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História Um Amor Por Escrito - Entre Queimar e Eletrocutar


Escrita por: peixinha-sama

Notas do Autor


SOMOS QUASE 100! <3
E a internet pifou... deixa eu ver se consigo ressuscitar....
Socorro, não 'tá voltando
Notebook, sério que vou ter que reiniciar você?

Acabei de reiniciar e, olha, o spirit salva o que foi escrito, que legal.
Voltando... SOMOS QUASE 100!
AAAAAAAAAA

E aproveitando a postagem, feliz dia dos pais! Não sei se alguém que lê aqui é pai, mas tenho que dar parabéns para a Legislação, que é minha pai na rodinha de amigos. Considere esse capítulo seu presente, okay? Não tenho money, mas tenho capítulo, ao menos. :'D

Fiz meu máximo para alcançar a expectativa de vocês e espero que gostem.
Boa leitura! <3

Capítulo 13 - Entre Queimar e Eletrocutar


      Aquele sentimento não poderia ser posto em palavras. Nem raciocinado. Nem pronto para ser compreendido.

     Namjoon pediu para queimar e Seokjin fazia mais do que isso: o eletrocutava. Quando tomou seu primeiro choque ainda era uma criança e desde então decidiu nunca mais brincar com tomadas. Ele jamais esperaria que, anos mais tarde, decidiria se eletrocutar por vontade própria.

     Como se seu corpo fosse feito de vidro, ele se sentia sendo partido em milhares de pequenos pedaços. Quase doía. Doía de tão incrível. O mundo estava parado e seu corpo explodia. Como poderia quebrar e explodir ao mesmo tempo? Nem a biologia poderia explicar.

     Depois que Seokjin lhe disse para beijá-lo, não falaram mais nada. Namjoon ficou sem reação por um momento e, quando entendeu as palavras, sentiu alguma coisa estranha dentro de si. Remexendo e borbulhando.

     Contrariando seu instinto de ficar parado, deu um passo e levantou a mão até o rosto do outro. Estava vermelho. Passou o polegar pela sua bochecha. Quente. Era macia e Seokjin estremeceu com o toque. Olhou para os seus olhos e notou que eles não eram pretos, e sim castanhos escuros. Nunca esteve tão perto a ponto de ver esse detalhe. Seus lábios o convidavam, formados em um biquinho.

     Quando o viu fechando os olhos, soube que era hora de fechar também. Assim, roçou seus narizes, sentindo a primeira onda de choque o invadir. Amou a sensação. Lambeu os lábios e chegou mais perto. O bastante para não ter mais como se aproximar.

     O primeiro selinho foi demorado enquanto durou e curto quando acabou, tal como diziam as histórias. Seu coração apertou com o contato e ele sentiu como se só naquele momento estivesse conhecendo o verdadeiro significado de viver. Seus lábios eram macios, mais do que suas bochechas. Tinham um gosto único, especial.

     Nem se afastou do primeiro beijo e começou o segundo. Ouvir o suspiro de Jin no intervalo entre beijos foi quase tão bom quanto o contato. Seokjin, se movimentando devagar, levou suas mãos até a nuca de Namjoon e apertou delicado os fios, o puxando mais para si. Não foram rápido em nenhum momento, apenas movendo os lábios com uma calma inexistente.

     Machucava de tão bom. Ele queria ir mais rápido, queria mais contato. Puxar o corpo de Seokjin e o apertar, e então experimentar cada local com a língua. Mas seu coração não concordava com o instinto. Ele pedia para ir devagar, acariciar as madeixas de cabelo e manter-se numa distância segura, ele não queria deixa-lo perceber que estava duro.

     Sentia-se sorrir durante o beijo. Era mágico. Percebeu nunca ter detalhado os beijos nas suas histórias corretamente. Teria de refazer todos. Desceu as mãos para as suas costas, amaldiçoando a blusa em sua frente. Queria sentir os músculos, a pele, aquele calor que ainda não tinha experimentado. A mão de Seokjin brincava em seu pescoço, raspando de vez em quando com a unha bem-feita. Mais choques, mais suspiros.

     Há quanto tempo se beijavam? Namjoon nunca conseguiria dizer. Cinco minutos? Vinte? Uma hora? Por quanto tempo queria beijá-lo? Ah. Nem conseguia mais se imaginar não o beijando. Suas mãos desceram mais. O beijo ainda estava muito inocente para descer até onde desejava, então parou as mãos, apenas tratando de o puxar para si.

