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História Um amor pelo qual lutar - O novo professor


Escrita por: OtakuEscritor

Notas do Autor


Oii, lindos
Essa é a segunda fanfic que escrevo.
Ela terá três casais (todos gays), a menos que haja uma mudança inesperada de planos.
Tenho quase certeza que muitos fãs de yaoi vão entender a referência entre o primeiro casal que aparecerá... hihi
Eu espero que vocês gostem
Beijinhos =^.^=

Capítulo 1 - O novo professor


"SERÁ QUE ESTOU OBCECADO mesmo por esse cara?", perguntava-se Thomaz enquanto observava de longe o garoto que lhe despertava os mais lindos sonhos e os mais eróticos desejos. Ele estudava na terceira série, geralmente andava com uns tais de André, Yann e Ingrid, e, ao que se percebia, gostava de ler - um ponto em comum com Thomaz. Seu nome era León, seu cabelo em corte undercut era preto, seus olhos castanhos e seus lábios, carnudos.
  Thomaz sabia que era tolice ficar admirando ele, pois León era heterossexual, inclusive namorava uma garota do segundo ano. Como ele, um moleque novato no ensino médio, poderia competir com uma moça de corpo escultural como a namorada de León? O veterano já havia ficado com todas as garotas que quis, então, por que diabos escolheria Thomaz?
  "Eu sou um idiota."
  Ele tinha certeza de que não conquistaria León. O mais velho era um deus, um ser de estirpe celestial, enquanto Thomaz era um garoto pequeno, magro, de feições delicadas, olhos turquesa, cabelo preto e óculos de grau. Mesmo assim, a simples visão de León já bastava para Thomaz. O simples fato de vê-lo já alegrava seu dia. Se pudesse, então, compreender um pouco de León, ele ficaria mais feliz. Então, teve uma ideia.
  - Os livros que ele lê - disse a si mesmo. - Lerei os livros que ele lê, porque ao menos saberei do que ele gosta.
  Assim, Thomaz observava León e gravava na cabeça os livros que este pegava para ler. Depois que o maior devolvia os calhamaços, Thomaz alugava-os, a fim de entender um pouco sobre o cara dos seus pensamentos.
  Naquele dia, 01 de março, terça-feira, enquanto Thomaz procurava pelo último livro que vira seu amado pegar, sentiu uma mão pousar em seu ombro. Assustado, virou-se.
  - Le-León?
  O alvo de sua paixão estava bem diante dele, fitando-o com aqueles belíssimos orbes castanhos, que apesar de lindos esboçavam apatia. Thomaz sentia seu coração aos pulos, o suor começando a escorrer pela testa, o rosto esquentando, as pernas tremendo. Engoliu em seco.
  - E-Em que eu posso ajudá-lo, L-León?
  - Como sabe meu nome?
  - Eu... É porque... Eu... É porque eu... É porque eu gosto de você!
  León permaneceu inexpressivo diante da tímida declaração. Tirou a mão do ombro de Thomaz.
  - Eu sinto muito por você, mas seu amor vai continuar sendo isso. Seu. Eu só queria ver quem era o tal Thomaz Cardoso que sempre pegava os mesmos livros que eu. - Vez ou outra, León voltava a alugar os livros que já havia lido para poder rememorá-los. Ele odiava ler, por isso, quando um livro o capturava uma vez, ele o lia de novo. Já havia certo tempo que ele notara que o mesmo aluno pegava os livros que ele havia lido. - A princípio, achei que era coincidência de gostos. Mas depois notei que não era isso. Não podia ser. Em todas as fichas dos livros, abaixo do meu nome, "Thomaz Cardoso".
  - Eu sinto muito. Acho que andei vendo muitos animes. Eu não queria contrangê-lo, León. Mas é que eu realmente gosto de você.
  - Vou dizer uma única vez: eu sou hétero, e não estou a fim de virar mocinha. Eu tenho namorada, e por favor vê se não toca mais no assunto de gostar de mim. Eu não faço parte da sua trupe, Bambi.
  "Aquilo me destruiu. Eu entendia ele não ser homossexual e não corresponder meus sentimentos, mas por que me tratar daquele jeito? Por que ofender não só a mim, mas a todas as pessoas LGBT?" O mundo de Thomaz desabou. Ele teve vontade de sair dali correndo, de ir para casa e chorar nos braços do irmão mais velho. Ele saberia o que fazer, o que dizer ao menor.
  - Eu vou embora daqui. Vai que é contagioso?!
  León saiu da biblioteca, deixando o pobre Thomaz com o coração em cacos.

