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História Um amor para Miho - Opa, Opa, Cavalinho Alazão!


Escrita por: Madison_Mermaid

Notas do Autor


Nao consegui me segurar e segue o Segundo.
Espero que gostem =.=

Capítulo 2 - Opa, Opa, Cavalinho Alazão!


Fanfic / Fanfiction Um amor para Miho - Opa, Opa, Cavalinho Alazão!

No dia seguinte, as meninas aproveitavam enquanto as crianças estavam em aula para conversar na sala de TV do orfanato, com privacidade.

 

_Eu não vou!!! - Dizia Miho, com os braços cruzados, olhando para o lado.

 

_Ah, mas você vai sim! - Respondeu Eiri, fechando as mãos e as levantando para o alto, gesticulando frenética. 

_Cansei dessa ladainha Miho, Seiya pra cá, Seiya pra lá, Seiya não me ama, Seiya ama aquela tonta da Saori! Está na hora de você reagir!

 

_Pois pode dizer ao Dr. Cupido e ao tal bem feitor que eu agradeço mas estou muito bem aonde estou!

 

_Miho! Por favor! Miho....

 

_Chega disso agora, Eiri, ninguém vai me convencer a fazer isso. É maluquice – disse Miho, tentando pôr um ponto final na conversa.

 

Eiri deixou seus ombros caírem para a frente em sinal de cansaço em não ter seus argumentos ouvidos pela amiga e estava saindo da sala quando se virando para Miho, disse:

 

_Enquanto você fica aqui sofrendo, eles estão lá vivendo suas vidas e sendo felizes.

 

_Pois eu desejo que eles sejam felizes, mesmo! Explodiu Miho. 

_ E sabe o que eu desejo também, desejo que a sonsa da Saori Kido e o Seiya …

 

_TOC TOC! - Disse Seiya, sorrindo e batendo na porta, que já estava um pouco entreaberta. - Bom dia meninas!

 

_Bom dia, Seiya! - Ambas responderam ao mesmo tempo, entreolhando-se com medo de terem sido ouvidas. Uma gota de suor caiu da testa de Miho.

 

Seiya entrou na sala acompanhando de Hyoga e para a surpresa das meninas, de Saori.

 

Duas gotas de suor agora desciam da testa de Miho. E se eles ouviram a conversa? Com qual cara olharia para eles?

 

Eiri saiu ao encontro de Hyoga, ganhando dele um beijinho e um afago no cabelo.

 

_Bom dia Eiri, Miho – disse Saori. - Faz tempo que não venho ao Orfanato, queria me desculpar. Mas as atividades na Fundação têm consumido muito o meu tempo...

 

_Não tem problema, Srta. Kido – respondeu Miho, pensando que se dependesse dela, aquela menina de cabelos lilases não pisaria nunca mais no orfanato. Pelo menos, por um milagre, parecia que eles não haviam ouvido nada de sua conversa.

 

_Mas vou ser direta, Seiya e eu estávamos conversando ontem a noite – Miho apertou os olhos ao ouvir isto, mas tentava disfarçar ao máximo sua irritação – e pensamos que com o calor que tem feito, seria bom se as crianças pudessem ter algo com que se refrescar. Estamos pensando em instalar uma pequena piscina no orfanato, o que acham? - Continuou Saori.

 

_Srta Kido, seria muito legal! - respondeu Eiri, querendo quebrar a tensão de sua amiga. - Tenho certeza que as crianças iriam adorar. Poderíamos ver se algum voluntário se ofereceria para dar aulas de natação e...

 

_Pois eu nado muito bem, adoraria passar um tempo ensinando a eles. – respondeu Hyoga.

 

Eiri olhou  para seu amado com mais admiração do que usual, colocando suas mãos em frente a sua boca para abafar um gritinho de alegria ao pensar que ele passaria mais horas ao lado dela.

 

_ Que ótima ideia, Hyoga! – respondeu Saori.

 

Ótimo mesmo, Hyoga, vai ser muito divertido! – complementou Seiya. E eu vou ficar tomando conta das obras para que a piscina seja feita o mais rápido possível!

 

Neste momento, por mais feliz que a idéia parecesse, Miho sentia apenas um peso em seu coração. Foi então que ela decidiu que aceitaria a viagem. Estava cansada de se sentir assim.