     Deu uma mordidinha em seu lábio inferior. Seokjin gemeu baixinho e abriu os olhos. Namjoon fez o mesmo. Anos de vida não foram capazes de lhe ensinar o que aquela troca de olhares ensinou: não há um limite para se apaixonar. Você pode pensar que já ama alguém ao máximo e estar completamente errado.

     Kim Namjoon nunca amou tanto errar. Orgulhoso do jeito que era, apenas desejou errar o quanto lhe fosse possível.

     Trocaram um selinho de olhos abertos, olhando atentamente um para o outro. Namjoon viu, progressivamente, as bochechas de Seokjin ficarem mais vermelhas e seus olhos ficarem foscos. Ele nem precisava checar lá embaixo para ter certeza de que seu chefe curtia o beijo. Embora quisesse.

     Fechou os olhos antes que derretesse. Seu moletom já o irritava antes, agora era insuportável. Agarrou sua nuca e o puxou mais para si, não sabendo como o faria ficar mais perto, sendo que já estavam colados. Não importava. Queria ficar mais perto. Precisava. Seokjin sentiu a mesma coisa, não se passaram cinco segundos e ele já estava com as duas mãos agarradas no cabelo de Namjoon.

     Seokjin, vingativo, mordeu o lábio de Namjoon. Não foi um choque, foi um raio. Atingiu diretamente seu coração e só o fez apertar mais os fios em seus dedos. Sem nem ao menos perceber, foi empurrado até cair na cama, sentado. Em nenhum momento seus lábios desgrudaram e o beijo soou diferente com Jin lhe beijando de pé, curvado para si. Namjoon se perguntou como estaria seu cabelo, de tanto ser bagunçado por aquelas mãos.

     Abraçou Jin pela cintura, de novo amaldiçoando aquela blusa. Quando se sentiu mais confiante, delicadamente raspou os dedos por dentro da vestimenta, conhecendo e provando o começo das costas de seu chefe. O sentiu sorrir.

     Na ânsia de trazê-lo mais para perto, o puxou atrapalhado, porém não apressado, e se deitou com ele na cama. Foi deitado, com Jin ao seu lado, que finalmente provou sua língua. Não fizeram muita bagunça, apenas brincando com as pontas da língua. Os pelinhos de seu pescoço se arrepiaram e Namjoon sentiu medo de não saber mais como soltá-lo. Nem uma droga deveria viciar tanto assim.

     — Namjoon — Seokjin sussurrou, no intervalo de um beijo para outro. O loiro se questionou se isso era um pedido para parar, mas como os lábios continuaram vindo ansiosos até si, assumiu que não. Disse mais uma vez seu nome, apenas para beijá-lo em seguida. Mais uma vez. Namjoon sorriu e Seokjin beijou seu sorriso.

     — Seokjin.

     Nunca agradeceu tanto poder respirar com o nariz. Seus dedos ainda brincavam com suas costas e amava sentir os pelinhos dali se arrepiarem ao toque. Mais uma vez o sussurro do seu nome. Se já pensou em trocar o nome, nunca mais pensaria. As sílabas “Nam” e “Joon” mostraram-se melódicas e deliciosas de serem faladas.

     Ousou abrir os olhos e suspirou instantaneamente. A cada olhada, apenas tinha a certeza dele estar ainda mais lindo. Os olhos fechados. As bochechas coradas. O cabelo bagunçado. Parou de beijá-lo apenas para aprecia-lo melhor. Sentia como se fosse morrer. Não era perigoso o coração bater tão rápido assim? Seu rosto estava quente.

     Seokjin abriu os olhos para observá-lo. De novo. De novo Jin estava mais lindo. Namjoon lambeu os lábios. Droga, o que faria? A paixão parecia inundá-lo. Aqueles olhos castanhos quase negros estavam nublados. Teve certeza então. Seu chefe também estava apaixonado por si. Pela primeira vez na vida, teve absoluta certeza de ser correspondido. Mil “eu te amo”s não seriam capazes de demonstrar o que aquele olhar dizia.

     Começou a se amar de repente. Se seu príncipe, o homem mais perfeito que já conheceu, o amava, quem era ele para não se amar? Se perguntou o quanto aquela sensação duraria.

     Sorriu, colocando um dos braços para apoiar sua cabeça e levando o outro para acariciar a nuca do seu amado. Seokjin também se apoiou com um braço, mas usou o outro para tirar a mão de Namjoon de sua nuca e entrelaçar os dedos.

     Jin se sentia anestesiado do mundo. Olhando para as mãos de Namjoon, se esqueceu de todos seus problemas. Vendo os detalhes de cada dedo e linha, estava começando a amar até mesmo essa parte do corpo alheio. Já o Kim mais novo o encarava sem pudor algum, apenas tentando achar alguma novidade naquele rosto que já admirou tanto.

