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História Um Amor em meio ao Caos - Pessoas que se vão e outras que chegam


Escrita por: anna_knup

Notas do Autor


Olá :)
Man essa é minha primeira Fanfic
MDS... nervosa como se fosse uma virgem...rsrsrsrs

Descurpe qualquer erro prometo ir melhorando
Espero que vocês gostem

Capítulo 1 - Pessoas que se vão e outras que chegam


Fanfic / Fanfiction Um Amor em meio ao Caos - Pessoas que se vão e outras que chegam

Era só mais um dia de correria no jornal quando o pessoal da censura entrou, todo tintilar das maquinas de escrever param.  Já estávamos acostumados a ver eles por aqui, porém  hoje se encontravam três soldados atrás do censurador. Deus! sabíamos o que aquilo significava, eles levariam alguém.

O medo pairava no ar, só se ouvia o barulho do pesado coturno militar. Eles caminharam, marchando lentamente se aproximaram e senti meu pulso acelerar, meu suor escorrendo por minha testa e eu continuava imóvel apenas analisando.

Os quatro param em linha reta na frente da mesa do Henfil, então o censurador disse com a voz potente.

- Senhor Henrique de Souza Filho você esta sendo levado para interrogatório.

Henfil tentou protestar mas fora jogado no chão e algemado por um soldado o arrastando para fora. Assim que passou por mim ele me olhou com um olhar de desespero, entendendo seu pedido de ajuda. Assim ele se foi.

Henfil era um grande amigo, foi ele que conseguiu esse emprego pra mim aqui na redação, nos conhecemos em uma confraternização em sua casa, fui convidada por seu irmão Betinho, no caso meu professor de sociologia da USP. Nessa mesma confraternização conheci o Aldir, João Bosco e Chico Buarque. Foi a partir dai que resolvi também escrever minhas musicas que em sua maioria era minha arma contra a ditadura.

Assim que meu expediente acabou ás 18:00 eu corri para casa do Aldo, que era nosso advogado um dos pouco que nos ajudam. Corri sobre as ruas desviando das pessoas que saiam do trabalho, a tarde começava a cair e o pavor me tomou conta eu tinha que ser breve a noite está chegando e é a essa hora que as torturas no Deops começam.

Cheguei a casa do advogado depois de 10 minutos de corrida  e dei graças a Deus por sua casa ser próxima da redação. Parei em frente a casa tradicional de Jardim Paulista, muros baixo e o portão de mesma altura em uma pintura amarelada.

Bati palma e vejo sua mulher, dona Rosa sair para fora com um olhar meio assustado, porem acolhedor assim que me vê.

- Dona Rosa, será que possa ver seu Aldo? É assunto de urgência – meu olhar suplicante revela tal importância do assunto.

- Claro menina! Entre, vou chama– lo – me acolheu dentro de sua casa e foi se ao longo do corredor.

Meu pavor aumentava conforme as horas com a cabeça apenas no que podem estar fazendo ao meu camarada Henfil. Ouço barulho de passos e me viro para olhar o homem que se aproxima.

- Lauren o que aconteceu!? – vejo seu estado uma calça de pijama e uma camisa branca lisa.

- O pessoal do Deops levou o companheiro Henfil – falo correndo com desespero na voz

- tudo bem, olhe eu nada posso fazer a essas horas mas vou preparar uma ordem jurídica para tira- lo de lá, amanhã no primeiro horário vou procura por ele – me olhou com pesar e veio em minha direção de braços abertos – Acalme- se minha filha dará tudo certo Henrique é um homem forte.

- Obrigado senhor Aldo – lhe sorri um pouco triste por meu amigo.

Sr. Aldo me levou de carro até em casa, pois era longe e se  eu for pega a essas horas na rua seria presa. Agradeci pela viagem e entrei em casa.

Joguei minha bolsa sobre o sofá e fui até o banheiro precisava de um banho e depois tentar dormir, mas acho difícil com tudo que aconteceu hoje.

Eu moro sozinha desde que meus pais foram exilados para a Europa, eles estavam na Itália por sorte mamãe ainda tem parentes por lá, eu não quis ir, assim que eles se foram depois de muito insistir e muita briga eu entrei na USP meu curso era pra ser ciências sociais foi no curso que encontrei Betinho hoje também Exilado este que está no Chile. Logo depois de um semestre vi que minha paixão era escrever e depois de uma conversa com o Henfil e João decidi que faria jornalismo, agora só me resta dois semestre para terminar a faculdade.

