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História Um amor para Miho - O nascimento de Cosmo


Escrita por: Madison_Mermaid

Notas do Autor


Segue mais um capítulo! Espero que gostem. A história está chegando a seu desfecho final!!

Capítulo 4 - O nascimento de Cosmo


Fanfic / Fanfiction Um amor para Miho - O nascimento de Cosmo

Jabu dirigia de volta para a vila. Embora estivesse adorando passar o tempo com Miho, ele tinha deveres que precisava fazer na fazenda abrigo.

_Nossa Jabu, foi muito legal! Não tenho como agradecer, muito obrigada pelo passeio! – disse Miho descendo do carro.

_Ah, que isso Miho. Eu é quem agradeço a companhia. Amanhã se voce quiser poderia te levar até outros locais e poderia lhe mostrar melhor a fazenda aonde estou morando. O que acha? - Perguntou ele torcendo por uma resposta afirmativa.

_Eu... - Miho, que não sabia se deveria mesmo ir, foi interrompida pela recepcionista da pousada.

_Srta. Otoshi! A pousada gostaria de se desculpar pelo episódio ocorrido com o Voador. Gostariamos que aceitasse para hoje a noite um jantar todo pago no melhor restaurante aqui da região. Pode levar o seu amigo se quiser – disse, apontando com a cabeça para Jabu, que estava dentro da caminhonete.

Miho pensou, achou que seria um pouco demais o jantar com Jabu. Ela estava adorando a companhia dele, era grata por ter salvo sua vida, mas acima de tudo era tímida e estava resistindo à ideia de passar mais tempo com ele desse jeito, parecia meio estranho.

_Oba, acho que até sei qual restaurante que é! - Disse Jabu. -Oito horas está bom para você, Miho? - e sorriu dando uma piscadela para ela.

_Err, está... - respondeu ela um tanto quanto sem graça não querendo parecer mau educada.

_Ótimo! Agora tenho que correr, preciso terminar as tarefas para estar aqui sem atrasos. Até breve!

Jabu ligou o carro e saiu, deixando Miho com um olhar de quem nao havia entendido bem como aquilo havia acontecido e a recepcionista com um sorriso no rosto pois ela sim havia entendido muito bem.

Miho entrou para seu quarto. Recebeu uma ligação da amiga Eiri, e depois de colocá-la a par de tudo o que havia se passado perguntou:

_E como está a obra? O Seiya tem ido ai?

_Esta indo bem, creio que estará terminada quando voltar. Sim ele tem vindo, todos os dias. Ele ficou muito preocupado com você – respondeu a loirinha, se arrependendo logo em seguida por este comentário.

_É mesmo??? - perguntou Miho.

_Sim... mas Miho, me fala mais do Jabu. Como que ele é? - perguntou Eiri propositalmente.

Miho entao descreveu o cavaleiro de Unicórnio, e contou sobre o jantar que teriam mais a noite. Depois disso, Eiri se despediu rapidinho da amiga, para não tomar mais seu tempo. Era de seu interesse que ela tivesse todo o tempo para se arrumar e estar linda para aproveitar a noite com o rapaz. As vezes Eiri achava que tinha um certo sexto sentido para o romance, e ela estava torcendo para que estivesse certa desta vez. Na sua cabecinha sonhadora ja se passavam imagens dela e amiga saindo juntas e tomando sorvete ao lado de seus respectivos namorados.

 

A hora combinada chegou e sem atrasos, Jabu estava esperando Miho na frente da pousada, encostado na caminhonete. Estava muito bonito, com calças pretas, uma camisa roxa e um blazer escuro. Tinha até colocado perfume, afinal de contas o restaurante era fino e sem se dar conta ele queria que ela ficasse impressionada. Se sentia um pouco nervoso, aquilo parecia um encontro.

Quando Miho chegou, ele nao conseguiu esconder sua admiração e deixou seu queixo cair um pouco.

Ela estava linda. Miho usava uma saia rodada, branca. Estava de sapatos de salto vermelhos, e tinha uma linda blusa azul de bolinhas e com botoes. Seu cabelo estava solto, e ela havia colocado uma fita, fazendo um pequeno lacinho na lateral de sua cabeça.

