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História Um alguém especial - 17


Escrita por: FrancisClay

Notas do Autor


Boa tarde meninas. Mais um capitulo pra vcs. Boa leitura.

Capítulo 17 - 17


 

— Se a Clara se casar com aquela idiota, você não estará mais aqui para ver isso acontecer. – Van dispara.

— Quer que eu fuja?

— Você voltará para São Paulo comigo. Abriremos uma agência por lá, eu tenho uma grana guardada.

— Eu não tenho nada, Van. Minha poupança foi congelada, lembra?

— O Roger vai voltar atrás e retirar qualquer queixa com relação à você. Ele me disse ontem, quando liguei avisando que iria esticar as férias.

— O quê? Por que não me disse? – arregalo os olhos, chocada.

— Ah, esqueci. Tantas coisas acontecendo… definitivamente ser sua amiga não é um marasmo. Estamos num bar, à beira-mar, tomando cervejas e divagando sobre meu futuro incerto. Van pretendia me arrastar para o boteco do Guilherme, mas não quero mais ouvir o que ele tem a contar. Se algo necessita ser dito, se alguém precisa tomar uma atitude, essa pessoa se chama Clara.

— O que o Roger disse? Me conte tudo. – peço, afundando o nariz no copo com aroma de cereais.

— Disse que entende os seus motivos, que não foi sincero com você. E ele me pareceu maduro ao telefone. Até permitiu que eu esticasse as férias e perguntou como você estava, se já o havia perdoado.

— E o que você respondeu?

Nesse ponto, ela solta uma gargalhada.

— Respondi que você nem se lembrava mais do nome dele. Agora estou rindo também.

— É verdade. – fito-a por algum tempo. – Realmente abriria uma agência comigo? Me levaria embora daqui? Mas e o Guilherme?

— Com relação ao Guilherme, nenhum estrago foi feito. Ainda tenho chances de virar as costas e partir, sem grandes sofrimentos. Estamos nos conhecendo, tenho certeza de que posso seguir adiante.

— Tem mesmo certeza disso? – incito.

— Não. Mas ah, o que importa? – ela toma minhas mãos entre as suas. – Nina, não vou abandoná-la, não a deixarei sofrer essa desilusão. Sou sua amiga até a morte e para seu total desespero, ainda seremos amigas lá no céu, ou no inferno.

— Sabe que o inferno é o mais provável, não sabe? – satirizo.

— Se sei. – ela revira os olhos e dá de ombros.

A imagem de Samantha, vestida de noiva, volta a me assombrar. Penso em seu futuro com Clara, nos filhos que terão, nas viagens que farão juntas, nas noites chuvosas em que estarão abraçadas, comendo pipoca e assistindo a filmes de terror na televisão.

Sempre assistíamos a filmes de terror, grudadas. A pipoca acabava antes do intervalo e nenhuma dos duas tinha coragem de ir à cozinha providenciar mais um balde. Eu adorava essas noites e minhas memórias fazem a cabeça latejar.

Antes que eu me perca em devaneios sobre o passado, Guilherme se aproxima, puxando uma cadeira e sentando-se ao lado de Vanessa, passando os braços por seus ombros.

Ela havia avisado onde estávamos e ele não perdeu tempo. Não quero ouvir nada, faço até menção em tapar os ouvidos, mas o bicho da curiosidade é uma merda e está me pinicando nesse exato segundo.

— Me ouça, Nina. – Guilherme suspira, paciente.

— Eu vou querer morrer, não vou? – questiono, com olhos já marejados.

— Talvez não. – ele rebate e aguarda.

— Ouça, Nina. – Van aconselha. – Ficar conjecturando não é uma boa ideia.

— Está bem, desembuche, Guilherme.

Ele joga o cabelo de lado e me prende em seu olhar galante. Umedece os lábios e respira fundo. Ansiedade e tensão se misturam na minha aura e me preparo para o que quer que seja.

— Conversamos por horas. Na verdade, até discutimos. – ele começa. – E o que ela revelou, me deixou realmente puto. De acordo com minha perdida amiga, estar com a Samantha significa uma vida tranquila, sem grandes oscilações. Agora, escolher você seria o mesmo que optar por uma vida em uma montanha-russa. Clara teme o fantasma de um abandono, de um novo sofrimento sem precedentes.

Cerro as pálpebras, abatida. Samantha é a segurança e eu represento uma ameaça à sua felicidade. Clara não confia em mim, muito menos no meu amor. E isso dói horrores.

— Eu já esperava por algo assim. Clara nunca será capaz de me perdoar. – reflito.

— Não é bem assim, Nina. Ainda tenho esperanças. – Guilherme revela.

— Por que diz isso? – Van pergunta e a expectativa paira no ar.