*


Após o intervalo, os alunos se encontravam na porta da sala de aula. André estava em seu lugar, lendo "A Batalha do Apocalipse", do escritor brasileiro Eduardo Spohr. Os "porteiros" da sala entraram correndo quando viram a coordenadora do colégio, Sebastiana, se aproximar, monitorando os corredores.
  Depois de mais alguns minutos, o professor chegou. Ele era novo, os alunos já tinham ouvido falar dele. Pelas informações que circulavam, ele se chamava João Pedro e seria o novo professor até o fim do ano letivo. Pensaram os alunos que devia ser um cara velho, gordo e ranzinza. Na cabeça de André, ele o imaginou usando óculos fundo-de-garrafa, barba grisalha e uma roupa de rico pomposo, de "mauricinho idoso", como os amigos de André apelidaram-no antes mesmo de conhecê-lo.
  Quando ele entrou, deu um tapa na cara de cada um que zombou dele - inclusive na de André. Não era um João estereotipado como velho, e pensando bem era idiotice fantasiar ele sendo idoso só pelo nome (eles mesmos conheciam uns dois João adolescentes) e pela profissão de professor de Português.
  - Ele é um gato! - comentou André com León, um colega que sentava atrás dele.
  - O que diabos você está dizendo, André?
  "É mesmo! O que eu estou pensando? É a primeira vez que eu acho um cara 'gato'." Mas, realmente, o professor era lindíssimo: seu cabelo loiro cobria-lhe as sobrancelhas em uma franja desfiada, os olhos eram de um azul turquesa profundo, a pele era bronzeada, o corpo torneado. Usava uma camiseta preta com o desenho do Freeza de Dragon Ball estampado, sob uma camisa social xadrez, azul, aberta e com as mangas dobradas até os cotovelos; também vestia calças beges, justas ao corpo e mocassins azul-marinho.
  - Bom dia, turma.
  - Bom dia - todos responderam.
  - Eu sou o novo professor de Português das salas da terceira série, me chamo João Pedro. Espero que possamos nos dar bem.
  André não sabia o porquê, mas sentiu uma extrema simpatia por ele, mesmo não conhecendo-o ainda. Isso era possível? Era como se um fio místico os ligasse desde vidas passadas. "Sinistro isso."

As aulas haviam acabado. Agora, os alunos arrumavam suas pastas e iam para casa. André contou a Ingrid, sua melhor amiga, a estranha simpatia para com o novo professor. A garota, ruiva, de olhos verdes e pele sardenta, ia com ele para casa todos os dias.
  - É simples de se explicar - disse ela.
  - Então explique, ó grande guru.
  - Na verdade, não precisa ser nem sensitiva para explicar a situação.
  Os dois chegaram à casa de André. Ele tocou o interfone.
  - Casa dos Silva, pois não? - Era Adelaide, a empregada.
  - Adê, sou eu, André. Abre o portão.
  - Sim, seu André.
  O estalo indicou que a tranca fora destravada. André abriu o portão e os dois entraram. Foram direto para o quarto dele, onde havia uma cama de solteiro, um criado-mudo ao lado dela, guarda-roupas, mesa com computador, estantes com livros e pôsteres de bandas de Rock'n Roll.
  André e Ingrid se sentaram na cama.
  - E então, senhora sensitiva, porque eu senti tamanha simpatia pelo professor novo.
  - Acontece que não foi "simpatia", foi atração. Você ficou cheio de tesão pelo gato do professor.
  - Você tá é doida! Isso vem da sua cabeça de fujoshi tarada, que vê boiolagem em tudo! Eu sou homem!
  - Todo gay é homem. São homens que curtem homens, essa é a ideia de ser gay. Além disso, eu posso até shippar você e o León, mas agora vi que estava enganada ao pensar que seria apenas um sonho te ver com um cara. Acontece que você nunca se atraiu por outros, o tal do João Pedro foi seu primeiro símbolo sexual homo! Que kawaii!
  - Para de dizer essas coisas! Eu não sou gay, nem mesmo bi! Tá doida? Dar o cu? Eu gosto é de mulheres!
  - Ninguém disse que você precisa dar o cu só porque é gay ou bi. Pode ser o ativo.
  Ingrid se levantou, pôs-se de frente para André, pegou as mãos dele e levou-as aos próprios seios.
  - O que você está fazendo? - perguntou, indiferente.
  - Eu sabia! Você não ficou duro, nem mesmo corou. - Então, ela dirigiu a mão direita do amigo até a virilha dela. - Nada?
  Ele anuiu.
  - Eu sabia! André, você é, sim, gay!
  - Não sou! Acontece que você não me excita.
  - É? - Ela pegou o celular no bolso, destravou e foi à galeria, abriu a pasta de vídeos e deu play em um, mostrando-o a André.
  O vídeo era de dois homens transando de uma forma selvagem, agressiva, gemendo e urrando de prazer. André corou instantaneamente e um volume começou a se formar, pouco a pouco, em seu baixo-ventre.
  - Está se excitando, migo? - Ela riu, tirou o vídeo e guardou o celular no bolso. - Finalmente, eu sou uma fujoshi de carteirinha, com um amigo gay!
  André ficou sem reação, enquanto olhava para seu membro, que aos poucos voltava ao normal.
  "Eu sou o novo professor de Português das salas da terceira série, me chamo João Pedro. Espero que possamos nos dar bem."


Notas Finais


Boom, lindos, espero sinceramente que vocês tenham gostado. Espero vê-los de novo semana que vem, segunda-feira, quando irei postar o próximo capítulo. E espero que comentem ^^ gosto muito de saber o que acharam
Bjs


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