História Um amigo , um amor. - No escuro

Elisa Pov On

Saio da cozinha e me dirigo para o meu quarto quando a campainha toca, mudo meu caminho e vou até a porta e abro a mesma.

—Oi! -O coreano fala  com um sorriso esboçado no rosto.

—Oi Jiminnie!! -Respondi dando passagem e ele entra.

—Você quer jantar? -Perguntei, já que normalmente quando ele vem esse horário, janta comigo.

—Ne... Por favor! -Ele responde.

O rapaz deixa sua mochila no sofá e depois me segue até a cozinha se sentando na mesa.

—Adivinha quem eu vi hoje, lá no café?! -Ele falou apoiando seu queixo nas mãos e os cotovelo na mesa.

—O Namjoon foi lá te encher de novo? -Respondi colocando o prato sobre a mesa para ele se servir, eu tinha acabado de jantar naquela hora, então a comida ainda estava quente.

—Anyo, é uma garota! -Ele começa. —Ela brincava com a gente, mas foi embora. -Ele falou me fitando.

Fiquei em silêncio, pensando no que ele tinha falado, ninguém vinha a minha cabeça, mas então lembrei de alguém.

—Anyo... Não pode ser! Você está brincando Jimin! -Respondi perplexa.

—Não estou... Eu realmente vi ela! A Eunbi está em Seul! -Ouvir suas palavras e logo me veio as péssimas lembranças ao lado daquela menina.

—Anyo, ela vai voltar a morar aqui? -Pergunto torcendo para a resposta ser não.

—Não! Ela disse que veio a passeio! -Jimin sorriu quando viu minha cara de alívio.

—Ainda bem! -Coloquei minha destra no peito e suspirei aliviada.

—Não sei qual é o problema de vocês, ela sempre foi gentil comigo. -Ele falou começando a se servir.

—Com você Jimin! Agora, tudo o que eu fazia, era motivo para aquela garota arrancar as cabeças das minhas bonecas ou cortar minhas roupas. -Comecei. —Agradeci por ela ter ido embora. -Falo me sentado na mesa também, enquanto Jimin janta.

Elisa Pov Of

Jimin Pov On

—Jiminnie! Vou na sala procurar algum jogo para passamos o tempo. -A garota falou e apenas assenti com a cabeça, então ela se direcionou para o cômodo.

Levantei da mesa, fui até a pia e comecei a lavar meu prato. Quando terminei, desliguei a torneira e comecei a andar na direção da mesa, quando a energia vai embora, tudo ficou escuro, não enxergava um palmo a minha frente.

—Aish... -Resmuguei e logo escuto a Elisa dá um grito na sala.

De reflexo, deixo o prato que ainda segurava em cima na mesa e saio correndo, mesmo sem enxergar e acabo batendo meu joelho na cadeira da mesa.

—Aiaiaiai...!! -Resmuguei irritado, parando de correr para segurar meu joelho que doía.

—JIMIN? -A garota grita mais uma vez e começo a andar, não quero esbarrar em mais nada pelo caminho.

—Já estou indo! -Grito com minhas mãos levantadas, apalpando o ar, enquanto andava a procura da garota na escuridão.

—Jimin...! -A garota choraminga e percebo o som da sua voz mais alta, acho que estou perto dela.

Dava pequenos passos para  não esbarrar em nada, continuei com minha mãos levantadas procurando por ela, até que toco em alguma coisa macia, paro de andar e sinto que toma conta da palma da minha mão, acho estranho não me lembro de ter tocado em algo assim por aqui, minha curiosidade fala mais alto então fecho a mão, apertando com os dedos.

—Aaaaaaaaaaahhh! -Ouço um grito ensurdecedor e me assusto, dou alguns passos para trás, quando esbarro em alguma coisa, caindo logo em seguida de bunda no chão.

—Jimin? -Ouço a voz feminina e logo sinto suas mãos percorrendo meu corpo até chegar em meu rosto.