Guilherme pensa bem no que dizer a seguir. Fita meus olhos marejados e inclina o corpo para a frente, tocando minhas mãos trêmulas. Ele as aperta, bem de leve e então, solta a bomba:

— Porque ela me confidenciou que ama você, Nina. E é um amor que a enlouquece e ao mesmo tempo a amedronta. Nada que seja novidade para mim, mas a forma como ela disse isso, cara, foi de abalar os céus.

Vanessa sorri enquanto eu choro, ainda com as mãos de Guilherme sobre as minhas. Tombo a cabeça na mesa de plástico do bar e deságuo ali mesmo a tragédia na qual estou inserida. A culpa é minha, eu cavei essa situação toda e enterrei a única chance de ser feliz.

— Nina, daremos uma festa para a Clara, uma espécie de despedida de solteiro. Está tudo armado para um luau lá em Trindade, já contratei a banda e convidei uma galera. A Samantha não irá, aliás, proibi que dessem com a língua nos dentes. O Espírito ficou com a incumbência de levar a Clarinha, sem que ela suspeite de nada.

— Não é uma festa que eu deva ir né? – digo, entre soluços. Se ela me vir lá com certeza sairá correndo e não olhara pra trás. Afinal represento algo que pode ameaçar seu sossego e tranquilidade.

— Ah, qual é, Nina. Deixa de ser pessimista. Afinal você quer ficar com ela ou não. Poxa!!!! – ele sacode a cabeça para os lados. – Eu gostaria muito que fosse, pode ser sua última chance de salvá-la.

— Não sei se devo. Eu realmente queria que ela tomasse uma atitude por vontade própria, sem eu ter que me expor, sem precisar de artifícios sedutores. – explico.

— Não estou pedindo que faça nada, apenas que esteja lá. É só para cutucar a onça, entende? O que você tem a perder?

— Prometo pensar sobre isso, Gui, de verdade.

 

                                                                                         ≈≈≈

 

Esse pensar não demorou muito afinal se eu tinha uma certeza nessa vida era que Clara devia ser minha...pra sempre. Como deveria ter sido desde do início e eu burramente consegui destruir tudo que tínhamos. Mas não é hora de lamentar. Então estou pronta para a despedida de solteira da Clara.

É claro que quero impressioná-la, talvez seja minha última chance. Fiz todo o ritual conforme manda o figurino: banho demorado, hidratante para mãos, pés, corpo, olhos, seios, barriga, joelhos… aff, nem eu sabia que existiam hidratantes para todas as partes do corpo. São todos da Vanessa, a maníaca por produtos de beleza.

Passo um rímel, faço um olhar de gato bem marcado, uso um gloss apenas para dar um brilho nos lábios. Vanessa seca meus cabelos curtos, deixando-os bagunçados e volumosos. Segundo ela, estou prontinha para matar.

No espelho de corpo inteiro, checo o visual e adoro o que vejo. O vestido preto é curto, esvoaçante e levemente transparente. As rasteiras pretas de verniz serão destruídas pela areia da praia, mas nem estou ligando para o fato. Os brincos de argola prateada cintilam e balançam de cá para lá conforme caminho. O bracelete de couro trançado com pontos de strass está um luxo no punho esquerdo.

Será que estou me esquecendo de algo?

Van sacode a caixinha preta na altura dos meus olhos. Ela quer porque quer que eu use a aliança de compromisso que a Clara me deu há dez anos. Aí é apelação demais, não?

Enquanto discutimos os pormenores, a porta do quarto se abre e minha mãe solta um suspiro surpreso. Seus olhos correm de baixo para cima e de cima para baixo sobre a minha figura.

— Uau, Nina. A Clara não resistirá a isso. – ela diz, com um sorriso satisfeito nos lábios.

— Não é mesmo? – Vanessa concorda, ainda me estendendo a caixinha.

— Eu ainda não estou certa disso. – afirmo, cabisbaixa. – E pare de esfregar essa caixa nas minhas fuças, não vou usar a aliança e ponto final. – atiro, num rosnado.

— Por que não? – mamys resolve interferir. – Ah, esse seria um golpe de mestre. – ela pega a caixinha das mãos de Van, checando o conteúdo. – Esse pequeno objeto mexerá com sentimentos adormecidos, trará a tona os motivos pelos quais a Clarinha comprou essa aliança para você, Nina.

— Mãe, como psicóloga você deve saber que o efeito pode ser contrário. Ela se lembrará que a deixei exatamente por causa desse elo, do medo em me comprometer. – revido.

— Não mesmo. – minha mãe retruca com sua famosa expressão “eu sei de tudo”. – Se você estiver usando a aliança, garanto que a Clara ficará tão chocada que o abandono passará batido.

