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História Amor singelo - A despedida nunca é o fim...


Escrita por: Lenrin_fujoshi

Notas do Autor


Pra quem está acompanhando a minha fic Drarry... calma eu não estou deixando a fic de lado, eu não estou tendo ideias boas para continuar então resolvi escrever outra coisa...
E foi essa oneshot que veio em minha mente..
Bom sem mais delongas.
Boa leitura !

Capítulo 1 - A despedida nunca é o fim...


Fanfic / Fanfiction Amor singelo - A despedida nunca é o fim...

- Pedro - o mais velho dos irmãos ouviu um pequeno gritinho e olhou para trás preocupado vendo seu pequeno irmãozinho correndo depressa com o rosto vermelho.

- O que houve ? Edmundo - pergunta o mais velho com a feição risonha vendo que o menor parará a sua frente totalmente sem fôlego. O pequeno para, se curvando para frente, colocando as pequenas mãozinhas no joelho tentando recuperar o ar, que no momento estava em falta para si.

Depois de alguns segundos tentando regular sua respiração que no momento estava completamente descompassada, voltou à sua postura normal e a coloração do seu rosto começou a se normalizar com o tempo. Então Edmundo olhou para o irmão e fez uma expressão que para Pedro não poderia ser mais engraçada: O menor emburrou a face e inflou as bochechas com raiva e exclamou alto e sério tentando soar firme, mas apenas conseguiu que sua voz saísse ainda mais infantil do que a habitual e sua face ficasse em uma careta engraçada que fez com que Pedro não se segurasse e acabou dando gargalhadas altas fazendo Edmundo se emburrar ainda mais.

- Para onde você vai ? Você disse que iria comigo ver o lago, temos que aproveitar pois logo logo temos que voltar para casa e não é todo dia que podemos vir para Nárnia - falou totalmente encabulado por Pedro o ter deixado plantado perto das pedras e simplesmente não ter aparecido para ver o lago como havia prometido à alguns dias atrás.

- Ed, Eu estou indo para o dormitório para arrumar minhas coisas, eu e Susana vamos voltar para casa amanhã ao amanhecer - responde o loiro calmamente, mas logo muda a expressão quando vê o moreno abaixar a cabeça cabisbaixo - Ed, o que você tem, em ? - Pedro pergunta com o tom de voz vacilante olhando para o menor que nem levantar o olhar levantava, se mantinha com o olhar abaixado e consequentemente fazendo com que seu cabelo cobrisse seus olhos impedindo que Pedro visse seu rostinho banhados por lágrimas.

- P-Pedro você vai voltar, né ? - pergunta baixinho e logo depois levanta o rosto que estava molhado, devido à algumas lágrimas que teimaram em descer por seu rosto no momento que foi dado a notícia.

- Claro, não precisa chorar bebezão… só não vou poder voltar para Nárnia, mas Acho que daqui à alguns meses estarei de volta em casa - fala suspirando vendo que pequenas gotículas de lágrimas ainda rolavam pela face angelical e infantil de seu tão adorado irmãozinho.

Pedro agachou em frente a seu irmão e o abraçou firme vendo que ele começou a chorar mais intensamente e que as vezes até chegava a fungar, oque já estava preocupando o mais velho que se sentia culpado vendo seu irmãozinho chorar daquela maneira.

- Calma Ed… não precisa chorar, não é como se você nunca mais fosse me ver… - fala calmo tentando passar confiança para o moreno que estava encolhido em seus braços - Olha pra mim Ed - fala firme olhando pro menor que depois de hesitar um pouco levanta a cabeça e é surpreendido por Pedro que começa a secar suas lágrimas calmamente.

O menor sente seu rosto esquentar e seu estômago começa a formigar fortemente, o moreno se afasta minimamente  do irmão ainda com lágrimas nos olhos e logo depois fala com o tom de voz choroso.

- Eu não quero que você vá - fala emburrado mas pelo tom de voz Pedro percebia que não era só birra, o loiro de olhos cinzentos nada disse e depois de alguns segundos viu um bico enorme e infantil se formar nos lábios de Edmundo que tinha os olhos marejados e inchados e o rosto estava vermelho e ardia um pouco.

