História Um Amor Proibido - Adaptada (Mericcup) - Capítulo V

— Como? — Hiccup se levantou rapidamente. — Não creio que fizestes isto comigo Katerina.

— Por favor me desculpe... — Katerina se aproximou se Hiccup. — Eu não... eu não queria.

— Estás me dizendo que está grávida? 

— Sim... estou grávida de Flynn. — Katerina disse olhando para Hiccup e ele balançou a cabeça. — Hiccup... Eu não queria, se eu pudesse fazer algo para que isto fosse uma mentira... 

— Mas não podes, não é?! — Hiccup vociferou.

— O que? Estás com raiva de mim? 

— Como achas que devo ficar, Katerina? Você está grávida! Grávida de meu irmão! — Hiccup gritou para Katerina.

— Eu lhe traí? — Katerina olhou-o incrédula. — Achas que foi eu te traí, Hiccup?! Eu estou a trair seu irmão quando concordei em fugir com você! Quando eu te encontro todas as noites! — Katerina se aproximou de Hiccup, abaixando o tom de voz. — Eu estou a trai-lo quando digo que te amo Hiccup.

 — Mas ficastes grávida de meu irmão... — Hiccup olhou para a garota decepcionado.

— Fiquei grávida de meu marido! O homem no qual eu deveria amar. — lágrimas escorrem dos olhos de Katerina. — Vejo que errei em depositar meu amor em você Hiccup... pensei que me amaste, porque se sim não estaria me tratando desta maneira.

— Como quer que eu te trate depois do que fizeste? — Hiccup pegou no braço de Katerina. — Você está grávida Katerina. Grávida de meu irmão.

— Não fiz nada de errado. Apenas fiquei grávida de Flynn, meu marido.

— Um homem que não ama. — Hiccup cuspiu essas palavras sem ao menos pensar.

— Tudo por um descuido seu... — ela apontou o dedo para Hiccup. — Eu estou casada com ele, e agora, estou grávida.

— Irás colocar a culpa em mim por estar grávida? — Hiccup olhou para Katerina. — Se não tivesse...

— O que?! — ela o interrompeu. — Se eu não tivesse me entregado ao meu marido? Era isso que iria dizer Hiccup?

Katerina olhou para o moreno a sua frente e enchugou as lágrimas. 

— Queria que eu falasse o que? "Perdoe-me meu marido, não vou me deitar com você, pois sou apaixonada pelo seu irmão." — Katerina gritou para Hiccup que respirou fundo.

Os olhos da garota se enchem de lágrimas novamente.

— Sabes que não tenho culpa. E que se eu pudesse, tiraria essa criança de meu ventre, só para viver a grande loucura de te amar Hiccup. — Katerina agarrou na roupa de Hiccup. — Vamos fugir Hiccup... não me importo se essa criança está em meu ventre, irei com você aonde for...

— Estás louca? Perdeste o juízo! — Hiccup pegou nos braços de Katerina. — Achas que irei fugir com você sabendo que estás grávida de Flynn, meu irmão? 

— Não desistiu quando soube que eu estava noiva dele... — Katerina se distanciou de Hiccup e o olhou nos olhos.

— Devemos parar de nos ver... — Hiccup começou.

— Como? — Katerina olhou-o incrédula.

— Você é uma mulher casada, estás grávida, deviamos imaginar que isto não daria certo... 

— Hiccup... eu... — Katerina se aproximou do homem que olhava-a com decepção e raiva.

— Tudo que prometemos um ao outro acabou por aqui. — Hiccup disse por fim, com um tom frio.

— Não serás capaz de me esquecer. — Katerina olhou para seu amado decepcionada.

— Farei o possível para isto ocorrer. — Hiccup disse em um tom rude.

— Como podes ser tão cruel... rude... falso! — Katerina gritou.

— Cruel? — Hiccup olhou nos olhos de Katerina. — Estás a ser cruel com sigo mesma. Me despresaste Katerina!

— Eu iria fugir com você! — ela gritou.

— Mas não irá mais! — ele limpou as lágrimas que escorriam por seu rosto.