     — Namjoon — Seokjin sussurrou mais uma vez, mordendo de leve seus lábios. Estavam vermelhinhos pelo tanto que se beijaram. Adorável. Simplesmente adorável. O olhou e, por um breve momento, se pareceu com um adolescente: — eu gosto de você.

     Seokjin queria falar mais coisa. Queria explicar sobre quando se apaixonou. Queria lhe dizer sobre tudo o que sentiu nesses meses que passaram juntos. Queria lhe dizer juras de amor e confessar sobre o quanto o desejou no silêncio da noite. Mesmo assim, apenas conseguiu repetir:

     — Eu gosto de você.

     O aperto em sua mão ficou mais firme. Seus peitos encostados, conseguiam sentir o coração agitado um do outro. Como se fossem um e estivessem se fundindo. Seus narizes roçando, ficou complicado respirar.

     Jin percebeu que, todas as vezes em que afirmou estar apaixonado, errou. Não haveria sensação mais sincera do que aquela. Nem mais verdadeira. Nem mais maravilhosa. E nem mais nada do que ele poderia querer.

     — Eu gosto de você, Joon — e sentiu como se pudesse chorar, mesmo não estando triste.

     Namjoon apenas pôde sorrir. Sorrir o sorriso mais verdadeiro de todos.

     — Eu também, príncipe. Eu também gosto de você.

     Por alguns momentos, a palavra “gostar” valeu muito mais do que a “amar”.

 

     — Jin, quer trocar mais um segredo?

     Eles passaram um bom tempo apenas se curtindo: se beijando de vez em quando, se acariciando e falando uma besteira ou outra. E Namjoon apenas foi se lembrando de tudo o que tinha acontecido até esse momento para ficarem juntos. Nunca acreditou em destino, mas também não queria acreditar que tinha o conhecido apenas por coincidência. Poderia haver um meio termo?

     Se Seokjin não tivesse lhe dito o seu poema, naquela noite em que foi enganado por Chung-Hee, talvez nunca tivesse se sentido à vontade com ele. Aquele poema. Ele nunca mais pensou nele. Ou quando postou uma estrofe anônima e, quase seguidamente, Jin lhe mandou a mesma? Se isso não era destino, o que seria?

     Talvez ele não acreditasse, mas queria lhe contar isso. Queria contar todas as verdades que pudesse, mesmo as mais escondidas em seu coração. Queria criar verdades novas, só para poder conta-las também.

     O acastanhado arqueou uma das sobrancelhas.

     — Que tipo de segredo você tem a me oferecer, caro Namjoon? — disse, como se negociasse.

     Namjoon riu e, com sua voz mais confiante, continuou a provocação:

     — Um que você nunca iria imaginar.

     — Você trabalha pra máfia?

     — Não — revirou os olhos —, sou um agente duplo.

      Seokjin fingiu surpresa.

     — Então, na verdade, você trabalha para o Chung-Hee e veio atrás de mim para conseguir informações.

     — Exato — testou o seu tom mais misterioso. — Chung-Hee me mandou para descobrir a — deu uma pausa, falhando na criatividade — cor do seu quarto.

     Embora tivesse sido um motivo ridículo, Seokjin abriu a boca em “o”. Parece que ele se daria bem como autor.

     — Então, você é amante de Chung-Hee?

     E Namjoon não pôde evitar a cara de nojo. Seokjin riu.

     — Esse é um dos critérios para ser um espião duplo?

     — É sim.

     — Então desisto, fico com você mesmo — deu de ombros. — Chung-Hee nunca descobrirá a cor das suas paredes.

     Jin riu alto o bastante para que parecesse riscar uma janela. Namjoon revirou os olhos, contendo a vontade de beijar aquele ser estranho mais uma vez.

     — Falando sério agora, Joon — começou, quando conseguiu recuperar o fôlego. — O que é?

 

     — E quem disse que eu não ‘tava falando sério? — provocou.

     — Namjoon — sobrancelha erguida, olhar de sermão. Se acreditasse em Deus, o acharia injusto por fazer uma pessoa tão linda em qualquer expressão.

     Deu uma risadinha, para então apenas acariciar a bochecha de Jin e começar, com a voz baixa:

     — Você não vai acreditar.

     Seokjin beijou sua mão.

     — Quem sabe. Talvez eu acredite.

     Suas bochechas estavam começando a doer de tanto se esticarem em um sorriso. Seu coração voltou a ficar estranho. Um batimento diferente de quando o beijava. De quantas formas aquele órgão poderia doer?

