LEÓN BEIJOU-O ARDENTEMENTE, de uma forma romântica, erótica, que quase o enlouqueceu. Estava escuro no quarto do mais velho, e os dois juntos. Juntos! Thomaz finalmente realizara o sonho de ser totalmente de León, de estar nos braços do amado, de sentir sua pele na dele próprio.
- Seus pais não vão nos ouvir? - preocupou-se Thomaz.
- Eles vivem para o trabalho - falou com certo rancor. - Hoje, a casa é toda nossa.
O mais velho o abraçou ternamente, roçando os corpos. Sentir os músculos tensos de León tocando seu corpo, sentir os braços fortes do moreno envolverem-no, sentir o suor escorrer de seus corpos de tal forma era magnífico! León selou os lábios do menor, subindo a camiseta que este usava e brincando com os mamilos de Thomaz, arrancando suspiros leves dele. León beijou-os e chupou-os, depois subiu para o pescoço e deixou várias marcas roxas pela tez clara de Thomaz.
O mais velho desceu até o baixo-ventre do menor, desabotoou-lhe a calça e despiu-o da peça. Olhou para a boxer cinza escura que Thomaz usava, o volume na cueca, e deu um beijo no membro encoberto, arrancando um suspiro do outro. Olhou para cima. León usou os dentes para descer a cueca do amante e abocanhou o pênis alheio, fazendo movimentos para cima e para baixo, envolvendo-o com os lábios.
- Le... León... Eu não sei... se aguento muito mais! - Ao ouvi-lo choramingar, o veterano acelerou os movimentos e engoliu o membro inteiro, sentindo Thomaz derreter-se, envolvido em seus lábios.
O mais velho levantou-se, cuspiu o sêmen de Thomaz e passou as costas da mão na boca. Beijou o menor mais uma vez, provocando outra ereção em Thomaz. "Ele é tão quente que um simples carinho dele me excita." León, então, ergueu as pernas de Thomaz, revelando sua entrada rósea, o que fez o garoto se retrair. Mas, ignorando a timidez do outro, León começou a lamber e cuspir naquele buraquinho, fazendo o menor gemer.
Depois de deixar Thomaz bem lubrificado, León beijou-o pela quarta vez, posicionou-se entre as pernas de seu amante e, segurando o pênis com a mão esquerda, penetrou-lhe lentamente. Os dois gemeram. León começou a estocar com movimentos rápidos e firmes, sem se importar com a virgindade do menor.
- León... está... está doendo!
- Quer... - gemeu - que eu pare?
- N-Não... Mas é minha primeira vez... Pega mais leve...
O maior passou a estocar mais devagar até que sentiu um instinto animal lhe invadir e fazê-lo meter com força, arrancando gritos, lágrimas e sangue de Thomaz. O suor escorria por seus corpos, descendo até os lençóis da cama.
- Le... León, eu não vou... aguentar mais... Eu vou... gozar! - Thomaz enfim se desfez com um gemido e um grito, esporrando longe em um disparo quente.
- Ah, T-Thomaz... Estou sentindo você se contrair em volta de mim... Também... Também vou gozar! - Dizendo isso, com um berro, León liberou todo seu esperma dentro de Thomaz, preenchendo-o por completo, fazendo o líquido escorrer para fora.
O ativo saiu de dentro de Thomaz e o sêmen então escorreu ainda mais, manchando os lençóis. León beijou o menor uma última vez e os dois dormiram abraçados.
*
- Estou me sentindo um lixo - confessou León a Yann, André e Ingrid, no refeitório.
- Eu disse que não era uma boa ideia - Ingrid lembrou. - Apesar de eu adorar um bom lemon, não é certo o que você fez.
- Agora explica para a gente, Yann, porque você aconselhou isso pro León?
- Tsc, simplesmente porque assim o tal Thomaz fica feliz e o professor não implica com o León. - "Na verdade, pensei que o León pudesse se apaixonar por ele."
- Mas agora o León vai fingir um namoro até o fim do ano? - perguntou André.
- Eu avisei a ele que seria apenas uma noite. E ele concordou.
- Pobre Thomaz - disse Ingrid. - Deve ter se entregado de corpo e alma.
