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História Um amor pelo qual lutar - Tapa na cara


Escrita por: OtakuEscritor

Notas do Autor


Oi, amores, voltei.
Sim, eu sei que estou meio atrasado, sorry
Mas voltei com mais um capítulo. Espero que gostem e semana que vem posto o próximo.
Aproveitem!

Capítulo 5 - Tapa na cara


THOMAZ QUIS SAIR CORRENDO DALI, abandonar aquelas pessoas, se esconder. Desejou trancar-se no quarto, olhar os peixes nadarem no aquário, tocar piano. Olhou, envergonhado, para seu irmão, e mirou León, desesperado. Por que o mais velho estava tão calmo? Era a namorada dele, afinal! E a expressão de João Pedro não era de decepção, mas de raiva, e não era dirigida a ele, mas a León.

- León?! Como você pôde me trair? Disse que me amaria eternamente!

- Tecnicamente, eu disse que você era bonitinha, e você grudou em mim feito carrapato.

- Espera, você está dizendo que nunca sentiu nada por mim?

- Quer que eu desenhe?

- Então, por que nunca terminou comigo decentemente?

- Porque eu nunca considerei-me seu namorado. E, só para constar, a única pessoa de que gosto é o Thomaz.

Um sorriso cortou a face de Thomaz de ponta a ponta, mas Ludmila ficou boquiaberta, ao passo que João Pedro não desfazia o olhar ferino que impunha sobre León e André não sabia explicar porque achava tão sexy aquela face raivosa.

- Ludmila, por favor, deixe-nos ficar a sós. O Thommy e eu somos namorados desde que nos entregamos um ao outro.

- O quê? Vocês transaram? – João Pedro se preocupou ainda mais. - Thomaz, por que você não me contou?

- Porque ele disse que era apenas uma noite.

- Sim, professor, eu disse isso. Mas não sabia que me apaixonaria por seu irmãozinho. Desculpe-me.

- Você é irmão desse garoto? - Ludmila perguntou a João.

- Sou.

- Então, vigie ele dia e noite, porque a qualquer momento uma pedra pode cair bem em cima da cabeça do seu amado irmão.

- Isso é uma ameaça? - João Pedro avançou, mas André o segurou.

- Ameaça? Jamais! É uma possibilidade, oras! Mas tome cuidado, e não deixe seu irmão sair sozinho. Na verdade, tome cuidado também, León. E você também, André. E o mesmo vale para aqueles seus amiguinhos, que eu tenho certeza que tem relação com isso. - Ludmila virou-se, jogando o cabelo, e deixou-os.

− Isso claramente foi uma ameaça ­ João Pedro falou.

Thomaz começou a chorar. João Pedro avançou para abraçá-lo, mas León agiu antes e o envolveu em seus braços.

- Ah, meu amor, não precisa ficar com medo. E não chore, eu estou aqui com você.

 

*

 

- Eu não acredito que ela fez isso ­ exclamou Ingrid quando, no dia seguinte, soube do ocorrido.

- Ela nos ameaçou? ­ Yann ainda estava incrédulo. Estavam todos sentados na sala de aula, o recreio acabara havia pouco tempo.

- Acontece que ela não soube perder ­ disse André.

Cansado de ouvir tanta ladainha, León os cortou:

- A verdade é que ela nunca ganhara, para início de conversa. Mas tudo bem, agora com certeza o professor sairá da minha cola.

- León ­ a voz de João Pedro chamou-lhe a atenção. O professor estava parado na porta. – Será que você poderia me acompanhar?

Os amigos o olharam, apreensivos, mas ele permanecia indiferente. Levantou-se e caminhou até o professor.

- Diga.

- Acompanhe-me até a sala dos professores.

João Pedro deu as costas e seguiu para lá, acompanhado de León, que ia alguns passos atrás. Chegaram na sala e o mais velho sentou-se, convidando León a fazer o mesmo com um gesto de mão.

- Então, León ­ principiou quando o aluno se acomodou -, o que tenho a discutir com você é algo sério e eu peço perdão por misturar pessoal e profissional. O Thommy é, desde que perdemos papai e mamãe, minha única família. No dia do show de talentos, meu irmão chegou em casa arrasado e disse que você era um idiota. Eu não sei porque exatamente, mas tenho uma ideia. Pelo que soube, você ofendeu-o quando descobriu que ele ficava te olhando na biblioteca, então, do nada, vocês me aparecem namorando? León, o que você quer com meu irmão? Não é para que eu não fique de marcação para com você, é?

- Professor, eu amo o Thomaz.

João Pedro suspirou.

- Se fizer meu irmão chorar, a ameaça da sua ex-namorada não se cumprirá sobre você, porque eu matarei primeiro. Se eu descobrir que o Thommy derramou uma única lágrima de tristeza por você, comece a escrever seu testamento enquanto reza. Eu não vou saber distinguir profissional com vida pessoal!

León se levanto e, mudo, caminhou até a porta, parando no vão.

- Se era só isso, não se preocupe. Vou fazer o Thomaz o cara mais feliz do mundo ­ fez uma pausa ­, cunhado.

 

*

 

João Pedro! ­ André gritou, correndo atrás do professor. ­ Espera! Eu te amo! Fica comigo! Eu só amo você!

O loiro se virou, os olhos turquesa brilhando.

- André, também te amo! ­ Ele abriu os braços e o jovem se lançou ao abraço. Os dois se beijaram.

- O que está havendo aqui? - Era Aurélio, o diretor. ­ Professor João Pedro, você não sabe que a relação entre professores e alunos é proibida em nossa instituição? Eu sinto muito, mas está despedido!

 

André acordou com o som do despertador, eram 06h00. Estava meio escuro, o jovem dormira apenas de cueca e agora despertava confuso.

- Que sonho louco...

 

- Uma premonição.

- Como assim, Ingrid? ­ o garoto perguntou à amiga, enquanto os dois rumavam para o colégio.

- Seu sonho foi uma resposta enviada pelo deus do yaoi. Agora você sabe porque o professor te rejeitou. Isso me faz lembrar de inúmeras histórias que li em que os dois, aluno e professor, tinham um relacionamento escondido. Deve ser proibido aqui, pois se a relação acontece ainda no colégio, pode se tornar abuso de poder. A própria lei trata o envolvimento de um adulto com alguém menor de 14 anos como crime.

- Mas eu já tenho dezessete.

- Pois é. Conversa com o professor.

Quando João Pedro entrou na sala, a primeira coisa que fez foi ir à carteira de André, que lhe chamara. O aluno convidou-o a irem para fora, a fim de conversarem a sós.

- João, me responda: você rejeita meus sentimentos porque não me ama?

- Eu nunca disse isso.

- Você foi o primeiro cara por quem me apaixonei! Não pode fazer isso comigo! Por que me rejeita?

- Porque induzir um adolescente a atos sensuais é corrupção de menores e pode render de dois a cinco anos de prisão. Se você me ama, não me provoque mais. Não me procure mais falar dos seus sentimentos. Eu sou seu professor, não posso namorar você, nem aluno algum! Eu tenho que cuidar do Thomaz. Preciso desse emprego, André. Olha, se você quiser esperar até sua formatura, quando você sair do colégio, poderemos ficar juntos.

André, sem compreender motivo de tanta raiva que sentia, puxou João Pedro pelo colarinho e beijou-o.


Notas Finais


Bom, é isso
Espero que vocês tenham gostado
Até a próxima =^.^=


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