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História Um amor difícil. - Capítulo - 20.


Escrita por: JuuhUzumaki

Notas do Autor


Gente sei que a capa não tem nada haver com a fic. Mas vou mostra a foto do moço que ocupa meu tempo.

Boa leitura.

Bjs gato garotos e gata garotas.❤😍

Capítulo 20 - Capítulo - 20.


Fanfic / Fanfiction Um amor difícil. - Capítulo - 20.

Sakura On:
— Vc pode me ligar? O Naruto oi preso, preciso de dinheiro pra fiança. — Essa Era a mensagem de Shikamaru.
Puta merda. Minha pulsação acelerou. Que idiotice eles tinham feito? Provavelmente entrado numa briga de bar ou algo parecido. Ou talvez ele não tivesse pagado as multas de trânsito.
Apavorada com a imagem do Naruto sendo fichado, apertei o botão para ligar para o Shikamaru.


— Oi — disse ele, atendendo imediatamente e parecendo sem fôlego. — Você tem como me emprestar setecentas pratas pra pagar a fiança dele? É mil e cinquenta, e eu só tenho trezentos e cinquenta. Vou deixar com a Ino e ele entregará a Sasuke.

— Tenho. — Isso ia causar um rombo na minha conta corrente, mas eu tinha o dinheiro, e era tudo que importava. — O que aconteceu? Onde você está?

— Fui pra casa pra ficar comas crianças. Em quanto tempo você consegue chegar na casa de Sasuke?

Merda. Virei e vi meu pai e a Yuno me observando. Eu não ia pedir carona para eles de volta hoje. Não ia pegar bem. Especialmente pelo motivo.

— Umas duas horas. Qual é a acusação? — perguntei baixinho, tentando decidir quanto ia contar aos adultos no ambiente.


— Posse de substâncias controladas.

— Posse? — repeti, chocada, destruindo imediatamente o plano de ser vaga na frente do meu pai. — Quer dizer drogas? Que merda.


— Eram da mãe dele, óbvio. Não sei muito bem o que aconteceu, porque eu só consegui falar com ele por um minuto, mas o Naruto disse que eles tinham saído e ele foi abordado por um policial num estacionamento. Ele tentou ligar para o Sasuke, que não atendeu. Estou tentando faz meia hora e também não consigo fazer contato. Estou indo para a casa dele.


— Onde está a mãe de vocês?

— Vai saber. Ela não foi presa com o Naruto, então foi embora.

Aquilo era bizarro. Como ele conseguiu ser preso e ela não, quando ela estava o tempo todo chapada?

— Bom, é claro que foi um mal-entendido. É só a gente esclarecer as coisas.


Shikamaru, que cresceu com irmão Naruto, pareceu em dúvida.


— Não sei. Posse é posse, Saky. Não dá pra escapar.

— Eles não vão fazer um exame pra ver que ele não usa nada? —Devia haver um jeito de provar que as drogas não eram dele.

— Não sei. Olha, só vai pra casa do Sasuke assim que puder. Manda-me mensagem.

— Tudo bem. Tchau. — Respirei fundo e olhei para o meu pai e para a Yuno. Eu não tinha escolha. Precisaria pedir carona. — Vocês podem me levar de volta para a faculdade hoje?

— O quê? Por quê? E por que você estava falando de drogas? — A veia na testa do meu pai estava pulsando.

— Lembra que eu falei que a mãe do Naruto é meio confusa? Então, ela machucou a coluna sete anos atrás e ficou viciada em remédio pra dor. O vício foi piorando e, embora eu não saiba exatamente o que aconteceu, porque o Shikamaru também não sabe, parece que ela estava com o Naruto e a polícia parou os dois, e acho que tinha drogas no carro. Ele foi preso, apesar de nunca ter usado nada dessas coisas, e eu preciso ir até lá pagar a fiança.



Imaginei que, se eu não parasse para respirar, conseguiria explicar tudo antes de ele surtar.
Mas não fez a menor diferença.

— O seu namorado foi preso por posse de drogas? — ele rosnou. — Você está brincando?

— Não. Não foi culpa dele. Ele não usa drogas. Você viu. Ele e o irmão mais velho mantêm a casa em pé, apesar de todos os problemas com a mãe.

— Então você andou frequentando e cozinhando numa casa onde tem uma viciada? Onde tem drogas? — Ele estava elevando o tom de voz.

— Ela nunca está lá quando eu vou. E não tem cachimbos de metanfetamina espalhados pela casa. São remédios. Ficam no bolso dela, sei lá.

— Meu Deus do céu. — Meu pai passou as mãos no cabelo e empurrou os óculos para cima.

