1. Spirit Fanfics >
  2. Um adolescente em minha casa! >
  3. 05. Segura meu pato

História Um adolescente em minha casa! - 05. Segura meu pato


Escrita por: yeontography

Notas do Autor


Oi

Capítulo 5 - 05. Segura meu pato


Eu, Tao, Chanyeol e Kris estávamos com as orelhas grudadas na porta do quarto de Baekyeol numa tentativa de ouvir algo, mas tudo o que ouvíamos era a conversa calorosa deles sobre como era em Qingdao.

– Aff! Quando iremos começar a ouvir os gemidos?! –Praguejei impaciente.

– Segura as pregas aí, Baek! Se eu lhe disse que o meu filhote é a cura hétero, então você deve acreditar! Eu ensinei bem o meu bebê e ele não vai me decepcionar. –Tao defendeu o filho com ar de superioridade.

– Eu também ensinei e criei muito bem o meu filho, mas se ele virou um hétero que bate punheta imaginando as tetas da Nicki Minaj, a culpa é dos animes hentai. –Retruquei de nariz franzido.

Ouvimos a voz de Bojing oferecendo “balinhas de menta” ao Yeol, que aceitou prontamente. Uma verdadeira formiga, igual ao Chanyeol. Mas não tiro sua razão, comida é coisa séria e não se pode recusar. Ainda mais quando é de graça.

Mas, porém, entretanto, todavia, não eram balinhas de menta. Eram estimulantes sexuais. Cortesia de Tao, pois ele trabalha num sexshop onde vende essas coisinhas maravilhosas. Até vou dar uma passadinha lá, depois.

Segundos depois, ouvimos Yeol exclamar “O que está fazendo, Bojing?!”, e isso fez tanto eu quanto Tao darmos pulinhos de alegria por ter dado certo. Logo depois, ouvimos Bojing falar “Você vai descobrir que homens são melhores no sexo e nem vai se lembrar que algum dia preferiu peitos ao invés de pênis, e tudo isso, enquanto eu estiver metendo bem forte e fundo em você, até suas pregas criarem vida e implorarem por clemência”, e então os gemidos começaram. Olha, não vou negar, pra um garoto com cara de passivo, Bojing é bem ativão.

Já gostei. Quero ele como genro pra ontem.

– Viu? Eu disse que o meu bebê ia conseguir. –Tao começou a se gabar, cruzando os braços e escorando-se na parede.

– Tem certeza de que ele vai enrabar o meu filho? –Indaguei de sobrancelhas arqueadas.

– Até o menino Yeol precisar de uma cadeira de rodas. Eu já vi o Bojing tomando banho, e a piroca dele é do tamanho de um facão. –Foi a vez do YiFan falar.

Tenho pena das pregas do Baekyeol.

– Eu queria estar lá para ver essa obra prima. –Falei choroso me referindo ao sexo gostoso que eles iriam fazer.

– Vamos disfarçar para não levantar suspeitas. –Chanyeol, que até então não havia falado nada, disse num sussurro.

– Eu vou colocar música. –Tao correu até o aparelho de música e o ligou. Logo, Simone e Simaria começou a ecoar pela casa.– Se o nosso amor se acabaar, eu de você não quero nadaa~ –Cantarolou rebolando a cintura magrela.

Cornice é foda.

Voltei a grudar meu ouvido na porta, passando a me concentrar nos barulhos vindos do lado de dentro do quarto.

Gente, o Baekyeol geme feito cabrita com dor de barriga. Vou ter que ensinar ele a gemer direito, depois.

Após alguns longos minutos no mais absoluto silêncio – tirando a cacatua desafinada cantando e dançando no meu corredor –, ouvimos os gemidos de ambos ao mesmo tempo. Pela fechadura, eu tive a visão dos Deuses.

Se vocês verem um louco correndo pela rua de vocês urrando mais que Jureg, podem ter certeza que sou eu.

Meu filho perdeu as pregas.

Meu filho perdeu as pregas.

Meu filho deu, caralho!

– Chanyeol, pega as caixas de cerveja pra gente comemorar. O Baekyeol deu a bunda, porra!

~❁·.·.·.·.·.·❁~

Nunca mais bebo feito pinguço. Anotem aí e me repassem depois, pois eu posso esquecer.