- Mas Ed, eu preciso ir! - responde o loiro olhando a face de seu irmãozinho corar e outro bico se formar em seus pequenos lábios.

Pedro se surpreendeu quando Edmundo abaixou a cabeça e saiu correndo para o lado oposto de onde ele estava indo. Deu um suspiro longo e cansado, não gostava da ideia de ir embora é deixar o menor lá, claro ele sabia que enquanto Aslam estivesse lá o pequeno estaria seguro, mas só de pensar na possibilidade de seu irmãozinho se machucar uma preocupação o invade.

Respirou mais uma vez e voltou a traçar seu caminho ao dormitório, chegando lá arrumou tudo que tinha que arrumar e saiu da cabana ficando sentado na frente da mesma, ficou pensando, onde Edmundo estava agora ? Será que ainda estaria chorando. Esses pensamentos fazem Pedro se sentir um tanto quanto culpado e preocupado. Olhou pro lado vendo que Susana estava vindo em sua direção com uma feição não muito boa no rosto.

- Pedro ! O que você fez pro Edmundo em - exclama raivosa quase que gritando, o loiro não  estava entendendo nada, mas ao ouvir aquilo sentiu seu coração batendo mais rápido e a preocupação tomou conta de sua face.

- O que houve com ele ? - pergunta preocupado, quando a pergunta foi feita a morena que estava a sua frente arqueia as sobrancelhas em forma de duvida pensando que seu irmão estava brincando consigo.

- Não me venha com essa ! Ele está sentado nas pedras todo encolhido chorando e quando perguntamos o que está acontecendo ele simplesmente fala seu nome, nada mais - a morena grita totalmente alterada e com a face vermelha mostrando sua irritação.

-  Não acredito nisso, droga! eu vou lá agora - fala nervoso e se levanta rapidamente, antes mesmo da morena tentar proferir alguma coisa.

Pedro já estava distante.

Pedro corria rapidamente em direção as pedras que Susana havia dito alguns minutos atrás, ele estava preocupado e sentia-se mal por seu irmãozinho estar chorando por sua causa, ainda mais por uma coisa que ele não podia evitar, claro, mesmo que não tivesse dito para ele hoje ele iria descobrir no dia seguinte, e seria ainda pior. Se tivesse deixado para falar no dia de ir embora corria o risco de seu irmão ficar com raiva de si, e isso com certeza ele não queria.

Depois de muito correr chegou até o tão procurado rochedo e de longe avistou um ser pequeno de cabelos castanhos todo encolhido, aquela cena com certeza partia o coração do mais velho que não gostava de ver seu irmão naquele, estado tão mal e fragilizado. Mesmo correndo o risco de ser expulso à ponta pés o loiro foi até lá, meio hesitante mas foi.

Antes de chegar até Edmundo, Pedro já escutava seus soluços, que não estavam nem um pouco baixos. Quando se aproximou a primeira coisa que fez foi abraçar Edmundo que se assustou de início, mas ao ver a cabeleira loira, somente se aconchego mais naquele abraço e deixou-se chorar.

Depois de alguns minutos o menor parou de chorar e se afastou do irmão, com os olhos ainda mais inchados do outrora e o rosto ainda mais vermelho.

- Pedro, eu posso dormir com você hoje ? - pergunta com um bico na face e os olhos brilhando em expectativa.

- Só se você me prometer que vai pagar de chorar - propõe vendo o menor virar o rosto emburrado e cruzar os pequenos bracinhos em forma de birra.

- ‘Tá eu paro- diz simples e depois levanta e limpa o rosto com a manga da blusa, que já estava encharcada por tentativas passadas de conter as lágrimas.

- Então vamos ir comer para ir deitar, pois já está tarde - fala olhando pro céu que estava num tom mesclado entre laranja, vermelho e amarelo.

Olhou para o irmão que estava com os olhinhos brilhando também olhando para a cor fascinante do céu.

- Vamos - sussurra para Edmundo que desviou os olhos do céu, e sorrio largo pegando na mão do irmão e indo em direção à cabana, que estava distante de onde eles se encontravam.