_Você está linda, Miho.

_Obrigada, Jabu. Err, você também - disse, corada.

_Vamos logo então, parece que vai chover mais tarde - Ele deu um sorriso, um tanto quanto nervosa pela resposta dela.

 

Foram até o restaurante indicado pela pousada, e lá tiveram um agradável jantar. Miho aceitou tomar uma taça de vinho, e com isso acabou se sentindo mais à vontade. Conversaram sobre muitas coisas, inclusive sobre as crianças. Ela mencionou sobre Makoto e a história do bombom e como eles a surpreendiam com as traquinagens, perguntas e idéias desencabidas e como ela era apaixonada por crianças.

_Então quer dizer que agora os pedidos de namoro sao feitos através de chocolates? Riu Jabu.

_Pois parece que sim! – Riu Miho.

Conversaram mais algumas coisas até que o assunto Saori Kido entrou em pauta.

_Vou ser sincero contigo, Miho. Eu amei muito a Saori. Em alguns momentos, eu a amei mais do que a mim mesmo. Deixei até que ela me usasse como cavalinho, quando eramos crianças. Até hoje tenho as cicatrizes no meu joelho. Hoje percebo quão insuportável ela era naquela época....e eu também. Mas ela mudou. Ela carrega com ela um fardo que ninguém, ninguém, jamais saberá como é. Imagina carregar o mundo nas costas? Hoje eu vejo que esse sentimento exagerado, que demorei a digerir e a matar, foi necessario pro meu crescimento. Aprendi a ser alguem melhor, a me doar, e quando a hora chegou, aprendi a gostar de mim primeiro, antes de outro alguém. E isto tem me feito bem. E hoje, livre desse sentimento um tanto obsessivo que eu tinha, eu tenho evoluido. Inclusive nas minhas habilidades. Nao vou negar que as vezes eu ainda me pego pensando na Saori, mas é diferente. Afinal de contas, nao existe obrigatoriedade no amor dizendo que ele precisa ser recíproco não é mesmo? É algo que deve ser natural.

Miho cobriu a boca com uma das mãos. Obviamente o assunto trouxe Seiya a sua mente, e ela estava se segurando para não chorar. Seus olhos marejaram.

_Jabu percebeu, e tirando de dentro do bolso de sua calça deu a ela um lencinho, que aceitou sem demora.

Passados alguns minutos desta conversa, enquanto ela ja estava recomposta e saboreava sua sobremesa favorita – bolo de chocolate com recheio quente e sorvete – o celular de Jabu tocou.

Era Sr. Yamaguchi. Ele parecia muito preocupado. A alguns dias uma das éguas estava para dar a luz e como ela ja era meio velha, era arriscado. Pois havia chegado o momento e o veterinário não estava atendendo o telefone.

Jabu pediu perdão a Miho e disse que deveria ir imediatamente, mas que antes a deixaria em sua pousada. Ela pediu que não fizesse isso, pois perderia tempo, e que gostaria de ajudá-lo.

Eles partiram então para a fazenda.

 

A chuva começou a cair forte, e a pobre égua parecia sofrer muito com o parto dificil do potrinho. Jabu chegou e sem demora, foi até o estábulo. Estava frio, por isso ele tirou o blazer e o deu para Miho se aquecer. Ele tirou então sua camisa, para poder ter mais liberdade de movimentos.

O Sr. Yamaguchi tentava ajudar como podia, e o mesmo fazia Miho. Ela fornecia a Jabu oq ue ele precisasse, rezava e acalentava o animal, que sofria. A chuva caia pesadamente, e salpicava a todos dentro do estábulo.

Finalmente, depois de muito tempo, o potrinho nasceu. Mas ele e a mãe estavam fracos demais, e com muito frio. Iriam morrer se alguma coisa não fosse feita.

Jabu, que até então jamais tinha revelado ao Sr. Yamaguchi seu cosmos e quem ele realmente era, resolveu que deveria agir.

