alguém lembra por onde viemos? – Perguntou Jenna.

A olharam.

- Droga! – Damon xingou de novo. – Vamos procurar os alojamentos antes da noite.

Continuaram a caminhar, estava começando a ficar tarde, o sol se punha aos poucos.

Damon ia na frente, Peter logo ao seu lado, ambos preocupados em achar o lugar, enquanto os outros quase morriam aos fundos carregando as coisas.

Zayn reclamava, Jenna estava mal-humorada, Sarah só sabia dizer que queria voltar para casa, Florence segurava se para não chorar de desespero.

- Podíamos pedir para virem nos buscar! Pedir aos nosso inscritos! – Choramingou Flor.

- Se tivéssemos com a internet! Mas Peter só está gravando! – Disse Zayn.

De repente perceberam que estavam sozinhos em meio ao mato.

- Cadê o Damon! – Disse Sarah.

- Meu Deus do Céu! – Disse Florence ajoelhando se no chão! – Por Alguém! Por uma divindade qualquer! Zeus! Odin! Buda! Eu sei la! Eu sou muito nova para morrer!

- Para de Drama! Florence vamos sair daqui vivos! – Disse Jenna a levantado.

- Pessoal! – Ouviu se a voz de Peter. – Achamos!

Correram, como conseguiram, até ele, e o seguiram. Demoraram uns dez minutos até chegar.

- Que horror! – Reclamou Jenna. – Essas casas tão velhas, emboloradas, nojentas e fedem!

- Se quiser volta e monta uma barraca! Ou dorme no chão mesmo! – Disse Damon colocando as coisas na melhor das cabanas.

As cabanas de madeira fina, já estava acinzentada, velha, embolorada e um pouco curva. Os telhados “A” estavam cobertos de musgos verdes e folhas. As janelas escancaradas e com partes do vidro quebrado, a porta rangia, o chão velho era fétido, rangia e envergava a cada passo, dando calafrios ao que passavam. Os moveis estavam amarelados, sujos, com musgos e bolor.

Começaram dando uma limpada, arrumaram camas no chão, colocaram os geradores, ligaram as luzes, a mine geladeira e o fogareiro.

- Vamos tomar banho! – Disse Zayn. – Os banheiros ficam aqui perto. Vamos levar uma duas lanternas caso escureça.

Zayn entrou em uma cabine, Sarah em outra, e Jenna em outra, haviam apenas três, Damon e Peter estavam na casa.

- Entra aqui, Flor. – Chamou Jenna.

- O que! – Disse Florence assustada. Jenna chamou novamente, Florence relutante adentrou.

Depois de terminarem o banho voltaram, já estava escuro, Peter e Damon foram tomar banho.

Deitaram se em suas camas improvisadas.

Damon e Sarah juntos, Jenna e flor, também, e sozinhos Zayn e Peter.

Zayn levantou se e foi para fora no escuro.

Ligou o telefone. Discando o número da amada.

- Zayn? – A voz doce dela ecoou.

- Mel... Como você está? – Ele respondeu sorrindo.

- Eu estou bem... E como vocês estão? –Ela perguntou.

- Estamos bem, bem perdidos...

Continua...