— Não! — Hiccup pegou o rosto gélido de Katerina. — Katerina! Katerina!
Quando Flynn viu sua mulher sem vida, sentou-se em uma cadeira e lágrimas desceram de seus olhos rapidamente.
O quarto ficou em total silêncio, apenas dando para escutar os choros da pequena criança e as súplicas de Hiccup, para seu grande amor voltar a vida, mesmo sabendo que isso era inútil.
A empregada da casa apareceu na porta do quarto e avistou a triste cena de Hiccup e Flynn aos prantos.
Flynn se levantou com os olhos avermelhados e olhou para a empregada e para Katerina:
— Tire-o daqui agora. — Flynn disse apontando para Hiccup, que o olhou incrédulo.
A empregada se aproximou e pegou os ombros de Hiccup:
— Sr. Haddock, venha comigo...
— Não... — Hiccup murmurou. — Katerina! — Hiccup agarra o corpo da bela mulher sem vida.
— Sr. Haddock, por favor, venha...
— Não!
A empregada puxou ar e assim disse:
— Sr. Haddock! Venha comigo! — gritou e logo suspirou em seguida. — Infelizmente ela se foi... — ela pega o rosto do belo rapaz de olhos verdes que está banhado à lágrimas. Flynn abaixou a cabeça ao ouvir as palavras da sua empregada.
— Não... por favor... — Hiccup não queria acreditar, mesmo vendo Katerina morta pensava que era apenas um terrível pesadelo, e que quando acordasse iria ver sua Katerina adorada viva.
— Venha comigo senhor... — a empregada pegou o braço de Hiccup e o levou até a porta.
— A criança também! — Flynn ordenou.
— Mas senhor... é sua filha...
— Não digas nada, apenas leve-a! — Flynn gritou fechando os punhos e os olhos fortemente.
A empregada obedeceu Flynn, pegou a pequena criança nos braços e foi com Hiccup para a cozinha.
Ela olhava para a criança com dó, coitadinha! Mal acolhida foi. Se não fosse por mim você morria de fome, nunca vi uma criaturinha tão mal amada no seu começo de vida! — A empregada pensava com a criança nos braços.
Flynn estava muito abatido, ouvir sua esposa dizer que amava seu irmão e que ele será o único com quem ela sentiu esse sentimento era doloroso para ele, isso foi como se uma espada afiada atravessasse seu coração e o arrancasse do peito com muita força. Ele amava Katerina mais que tudo.
Flynn aproximou-se do corpo sem vida de sua mulher e deitou-se ao seu lado, deixando lágrimas caírem de seus olhos.
O rosto de Katerina transmitia paz, mesmo pálido e gélido, era lindo, e carregava um leve sorriso nos lábios. Nenhum anjo nos céus será tão belo quanto Katerina Dunbroch. Katerina Haddock.
Flynn olhava para sua mulher. A respiração do triste homem aumentava a todo instante que se lembrava das palavras e dos pedidos de perdão de sua amada.
— Eu lhe perdôo Katerina... eu lhe perdôo... — a voz de Flynn saiu falha e chorosa.
(...)
Na manhã do dia seguinte, o sol resplandecente batia nos rostos das pessoas presentes no enterro da jovem, bela e amada Katerina.
Belas palavras foram ditas à Katerina. Flynn escultava tudo cabisbaixo. A empregada segurava a pequena criança nos braços, que no começo foi rejeitada pelo próprio pai. A criança foi nomeada de Merida, que foi uma sugestão da empregada.
Hiccup não apareceu no enterro, decidiu ir para longe, tentar esquecer desse seu amor por Katerina, e irá viver uma nova vida, bem longe de Arrendelle e da mansão Haddock.
17 anos depois...
Ano de 1882
Merida cresceu, cada dia mais linda e parecida com sua mãe. A garota era tão parecia com Katerina que assustava e deslumbrava todos.
Flynn em 1877 se casou novamente, agora com Rapunzel Snow, uma bela mulher de cabelos dourados e lisos.
Elsa voltou com seu marido Jack Frost para a mansão Haddock. O que a deixava triste era que descobrira que era estéril, e que não podia dar nenhum filho à seu marido.
Hiccup, durante 15 anos viveu em Berk, e se alistou para a guerra e foi convocado, ficando lá por um dois anos.
Agora que a guerra avia acabado, Hiccup resolveu voltar para Arrendelle. Voltar para sua casa.
Hiccup desceu da carruagem, suas botas tocaram a grama verde, suas narinas respiram o ar puro que ele conhecia desde pequeno, e seus lábios abriram um sorriso. Ele estava de volta.
Seus pensamentos foram interrompidos quando uma garota de cabelos cacheados e ruivos que lhe parecia muito familiar, olhava as flores e os pássaros que esvoaçavam ao seu redor, havia um brilho em seus olhos e um sorriso em seus lábios, apareceu em sua vista.
O homem se aproxima da garota que tinha um belo sorriso. A cada vez que chegava perto da jovem e bela moça de cabelos ruivos cacheados e vestido verde, o coração de Hiccup acelerava mais.
Não podes ser... não podes ser ela... - os pensamentos de Hiccup fizeram seu coração de acelerar mais, como se fosse sair pela sua boca.
Quando ele chegou perto da garota, tomou coragem e disse chamando a atenção da jovem:
— Katerina? — a voz de Hiccup quase saiu falha.
A garota virou-se para ele, olhos nos seus olhos e sorriu ao ver a expressão assustada do belo homem de olhos verdes à sua frente:
— Perdoe-me, estavas à falar comigo? — ela olhou para os lados, tendo certeza que era com ela que ele estava falando.
Hiccup assentiu com dificuldade.
— Não... sou Merida. — ela abriu um sorriso. — E qual o seu nome?
— Merida... — ele repetiu o nome da garota, incrédulo.
— E o seu? — ela perguntou novamente.
— Sou Hiccup. — ele respondeu assustado.
Ela sorriu e Hiccup suspirou.
— Merida... Merida! — ambos escultam gritos vindos de longe.
Merida se virou, vendo Elsa vindo em sua direção:
— Merida seu pai... Hiccup?! — Elsa olha para Hiccup e abre um sorriso.
— Olá irmã. — Hiccup sorriu.
— Céus, a quanto tempo não te vejo! — Elsa abraçou seu irmão.
— Irmã? — Merida pergunta confusa.
— Sim — Elsa olhou para Merida e se afastou de Hiccup. — Hiccup é irmão meu e de seu pai. Seu tio.
— Tio? — Hiccup pergunta, mas logo liga os fatos: Merida é filha de Flynn e de... Katerina. Seu coração logo acelerou.
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