História Um Amor Proibido - Sterek - Pedido

Após a noite perturbadora, Stiles estava usando todos os meios que encontrara para tentar se distrair e tirar Derek Hale da cabeça, por mais que isso não esteja funcionando. A distração lhe surpreendeu com uma bola no rosto durante o treino de lacrosse, e seu amigo Scott já estava percebendo o estranho comportamento do garoto.

- Tudo bem? - perguntou Scott estendendo a mão para o amigo.

- Sim. - respondeu Stiles sem certeza segurando a mão de Scott e levantando-se do chão.

- Você parece estranho. - observou Scott. - Muito estranho, mais que o normal.

- Estranho? Eu? … É só o jogo se aproximando, isso está me deixando um pouco inquieto. - respondeu o garoto.

Stiles decidiu não comentar sobre Derek Hale para Scott ou qualquer outra pessoa, ele não queria se envolver e muito menos deixar seus amigos participarem disso. Isso já estava deixando o garoto atordoado, sua mente já não o obedeceria mais e sua concentração se fora a partir do momento em que Derek Hale entrou na sua vida sem ser convidado.

- Tudo bem. - disse Scott.

Os dois se direcionaram ao vestiário logo após o fim do treino, enquanto Stiles tomava seu banho, lembranças da noite passada o atordoava novamente, seu corpo o enganará mais uma vez fazendo seu membro ganhar vida. O garoto não sabia o que fazer e tratou-se de enrolar uma toalha a sua cintura tentando esconder a sua ereção. Aquilo já estava se tornando insólito. “Por que eu?” pensou ele sentando-se no banco com as mãos sobre suas partes. “Por que isso está acontecendo comigo?” As perguntas se repetiam em sua mente sem parar.

- Stiles? - chamou uma voz.

- Oi? - Stiles sentiu seu corpo estremecer de vergonha por estar naquela situação.

- Tudo bem? - perguntou Jackson aproximando-se do garoto enquanto secava seu cabelo com uma toalha.

- Tudo. Tudo sim. Por que? - as mãos do garoto continuava cobrindo suas partes sobre a toalha.

- Você parece meio inquieto. Tem certeza? - insistiu Jackson.

Jackson era o goleiro do time de lacrosse e estava na turma de química de Stiles. O goleiro exibia um belo corpo e seus olhos azuis ganhavam admiração por toda a escola.

- Tenho. Eu estou bem Jackson! Obrigado por se preocupar comigo, pela primeira vez depois de anos estudando juntos… - Stiles cerrou os olhos e já se sentia aliviado.

- É que deste o jogo você me pareceu um pouco estranho, e achei que era meu dever de amigo perguntar. - disse Jackson com um sorriso no rosto.

- Amigo! - disse Stiles assentindo com a cabeça.

Stiles se surpreendeu com a atitude de Jackson, mas isso não era a prioridade para os seus problemas, existia um bem mais que deveria ser resolvido de imediato. Ao chegar em casa, o garoto chamou pelo pai que obviamente não estava em casa, era apenas para ter certeza. Stiles pegou uma maçã e voltou para o jipe, ligou o rádio de comunicação e esperou por uma chamada, assim, ele saberia quando o pai não estaria na delegacia. Em poucos minutos a ação aconteceu, o garoto o não perdeu tempo e saiu cantando pneu em direção a delegacia. Ao chegar, ele procurou pelo pai com a atendente.

- Oi Mary! - disse o garoto apoiando os braços sobre o balcão.

- Oi Stiles. O sherrif acabou de sair para uma emergência. - respondeu a mulher de cabelos loiros.

- É que eu preciso usar o banheiro, estava aqui perto, e você sabe que não é aconselhável fazer no arbusto.

Mary sorriu e assentiu enquanto atendia uma chamada. Sem perder tempo, Stiles entrou pelo outro corredor que dava acesso as celas, ele sabia quem procurar e onde ir. O medo invadia seu corpo e as suas mão gelavam. O temor de não encontrar Derek Hale na cela era inevitável, ela sabia que os detentos eram transferidos para o presídio na Califórnia o mais rápido possível. Ao se aproximar e ver a forma do maior deitado sobre o velho colchão, seus batimentos aumentaram, não por medo, mas sim por alívio.

