FILIPE, SEU IRMÃO E MATHEUS continuaram a conversar enquanto bebiam. Logo, Filipe reparou que o amigo de Estella estava bêbado.
− Hoje vai ter – Thiago sussurrou para seu irmão.
Em pouco tempo, Matheus estava sentado no colo de Filipe, beijando-o, roçando suas nádegas no membro duro do maior, enquanto Thiago chupava o pescoço de Matheus e esfregava seu sexo, sob as calças, em seu traseiro. Resolveram ir para casa de Filipe e Thiago.
Lá chegando, os dois foram para o quarto dos pais dos garotos, que estavam fora de casa, com Matheus dopado nos braços do mais velho. Rapidamente, os três estavam completamente nus e Matheus se ajoelhou diante deles. Ele revezava a felação entre os irmãos, chupando um e masturbando o outro. Os pênis dos dois eram grandes, mas o de Thiago Ra mais grosso enquanto o de Filipe era mais comprido e com cabeça avermelhada.
Depois que Matheus deixou os dois “bem chupados”, Thiago se deitou na cama, segurando o pênis rijo na mão, e Matheus, ainda embriagado, sentou-se em seu membro, encaixando lentamente, até o talo. Enquanto ele cavalgava, Filipe, que se mantinha de pé sobre o colchão, meteu o membro na boca dele. Ele segurava seu cabelo e movimentava os quadris. Thiago gozou dentro do passivo e Filipe ejaculou em sua boca, fazendo-o engolir o “leite quente”. Matheus também gozou, sem nem ter tocado seu pênis.
Diferente da expectativa, Thiago permaneceu duro, o pau pulsando, e o mais velho se ajoelhou atrás de Matheus, a ponto de bala, segurou seu ombro com a mão direita e com a esquerda posicionou o pênis para entrar nele.
De repente, dor.
Muita dor!
E prazer.
Muito prazer!
Filipe e Thiago abraçaram Matheus, que fez o mesmo, entrelaçando as pernas na cintura do irmão mais novo. Os dois ergueram o passivo e assim foderam-no, de pé.
Dentro de pouco tempo, os três gozaram.
*
No dia seguinte, Matheus só se lembrava de ter ido a uma boate com as amigas. Acordou com o chacoalhar do colchão e ao abrir os olhos sentiu uma luz cegá-lo por um instante e a cabeça doer muito. Olhou e viu que estava deitado nu em uma cama. Ao virar a cabeça para a direita, deparou-se com Thiago calçando os sapatos.
− Finalmente acordou – ele falou. – Vê se consegue despertar esse daí.
Matheus olhou para sua esquerda e arregalou os olhos ao identificar Filipe pelado, dormindo como uma pedra. Como era possível? Ele não acreditava no que ele tinha feito.
Sentou-se de uma vez e perguntou:
− O que fizemos?
− Sexo – Thiago respondeu.
− O quê? Nós três?
− Sim, e daí? E você gostou, gemeu e gritou muito, igual cadela no cio, e ainda pediu por mais. Mas relaxa, e não se ilude. Foi só uma transa.
− Como assim, só uma transa? Sexo é precioso, um dom que nos foi dado!
− Aff – ele revirou os olhos. – Se liga, cara. – Levantou-se e saiu do quarto.
Matheus se deitou novamente com um suspiro, sentindo uma terrível dor. Os dois, ao mesmo tempo, dentro dele?
Com um tremendo esforço, ele lembrou-se de chupar os dois irmãos e de ser penetrado por eles pela primeira vez.
− Não me lembro de mais nada... – Nem quanto tempo durou, se fizeram mais posições... Nada!
Filipe se mexeu a seu lado, desviando seus pensamentos, e ele se virou. Ele despertava lentamente, espreguiçando. Sentou-se com a mão na cabeça, apertou as pálpebras, abriu os olhos e olhou para Matheus.
− Bom dia – cumprimentou.
− Bom dia – respondeu desanimado.
Ele abraçou a cintura do outro e beijou seu pescoço. Matheus sentiu a barba roçar levemente em sua pele, provocando-lhe um arrepio.
− O que aconteceu? Você parece triste.
− Sinto-me promíscuo. Sabe, eu estava namorando um cara chamado Sauan, terminamos porque ele me traiu e eu fui para a cama com outro cara, chamado Mike, e agora com você e com seu irmão. Eu sou uma pessoa tão volúvel!
− Não é, não. Se isso ajuda, eu já fiquei com uns vinte caras e meninas para esquecer uma pessoa.
− Uma pessoa? Você está apaixonado?
− Você não deve conhecê-lo. Yann Carlos.
− Conheço – engoliu em seco. – E muito bem. Eu já me confessei para ele, porque gostava, e ainda gosto de certa forma, muito dele.
