JULIANA NARRANDO.
No caminho pra casa não consiguia parar de chorar e pensar no que Anna me disse sobre aquele filho da mãe. Começo a sentir nojo, raiva, ódio, medo...Uma série de sentimentos inesplicaveis a única coisa que eu queria era apenas chorar e me lembrar do quanto eu fui idiota. Começo a correr desesperadamente em busca de conforto, na hora de atravessar a rua não olho para nada, apenas fecho os olhos e me lembro de tudo. Logo em seguida sinto algo bater contra o meu corpo.
Uma dor terrível conta de mim, quando tento entender a situação, eu estava jogada no chão toda ensanguentada e num estante sinto tudo escurecer, tento me manter acordada e antes que tudo ficasse escuto de novo ouço a voz de Anna.
ANNA NARRANDO.
Juliana saiu correndo e não deu tempo de avisa-la do carro. Quando vejo minha amiga jogada no chão, saiu desesperada tentando ajuda-la.
-ALGUÉM LIGA PARA A EMERGÊNCIA. -Começo a gritar na esperança de que alguém na multidão que se formou a nossa volta me ouvisse.
O motorista não demonstrou nenhum afeto por tudo que estava acontecendo.Uma mulher meio caduca da cabeça não parava de falar sobre a situação
-Ela não vai sobreviver. -resmungava ao olhar Juliana no chão.
-Primeiro vai se ferrar, segundo vai embora ninguém pediu a sua opinião. E quanto eu ia sitar a terceira etapa vejo a ambulância se aproximando. Rapidamente a colocaram na maca e eu fui junto na ambulância, desesperada liguei para Mateus.
-Amor?
-Oi amor o que aconteceu?
-Olha me escuta, a Juliana sofreu um acidente e eu preciso de você, avisa minha tia e vem para o hospital.
Depois disso desliguei o telefone e comecei a orar pela vida da minha amiga.
Ao chegar no hospital foi tudo tão rápido a levaram para sala de cirurgia e eu fui dá entrada com os documentos, ao olhar ao meu redor vejo Mateus, minha tia, minha mãe e meu pai. Não entendi o que meu pai estava fazendo ali, mais isso não importou... Saí correndo para abraçar Mateus. Expliquei a situação para todos mais não falei nada do Murilo, ainda não estava na hora de falar sobre isso.
-Minha filha vamos ao banheiro pra você lavar as mãos. Quando olho para as minhas mãos percebo que estava toda suja de sangue, me levanto e vou ao banheiro com a minha mãe, cada passo era uma lágrima, um sentimento confuso e inesplicavel, eu só queria minha amiga ao meu lado... Meu corpo estava ali, mais minha alma estava ao lado dela em oração.
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