A noite foi muito louca. Sérião. Depois que abrimos as caixas de cerveja, começamos a beber e conversar orgulhosos por nossos filhos não serem mais virgens, e que depois daquela noite, Baekyeol poderia repensar sobre ser hétero. Conversa vai, conversa vem, e depois de cinco latas de cerveja, só faltava eu sair correndo pelado pela rua. Taozi já havia bebido seis cervejas, Chanyeol bebeu quatro e YiFan bebeu oito, ou seja, era o mais doidão dali. Taehyung bebeu uma porque ele pensou que fosse refrigerante.

Por volta de meia-noite, eu e YiFan já estávamos fazendo karaokê de Maiara e Maraisa enquanto Chanyeol e Tao cantavam Simone e Simaria. Taehyung cantava Patati e Patatá. Teve um certo ponto da noite em que eu beijei o YiFan pensando ser o Chanyeol e Tao beijou o Chanyeol pensando que fosse o YiFan. No fim das contas, fizemos um surubão do bão. Agora, estamos aqui, três jogados na cama em meio a lençóis sujos de esperma e eu jogado dentro da banheira, abraçado à um rodo.

Só falta um tigre pra ser um Se Beber Não Case.

Eu estava só o pó da rabiola, e sem paciência para me arrumar. Desci pra tomar café do jeito que eu estava, mesmo. Os outros três ainda ficaram pra trás para se arrumar.

Na cozinha, eu estava coando café quando ouvi a voz deles três se manifestar. E todos reclamavam de dor de cabeça, principalmente YiFan. Todos também reclamavam de dor no cu, já que os quatro haviam sido passivos.

Minutos depois, Bojing e Baekyeol desceram conversando animados e de pijamas.

– Eu até faria uma piadinha, mas estou com muita dor de cabeça para fazer isso. –Falei colocando o café na mesa.

– O que aconteceu com vocês? –Bojing indagou com as mãos nos ombros de YiFan e Tao.

– Algumas latas de cerveja e um surubão do bão. –Disse Tao com a mão na cabeça.

– E a noite de vocês? Como foi? –Indagou Chanyeol, com uma expressão maliciosa. Esta que fez o rosto de Yeol queimar de vergonha.

– Animada. Muito animada. –O chinês sorriu maldoso, recebendo um tapa no braço da parte do mais baixo.

– Eu ainda não acredito que você mandou ele me dar estimulantes, appa. –Fez muxoxo indignado.

– Só assim pra você dar essa bunda bonitinha aí. –Retruquei dando de ombros.– E admita que gostou.

Finalmente nos reunimos todos na mesa como a linda família que somos para podermos tomar café civilizadamente.

Só que não.

– Passa o leite? –Yeol pediu para Yifan.

– O leite está do seu lado, só esperando para ser chupado. –Provoquei com uma carinha sapeca, o fazendo corar.

Eu não podia deixar passar a oportunidade de fazer piadinhas de duplo sentindo com o meu bebê ex-hétero.

Tenho que rezar pra que ele seja ex-hétero, não é? Não quero ouvir nenhuma Maria-Xoxota chamando meu baby de “Oppa”. “Oppa” é o meu pau.

~❁·.·.·.·.·.·❁~

Como aquelas duas criaturas estavam atrasadas pra escola e Tao e YiFan atrasados pro trabalho, me ofereci para levá-los até a casa do saber. Eles estavam no banco de trás e Taehyung no da frente, brincando com seus dinossauros. Eu olhava pelo retrovisor do carro para os pombinhos trocando risadinhas. Que fofo, gente!

Me sinto uma sogrinha orgulhosa por meu filho finalmente sair da minha casa!

Levei primeiro o Taehyung para a escolhinha dele, e ao estacionar o carro, vi ele olhar de forma mortal para um garoto brincando no escorregador vermelho.

– Aquele é o joão biscoito que tem cheiro de leite ninho estragado, appa. –Disse baixo.

– Bonitinho ele, hein? –Fez bico.– Só que você é muito mais bonito que ele! Olhe aqui, se quiser que ele pare de pegar no seu pé, seja igual a mim: sempre tenha uma resposta na ponta da língua.