     Se soubesse desenhar, faria um quadro de Seokjin. Mudou de expressão, continuou lindo.

     — Lembra daquele poema que você me recitou? — começou em um sussurro — pouco depois de nos conhecermos.

     Aqueles lábios realmente faziam uma curvatura perfeita para cima.

     Bastou uma assentida com a cabeça para que continuasse:

     — Dois anos atrás — uma história sempre era a melhor maneira de se contar alguma coisa e usou dessa estratégia —, eu percebi que me fazia bem escrever. Eu não tinha tempo para mais nada além de estudar e, mesmo assim, comecei a escrever. Nas aulas, antes de dormir, em horários que eu totalmente deveria estar estudando.

     Seu coração deveria estar mais alto do que sua voz.

     — A primeira coisa que já publiquei foi em anônimo, num site onde se pode postar frases soltas. Foi uma estrofe.

     Seokjin entreabriu os lábios e seus olhos ficaram mais atentos.

     — Eu era meio idiota e, bom, imaginava que assim que eu postava aquela estrofe, teria umas mil curtidas só pra começar e diversos agentes literários loucos para descobrir quem era essa pessoa por trás do “anônimo”.

     Seu sorriso ficou meio amarelo, um pouco envergonhado.

     — No fim não teve nenhuma curtida e acabei me sentindo um idiota. Depois de publicar uma história num concurso online e ser detonado pelos comentários, desisti de me expor. Sabe — deu uma pausa, desviando o olhar — eu realmente achei que ninguém nunca tinha lido aquela... coisa, então ouvir ele de você, naquele dia, simplesmente... Fez algo comigo, entende?

     Ainda não olhava para o acastanhado, mas sentiu uma mão lhe acariciando o rosto.

     — Por que demorou tanto pra me contar? — seu tom não era acusador, era calmo, gentil. Apenas curioso.

     — Não é uma coisa acreditável, é?

     Voltou a olhá-lo quando ouviu sua risadinha abafada.

     — Você acredita em destino, Namjoon?

     Sorriu.

     — Nunca acreditei.

     Seokjin também sorriu.

     — Acho que uma coincidência nunca deu tão certo, então.

     Namjoon sentiu que ele iria beijá-lo, mas apenas chegou bem perto de si, dizendo:

     — Essa estrofe... eu li ela no dia em que saí das aulas de canto.

     Um sorriso triste. Aquele sorriso não combinava com um rosto tão lindo.

     — Eu achei ela aleatoriamente e... parecia ter sido feita para mim. Algumas palavras escritas fizeram valer mais do que todos os consolos que recebi.

     Seu rosto voltava a ficar vermelho.

     — Hoje, lendo o seu texto, eu tive a mesma sensação, Namjoon. Apenas senti que foi feito para mim e — deu uma pausa, parecendo precisar recuperar o fôlego — como você consegue fazer isso comigo?

     Acariciou seus fios.

     — Foi feito para você, Seokjin.

     Mais uma vez ele era mais lindo do que nunca. Corando e estreitando os olhos, fazendo até parecer que iria chorar.

     — Eu também sou frio, Namjoon. Foi você o que apareceu para me esquentar.

     Namjoon só pôde o olhar com os olhos mais sinceros possíveis.

     — Eu tinha dito sobre você ser morno e algumas vezes me queimar. Eu me confundi.

     Roçou seus narizes.

     — Você não para de me queimar, e eu estou amando isso, meu príncipe.

     A voz rouca de Namjoon o atravessou como uma espada. Se sentiu gemer sem nem ao menos ser tocado. O pronome possessivo antes de seu apelido apenas o matou. Droga, era ele quem queimava.

     — Sempre que eu te queimo, sou queimado junto então. — lambeu os lábios antes de completar, envergonhado, feliz: — meu súdito.

     Seus lábios se encostaram. Haveria algum momento em que se cansariam de tal sensação?

     — Então me deixe te queimar.

     — Nos queimar.

    

     Aquele fogo não precisava de troncos. Talvez as chamas do amor fossem as únicas que pudessem se manter sozinhas. Então ambos poderiam queimar.


Notas Finais


*Se esconde de vergonha*
Não acredito que gastei 2500 palavras para descrever somente uma troca de beijos, mds.
Se ajuda, eu também estava esperando muito por esse momento. Bvgbfdhjsk

Por favor, me digam a opinião de vocês pelos comentários, é essencial para mim saber se enrolei ou se deixei em um tamanho bom. Isso vai ser importante para os próximos capítulos. #RumoAos100Favoritos

Até os comentários ou o próximo capítulo, meus amores! <3


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