Sentou-se no chão ao lado da égua, e posicionando o cavalinho em seu colo, acendeu seu cosmo. A energia de tom violeta encheu o estábulo, mas se concentrou em torno dele e dos animais. Ele ficou de olhos fechados por um bom tempo emanando aquela energia.

Miho, que so tinha visto algo parecido durante a Guerra Galactica não acreditava em seus olhos. Até então, ela pensava que eram apenas truques ou algo do tipo. Nunca entendeu direito sobre os cavaleiros de Athena e seus poderes e nunca perguntou detalhes a Seiya ou a nenhum dos outros cavaleiros.

O que era aquilo e porque trazia tanta paz e calor? Era sem dúvida a coisa mais linda que ja tinha visto em toda a sua vida. Ela assistiu a tudo, parada de pé, quase sem piscar. Estava maravilhada.

Embora o Sr. Yamaguchi nao pudesse ver, ele também sentiu o cosmo de Jabu. Não sabia o que era aquilo, mas se ainda houvesse ali dúvidas de como aquele rapaz era especial, estas não existiriam mais a partir daquele momento.

Depois de algum tempo, o cavalinho reagiu. Comecou mexendo suas patinhas, depois o rabo e o pescoço. Aos poucos se levantou, com muito bamboleio, se estabilizou de pé. A égua que também ja estava melhor começou a lambe-lo.

Aquilo tinha sido a coisa mais linda que Miho tinha visto na vida e quando ela olhou Jabu, sem camisa, todo sujo e sorrindo e chorando de felicidade ao mesmo tempo pela recuperação dos animais, foi que ela começou a se apaixonar por ele.

 

Já era de madrugada, quando Jabu e o Sr. Yamaguchi perceberam que não haveria mais perigo para os animais e que eles ficariam bem. Miho quis ficar até o fim, e acabou adormecendo em um canto do estábulo. A chuva estava mais fina, e Jabu não quis acordá-la. Levou-a até sua cabana, a colocou em sua cama, tirou seus sapatos e a cobriu. Olhou para ela dormindo e pensou no que estaria acontecendo entre eles. O que era aquele calor que ele havia começado a sentir em seu peito depois do passeio até a Rodovia Melódica? Um misto de medo e alegria tomou seu peito. Será que ele estaria pronto para gostar de alguém novamente? E se fosse novamente rejeitado? Conseguiria suportar? Qual seria o preço que ele pagaria se tentasse? Resolveu que todos aqueles pensamentos eram muito difíceis e estava muito cansado. Acariciou levemente o cabelo dela, pegou um cobertor e saiu do quarto, fechando a porta. Sentou-se numa poltrona na pequena sala-cozinha de sua cabana e não demorou a fechar os olhos e dormir.

 

 

O dia amanheceu e após poucas horas de sono, Jabu acordou. Ele queria saber como estavam os animais e precisava fazer as tarefas da fazenda. Abriu a porta, e viu que Miho ainda dormia. Fez café e escreveu um bilhetinho:

“Miho, estou trabalhando na fazenda. Aqui tem café fresco e uns pãesinhos. Por favor se sirva a vontade – Jabu”. E saiu para o trabalho.

Miho acordou logo que ele saiu e não sabia muito bem aonde estava. Levantou-se e saiu do quarto, achando o bilhetinho de Jabu. Entendeu de certo que aquela era a casa dele. Viu um cobertor jogado em cima de uma poltrona. Estava com fome e o cheiro de café ainda estava forte e convidativo. Tomou uma xícara, a lavou, pegou suas coisas. Precisava ir embora, e iria se despedir de Jabu e ver como poderia chegar até a pousada.

 

_Ah, Jabu, aí está você. – disse ela após encontra-lo depois de uns minutos.

_Bom dia Miho! Descansou bem? Desculpe não espera-la acordar, mas tenho muitos afazeres e os animais não podem esperar.

_Não se preocupe. Muito obrigada pelo café. Estava muito gostoso.Como está o bebezinho? - perguntou preocupada.

_Eles está bem. Está no estábulo. Não vou deixa-los soltos ainda. Se quiser posso te acompanhar até lá.