 

Depois de todos conversarem sobre os detalhes do novo projeto, Saori e Hyoga precisaram ir embora. Seiya ficou para esperar as crianças voltarem da aula e almoçar com elas.

 

_Miho, você está bem? - disse ele, preocupado com o semblante triste da amiga. Geralmente ela conseguia disfarçar bem, mas ver Saori a deixou mal.

 

_Ah Seiya, vou ser sincera com você, não ando muito legal. Estou precisando de férias.

 

_Entendo, não é fácil cuidar das crianças o tempo todo, não é? Eles podem te esgotar rapidinho.

 

Miho pensou em dizer que o que lhe chateava e cansava era ele. Era ter chorado por ele, orado por ele, velado seu sono no hospital, sentido sua falta enquanto ele estava em missões, tendo seu coração partido e costurado tantas vezes quantas ele sofria e lutava pela vida de Saori. E que estava matando-a aos poucos esse amor não correspondido.

 

Quantas noites sem dormir ela passou pensando em seus lábios, em seus cabelos, em sua voz. E quantas outras acordou assustada com pesadelos, que tinham como enredo sua morte.

 

Mas achou melhor não falar nada, ela não gostava de conflitos e no fundo tinha medo de acabar afastando-o e perder sua amizade. Por isso ficou alguns minutos em silêncio, fitando a parede.

 

_Olha, Miho – disse Seiya. -  Gostaria de ser muito sincero com você. Tenho em você um grande carinho, uma amizade tão forte quanto a que tenho pelos meus amigos Shun, Hyoga, Shiryu e Ikki. Você é como uma irmã para mim, e desejo muito que seja feliz e...

 

_Obrigada, Seiya – Interrompeu ela, com medo do que viria a ser dito a seguir.- Você também é um grande amigo para mim. - Uma lágrima começou a escorrer por seus olhos.

 

As crianças entraram então, correndo pelo salão, voltando das aulas.


 

Alguns dias se passaram, e a rádio se prontificou a repassar ao email da amiga de Flor de Cerejeira todas as informações necessárias. A pessoa que oferecia a viagem prontificou-se a pagar todas as despesas, seja qual destino fosse escolhido.

 

_Pra onde você vai, Miho? Perguntou Eiri.

 

_ Não sei direito, mas sempre sonhei em conhecer outros locais em nosso país – respondeu ela. - Gostaria de um local mais calmo e mais fresco.

 

_ Porque você não vai a Gunma?- Sugeriu Eiri, que sempre gostou de Geografia. Lá é mais fresco, e tem várias fontes de águas quentes, pousadas aconchegantes, e muitas coisas bonitas de se ver.

 

_Hum... Gostei da idéia, amiga!


 

Depois das passagens compradas, de algumas roupas novas e de uma mala feita, finalmente chegou o dia da partida. Miho estava se despedindo de Eiri e das crianças no portão, quando Seiya chegou para ver como as obras da piscina estavam indo e visitar o orfanato.

 

Ao ver Miho saindo em viagem, ele sentiu-se contente e com uma pontadinha no peito. Ela estava linda, usando calças jeans azuis (nunca havia a visto sem seus vestidos de uniforme), uma camiseta branca simples e o cabelo solto. Segurava uma bolsa e havia ao seu lado uma malinha com rodas. Preso ao decote de sua camiseta estava um óculos de sol com formato de gatinho.


 

_Já vai, Miho? Bem, boa viagem, e até breve. Aproveite bem suas férias!– disse ele, abraçando a amiga antes que ela entrasse no táxi.


 

_Até breve, Seiya. – disse ela, despedindo-se e entrando no táxi. Abaixou a janela do carro e enquanto esse saía devagar, com uma mão acenou para as crianças que lhe davam tchauzinhos e soltavam gritinhos de animação, e com a outra colocou o óculos de sol tentando disfarçar as lágrimas que escorriam por seus olhos.




 

PROVINCIA DE GUNMA, HONSHU


 

_Pronto, Sr. Yamaguchi. Todo o feno já está no celeiro, e já retirei os cordões da amarração para que os cavalos não os engulam por engano.

