História Ultraviolence - Prólogo

Brendan nunca havia encontrado olhos mais intensos e cheios de maldade do que os daquele jovem aluno da Escola Secundária Claraval. Aqueles olhos traiçoeiros e dissimulados nunca saíram dele, que tormento.

Foi muito mais do que àquilo, mas como ele poderia ter previsto sua atração pela violência crua vinda de um jovem inconsequente ?  

Ele não pode se culpar por aquele garoto ter encontrado um prazer especial em olhar para seus olhos enquanto agredia suas vítimas.

Como ele iria evitar aquela sensação prazerosa que dominava seu corpo quando ele sentia a presença opressora daquele estudante ?

Por que ele não se sentia doente e pervertido enquanto aquele menino o violava brutalmente em uma das salas da Escola Secundária Claraval ?

Como era possível eles foderem como animais no chão no meio da carnificina. Como alguém poderia sentir excitação pelo cheiro acobreado de uma morte brutalmente violenta ?

Brendan nunca encontrou respostas para as perguntas que ele se fazia sobre aquele garoto chamado Connor e o que ele sentia por ele. Mas conclusões, por vezes, podem ser assustadoras.

Ele nunca sentiu atração tão animalesca por algo tão tóxico quanto a violência nua e crua de Connor.

oOo

Aquele olhar propositalmente doce e os cabelos angelicais não enganavam Connor, ele sabia que por trás daquela aparência áurea se escondia uma alma podre. Ele estava apaixonado.

A excitação não estava em esmagar gargantas e sim fazê-lo enquanto olhava fixamente nos olhos do Professor Brendan. Connor tinha orgasmos maravilhosos.

E quando ele fodeu Brendan como a bela puta que ele era, sem gritos e sem choro, e aquele pervertido veio intocado, Connor sabia que eles eram feitos um para o outro.

Almas pútridas, de maneiras diferentes, mas que se completavam. O prazer em assistir a violência desmedida e a satisfação em perceber a falsa indignação.

Eles já tinham uma seção particular esperando por eles no inferno.