The New York Times
Assassino psicótico e ex segurança ataca: dois mortos e um ferido – continuar a ler na pág. 4
Leo
Negativo. O teste deu negativo. Não sou compatível com Calipso.
Todas as hipóteses de salvar a garota tinham ido por água abaixo no momento em que recebera o resultado do teste. Se ele não podia doar seu fígado para ele então…
Não. Ele não podia pensar assim. Calipso ia ficar bem. Ela tinha que ficar bem. O garoto não queria mesmo nada perder a garota que amava.
Sim. Ele a amava do fundo do coração e lhe doía a ver morrendo aos poucos. Tem que haver alguma coisa que eu possa fazer. Qualquer coisa.
- Doutora – Leo se dirigiu á médica. – Não há nenhuma maneira de fazer um transplante?
A médica o encarou. – A única maneira seria aparecer um dador de última hora, mas é muito improvável que isso aconteça – A médica olhou os papéis em sua mão. – No entanto, parece que houve duas vítimas de homicídio que eram ambas dadoras. Traga ela daqui a duas horas e faremos o transplante.
***
Jason
Jason observava Drew andando de um lado para o outro, esperando qualquer coisa. Não que ele estivesse interessado no que quer que ela estivesse esperando mas era olhar para ela ou para o teto (e o teto não era lá muito interessante).
Após uma espera interminável, alguém bateu na porta e o garoto viu a irmã de sua namorada andar até à porta à velocidade da luz e a abrir.
Ela suspirou. – Ah, é você Mark.
Jason olhou o segurança enquanto este entrava no quarto. Tinha seu terno preto coberto de qualquer coisa. Parecia… sangue? Sim, era sangue. Mas não parecia ser dele. Não tinha nenhum machucado visível.
- O que aconteceu? – Drew perguntou ao homem.
- Não se preocupe com isso agora. Eu dei conta do recado. – Mark avançou a passos largos em direção à cama onde ele e Piper estavam deitados, com ela dormindo em cima de seu peito. – Cheguei mesmo a tempo, ele quase o matou.
- Mas ele está bem, certo? – A voz de Drew aquiriu um tom preocupado. – Me diga que ele está bem.
O segurança olhou de raspão para a irmã de Piper. – Relaxe, ele só foi atingido de raspão.
- Do que vocês estão falando? – Jason estava começando a ficar cansado da conversa em código.
O homem de preto suspirou e encarou o garoto. – Jake. Ele atacou sua irmã e o namorado dela. Foi uma sorte eu ter o seguido, caso contrário estariam os dois mortos.
Jason não percebeu nadinha. Como assim Jake tinha atacado alguém? Ele sempre fora tão simpático. – Me explique isso direito.
- Há uns dias meu ex me mandou uma mensagem com um número, perguntando se aquele era o número do celular de meu ficante. – Drew começou a explicar. – Mas não era. Aí ele disse que tinha andado a receber ameaças desse número, dizendo que ele ia pagar por ter quebrado meu coração.
- E o mesmo número mandou ameaças para sua namorada também. – Mark acrescentou. Essa informação fez com que ele apertasse mais a garota contra seu peito.
- E depois aconteceu isso com Piper. – Drew continuou. – Aí ele arranjou um plano para apanhar o cara com a mão na massa, por assim dizer. Ele me pediu para procurar pistas no cartão de memória do celular do cara e me disse para convencer Piper a acusar alguém que não ele.
- Mas porquê?
- Para lhe dar um falso sentimento de segurança. – O homem meteu as mãos em seus bolsos das calças. – Ele me pediu que vigiasse Jake mas sem dar muito nas vistas. Acho que ele deve ter o visto quando o interrompeu quando ele estava com Piper.
- Aí Jake tentou botar as culpas nele e Mark alinhou no plano. Acho que ele sabia que Piper nunca confessaria quem a tinha estuprado já que ele nunca sai de junto dela.
- Só que Jake é inteligente. Ele conseguiu perceber que o garoto tinha hackeado as câmaras e que estava de olho nele e hackeou o notebook quando ele estava tentando o ligar às câmaras. Depois atacou.
