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História Ultimate Youtubers - Não é um encontro


Escrita por: worms

Capítulo 21 - Não é um encontro


Annabeth

Annabeth estava literalmente a preparar o funeral de Perseu Jackson. Até já tinha decidido o que escrever na lápide: "Aqui jaz Perseu O. Jackson, vitíma do surte de ciúmes da namorada por ter optado por ir aos prêmios do cinema sozinho com Rachel E. Dare em vez de sair com a dita namorada". E ao lado da sepultura dele está a da vadia.

Fixou o olhar no teto do quarto. Okay, talvez estivesse a exagerar. Afinal, Rachel tinha tirado eles da prisão...

E também levou o Percy ao baile - sua consciência fez questão de relembrar. - E fica se atirando a ele mesmo na sua frente. E ele não a tenta impedir. E tem que pintar o teto, mocinha, que já não parece branco.

Suspirou, frustrada. E Percy nem via que ela tinha ciúmes. Eu é que sou a namorada dele, pensou. Não, eu sou não namorada dele. E aquela vadia é amiga dele, o que quer dizer que pode vir a ser namorada dele e como eu não sou namorada dele não há problema em ela ser namorada dele!

Abanou a cabeça. A loira tinha tendência para exagerar tudo quando estava preocupada. Respirou fundo algumas vezes e decidiu, por fim, que o melhor a fazer era falar com quem entendia. Se lembrou da conversa que tinha tido com Thalia (na qual era fora obrigada a admitir que andava com Percy e em que ameaçou pintar o quarto de Thalia de rosa caso ela não contasse quem era o garoto que ela gostava) e pegou o celular, enviando uma mensagem para a morena.

A: Como você consegue?

T: consigo o quê?

A: partilhar ele com outra pessoa

A resposta demorou mais do que Annabeth esperava. Se lembrou de Thalia ter mencionado que ele tinha namorada de uma forma não muito amigável. Talvez ela também tivesse ciúmes.

T: simples. Eu e ele não temos nada

A: essa resposta não me ajuda nada...

T: o que o Percy fez?

A: saiu com a Rachel

T: outra vez?! Então mas vocês não são namorados?

A: somos

T: estou aí em 15 minutos. Levo sorvete de chocolate

A: mas eu quero de morango

T: temos pena, vai ser de chocolate mesmo.

***

 

Comer gelado de chocolate enquanto se queixava do estúpido do namorado durante duas horas realmente ajudou Annabeth a se sentir melhor. Na verdade, as garotas até fizeram um concurso para ver qual dos dois garotos era mais tapado (ganhou o Percy, óbvio) e depois, por insistência de Thalia, atiraram setas a uma foto de Rachel (o que não serviu de muito, porque a única coisa que as setas fizeram foi um mini-buraco na parede que elas resolveram disfarçar fazendo um buraco ainda maior em outra parede). Eu ia deitar aquela parede abaixo, mesmo Annabeth pensou.

- Porque você não conta para ele? - Annabeth perguntou.

- Contar o quê? - Thalia se fez de desentendida, pegando discretamente um travesseiro que provavelmente iria tacar na loira se ela continuasse essa conversa.

- Que você gosta dele. - Protegeu a cabeça com as mãos quando Thalia atirou o travesseiro em sua direção. - E não vem com a conversa de 'eu não gosto dele, meu coração é feito de pedra e vou atar você a uma rocha e tacar você no fundo do mar só por pensar sequer que eu posso hipoteticamente gostar de alguém'!

A morena revirou os olhos. - Eu nunca na vida vou contar para ele. Vai ficar todo convencido e--

- Você acabou de admitir que gosta dele. - Apontou. Annabeth viu Thalia corar ligeiramente.

- Eu gosto dele como amigo - A morena tentou corrigir.

- Eu também gosto do Percy como "amigo" - Annabeth riu.

- É diferente, não tem comparação! Além disso, você é a namorada dele, eu sou a amante. Eu e ele nunca na vida vamos dar certo...

- Eu também achava que não iria resultar com o Percy e olha no que deu...

Thalia bufou. - Deu que você está aqui a fazer buracos na parede enquanto ele sai com outra.

Annabeth fuzilou a amiga com o olhar. Não era preciso lembrar isso. - Sim, mas são buracos de qualidade!

- Isso não melhora a situação.