Eles caminharam em silêncio, um apreciando a presença do outro. Depois de longos minutos eles chegaram na cabana, Pedro se trocou e colocou um pijama no menor, logo depois eles foram até a fogueira e se sentaram junto com: Susana, Príncipe Caspian, Lúcia e Aslam.

Comeram e conversaram um pouco, depois de ficarem ali por quase duas horas Pasto percebeu que Edmundo estava deitado em seu colo dormindo, então para não acordar ele pegou-o no colo e foi para a cabana, não antes de dar um boa noite para quem iria ficar.

Entrou na cabana silenciosamente e colocou Edmundo na cama com cuidado para não o acordar, logo depois deitou ao seu lado pegando um fino lençol e os cobrindo. Passaram horas e Pedro não havia conseguido dormir, depois de tantas tentativas frustradas ele apenas virou de frente para seu irmão e ficou o fitando, ele ficava admirado com a beleza de seu irmãozinho enquanto este dormia parecia um anjinho, com a expressão calma e serena. Ficou alguns minutos só olhando mas com o tempo começou a acariciar o rosto do menor que parecia muito macio no momento. Ficou tanto tempo acariciando que só foi ver o que estava acontecendo quando viu que estava com os lábios colado aos do menor, que aos poucos foi despertando de seu sono tranquilo, percebendo o que estava fazendo se distanciou estático, não acreditando que acabara de beijar seu irmãozinho.

- hmm… Pedro - o menor acorda coçando os olhos com as mãozinhas pequeninas e chama Pedro com o tom de voz manhoso.

- O-o que foi Ed - pergunta o loiro desconcertado e desorientado, não entendendo por que seu coração batia tão fortemente naquele momento só por olhar seu irmão com a face rosada.

- V-você me beijou ? - o menor perguntou baixinho, o loiro ficou paralisado no momento que ouviu a fase. Como é que ele sabia… calma, ele não estava dormindo ?

- V-você estava a-acordado ? - o mais velho pergunta totalmente perdido e sem saber o que fazer.

- S-sim… porque me b-beijou ? - perguntou com a voz embargada de sono e o rosto rubro, o menor estava morrendo de sono mas queria aproveitar sua última noite com seu irmão mais velho.

- E-eu não sei - responde vendo o rostinho do menor se contorcer em uma expressão decepcionada e um pouco triste.

- Faz de novo ? - pergunta Edmundo inocentemente com os olhinhos brilhando em expectativa e com as bochechas que antes estavam rosadas agora se encontravam completamente vermelhas.

- Ed, somos irmãos não podemos fazer esse tipo de coi… - Pedro é interrompido antes mesmo de terminar a frase pois Edmundo começa a querer chorar e ele não iria suportar ver seu irmãozinho chorando novamente - tá, mas vai ser só um - exclama com autoridade e olha para o menor que estava com o rostinho inclinado para frente e em seus lábios dr formavam um bico fofo. Diferente dos outros bicos que ele fazia esse não era de birra.

Pedro se aproxima temeroso do irmão e com carinho coloca as duas mãos no rostinho fino de seu irmão que ao perceber o ato do mais velho colocou os braços envolta do pescoço do mesmo, quanto mais se aproximava do menor via sua face corar, e seus pequenos olhinhos brilhantes se fecharem lentamente, quando enfim seus lábios se tocaram com os lábios pequenos e finos de Edmundo Pedro sentiu algo em seu estômago se mover e seu rosto começou a esquentar do nada… aqueles lábios eram tão doces e gentis que o loiro não queria se separar nunca, mais, na verdade aquilo não foi um beijo e sim um selinho demorado, e aquele simples selinho deixou o maior ficar totalmente envergonhado e sem jeito.

- Agora vamos dormir - fala o mais velho se separando do menor que estava com a face me brasa, mas mesmo com vergonha ele abraçou seu irmão e se aconchegou nos braços quentinhos do mesmo e antes de dormir disse.

- Me dá mais um beijo - pede completamente sonolento e quase  sem força para abrir os olhos mas ao receber mais alguns selinhos em seus lábios deu um sorriso de orelha à orelha e acabou adormecendo com a face tranquila e um sorriso lindo estampado nela.