— Não acredito que você está sendo tão indiferente em relação a isso. Você sabe o risco que está correndo? Não posso acreditar. Estou enjoado.

Ele realmente parecia enjoado. Mas eu também estava. O Naruto estava preso. Ele não entendia o significado disso?

— Podemos conversar sobre isso no caminho? Não quero que o Naruto fique lá mais tempo que o necessário.

Meu pai sacudiu a cabeça, incrédulo.

— Você realmente espera que eu dirija uma hora até lá no seu fim de semana em casa para você pagar a fiança do seu namorado drogado?

— Não chama o Naruto de drogado! — protestei. — Acabei de explicar a situação. Não é culpa do Naruto se a mãe dele tem problemas. Ele está fazendo o melhor que pode pra cuidar dos irmãos.

— Olha, eu gostei do Naruto. Ele parece um cara legal e, sim, é admirável que ele queira cuidar dos irmãos. Mas você já refletiu sobre isso, Sakura? Que tipo de futuro ele tem? Você está me dizendo que a mãe dele é uma viciada? Eu não quero você envolvida nisso de jeito nenhum. Deixe outra pessoa pagar a fiança.

— O Sasuke, amigo dele, não tem dinheiro suficiente — falei entre dentes. — O irmão dele vai deixar o dinheiro com o Sasuke, ele está cuidando dos pequenos. Eu não posso simplesmente deixar ele lá!
— Eu te levo — disse a Yuno.
Meu pai virou a cabeça bruscamente para encará-la.

— Não leva, não! A Sakura é minha filha.

— Que por acaso tem vinte anos e quer fazer a coisa certa e ajudar um amigo. Você vai ter tempo suficiente para dar sua opinião sobre a segurança dela depois.


— Yuno — disse meu pai, com a voz rígida e tensa.
Oh-oh. Agora eles iam discutir por minha causa. Tudo que eu não precisava.

— Não briguem gente, sério, eu não quero isso — implorei. — Posso pegar o carro emprestado e ir até lá? Eu trago de volta amanhã, prometo.

Meu pai ponderou por um momento, mas finalmente disse:

— Não, eu te levo. Não quero você dirigindo nervosa desse jeito.

— Obrigada, pai. — Fui pegar a bolsa e o casaco.

— Sakura?

— Sim? — Virei e vi meu pai parado na cozinha, com a testa enrugada de preocupação.

— Você se dá conta de que, se estivesse com ele, também poderia estar presa neste momento?
Isso poderia arruinar a sua vida.

Estremeci. Eu não tinha pensado nisso. Mas, por outro lado, eu quase não via a mãe do Naruto. No entanto, eu tinha estado com o Naruto quando ele estava com drogas.

— Isso não é a mesma coisa que ser pego com uma cerveja numa festa da faculdade. Posse de drogas é coisa séria.


Foi o que o Shikamaru disse. Acho que eu sabia, mas não queria pensar no assunto naquele momento. Então simplesmente fiz que sim com a cabeça.
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Foi uma viagem tensa. Seguíamos em silêncio por uns dez, quinze minutos, depois meu pai de repente começava a me dar um sermão.


— Onde ela consegue as drogas? — ele perguntou em algum momento. — Têm traficantes entrando e saindo daquela casa?


— Não. — Não que eu soubesse. — Acho que ela tem uma amiga que consegue pra ela.

— Onde ela consegue dinheiro? Roubando ou se prostituindo?

— Ela gasta a maior parte da pensão por invalidez com as pílulas. — Eu suspeitava de que a casa estava em processo de execução de hipoteca, porque tinha visto uns papéis jogados sobre a mesa da cozinha na última vez em que fui lá, mas o Naruto não tinha falado nada.

Ele bufou de desdém.

— Claro.

— Achei que você tinha dito que a gente não deve julgar os problemas dos outros. — Não que eu quisesse defender a mulher, não mesmo. Eu odiava o que ela tinha feito com os filhos por causa do vício.

— Claro. Só que ela pôs os filhos em risco e agora pode pôr a minha filha em risco. Minha simpatia por ela se esgotou. Existe uma coisa chamada reabilitação quando você quer ajuda.

Eu não podia argumentar contra isso. E nem queria. Eu também pensava assim em relação à mãe do Naruto. Embora fosse fácil entender que o vício tinha saído de controle, não era muito fácil entender a forma como ela tratava os filhos. Não importava se ela não era fisicamente violenta com o Mai e Takashi.


O silêncio durou de novo quase vinte minutos, até ser interrompido pelo meu pai:

— Você sabe que nenhum hospital vai contratar um cara condenado por posse de drogas, não é? Vão ter medo que ele roube metade das drogas da ambulância.