 

_Obrigado, meu filho – disse o velho senhor. - Nao sei o que faria sem você e sua ajuda. Que os Deuses lhe paguem por tudo, mil vezes mais do que você faz por mim – continuou, emocionado.

 

_ Não precisa me agradecer, faço com muito carinho pelo senhor e pelos animais. - respondeu o jovem ajudante de cabelos castanhos claros e físico forte.

 

O Sr. Yamaguchi era um velho cuidador de cavalos da região de Gunma. Passou a vida cuidando e criando cavalos e nunca teve a oportunidade de ter filhos. Quando se aposentou, decidiu que fundaria e cuidaria de um abrigo para estes animais. Muitos animais após velhos eram soltos por seus donos, ou maltratados, e isso o deixava muito triste. Resolveu então que se entregaria a uma missão dando a eles uma vida digna. Após quase 30 anos desses cuidados, foi acometido por uma doença que o deixou cego. Foi quando um jovem chegou a passeio na província, e sendo muito afeiçoado a cavalos resolveu ajudá-lo. Ele não era seu filho biológico, porém o carinho era mútuo e tão sincero que os laços eram de pai e filho.

 

_Agora, Jabu, vá se arrumar e vamos jantar, filho. Com certeza minha senhorinha preparou um delicioso jantar para nós.

 

_Sim, Sr. Yamaguchi – disse Jabu, acenando com a cabeça.

 

Jabu entrou em sua cabana, uma casinha simples que ficava na propriedade onde o abrigo estava. Haviam apenas 2 cômodos: uma pequena cozinha-sala e um quarto com um banheiro. Mas ele nunca esteve tão em paz como ali.

 

Sua vida não havia sido fácil. Jabu, que era o Cavaleiro de Unicórnio, era órfão e desde cedo passou por maus bocados – com seu treinamento, seu ego difícil e seu amor desenxabido pela neta de Mitsumasa Kido.

 

Como um cavaleiro de Bronze, jamais negaria um pedido de ajuda ou luta pela deusa Athena e pelo planeta, mas como as coisas andavam calmas ele pediu permissão ao Santuário para partir, complementando que voltaria assim que fosse necessário. Com a permissão concedida, ele rodou o interior do país até se encontrar com o Sr Yamaguchi e seus cavalos.

 

Amava cavalos e amava ajudar. E como precisava de um tempo para refletir sobre sua vida e seus propósitos, acabou ali ficando. Já estava ali há quase 1 ano.

 

Tomou seu banho, colocou suas roupas simples e saiu para o jantar com o casal de idosos.


 

No dia seguinte, uma Miho cansada, porém feliz, chegava a Gunma.

A excitação de estar viajando e o medo por estar sozinha misturavam-se criando um turbilhão em seu estômago. Chegou até a pousada em que havia feito as reservas, um local simples mas bem cuidado e bonitinho. Não era porque estava tudo sendo pago que ela iria abusar.

 

_Bom dia, me chamo Miho Otoshi – disse à recepcionista. Tenho uma reserva.

 

_Bom dia, Senhorita Otoshi! - Respondeu a recepcionista. - Seja bem vinda! Vou levá-la para suas acomodações.

 

Miho colocou sua mala em cima de uma mesinha que havia no canto do quarto. Olhou ao redor e se sentiu feliz com o local. Era simples, todo de madeira, com uma cama de casal no meio, coberta por um véu mosquiteiro. Uma pequena TV estava num suporte na  parede ao lado de um quadro que mostrava uma paisagem aérea da província.

 

Usou o banheiro, se refrescou e resolveu mandar uma mensagem para Eiri informando que havia chegado a Gunma. Ao olhar seu celular se deparou com a foto de sua tela de bloqueio, onde ela estava ao lado das crianças e de Seiya. Seu coração deu um pulinho, e novamente uma onda de tristeza invadiu sua cabeça.

 

_Ora, Miho, não seja idiota. Não vai ficar aqui choramingando pelo Seiya. Afinal de contas você não viajou para esquecê-lo? - Pensou consigo mesma, tentando se auto animar.

 

Resolveu então colocar calças mais confortáveis, um tênis, uma blusinha preta de alças e seu chapeuzinho azul. Pegou sua câmera e saiu com a intenção de conhecer a cidade.