Nas horas que a emoção aumenta escrevo canções de puro conteúdo de revolta contra a ditadura, porém não cantei nenhuma todas guardadas em uma caixa que guardo em meu guarda roupas. Também participo da UNE, mas meu ativismo com ela está meio de lado por causa do trabalho.

Escuto meu telefone tocar sai do banho apenas numa toalha e pingando fui até a sala atender, me joguei contra as almofadas e peguei o aparelho.

- Alô – logo escutei a voz de Marilia do outro lado, uma amiga minha atriz

- hey Laur! você está bem o Jorge me contou o que houve lá no jornal

- sim estou bem, eu acho – suspiro antes de continuar – vai da tudo certo já falei com o Aldo ele vai procura- lo amanhã.

- claro que sim o Sr. Aldo é um ótimo advogado, mas Laur eu queria faar sobre outra coisa. – ela fica em silencio até se pronunciar outas vez – então a gente estava aqui decidindo algumas coisas da peça que o chico está montando, e ele disse que precisava de umas musicas.

- Não... Você não – não terminei e ela já foi dizendo

- sim eu falei pra ele que você poderia ajudar, e quando disse seu nome ele ficou super animado Laur. Poxa você poderia ajudar a companhia né vai ser uma peça grande, por favor .

- tudo bem vou pensar na proposta – digo e dou uma risada leve

- obrigada Lo, olha amanhã vamos nos reunir as duas da tarde não esquece companheira

- certo eu vou ver aqui o que posso fazer.

Encerrei a ligação depois de nos despedir, fui ao meu quarto pensando na proposta eu poderia abrir minha caixa lhe entregar algumas musicas e pronto. Fui me trocar e coloquei um short de algodão e uma camisa folgada. Logo que deitei creio que pelo cansaço apaguei em um sono pesado.

Na manhã seguinte acordei com a luz do sol invadindo as brechas da janela, meio zonza me levanto e vou até o banheiro fazer minha higiene. Vou até a cozinha preparo um café forte olho o relógio ele marca oito horas e isso me lembra Henfil aproveito a aguá fervendo e vou até o telefone e disco o numero do advogado.

- Olá Dona Rosa aqui é a Lauren queria saber se o seu Aldo esta ai ou se já saiu – digo logo que ela atende.

- Ele acabou de sair querida quando ele chegar peço que te ligue, tudo bem?

- Claro, obrigado até mais

Desliguei o telefone e me encaminhei de volta a cozinha, desliguei a chaleira e passei o café. Troquei de roupa e fui até a padaria comprar pão havia poucas pessoas ali peguei o pão paguei e depois de cumprimentar Luís que era o padeiro me fui.

Logo que cheguei em casa tomei meu desjejum e fui revisar uma matéria para Jorge, um amigo meu do trabalho e que também é da companhia de teatro, depois de um tempo revisando terminei olhei no relógio e percebi que isso me tomou duas horas, poderia ter feito em tempo menor porem a matéria tinha conteúdo que precisava passar pela censura então todo cuidado é pouco.

Fui preparar meu almoço e em uma hora estava pronto comi de vagar pensando em tudo que aconteceu em pouco tem um ano pra ser exato, meus pais se foram eu estou trabalhando e agora meus amigos estão sendo preso, a vontade de chorar vem mas seguro antes mesmo que uma lagrima cai, essa gente que faz meu sofrimento não terá uma lagrima derramada por mim.

Me levantei coloquei a louça na pia e lavei- a, sai da cozinha e fui até a sala liguei a TV e tudo que vi foi pura manipulação desligue e fui ler aproveitei coloquei um disco do meu pai o disco era do cartola e eu gostava de ouvi me lembrava de meu velho enquanto a musica as rosas não falam.

Depois de muito ler vejo as horas e são uma da tarde, penso mais um pouco sobre a peça, bom eu não teria problema em compor algo, mas seria bem corrido pra mim, faculdade, trabalho e depois companhia, porém essa poderia ser minha chance de mostrar minhas composições, então decidi ajudar me levantei e fui tomar banho.

Sai do banheiro me enxuguei e fui até o guarda roupas e procurei uma roupa, coloquei minhas peças intimas e coloquei uma calça jeans com cinto fino e uma camisa de botão mostarda e um sapato marrom.

Fui caminhando até o ponto de ônibus, nota mental ajuntar grana pra comprar um carro, entrei na condução e parti para o teatro. Desci no ponto próximo ao local e caminhei alguns minutos até avistar as grandes portas vermelhas eu sabia o caminho ia sempre a companhia, conhecia a todos ali eram em suma meus amigos.