Jason estava tentando processar tudo aquilo. Então era isso que estava se passando.
- Mesmo assim não consegui impedir ele de matar o segurança do garoto – Mark acrescentou em voz baixa, como se fosse um fracasso que não devesse ser ouvido. – Mas também matei o filho da puta.
- Não se martirize. – Drew pousou uma mão no ombro do segurança. – O que importa é que tudo acabou bem.
***
Thalia
Thalia estava sentada na porta da quarto com Lorenzo resmungando sobre o quanto Lucca era idiota até que o garoto finalmente saiu do quarto.
A morena lhe deu um abraço de urso, quase o machucando, mas ele pareceu não se importar.
- Te amo. – Ela sussurrou. – Te amo. Te amo. Te amo.
- Pronto, eu já entendi. – Lucca riu ligeiramente com a atitude da namorada. – Você me ama.
- Me desculpe. – Ela falou, meio embaraçada. – Eu precisava dizer isso antes que você fizesse besteira e quase fosse assassinado. De novo.
- Antes eu do que você. – Ele quebrou o abraço e encarou Lorenzo. – Da próxima vez dê o número certo para Drew, não preciso passar por isso tudo de novo.
O garoto se fingiu ofendido. – Agora a culpa é minha? Não tenho culpa que ele tenha pegado o Máscara errado.
- Pois não. – Lucca concordou. – Mas tem culpa de ter quebrado o coração da garota. Vá falar com ela.
Thalia percebeu que essa foi a maneira educada de Lucca dizer para ele se ir embora. Lorenzo percebeu também e resolveu deixar os dois sozinhos.
- Então… - Ele se virou de novo para ela. – Já posso lhe chamar de namorada agora?
A morena negou. – Você pode me continuar a chamar de Grace. Namorada parece estranho.
- Pensei que tínhamos concordado que ambos eramos estranhos…
Thalia revirou os olhos mas não pode evitar sorrir. Era bom ter ele de volta.
*** 1 semana depois ***
“E aí pessoal? Quem está pronto para saber quem é o próximo Ultimate YouTuber?” O apresentador sorriu para a audiência. “As votações foram encerradas e vamos agora anunciar o vencedor!”
Will, Calipso e os Deslocados se encontravam no meio do palco, numa espera agoniante para saber quem era o vencedor – para saber quem era o melhor YouTuber.
“E o vencedor é… WILL SOLACE!”
Will praticamente correu até ao prêmio e o pegou. “Deuses! Como isso aconteceu?!” O garoto olhou para Nico de relance. “Sabem, quando comecei no YouTube sempre sonhei um dia receber esse prêmio. Foi com meu canal que todo o Mundo passou a reconhecer meu talento como músico. Antes disso ninguém queria saber se minha voz era boa ou não…” Will fez uma pausa. “Agora eu entendo.” Pousou o prêmio. “Vá se lixar, Mundo. Sou um Deslocado e me orgulho disso!”
E voltou para junto de seus amigos, passando um braço pelos ombros de Nico.
“Bom, nesse caso” O apresentador se apressou a dizer. “O prêmio vai para o segundo mais votado. Parabéns GwS!”
Calipso sorriu e aceitou o prêmio graciosamente. “É bom receber um prêmio mesmo sabendo que a maior parte das pessoas só votou em mim porque estou doente. Ou melhor, estava doente. Já estou melhor agora.” A garota olhou a audiência. “Era muito difícil para mim sair na rua e ter gente olhando para mim com pena. Isso não vai acontecer mais.” Calipso olhou para Leo e abriu mais o sorriso “Vá se lixar, Mundo. Sou uma Deslocada e me orgulho disso.”
A garota caminhou a passos rápidos até Leo e o beijou, ainda com um sorriso nos lábios.
“Bem, senhoras e senhores, parece que pela primeira vez na história desse concurso o vencedor é o menos votado.” O apresentador desistir de seguir o guião. “Os Deslocados são os vencedores dessa edicão!”
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