— Por quê me despresaste, Hiccup? Estás traindo seu próprio coração! — Katerina pegou no rosto de Hiccup. — Me amas, e sei disto! Sabes que é impossível negar.

Hiccup tirou as mãos dela de seu rosto e se distanciou. 

— Sabes que se me rejeitar, não irei aguentar a dor de lhe perder... — Katerina disse abaixando a cabeça e chorando.

— Mereces todo o tormento que estás a passar. — Hiccup disse frio. Seu coração se amargou completamente.

Katerina olhou para o moreno, que se retirou, deixando-a sozinha chorando por ele no jardim.

(...)

Depois do que Hiccup disse, Katerina passou a ficar sem se alimentar, e passava horas trancada no seu quarto. E assim, ficou por meses.

Flynn tentava convencê-la a se alimentar, mas a garota só bebia água.

Hiccup depois da discussão com Katerina, se mudou para uma fazenda afastada da casa de sua família, ele tentava se convencer que iria esquecer Katerina, mas sabia que era impossível.

Katerina chorava a todas as horas, se lembrando das amargas palavras que Hiccup avia dito.

— Katerina? — Flynn bateu na porta.

Katerina se encolhe na cama, com lágrimas sob seu rosto.

— Querida, tens que se alimentar, estás grávida de 8 meses, e essa criança em seu ventre tem que crescer forte. — Flynn disse do outro lado da porta.

Katerina se encolheu ainda mais na cama, e colocou uma mão em sua barriga, sentindo a criança dar um chute.

Flynn abriu a porta com a chave reserva que avia pedido para a empregada e olhou sua mulher deitada na cama, toda encolhida. Estava bem mais pálida que de costume e muito mais magra, pois passava muito tempo sem comer, e quando comia era pouco.

Flynn se aproximou da cama rapidamente e tomou Katerina nos braços.

— Katerina, o que aconteceu com você? Ficaste assim quieta, se trancou no quarto. Querida, você estava tão bem com a notícia de estar grávida e... — disse Flynn e Katerina se levantou, abraçando ele aos plantos.

— Me perdoe Flynn... oh, por favor... desculpe-me... 

Flynn abraça Katerina sem entender. A garota ruiva olhou para seu marido e o beija.

— Katerina, o que ouve? — ele segurou o rosto da garota, enchugando suas lágrimas com o polegar.

— Lhe contarei tudo... — Katerina diz muito fraca, soluçando.

A garota conta tudo para Flynn, tudo o que sente e o que viveu com Hiccup, incluindo os beijos e as juras de amor de ambos.

Flynn escultava tudo olhando nos olhos de Katerina, mas, ela mal sabia que seu marido sabia de tudo.

— Céus... perdoe-me meu marido... não me rejeites, eu suplico... 

— Katerina... — Flynn pegou no rosto pálido da garota. — Nunca irei rejeitar você. Nunca. 

Katerina olhou para seu marido e abraçou-o.

Ela se distanciou de Flynn e colocou as mãos em sua barriga, sentindo uma leve contração.

— Katerina, estás bem? — Flynn pergunta para sua mulher, que grita de dor quando sente uma contração forte.

— Vai... vai nascer, Flynn. — Katerina pegou nas mãos de seu marido.

A garota gritou de dor e Flynn rapidamente gritou a empregada, pedindo para ela chamar um médico.

— Acalme-se Katerina, o médico já estás a chegar. — ele acariciou a mão de sua mulher.

Katerina deitou-se na cama, com as mãos na barriga, gritando de dor.

— Acalme-se querida. — Flynn segurou uma mão de Katerina, que a aperta com força.

— Katerina acalme-se por favor. — Flynn colocou uma mão no rosto da garota, que estava suando e gritava de dor.

Katerina colocou uma mão na barriga e cravou as unhas no braço de Flynn, não estava aguentando a dor.

— Seja forte meu amor. Seja forte. — Flynn acariciava a mão de Katerina.

Por um momento, a garota começou a delirar, por estar com muita dor e por estar muito fraca.

— Hiccup... — Katerina olhou para Flynn e enchergou o rosto de seu amado. — Hiccup, meu amor, fique comigo... por favor Hiccup...

