História Um amor em meio às trevas (Saphael) - Surpresas

O dia amanheceu mais bonito naquela manhã, ou pelo pra Raphael isso parecia fazer sentido. Foi o que os outros vampiros pensaram ao vê-lo com uma expressão tão relaxada e talvez até... Feliz? Seria aquilo possível?

- Bom dia! – ele se aproximou de seus subordinados, mas que acima de tudo eram seus amigos, ou pelo menos os que o acompanhavam todos os dias.

- Bom dia! – um deles disse com certa cautela – Você está bem?

- Por que a pergunta? – ele indagou num tom calmo e curioso.

- Não sei, só não estamos acostumados a ouvir você dando “bom dia” ou algo do tipo – ele completou.

- Ah, isso! – Raphael demonstrou certo embaraço – Vocês não gostam?

- Não é isso, Raphael. É que não estamos acostumados a certas gentilezas vindas de você. Na maioria das vezes que nos dirige a palavra o faz para dar alguma ordem ou discutir algum assunto importante.

- E geralmente meio mal-humorado. – uma das presentes na sala emendou, abaixando a cabeça após Raphael olhá-la nos olhos, já esperando por uma resposta não muito polida.

Ele riu.

- Tudo bem, admito que sou um pouco duro com vocês. Talvez eu confunda às vezes liderança com grosseria, quem sabe isso possa mudar, não vou garantir nada mas eu posso estar pensando em trabalhar um pouco meu humor ultimamente.  

Ele sorriu e saiu assoviando, deixando todos na sala pasmos e de boca aberta.

Simon estava em seu quarto falando com Clary ao telefone, totalmente distraído, quando viu Raphael parado na porta de seu quarto como um deus entalhado pelo mais habilidoso dos escultores que já existiu na face da terra.

Ele sorriu e por alguns segundos se esqueceu da amiga, que perguntou mais alto do que o normal “Simon, você está aí?”, fazendo-o rir e recuperar a razão.

- Estou sim, Clary. Desculpa, mas como eu estava falando nos veremos em breve, eu só preciso acertar alguns pontos aqui com o Raphael a esse respeito. Ele olhou para seu deus particular, tentando analisar sua expressão e encontrar permissão de visitar os amigos na expressão dele.

- Eu te ligo amanhã, Clary. Preciso fazer algo agora.

- E eu nem imagino o que seja – ela riu. – Tudo bem querido, fique bem e me ligue assim que puder!

- Certo, baby. Até mais! – ele sorriu e Raphael contorceu os lábios ao ouvir o “baby”.

Assim que Simon desligou o telefone, Raphael entrou em seu quarto batendo a porta atrás de si.

- Escute aqui, Simon Lewis, você é só meu. Entendeu, baby? Não sou bom em dividir – ele disse entre beijos e sorrisos.

Simon também sorriu.

- Claro que sim, Raphael Santiago, eu sou seu, só seu.

Os beijos se tornaram intensos e antes que pudessem perceber Raphael já estava por cima de Simon na cama.

- Espera – ele falou – Preciso conversar com você sobre a minha sentença.