— Mandou bem, tia Lili. – Van concorda com minha mãe mais uma vez, para meu total desespero.

— Me dê essa droga aqui. – enfio a aliança no dedo anelar da mão direita. – Satisfeitas?

— Ah, agora sim você está perfeita. – Van levanta o polegar para cima, aprovando.

— Nina, faça o que precisa para não se arrepender mais tarde. – conselho de mamys com o aval de Vanessa. Oh céus, essas duas estão num complô contra mim.

Com um abraço para lá de sufocante, minha mãe deixa claro que está ao meu lado nessa empreitada. Segundo ela e um estudo cármico que fez da minha pessoa, meu único destino é o caminho para a felicidade plena. Como não acredito muito nessas coisas esotéricas, continuo na mesma, sem saber o que esperar.

 

                                                                                        ≈≈≈

 

No estacionamento da pousada, cruzo com meus avós que voltam de uma caminhada noturna. Estão de mãos dadas e a cena é linda, merecia uma trilha sonora melosa de fundo. Como não tem, minha mente fértil providencia uma rapidinho, daquelas bem bregas.

Os dois me encaram com um sorriso idêntico bem preso aos lábios. É um incentivo, um empurrão para que eu não desista. Vanessa e Espírito deram com a língua nos dentes e até o porteiro sabe o que aprontarei nas próximas horas.

— Independente do que aconteça nesse luau, saia de lá com a cabeça erguida, Nina. – meu avô toca os meus ombros. – E lembre-se: o que é seu, ninguém pode tirar.

— Diga isso mais alto, talvez os anjos sejam surdos. – satirizo minha cruel situação.

— Sempre tive certeza de que você e Clara foram feitas uma para a outra, assim como seu avô e eu. – vovó ajeita a alça do meu vestido. – Só a morte pode separar almas gêmeas, Nina.

Gente!!! Uma ressalva pra essa família maravilhosa que tenho. Nunca comentei mas ter o apoio de minha família enquanto me descobria ao lado de Clara foi muito importante pra mim. Na verdade, quem não levava muita fé nesse relacionamento era eu. Sempre tive a certeza de ter Clara em minha vida e talvez por isso não dei o devido valor que ela merecia pelo que representava. Seus sentimentos sempre foram puros, honestos e sinceros e eu na minha vida tresloucada coloquei tudo a perder. Deus!!! Porque??? Porque sempre procurei o caminho mais difícil. Resumindo nisso tudo....Parabéns pra mim pela família maravilhosa que tenho e que também as vezes...as vezes não...com uma frequência assustadora nunca dei o valor devido. Sinceramente, quantas pessoas gostariam de ter o apoio que essas pessoas maravilhosas me deram.  Saio de meus pensamentos solitários e enfim respondo minha avó querida.

— Samantha é a morte. – reviro os olhos.

— A Samantha é uma chata de galocha, isso sim. – vovó fecha a cara e sacode a cabeleira repleta de laquê, provavelmente tentando afastar a imagem daquela mimada da cabeça.

— Não estão atrasadas? – vovô checa seu relógio de pulso.

— Vou ligando o carro. – Van se despede dos meus avós e caminha para o Peugeot.

Suspiro alto e aqueles morcegos vampiros revolvem ansiosos no meu estômago. Sinto como se estivesse a caminho da execução, colaborando com meu carrasco, hiper feliz e saltitante por estar prestes a ser enforcada em praça pública. Lê-se: sinto-me uma idiota.

Talvez eu tenha uma chance, mesmo que ínfima. Preciso me agarrar a isso, com as unhas cor de biscate que esmaltei após o banho. Quero acreditar que nem tudo está perdido, que posso reverter a grande merda que aprontei há dez anos.

— Confie no destino, Nina. – vovô toca meu rosto e ganho um beijo na testa.

— Obrigada, vô. Valeu mesmo, vó. – agradeço, com a voz embargada. – Não tentarei dissuadi-la, mas espero que ela me escute e perdoe os meus erros do passado.

 

                                                                                        ≈≈≈

 

A caminho de Trindade, recebo uma ligação inesperada do meu velho. Minha mãe contou a ele tudinho, inclusive o detalhe sobre a aliança que sustento na mão direita. Achei que seria repreendida, mas estava redondamente enganada.

Meu pai deu a maior força, dizendo que Clara não será feliz ao lado daquela “patricinha metida a besta”. Hum, meu velho não costuma apelidar as pessoas ou mesmo julgá-las. Nunca imaginei que essa era a visão dele com relação a mimada da Samantha. Sorri perigosamente ao fato. Tenho o apoio de todos com os quais me importo, o que poderia dar errado, afinal?

Pensando melhor sobre isso, tudo pode dar errado.