 

_Ah, olá Senhorita Otoshi – Disse a recepcionista com um sorriso .- Se a senhorita se interessar, a pousada está oferecendo agora mesmo um passeio a cavalo pelas trilhas ao pé do monte. Vai começar em 15 minutos. Gostaria de fazer este passeio?

 

_Cavalo? - perguntou ela, um tanto surpresa. - Não é perigoso? Nunca andei a cavalo em minha vida.

 

_De modo algum, senhorita. Os animais são calmos e acostumados com o caminho, e o guia estará junto. E a trilha fica em um local realmente lindo, que merece ser visitado.

 

_Ora, porque não?! Vou querer sim! - Disse ela, animada.


 

Miho foi encaminhada para o passeio, e seguiu com um pequeno grupo de turistas até o celeiro onde os cavalos estavam. Foi apresentada a Voador, um cavalo branco e muito bonito, que seria seu companheiro de passeio.

 

Novamente teve seus pensamentos levados até Seiya.

 

_Voador..... e ainda por cima branco. - Pensou ela, fazendo uma careta para a ironia do destino. - quase um Pégasus.


 

O passeio estava quase chegando ao fim. E tinha sido muito agradável. No meio do caminho foi feito um picnic e a paisagem era linda. Ela teve a oportunidade de ver muitas flores, um riacho, alguns animais e a conhecer melhor como eram os cavalos. Voador, apesar do nome, era tranquilo e seu passo era calmo.

 

_Agora vamos andar mais 10 minutos até o fim da trilha, onde os senhores poderão ver alguns ranchos e fazendas. Lá nos encontraremos com um transporte que nos levará de volta e também um trailer que vai transportar os cavalos. - Informou o guia.

 

_Poxa, que pena, foi tão gostos...

 

O comentário de Miho foi interrompido quando uma cobra atravessou a frente de Voador, tentando morder uma das pernas dianteiras do animal.

 

Voador, assustado, empinou e saiu em disparada. O guia, por estar atrás de todos os outros na trilha, não conseguiu alcançar o animal a tempo.

 

_Socorro!! Voador, Pare!!! Socorro!! Gritava Miho. Seu coração estava desesperado. Ela agarrou-se com todas as suas forças nas rédeas, e fechou os olhos, certa de que iria morrer.

 

Por um instante sua vida passou por seus olhos, e enquanto sentia o vento em seu rosto e o galope alucinado de Voador, seu último pensamento foi o rosto de Seiya.

 

_Opa, Opa, Cavalinho Alazão! -  Disse uma voz masculina, que do nada apareceu e segurando o cavalo pelas rédeas, controlou-o. Miho nao entendeu como aquela pessoa havia feito aquilo, já que o cavalo estava correndo em disparada, mas ao abrir seus olhos viu um jovem que parecia muito familiar, e só conseguiu dizer uma coisa antes ao olhar para o rapaz e desmaiar:

 

_Seiya?! - murmurou, baixinho.

 

O que Miho não sabia era que próximo ao fim da trilha ficava o abrigo de cavalos do Sr. Yamaguchi. E que ali morava um dos cavaleiros de Athena, e quando o jovem cavaleiro que estava trabalhando no campo aparando os cascos de um cavalo viu um animal passar em disparada com uma mocinha desesperada grudada em cima dele, sem pensar por um segundo resolveu ajudar. Com seus olhos fechados, Miho não pode ver que anos de treinamento faziam este rapaz correr tão ou mais rápido do que o cavalo, e seu cosmo lhe garantia um poder de telecinésia.

 

Portanto, não viu quando ele chegou ao lado do animal, emanando uma linda luz violeta ao levantar as patas do cavalo a poucos centímetros do chão enquanto segurava suas rédeas e o acalmava.

 

O rapaz era Jabu, e acalmando Voador, retirou Miho de cima do cavalo e a colocou sentada no chão, apoiada em suas pernas. Foi então que percebeu que aquela jovem desacordada tinha um rosto há muito tempo conhecido por ele.

 

Teve a sensação que sua vida estava lhe mandando um recado, que era hora de testar se sua mudança era mesmo efetiva.


Notas Finais


xoxo!
Obrigada por lerem!

Curiosidade: Provincia de Gunma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gunma


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