Pedro não dormiu na hora, ficou olhando para Edmundo encantado, até que não aguentasse mais e se entregasse ao sono.

(...)

Pedro acordou com uma luz forte batendo em seu rosto ele abriu os olhos devagar mas logo o fechou com força por conta da claridade que parecia que ia queimar suas retinas. Coçou os olhos  devagar e tentou abrir novamente, conseguindo dessa vez, se espreguiçou e olhou pro lado vendo que Edmundo ainda o abraçava como na noite anterior. Olhando aquela cena se sentiu mal por pensar que daqui a algumas horas teria que ir embora e o deixar em Nárnia.

Pedro com muito cuidado balançou o menor para o acordar e mesmo com pena de o acordar ele que parecia ter um sonho bom, o balançou mais forte se passaram alguns segundos e Edmundo acorda coçando os olhinhos com a ‘costa’ das mãos e olha para seu irmão com um sorriso triste.

- Bom dia Ed - exclama o mais velho com um tom de voz cansado e distraído.

- Bom dia - fala simples sem nem olhar a para o mais velho, o que fez o mesmo estranhar.

Eles levantaram arrumaram suas coisas e foram atrás dos outro. Susana já estava o esperando com Caspian e Lúcia. Eles estavam em frente a uma árvore e Lúcia olhava abraçava Susana com um sorriso no rosto e quando viu Pedro se aproximar correu até ele o abraçando apertado.

- Até mais, Pedro - fala com um sorriso no rosto e uma expressão alegre.

- Até, Lu - fala apertando ela contra si e depois afaga os cabelos dela se separando depois.

Ele estava mal, angustiado digamos assim, se sentia triste em ter que deixar seus dois irmãozinhos naquele lugar tão perigoso, mesmo ele sabendo que não era só isso que o preocupava; também tinha o fato de ficar longe de Edmundo seu pequeno encrenqueiro que agora nem ao menos queria olhar para si e isso o deixava ainda pior.

Vendo as expressões faciais de seus irmãos Susana entendeu que Edmundo não tinha gostado da ideia de que eles iriam voltar antes dele e de Lúcia. Mas impressionantemente ela estava enganada, Edmundo só estava triste pois nem sabia quanto tempo demoraria para ele rever seus irmãos, claro que poderia demorar meses ou até anos para eles se reencontraram, por isso ele estava tão quieto e tristonho enquanto Pedro e Susana se despediam dos outros.

Depois de estarem a ponto de irem embora, Edmundo abraçou Pedro por trás fazendo o maior se assustar com o ato tão repentino de seu irmão, Pedro iria virar para abraçar ele de volta mas sentiu ele apertar o abraço ainda mais e começar a soluçar baixinho. Pedro ficou imóvel por alguns segundos mas quando finalmente entendeu o que estava acontecendo virou para frente e abraçou Edmundo com força, para terem mais privacidade os outro foram ajudar a colocar o resto das coisas no navio para naufragarem.

Pedro e Edmundo ficaram bons minutos abraçados até que o menor se acalmaram novamente, retornando a sua compostura o menor olhou para irmão se esforçando ao máximo para não voltar a chorar.

- Pedro…- o menor se auto-interrompi com um soluço mudo.

- Calma pequeno ! Vem cá - o mais velho abraça o menor e segura o rostinho delicado do mesmo entre suas mãos, fazendo com que o outro o olhasse nos olhos - Eu vou voltar - fala antes de encostar seus lábios aos lábios do menor, que fechou os olhos e levou seus braços até o pescoço do maior enlaçando seus dedos com os fios loiros que estavam ali. O beijo durou mais que o esperado e quando o maior foi perceber o menor já estava chorando de novo.

- Adeus Pedro ! - Edmundo falou tentando soar confiante mas a única coisa que conseguiu foi fazer com que sua voz saísse rouca por causa do choro.

- Adeus não; até logo pequeno - Pedro sela os lábios do menor mais uma vez e o abraça forte antes de ir para o navio.

E naquela tarde Pedro percebeu que quando reencontrasse seu irmãozinho iria o encher de beijos como já deveria ter feito a muito o tempo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado e até mais... ^^


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