Os dois então foram até lá. O animalzinho ja andava quase normalmente, e a égua parecia bem mais forte do que na noite anterior. Jabu segurou o potrinho, e Miho acariciou sua crina.

_Ja escolheu um nome para ele, Jabu? É tão bonitinho!! - Disse ela fazendo carinho no cavalinho.

_Já sim, Cosmo – disse, também acariciando a crina do animal.

Miho sorriu. Neste momento se deram conta de que suas mãos se encontraram e se tocavam.

Miho retirou sua mão, meio assustada. Disse que precisava partir. Jabu, colocando a sua mão sobre os cabelos, meio constrangido, disse que a ajudaria a arrumar uma carona para o vilarejo.

 

Miho estava tao entretida que até então não havia percebido que haviam cinco ligações perdidas em seu celular.

 

 

ORFNATO FILHO DAS ESTRELAS

_Ei, Eiri. Como vai? Me diga...você tem notícias da Miho? - Perguntou Seiya, chegando ao orfanato.

_Oi Seiya. Tenho sim. Porquê da pergunta? - Eiri não estava muito disposta a falar com Seiya sobre Miho, e disse isso com o dedo indicador em histe.

_Tentei falar com ela, liguei ontem e hoje mas ela não atendeu. - Seiya estranhou um pouco a reação de Eiri.

_Ah, deve ser porque ontem ela foi jantar com o Jabu. Deve ter se divertido tanto que nem prestou atenção no celular. - disse propositalmente abrindo um largo sorriso.

_Jantar com o Jabu?? Eles parecem estar bem amigos não é?

Eiri queria responder que aquilo não era de sua conta. Mas quando ia falar, foi interrompida pelas crianças que haviam chegado das aulas.

Seiya percebeu finalmente que estava sentindo ciúmes. E não gostou nada daquela história.

 

GUNMA

Miho, que conseguiu uma carona até o vilarejo, entrou em seu quarto. Banhou-se, vestiu roupas de banho e colocou um vestido por cima. Pegou uma toalha, uma mochilinha com suas coisas e pediu um taxi. Pediu para ser levada até uma das casas de banho natural que haviam na região, queria conhecer as fontes termais.

Tirou seu vestido, entrou numa das piscinas naturais. Se encostou num dos cantinhos e fechou seus olhos. A água estava tão quentinha, tão gostosa....

Ela pensou no rosto de Jabu.

O que estaria acontecendo? Porque ela estava pensando nele?

Devia ser devido a tudo o que tinha acontecido. Mas parecia que não era só isso.

Lembrou do passeio de carro, do jantar. Das coisas que haviam conversado. Estava sorrindo sem perceber.

Não... ela não poderia estar apaixonada. Mas será?

Seria ela tão burra que foi até aquele lugar esquecer um amor e acabou encontrando outro? Estava com medo. Gostava de Seiya a tanto tempo que não estava sabendo lidar com tudo aquilo. Havia um turbilhão em seu estômago.

Mas, será que ele também sentia algo?

Parecia que sim, mas quantas vezes ela não achou que o Seiya também sentia algo. E no entando, nunca nada aconteceu além de um quase beijo, uma única vez. Tudo estava acontecendo tão rápido...

Mas Jabu...ele era um rapaz bonito, poderia sair com várias moças. Porque se interessaria por ela?

Embora ele estivesse mudado, e se ele ainda fosse apaixonado por Saori? De novo, Saori. A linda Saori.

Quem era ela perto de Saori? Ficou com vontade de chorar.

Pensou em desabafar com Eiri, levantou-se para pegar seu celular e mandar uma mensagem para a amiga.

Viu então as ligações perdidas de Seiya.

Sua perna bambeou.

Ela estava muito confusa. Voltou para a água.

Chorou baixinho. Estava com medo.

Resolveu que deveria voltar para casa. Afinal de contas, aquelas férias nào poderiam durar para sempre e com certeza estava fazendo falta no Orfanato.  Naquela noite iria se despedir de Jabu e partiria no dia seguinte.

Embora não estivesse feliz com a decisão, aquela parecia ser a coisa certa a fazer.

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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