—Por que gritou? Quer me matar?" -Pergunto irritado, graças ao grito dela que me encontro no chão.

—Miane, eu me assustei! -Ela responde.

—Com o que? -Pergunto ainda sentado no chão.

—Acho... Eu acho...-Ela começa, mas gaguejava.

—Acha o que? -Pergunto sem paciência.

Ela ficou em silêncio, mas logo me responde. —Acho que senti pegarem no meu peito. -Ela fala quase que em um sussurro, mas pude entender perfeitamente e na hora meu coração palpitou mais rápido, pude sentir meu rosto esquentar. Então, aquilo que eu apertei...

—Jimin? Você tá me escutando?" -Ela resmunga agarrando meu braço.

—Ah, ne... Estou! -Respondi tentando me acalmar, tentando fazer meus batimentos voltarem ao normal.

—Então, acho que alguém me tocou.. -Ela continua,  mas logo a interrompo.

—Anyo... Pare de pensar besteiras! Foi tudo sua imaginação. -Falo tentando faze-la mudar de idéia.

—Mas... -Ela tenta argumentar e a interrompo mais uma vez.

—Não tem como ninguém ter te tocado tampinha, só tem nós dois aqui. -Falo, mas logo me arrependo.

—Só tem nós dois aqui ne...-Ela repetiu o que eu disse e pude sentir seu tom de voz, mudar de doce para agressivo. —Jimin, eu te mato! -Ela exclama e sinto novamente suas mãos no meu peito, mas dessa vez me afasto em segundos, começando a enguatear para longe dela sem rumo, não consigo ver nada nesse escuridão.

—Volta aqui Jimin! -Ela exclama novamente.

—Anyo... Foi sem querer Elisa... -Falo com medo do que ela pode fazer comigo.

Me sento e me encosto na parede, apenas escutando os sons ao meu redor, tentando saber onde ela está.

Os barulhos parecem está perto, me levanto e dou alguns passos lentos para o lado, quando a energia volta e vejo a Elisa não muito longe.

Assim que meus olhos se encontram com os dela, disparo para o sofá que estava entre nos dois para fugir dela.

—Para Elisa, foi sem querer... -Falo correndo ao redor do sofá, enquanto ela corre atrás de mim.

—Vem aqui seu pevertido! -Ela fala ainda irritada.

—Omo... Não sou pevertido! Estava escuro e eu não vi o que apertei." -Respondo em minha defesa.

—Não viu, mas sentiu! -Ela fala e pula por cima do sofá me agarrando pelo ombro, nos fazendo cair no chão.

—Anyo... Socorro..-Choramingo e ela pega uma almofada e começa a me bater várias vezes com ela. Me protego colocando as mãos na cabeça.

—Cansou? -Pergunto depois que ela para com a série de travesseiradas.

—Ne...-Ela responde.

—Satisfeita? -Pergunto ainda me protegendo com os braços e ela me olha séria. —Miane, foi sem querer ... -Falo esboçando um sorriso.

—Ok ... Mas, que não aconteça mais! -A garota fala com seriedade.

—Mas, a culpa foi sua... -Respomdo me levantando.

—Omo.. Por que a culpa foi minha? -Ela pergunta também se levantando.

—Se você não ficasse gritando, eu não iria ficar como um louco te procurando as cegas.. -Falo a fitando.

—Mas, você sabe que tenho medo de ficar no escuro. -Ela responde e olha para o chão.

—E por que não pegou seu celular? -Pergunto.

—Porque estava no quarto! -Ela responde. —E onde estava o seu? -Ela pergunta.

—No sofá, dentro da mochila. -Respondo pegando a mesma e coloco no ombro. —Agora tenho que ir! Está ficando tarde. -Falo e ela assenti com a cabeça. Caminho para a porta e ela me acompanha.

—Até amanhã! -Falo acenando para a Elisa que estava em pé na porta, enquanto me olhava ir embora.

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