− Ah... E ele?
− Disse que não era gay nem bi. Mas, Filipe, deixe-me te dar um conselho. Eu acho que o problema do Yann talvez seja não aceitar sua própria homo ou bissexualidade, mas ele é, sim, bi, ou talvez até gay. Tente. Continue investindo, conte a ele, se possível, e se ele rejeitar não desista.
− Mas ele ama outro cara.
− Filipe... Você o ama muito, não é? – Ele assentiu. – Então, lute!
Depois de um minuto em silêncio, Filipe disse:
− Está bem, seguirei seu conselho. Mas você precisa me jurar uma coisa.
− Diga.
− Jure que irá atrás desse tal Sauan e irá tomá-lo de volta. Mostre à vaca que pegou ele que ele é seu. Se precisar, dê uns bons tabefes na cara dela e puxa os cabelos da vadia!
− Arrasou! – brincou. – Não prometo nada, mas vou tentar.
Beijaram-se e apesar de ter sido na boca não foi algo exclusivamente erótico, foi mais de agradecimento, ou algo do gênero.
*
− Eu juro que tentei, Filipe – Yann chorava. Eu tentei não me apaixonar por nenhum cara, muito menos por ele, que já me confessou seus sentimentos. Tenho medo do meu pai, mas acho que sou muito egoísta, porque tenho medo da opinião dos outros. Agora, ele já deve ter me esquecido.
Filipe começara uma conversa sobre amor com Yann, durante a qual pretendia confessar seus sentimentos. Todavia, o assunto tomou outro rumo, e Filipe resolvera não falar nada.
− Eu te entendo, Yann – Filipe tocou-lhe o ombro. – Eu não te julgo, pois sou seu... amigo.
À tardinha, depois de conversar com Yann, Filipe ligou para Matheus.
− Alô? – ele atendeu.
− Matheus – Filipe chamou com voz de choro.
− Filipe, o que houve?
− O Yann não tá a fim de mim.
− Ah... Bom, você já sabia disso. Lembra de que me disse isso aquele dia? Que ele estava a fim de outro cara. Mas não desista, migo. Você tem a confirmação de que ele é gay, ou bi, sei lá. Ganhe o amor dele.
− Sabe por quem ele está apaixonado?
− Não faço ideia.
− Por você.
Filipe ouviu a risada nervosa de Matheus pelo outro lado da linha.
− Impossível. Ele me dispensou completamente. Se me amasse teria correspondido;
− Ele me confessou que tem medo.
− Medo?
− Sim. Do pai dele, mas principalmente do que os outros vão falar. Você sabe que ele é popular no colégio.
− Ainda assim me parece mentira. Se fossem esses os motivos ele ainda poderia ter me correspondido. Mesmo que superficialmente ele sabe como meu pai é, e que poderíamos manter um relacionamento em segredo. Talvez ele esteja inventando isso porque tem medo de se entregar a você.
− Matheus, eu nunca vi o Yann chorar como quando me contou.
− Ele... chorou?
− Sim.
− Filipe, eu não vou mentir e dizer que não gosto de ouvir isso, de certa forma. Mas por mais que eu ainda me atraia por ele, eu não quero namorar por um bom tempo. Já me decepcionei muito. Você ama o Yann?
− Muito, cara.
− Vamos combinar o seguinte: fingimos que essa nossa conversa nunca aconteceu, eu não sei nada sobre os sentimentos dele. Você vai lutar para conquistar o amor dele. Vai ouvir os desabafos, vai enxugar as lágrimas, provocar os risos, e acima de tudo, vai libertá-lo para amar quem quiser. Demorou, mas aprendi que a felicidade é como uma borboleta: quanto mais você corre atrás dela, mais ela foge de você. Um dia você se distrai e ela pousa no seu ombro.
− Mas, e se não der?
− Você não vai descobrir se não tentar. Jure para mim.
− Tá, eu juro. – Filipe sabia que poderia tentar, mas até quando? “Não existe pior distância do que aquela em que você está perto da pessoa, mas não pode tê-la ao lado.” Resolveu mudar de assunto. – E o seu ex? Vocês reataram?
− Não. – Matheus contou a ele toda a história, sobre um acidente que acometera a mão do ex, o encontro com o Sauan no hospital e a conversa que tiveram, e a ajuda que ele estava, “sem nem saber o motivo”, prestando a eles.
− Ele deve estar arrependido – Filipe defendeu o outro.
− Não creio muito.
− Bom, apenas ouça seu coração. Dizem que ele nunca erra.
− Obrigado, Filipe.
− Eu também agradeço.
Desligaram.
Será mesmo que o coração nunca erra?
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