Cochichei em seu ouvido, ouvindo sua risada divertida. Pelo menos o enchi de confiança. Taehyung desceu do carro de peito estufado e nariz empinado, caminhando até o parquinho da escola. Logo, o “joão biscoito” se aproximou para bancar uma de valentão. Ele disse algo que não ouvi, mas meu filhote fez questão de falar alto só pra me dar orgulho:

– Meu diferencial é que sou igual a óleo: não me misturo com qualquer substância.

Meu orgulho esse menino, xente!

Agora, vamos ao ex-hétero e à cura hétero. Eles estavam quietinhos demais. Me pergunto o que rolou entre eles enquanto eu estava fora de órbita.

~❁·.·.·.·.·.·❁~

– Chegamos! –Anunciei ao estacionar o carro em frente a escola.

Bojing foi o primeiro a descer, sendo seguido por Yeol. Eles se encaravam como se Bojing tivesse comido a última coxa de frango assado, então Yeol saiu andando enfurecido sem nem me dar um “tchau, vai pela sombra e sai daqui porque você ‘tá queimando meu filme”.

– Eu hein! O que deu nele? –Questionei para o chinês.

– Ele disse que não gostou do que fizemos ontem e que não vai mais se repetir. –Suspirou ao escorar-se no carro.– E que nada mudou. Ele continua sendo hétero. –Foi a minha vez de suspirar.

– Isso é drama dele. Aprendeu comigo. Ele gostou sim, o problema é que ele é orgulhoso demais pra confessar. Mas depois de uns dois ou três estimulantes ele vai estar caindo de amores por você, Bojing. Fighting! –Ele riu.

– Obrigado, sr Byun. –Nos despedimos e ele seguiu para a entrada da escola.

Enquanto eu, bolava outro plano mirabolante na minha linda cabecinha. E eu já tinha a ideia perfeita.

~❁·.·.·.·.·.·❁~

– O que está fazendo? –Chanyeol indagou ao adentrar o jardim e me ver sentado perto da fogueira, servindo-me de um suco de limão e com um óculos escuros.

– Admirando minha obra de arte. Chamo de “Salvando meu filho do mundo hétero”. Lindo, não? –Joguei mais uma revista na fogueirinha que parecia dançar e se deliciar das putas feitas de papel.

– Você queimou as revistas do Baekyeol?! –Esbravejou.

– Sim. E substitui pela coisa mais maravilhosa já criada pelo homem: mangás yaoi e hard lemon. –Lhe mostrei um mangá BL.– Baekyeol nem vai se lembrar que preferiu hentai ao invés de lemon.

– Você é cruel, sabia?

– Claro, foi na base de ameaça que você se apaixonou por mim. –Sorri divertido.

Ainda me lembro do nosso primeiro encontro. Eu lhe disse “Namore comigo ou o gatinho morre”, e foi assim que começamos a namorar. Sou muito romântico eu.

Ouvi a porta de casa ser aberta, acompanhada das vozes de Taehyung e Baekyeol em mais uma discussão.

– A gente tem uma fogueira! –Taehyung gritou correndo até nós. Olhei para Yeol e ele mantia uma cara de espanto.

– Ah, oi Yeol! Gostou da fogueira? –Provoquei indo até ele.

– Não me diz que você fez o que eu acho que você fez. –Pediu mais pálido que leite em pó.

– Está bem. Não digo. Só digo que vai preferir mil vezes os mangás BL que lhe comprei. –Lhe entreguei um, indo até Chanyeol. Teo, meu patinho, veio até mim e eu o peguei no colo.

– O que você tem?! Por que não entende que eu escolhi ser hétero?!

– Eu entendo. Só não aceito. –Dei de ombros, acariciando a cabeça de Teo.

– Pois trate de aceitar porque enquanto você tentar me fazer ser uma coisa que eu não sou, pode esquecer do meu nome, que sou seu filho e que eu moro nessa casa! E quer ver o que eu faço com essa porcaria?! –Jogou o mangá na fogueira.

E eu? Eu não falei nada. Apenas o olhei como quem diz “Xingue meu OTP que eu lhe mostro com quantos tapas se faz uma cirurgia plástica”.

– Chanyeol, segura o meu pato que a porra ficou séria. –Entreguei o Teo pro maior e comecei a andar na direção do Baekyeol, enquanto este dava passos para trás.

Aqui jaz, Byun Baekyeol.


Notas Finais


Tchau


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...