Acionei as portas e entrei logo vi um furdunço de pessoas no palco, sorri e me encaminhei até ele adoro uma farra.

Chegando perto Marilia me viu e foi me puxando e dançando comigo, rindo fui no embalo estava bem divertido vi Jorge e zé, outro amigo só que esse da UNE, continuei na dança até todos relaxarem no piso do palco.

Olhei em volta e vi muitos rostos conhecidos sorri para todos, até que um sorriso não me era familiar, um sorriso suave tão leve que derreti, os olhos brilhando e o melhor direcionado para mim, lhe sorri de volta ainda um pouco perdida pois sua beleza era imensa, sim uma garota de cabelos volumosos, olhos castanhos profundos e sinceros e por ultimo seu corpo perfeito e esguio dentro de um vestido florido e rodado.

- boa tarde companheiros como esta a luta? – escutei a voz de Chico ao fundo e desvie meu olhar para ele – eu queria primeiro agradecer a Lauren por ter aceitado nosso convite – sorri em sua direção – vamos ensaiar hoje o segundo ato A Crucificação.

Ao final ele bateu palma e todos correram para preparar o ato eu me dirigi até ele que me chamava com a mão.

- então menina vai nos ajudar ?

- sim eu pensei bastante, mas não terei tempo suficiente quero que compreenda que trabalho e estudo – falei o olhando com uma expressão em duvida, com o pé atrás.

- claro que tal se você ficar com o período da manhã na redação assim pode me  ajudar com as letras

- tudo bem vou falar com Arnaldo – esse que era meu chefe no jornal – agradeço a oferta.

Lhe dei um abraço e esperei quando foi buscar os violões atrás do palco, fiquei ali e logo vi ela atuava de forma realista e sensível tão magnifica que chega seu brilho ser maior que o holofote que ilumina o palco, meu transe é novamente despertado por Chico.

- carioca – o olhei em duvida não havia entendido sua pronuncia – a atriz é carioca.

- ah sim, por isso não a reconheci – sorri torto chico e muitos de meus amigos sabiam sobre minha preferencia por mulheres.

Eles não me julgam na verdade há bastantes como eu, principalmente aqui na companhia, porém todos meus casos são escondidos nada de passear de mãos dadas, namorar em publico é pedir para ser morta.

- seu nome é Camila – agora lhe olhei com curiosidade e ele logo continuou – nascida no berço da revolução, sim Camila é cubana.

Arregalei os olhos em descrença e ele me sorriu concordando desviei meu olhar para a graciosa atriz tão perfeita em seus movimentos.

- isso é...Incrível – sorri bobamente para Chico – mas o que ela faz aqui?

- isso vai ter que perguntar a ela

Assenti com a cabeça e logo começamos a compor a canção como o segundo ato seria sobre a história de uma mulher que é a “escória” da sociedade, mas ele me contou que na verdade a mulher era uma transexual. Assim que finalizamos a musica o pessoal já estava se retirando agradeci mais uma vez Chico pela oportunidade e fui saindo, trombei com Marilia e ela me agradeceu e seguei seu caminho com o namorado fui caminhando até o ponto de ônibus até que um carro para ao meu lado.

Começo a suar frio pensando já que é o Deops e em todas as torturas que irei sofrer, até que o vidro do passageiro abaixa e vejo Camila me sorrindo.

- olá me chamo Camila Cabello – seu sorriso me atinge me embriagando por alguns segundo

- Lauren, Lauren Jauregui – lhe estendi a mão e ela se esticou um pouco até tocar na minha, causando um choque leve na pele

- eu sou nova aqui na cidade  mas posso te dar uma carona o que acha? Assim me acostumo com a cidade

- oh sim obrigado – me dirijo a porta do carro e entro.

Deus! estarei perdida até o fim dessa viagem.


Notas Finais


Gente, então a Lauren ela tipo escreve musicas e algumas dessas musicas será as mesmas da ditadura que todos conhecem ex. Pra não dizer que não falei das flores e roda viva blz? fecho
obrigadinho pela atenção

OBS: Véi eu não vou ficar implorando pra vcs favoritarem ou comentarem, nada contra pra quem faz eu só tenho preguiça mesmo.
faça o que vcs sentirem nos seus lindos corações (fazendo a gay)...
Amanhã já posto outro se tudo der certo.
Vlws


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