- O que você perde em tentar?

- Deixa ver... perco tempo, palavras, ele, ele, ele, e já mencionei ele?

Thalia está sendo muito melodramática pensou. Diz a garota que assassinou o namorado mentalmente depois de ele a ter trocado por outra na sua imaginação ripostou sua consciência.

- Annabeth, acorda! - Thalia estalou os dedos em frente ao nariz a loira. - Estão batendo na porta. Está esperando alguém?

Annabeth saiu do quarto a correr para ir abrir a porta. Podia ter ocorrido um milagre qualquer que tivesse destapado os olhos de Percy e ele agora estava batendo à porta para implorar por perdão e... Não. Era só o cara da fita adesiva.

- Oi, eu sou-- O garoto começou, sendo interrompido pela garota.

- É o namorado da Thalia.

- Ele não é meu namorado! - Uma Thalia muito irritada apareceu ao seu lado. Dirigiu o olhar a Lucca. - Agora não é boa altura para você aparecer. Nós as duas estamos tendo uma crise de garotas.

O garoto comprimiu os lábios. - Eu podia ter vivido o resto da minha vida sem ter ouvido essa frase. Tudo bem, então. Vou ao show dos Green Day sozinho...

Naquele momento Annabeth podia jurar que Thalia era uma versão feminina do Flash pela rapidez com que fechou a porta e saiu, arrastando o garoto e gritando um ESTÁ POR SUA CONTA. A loira tentou não ficar muito ofendida com o facto de ter sido trocada duas vezes no mesmo dia e gritou SE DIVIRTA EM SEU ENCONTRO, ao que a morena respondeu previsivelmente NÃO É UM ENCONTRO!

 

Thalia

- Tenho três perguntas para você. - Thalia encarou o garoto. - Primeira, como sabia onde eu estava? Segunda, como arranjou bilhetes para o show esgotado? E terceira, porque pintou seu cabelo todo de branco?

O garoto enfiou as mãos nos bolsos do blusão que Thalia acabara de reparar que era dos Green Day. - Fui a sua casa e seu irmão me passou a morada, eu tenho meus contactos e achei que meu cabelo estava demasiado... - ele fez uma pausa, como se estivesse a pensar na palavra certa. - Normal. Estava demasiado normal.

- Faz sentido. - Thalia disse. - Espera, você falou com meu irmão?

- Sim. Ele me fez milhares de perguntas. - Lucca sorriu. - Devo ficar preocupado pelo facto de ele me ter perguntado o meu tipo sanguíneo?

- Não, mas Jason vai precisar de sangue quando eu acabar com a raça dele. - A garota resmungou. Desde o que acontecera com Luke que Jason era muito protetor em relação aos garotos que se aproximavam da morena. Uma vez tinha afugentado um garoto que só tinha ido pegar uns apontamentos de Química emprestados. Era uma sorte Jason não ter afugentado Lucca também.

- Então... - Lucca falou. - Que história é essa do encontro?

Thalia virou o rosto para esconder o vermelho de suas faces. - Nada. Isto não é um encontro.

- Mas podia ser. - O garoto observou.

- Mas não é.

- Mas podia.

- Mas não é.

- Admita logo que é um encontro.

Thalia o encarou. - Não. É. Um. Encontro.

Lucca sorriu, se aproximando dela. - Não? - E se inclinou com a intenção de a beijar, mas Thalia o impediu. Sorriu maliciosamente.

- Desculpe, mas não beijo no primeiro encontro.

- Que bom que admite que é um encontro.

- Merda! - Xingou em voz alta. - Vamos mas é para o show antes que eu decida que você não merece respirar.

***

 

O show estava a ser fantástico até vir uma garota do além dar em cima do amor da vida de Thalia. EU NÃO GOSTO DELE, NARRADOR DOS DIABOS! E ELE NÃO É O AMOR DA MINHA VIDA! 

E como se isso não bastasse Luke também tinha ido ao show e levado Reyna (aparentemente tinham saído juntos). Aquele estranho momento em que o seu ex está saindo com a ex de seu irmão...