Stiles estava tentando entender o porquê de se sentir bem próximo a uma pessoa que já fez mal a tantas outras pessoas. Ele queria acreditar que tudo aquilo era apenas algo do momento, e que passaria em dentre alguns dias, seus pensamentos foram interrompidos pela voz grossa e rouca de Derek.

- Você de novo!

O garoto suspirou e disse em voz baixa.

- Sim.

- O que quer? -perguntou o maior em um tom frio e sério.

- Eu… Não quero nada. - respondeu Stiles sem jeito segurando as grades.

Derek levantando-se e andou em direção as grades olhando para Stiles. O garoto tentou se afastar, mas suas pernas não o obedeceram.

- Garoto, você quer algo? Quer me contratar para um serviço? Quer que eu dê uma surra em algum idiota que anda batendo em você na escola? - perguntou Derek.

- Eu… Eu… - Stiles começou a gaguejar olhando diretamente para o rosto do maior.

- Eu? - Derek franziu o cenho.

- Eu não quero nada. Já disse! - respondeu o garoto tentando colocar um tom firme na voz.

- Eu também não faria nada pra você.

- Por que não? - indagou Stiles com um tom de voz triste.

- Logo logo eu não estarei mais aqui.

“Transferência” pensou Stiles.

- Califórnia?

- Sim, mais uma vez. - confirmou o maior sentando-se novamente no velho colchão.

Um pensamento idiota entrou na mente de Stiles. “E seu eu o ajudasse a fugir?” Isso era loucura. Muita loucura. Seria uma traição para o seu pai. “Por que eu faria isso?” Se perguntou Stiles. “Ele é um cara mau, não merece isso, tem que pagar pelo que fez!”. O garoto já começava a ficar atordoado. “Mas se ele for transferido, eu nunca mais irei vê-lo!”

Mas Stiles não tinha certeza se Derek Hale realmente sentia o mesmo que ele. Isso era a maior tortura. Os sentimentos talvez não eram recíproco. O medo era grande, a confiança pequena, um homem qualquer, que dele apenas sabia o nome e a grande ficha criminal, que ao tempo que assustava o garoto, o prendia nele. A curiosidade em saber o porquê de tudo aquilo, era superior ao medo e ao possível abandono após a fuga.

- Eu posso ajudar. - disse Stiles de forma baixa e insegura.

- Ajudar? - perguntou Derek. - Como?

O garoto ficou em silêncio por alguns segundos, olhou para os dois lados do corredor e posou os olhos em Derek.

- Posso ajudar você a fugir. - finalmente disse ele.

- Como? - levantando-se Derek assustado com a rebeldia do garoto.

- Eu sou filho do sherrif. Eu posso pegar as chaves, e ajudar você a noite. - respondeu Stiles com a voz trêmula.

- Não! - disse Derek deitando-se novamente no colchão.

O “Não!” de Derek foi como um golpe no estômago do menor. Ele imaginou ouvindo tudo, menos um “Não”.

- Não? Como não? - indagou Stiles surpreso.

- Não garoto! Você é surdo? Não quero você metido em algo que não é da sua conta.

Derek acabou de confirmar que se importa com Stiles. Ele não queria ver o garoto tendo problemas futuramente por conta da sua vida conturbada. Isso fez crescer uma pequena esperança em Stiles.

- Eu sei o que faço. Por favor, aceite! - pediu o garoto.

- Por que quer me ajudar? - interrogou Derek.

A pergunta já tinha uma resposta certa, mas Stiles não poderia falar. Ele não poderia dizer que estava gostando de Derek, que se sentia confortável com a presença do rapaz, que ele fez as famosas borboletas acordarem em seu estômago, que não conseguia mais tirar ele da sua cabeça, que noite passada o desejo o invadiu pensando em como seria tê-lo. Então a resposta foi outra.

- Porque acredito que você seja inocente. - mentiu o garoto.

- Acredita? - estranhou Derek.

- Sim, acredito!

- Tudo bem.

- Você aceita?

- Sim.

Um sorriso formou-se no rosto de Stiles, e aquilo foi uma das melhores sensações para o garoto.