Olhei para ele no escuro, horrorizada. Isso nunca tinha me ocorrido, mas certamente parecia uma possibilidade muito real.

— Ai, meu Deus. — Meu lábio começou a tremer, e eu comecei a chorar. — Depois de ele se esforçar tanto...


Meu pai pareceu perceber que a especulação tinha ido longe demais e se apressou para me acalmar.

— Isso se ele for condenado.
Paramos no balão em frente ao meu dormitório.

— Você consegue pegar sua mala sozinha ou precisa de ajuda? — ele perguntou o clima entre nós estranho.

— Consigo. É só uma mochila. — Eu havia planejado passar o fim de semana de pijama ou com a mesma calça jeans. Tinha feito uma mala leve e não esperava voltar para o campus na sexta-feira. Meu quarto estaria solitário, o dormitório assustadoramente silencioso, já que todo mundo tinha viajado no feriado.

— Me dá notícias.

— Pode deixar. Obrigada, pai. Por tudo.

Então, como eu era eu e ele era ele, não falamos mais nada. Esse era o limite da emotividade que a gente conseguia alcançar, e enquanto saía do carro eu já estava mandando mensagem para o Sasuke para avisar que tinha chegado. Quando olhei de volta para dar tchau, vi que meu pai estava falando ao telefone, provavelmente ligando para a Yuno para acertar as coisas.

O Sasuke disse que chegaria a dez minutos para me pegar, então fui até o meu quarto e desfiz a mochila, tentando arrumar um jeito de entrar em contato com os irmãos do Naruto. Eu estava preocupada com eles.
Mas, principalmente, eu estava preocupada com o. O que eu sabia das prisões vinha da
Tevê e dos filmes, mas eu achava que na vida real elas também eram locais deprimentes e violentos. Eu não queria imaginar meu namorado ali, com um cara enorme cheio de atitude empurrando-o só para intimidar. Ou coisa pior.

Depois de alguns minutos andando de um lado para o outro, desci para esperar no saguão.
Quando vi o Sasuke chegando no carro do Naruto, eu me senti pior.

— A gente precisa passar num caixa eletrônico — falei ao entrar. — Eu não quis pedir pro meu pai parar.

— O que você falou pro seu pai? — ele perguntou, parecendo tão preocupado quanto eu. O cabelo estava despenteado, e ele estava usando o moletom ao contrário, a etiqueta aparecendo debaixo do queixo. Parecia ter sido arrancado da cama

— Falei a verdade, até onde eu sei. Ele surtou claro, mas vai passar. — Assim eu esperava. — Que bom que você atendeu ao telefone quando o Shikamaru ligou. — Agora que eu pensei no assunto, me perguntei por que ele não tinha ligado para mim. Provavelmente porque sabia que eu estava à uma hora de distância e sem carro.

— Eu estava dormindo. — Isso confirmou minhas suspeitas. — Mas, por algum motivo, atendi. Nem sei por que, mas foi bom.

— Você sabe pra onde a gente tem que ir?

— Sei. Já paguei a fiança de uma ou duas pessoas na vida.

— Você sabe qual é a sentença por algo desse tipo se ele for condenado? — perguntei. Eu

— Ele é réu primário — disse o Sasuke, parando o carro no drive-thru do banco. — O que não conseguia nem pensar que ele pudesse ser preso, mas o que eu sabia do assunto? Isso não respondia à minha pergunta, mas agora não era hora de me preocupar com isso. Ele pegou meu cartão e enfiou na máquina, e eu falei a senha. Vinte minutos depois, estávamos entrando na delegacia. Fiquei perto do Sasuke, desconfortável com os sons, o cheiro e a aparência do lugar. Era simples e sujo, com guardas apáticos e atendentes grosseiros. Todo mundo parecia infeliz, e o ambiente tinha cheiro de cê-cê. Eu o deixei cuidar de toda a conversa, da papelada e do processo de pagamento. Depois, esperamos durante quarenta e cinco minutos num banco de madeira enquanto o Sasuke tentava me distrair com piadas de seus comediantes favoritos. Eu sorri e tentei reconhecer seu esforço. Ouviam-se gritos e um murmúrio psicótico, e o aquecimento parecia estar desligado. Eu estava encolhida no casaco, com as mãos enfiadas nos bolsos, desejando estar em qualquer lugar, menos ali. Claro que eu sabia que devia ser dez mil vezes pior para o Naruto, preso do outro lado.
Mas ele finalmente saiu por uma porta eletrônica e veio na nossa direção.


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