Mas o pior mesmo era a garota dando em cima de Lucca. Isso sim estava impedindo Thalia de desfrutar do show da banda mais maravilhosa do planeta - digo - do universo (pelo menos do dela). Apesar de Lucca não estar ligando nadinha ao que a garota fazia ou deixava de fazer, Thalia não suportava ver ela tentar se atirar a ele. Era quase pior do que quando via o garoto com a namorada. Sem pensar duas vezes, puxou o garoto e o beijou, dado o dedo do meio para a vadia.

- Pensei que não beijava no primeiro encontro...

- Não beijo, mas isso não é um encontro por isso eu posso fazer o que bem entender, percebido?

- Sim, senhora! - Lucca fez continência. - Permissão para beijar você de novo?

- Argh não, que horror! Porque eu haveria de querer beijar você? - A expressão ofendida de Lucca fez Thalia rir. - Já reparou que nunca dizemos nada simpático um ao outro?

Lucca pareceu ponderar suas palavras durante uns segundos. - Eu chamei você de mutante uma vez, acho que isso conta como simpatia.

- E eu chamei você de cabeça de vento umas quatro vezes. Sou muito mais simpática que você!

- Cabeça de vento não é um elogio, sabia?

- E mutante também não, mas como não somos bons a elogiar vamos fingir que sim.

- Combinado.

Depois que o concerto acabou, os dois tiveram que correr até à casa mais próxima (no caso, a de Thalia) porque começou a chover e os desgraçados não tinham levado dinheiro para pagar a um táxi.

- Bem, é melhor eu ir para casa. - Lucca disse, quando chegaram na porta de Thalia.

Estava chovendo mesmo muito e a casa dele era na outra ponta da cidade. Thalia suspirou.

- Você pode ficar aqui até parar de chover. - Sugeriu.

- Não obrigado. Não quero outro questionário de seu irmão. - O garoto resmungou. - A cicatriz no lábio dele parece que vai saltar quando me está metralhando com perguntas.

- Ajuda se eu disser que ele fez essa cicatriz tentando comer um grampeador? - Thalia sorriu ao ouvir o garoto rir e abriu a porta, entrando em casa. - Ele foi dormir na casa da Piper. Pode ficar aqui...

- Só fico se você admitir que foi um encontro.

Thalia apontou para a porta. - Rua!

Lucca ergueu os braços em sinal de rendição. - Pronto! Não digo mais nada sobre este encontro!

- NÃO FOI UM ENCONTRO!

O garoto suspirou. - Vai, Thalia! Eu já disse que gosto de você, não precisa fingir que não sente nada por mim... - Thalia se manteve calada. Ele tinha dito isso no dia anterior mas ela achara que tinha sido só mais um daqueles "raros" momentos em ela fizera qualquer coisa que ele não queria e ele tinha dito aquilo de forma puramente sarcástica. - Eu vou terminar com ela.

Thalia olhou para ele como se ele tivesse acabado de dizer a coisa mais absurda do mundo. - Não é por você acabar com ela que eu vou admitir que tenho sentimentos por você, porque eu definitivamente não tenho.

- Vou terminar com ela mesmo que você não sinta nada por mim. - O garoto arqueou uma sobrancelha, numa expressão de desafio. - E eu conheço você, Grace. Sei quando está a mentir por isso nem tente esconder que me ama.

- Você não me conhece. - Cruzou os braços. Não estava a gostar nem um pouco dessa conversa.

- Conheço. - Afirmou, dando um passo na direção da garota. - Sei que não gosta que a vejam chorar porque quer manter aquela imagem de garota forte. Sei que a cor que mais detesta é azul. Sei que fala durante a noite. Sei que seu olho esquerdo treme quando mente. Sei que por mais que eu insista nunca vai dizer o que sente por mim porque tem medo.

Thalia não sabia o que era pior, ele achar que a conhecia ou estar totalmente certo em tudo o que disse. Thalia desviou o olhar, se recusando a encarar Lucca.

- Não pode passar o resto de sua vida com medo, Grace… - Continuou. – Se alguma vez você decidir que afinal sente alguma coisa por mim, saiba que eu vou estar à espera. E eu vou terminar com ela.

- Posso ajudar você a encontrar uma maneira apropriada de fazer isso? – Thalia queria desesperadamente mudar de assunto.

- Tudo bem – o garoto assentiu. – Só não pode ser nada muito violento.

- Por acaso sabe qual é o tipo de sangue dela…?

- Thalia!

- Certo, certo. – Resmungou. – Sem violência. Você tira a piada a tudo!



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