Na sala dos professores, João Pedro não conseguia se concentrar no planejamento de aulas. Lembrava-se do dia anterior.
...
Era domingo de manhã quando Thomaz voltou para casa. Ele disse que iria fazer um trabalho escolar com um amigo e dormiria em sua casa.
- Vê se toma cuidado - o mais velho disse para o irmão.
- Pode deixar. Não vou me machucar.
E no dia seguinte, ele chegou saltitante, alegre, cantando uma música.
- Bom dia, querido irmão!
- Bom dia... Tudo bem com você, Thommy?
- Tudo ma-ra-vi-lho-so! O dia está tão bonito! A vida é uma festa! Irmão, deixa que hoje eu preparo o almoço! - E deixou a sala assobiando.
...
João Pedro pôs os óculos na mesa e largou a caneta. Suspirou.
- O que aconteceu com o Thomaz para que ele ficasse tão alegre daquele jeito, afinal?
André, Ingrid, León e Yann Carlos iam saindo da escola quando avistaram Thomaz distraído, esperando o irmão.
- Por que você não vai lá conversar com ele, León? - sugeriu Ingrid, o sorriso estampado no rosto.
- Eu não! Ele vai pensar que realmente estou a fim dele.
- Ele já pensa isso, gênio - retrucou a ruiva. - Vai lá. Você sabe que, se nunca mais falar com ele, ele vai chorar para o irmão e você vai ter transado com ele à toa.
León suspirou. "Que se dane." Deixou os amigos e se aproximou de Thomaz.
O professor João Pedro aproximou-se por trás.
- Olá para todos. - André corou.
- Ah! Oi, professor - Ingrid sorriu e olhou para André. - Sabe, o Yann e eu estávamos de saída, o Andrezinho aqui tem algo para falar para o senhor.
- Ele tem? - perguntou Yann.
- Tem? - o professor indagou agora.
- Eu... tenho?
- Sim, ele tem. Sim, André, você tem - respondeu entredentes. - Vamos, Yann. - Ingrid o puxou e os dois foram embora.
- E então, André, o que tem a me dizer?
- Bom, professor... Como eu posso dizer algo assim para o senhor?
- André, sou seu professor. Pode confiar em mim.
- Bom, João Pedro... Posso te chamar pelo nome?
- Haha! Claro que pode.
- Enfim, João Pedro, é que eu... eu... estou apaixonado.
- Ah, entendo. E eu posso te ajudar como?
- Correspondendo, talvez?
- O que quer dizer?
- Estou apaixonado por você!
João Pedro arregalou os olhos, a boca secou.
- Olha, André, eu nem sei o que dizer.
- Você é hétero, não é? Deve estar enojado, certo?
- Não, de forma nenhuma! Meu irmão também é gay, André. Mas eu sinto muito. Não posso te corresponder, e peço que entenda. Procure se apaixonar por alguém que te é permitido.
- Tá...
- Ótimo, obrigado por entender. Agora tenho de ir. Você sabe onde está o Thomaz?
André apontou para o garoto que conversava com León.
- O que eles estão fazendo juntos? Fiquei sabendo que o León dispensou meu irmão de uma forma nem um pouco gentil, sem considerar seus sentimentos.
- André! - uma garota se aproximou dos dois. Era a garota viciada em León, que se autoconsiderava namorada dele. Seu nome era Ludmila, loira, os cabelos cacheados, olhos verdes e batom vermelho.
- Oi, Lud.
- Quem é esse? - ela avaliou o professor de cima a baixo, analisando o corpo dele. "Que gato! Dá de dez a zero no Leo."
- É nosso professor de Português.
- Uau! O León que me desculpe, mas ele é hot! - André corou de raiva e quis descabelar a loira, mas se controlou. Não tinha o direito de sentir ciúmes. - Falando nisso, cadê meu namorado?
"Então ela namora o León. Portanto, meu irmão não tem chances", pensou João Pedro.
- Ele está ali, conversando com um amigo - André apontou para León e Thomaz. E os dois... se beijavam!
- León?!
O garoto abriu as pálpebras, largou a boca de Thomaz e virou-se para Ludmila, indiferente, os olhos vagos. Thomaz, contudo, estava vermelho como um pimentão.
- Sim?
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