— Não Katerina... eu sou Flynn, seu marido.

— Hiccup... esqueça desta ideia de nunca mais nos vermos... Por favor, fique comigo... — Katerina ainda delirando, passa a mão no rosto de seu marido e sorri.

— Sim Katerina, eu ficarei com você. Estou aqui, não estou? — Flynn se passou por Hiccup, para ela poder se acalmar.

Katerina colocou uma mão na barriga e gritou de dor novamente.

— Acalme-se meu amor, acalme-se. — Flynn tentava acalmar Katerina.

O médico Hamada acabara de chegar, e quando viu o estado da jovem rapidamente se aproximou.

Ele arrumou Katerina para o parto. E durante o parto, ela gritava o nome de Hiccup e Flynn segurava sua mão, que era apertada com força pela garota.

(...)

— É uma menina! — gritou o médico, com a pequena criança ruiva nos braços.

— Hiccup... chame o Hiccup... — Katerina pediu muito fraca para Flynn. 

Sem delongas ao ver o estado de sua esposa, Flynn pede rapidamente para a empregada chamar Hiccup.

(...)

Katerina deitada na cama muito fraca, ouviu passos, e sabia que eram de Hiccup, seu amado.

Não conseguindo conter a ansiocidade, fixou o olhar a porta. Hiccup rapidamente entrou no quarto, ignorando seu irmão e os choros de sua pequena sobrinha, ele tomou Katerina nos braços.

Durante esse tempo, ele não soltou-se de Katerina e nem disse nada a garota.

— Hiccup...  — a voz da garota estava fraca, e Hiccup ficou convicto de que Katerina estava condenada a morte, o que aumentou mais seu sofrimento.

— Katerina... Meu amor, minha vida... Como posso suportar esta dor? — Hiccup disse pegando no rosto gelado de Katerina.

— Eu te amo. — as palavras da garota vieram em um tom baixo, falho e verdadeiro.

Flynn se levantou da cadeira na qual estava sentado e foi para a porta, se virando para o casal de amantes.

— Eu também te amo, Katerina. — Hiccup segurou uma mão de Katerina.

— Gostaria de abraçar-te até minha morte. — Katerina aproximou as mãos trêmulas no rosto de Hiccup. — Mas irás sofrer, não? Me preocupo se sofreras comigo, mesmo que sei que não queres me ver. 

— Não me tortures assim Katerina, eu amo você. — lágrimas escorreram pelo rosto do jovem. — Peço seu perdão. Céus, como lhe amo. — Hiccup disse em meio a soluços e encosta sua testa na de Katerina e ambos choram juntos.

— Não lhe desejo nunca todas as dores que senti, então lhe perdoo meu amado. — Katerina colocou as mãos no rosto de Hiccup. — Só lhe peço para que fiquemos juntos, mas sei que é impossível, pois estou a beira da morte...

Katerina abraçou Hiccup.

— Não fales assim Katerina, eu sou seu e sei que és minha. — Hiccup pegou uma mão da garota.

— Nunca fomos um do outro Hiccup... mas sempre cativamos um amor louco e prazeroso e então assim, fazendo com que sentíssemos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo, Hiccup, e se for pecado te amar, morrerei pecadora e devota de teu amor. Mas para você, não serei a única no mundo, então ame, ficarei feliz de onde eu estiver, mesmo que esse amor não seja para mim, irei sentir que é recíproco. 

Hiccup se agarra ao corpo de Katerina.

— Nunca amarei ninguém como a amo! 

Os lábios de Katerina e Hiccup se encontraram, selando um beijo, talvez o mais longo e apaixonado que ambos deram em suas vidas.

Os olhos de Hiccup se encontram com o de Katerina, que sorriu.

Katerina colocou as mãos no rosto de Hiccup, que está banhado por lágrimas.

— Lembre-se Hiccup: Você foi o único que me fez amar e me sentir amada.

Dito isso, os olhos de Katerina se fecharam e as mãos que estavam no rosto de Hiccup caíram na cama, indicando que o corpo feminino ali presente estava sem vida.