Vanessa para o carro e dou uma sacada na praia. O lugar está cercado por uma atmosfera festiva, convidativa. Há muitos carros e pessoas circulando sobre as areias, sentadas em torno de mesas adornadas com flores e candelabros.

Tochas iluminam o corredor que nos levará à festa. Há um bar sobre um tablado e um barman executa uma performance impossível com três garrafas coloridas de bebida.

Sobre um palco, a música rola solta, com direito a banda, backing vocals e dançarinas ao estilo Ula-Ula. Por um momento, seguro a respiração, rememorando meu primeiro luau, aquele beijo que não saiu como previsto.

Minha relação com Clara começou nessas areias e talvez termine aqui. Quero chorar, mas contenho as lágrimas. Não estou a fim de borrar meu olhar de gatinho, tão complexo e certeiro.

Vanessa toma uma das minhas mãos. Eu a encaro, incerta. Ela me devolve um sorriso compreensivo e ao mesmo tempo, motivador. Não quero que minha história com a Clarinha termine aqui. Não posso conceber a possibilidade de viver sem ela. Demorei para entender isso, mas agora que a ficha caiu e levei uma direita certeira do meu ego, sei que a felicidade está logo ali, ao lado do meu homem perfeito.

Céus!!! Errei de novo, mas por favor relevem estou muito nervosa e realmente meu coração está pulando pela boca de tanta ansiedade. Então corrigindo e espero que essa seja a ultima vez. Clara é a minha pessoa....É minha mulher perfeita e não será de mais ninguém. Pronto meu ego resolve dar o ar de sua graça novamente.  – dou um misto de sorriso amarelo com um longo suspiro. Enfim.... Quase tenho um infarto ao me deparar com a visão a minha frente. Já estou arfando por conta.

Aliás, tenho que me segurar para não dizer um palavrão. Clara só pode ter feito de propósito. Está deslumbrante num vestido branco que se move ao balanço do vento. Ah!!! Antes que eu desmaie de vez seu vestido tomara que caia esta maravilhosamente ajustado em seus seios fartos....volumosos, deliciosos. Minha respiração se torna cada vez mais irregular e pra completar o cenário o mesmo é alçado diversas vezes pelo vento revelando suas pernas torneadas e incrivelmente malhadas. Perai....ja mencionei os cabelos??? Então...seus cabelos dourados estão levemente bagunçados devido à brisa morna que vem do mar. E para o gran finale seu sorriso...Deus!!! me mate agora que morrerei feliz. Seu sorriso esta iluminando a praia muito mais que as tochas acesas pra essa finalidade. Obvio que ela não me viu ainda né? Porque tenho certeza que apagaria seu sorriso com a facilidade do movimento do vento que nos balança nesse momento.

Cara, ela está incrivelmente, absurdamente, despudoradamente linda! Arquejando, forço-me a seguir Vanessa pelo corredor de tochas flamejantes. Quando os morcegos começam a bater asas no meu estômago, vacilo. Minha amiga lança aquele olhar “se não andar logo lhe darei um soco” e diante de tamanha insistência e ameaça, volto a caminhar.

A festa começou há duas horas e nosso atraso foi previsto e maquinado por Guilherme. Segundo ele, uma entrada triunfal e inesperada causaria o efeito tanto desejado.

Será?

Clara ainda não nos viu. Guilherme aproxima-se apressadamente, com dois copos de chopp em mãos. Quando me vejo com a bebida, viro numa golada só. Preciso tanto de coragem!

— E agora? – lanço a pergunta para o vento.

— E agora nada. Você fingirá que ela não está aqui. – Gui aconselha e sorri, satisfeito com seu plano diabólico. – Divirta-se, beba, converse com a galera, seja você mesma. Mas em nenhuma hipótese aproxime-se da Clarinha.

— Como assim? – reviro os olhos, estressada.

— Lance olhares furtivos para ela, nada mais. – Vanessa arremata. – Duvido que ela não a pegará pelo braço e a levará para uma conversa a sós. Duvido!

— Vocês dois deveriam ganhar dinheiro com isso. – bufo, contrariada. – E se ela não se aproximar? Vocês mesmos disseram que essa é minha última chance.

— Confie em mim. – Guilherme pega o copo vazio da minha mão. – Sei bem como funciona o cérebro de minha amiga. Ela ficará intrigada com a sua presença e mais: ficará possessa por não ter ido até lá, cumprimentá-la. Sacou, Nina?

— Saquei.

— Mais chopp? – Guilherme oferece e realmente estou necessitada.

— Certo, me dê o barril todo.

 


Notas Finais


Bom...acho que teremos fortes emoções no próximo capitulo, tipo ou vai ou racha então... Ate quinta que vem e um bom fim de semana.
Bjos
Fuuuiiiiii


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