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História Um amor sem barreira - SessyRin - O Segredo: parte I


Escrita por: Kayennee

Notas do Autor


Yo, minna,
Infelizmente, tá quase terminando, faltam mais 5 capítulos até o fim :(
mas, ainda com fortes emoções (◕‿-)
Obrigada pelo carinho de vcs, pelos comentários e favoritos,
Espero que gostem, boa leitura,
Bejinhos :*

Capítulo 19 - O Segredo: parte I


Voltaram tarde da noite do jantar oferecido por Kagome e Inuyasha. A filha de Inuyasha e Kagome era linda, olhos dourados e cabelos negros. O bebê parecia um anjo. Sentiu uma pontinha de tristeza, ficou imaginando como seria um filho de Sesshoumaru. Será que teria olhos dourados como indicava? Não externou aquela tristeza, sabia que era um dolorido assunto.

A jovem Rin lembrou-se da amiga e sentiu-se feliz por ela. Havia muito tempo que Sango não tinha um relacionamento afetivo, seria muito bom encontrar alguém que a completasse e que pudesse ser seu companheiro.

Chegaram a cobertura do magnata em silêncio. Rin deixou-se jogar no sofá da sala. Levantou a mão que tinha a aliança e ficou apreciando.

Sesshoumaru observou-a com atenção. Tomou coragem, estava na hora, enfim, de contar a ela seu segredo.

- Venha comigo Rin, preciso lhe mostrar algo muito importante. - Disse num tom mais sério do que habitualmente usava com ela. Estranhou, mas seguiu o homem de cabelos sedosos e prateados.

Percebeu que ele dirigiu-se para a ante sala onde ficava o altar da esposa falecida. Depois daquele dia, em que ela fora tão bisbilhoteira, mesmo quase vivendo ali, nunca mais entrara naquele cômodo. Para sua surpresa ele estava a levando ali. Por quê?

Acendeu as luzes e ela pôde rever a relíquia Chinesa tão incrivel como ela lembrava. Ficou segundos olhando para aquele móvel, as mesmas flores lilases embelezavam aquela oferenda. Passou a observar o que o homem fazia.

Ele parou instantes na frente do altar, tomou ar para alimentar sua coragem e abriu a pequena porta que havia ao centro do sanctum sagrado. Rin sentiu um algo estranho quando deparou-se novamente com ilustração da falecida esposa de Sesshoumaru.

Luzes coloridas começaram a brilhar incansavelmente por todo aquele móvel. Era lindo! Ela algo totalmente mágico, surreal e inconcebível para a consciência de qualquer um.

- Como faz isso? Tem alguma espécie de controle ligado a porta que quando abre faz essas luzes piscarem?

- Bem, digamos que é mais ou menos isso. Venha aqui. Precisamos conversar seriamente, sente-se aqui em frente ao altar. Eu prometi lhe contar sobre minha vida quando voltássemos a Tóquio. Preciso fazer isso o quanto antes. Está me atormentando.

Ela ajoelhou-se sentando-se sobre as pernas como o costumeira maneira oriental. Sesshoumaru imitou-lhe a atitude.

- Bem, isto é muito difícil... Primeiro quero que ouça com carinho e não julgue o que eu vou lhe contar.

- Nossa! Isso parece sério. - Rin olhou-o profundamente.

- Vou começar assim: esse altar fora concebido para minha esposa. - deu uma pausa.

- Sim, você me disse antes. - pronunciou essas palavras num tom respeitoso.

- Bem... a parte que eu não comentei é que ele foi feito para que eu pudesse procurar e encontrar a re-encarnação dela. - Rin deixou o queixo cair num espanto. Ele continuou sem deixar de fitá-la.

- Fui procurar uma sacerdotisa antiga e ela ensinou-me a criar este artefato.

Levantou-se e abriu uma outra porta que se encontrava a direita do móvel, oferecendo uma vista do que havia dentro. Uma espécie de mapa mundi e uma luz branca brilhava bem em Tóquio.

- Quando a essência dela estiver encarnada o local onde estaria iria reluzir. - mostrou-lhe com o dedo indicador o ponto brilhante. - Nesse exato momento ela está aqui, em Tóquio, como você pode ver.

Rin não ousou pronunciar uma palavra, estava em choque. Vários pensamentos conflituosos e embaralhados lhe perturbavam e o primeiro deles era, seu grande amor iria abandona-la para buscar a re-encarnação de sua falecida esposa.

- Você quer dizer com isso que vai me abandonar para ir atrás dela? - a moça tentava dizer sem debulhar-se em prantos.

Nesta hora, Sesshoumaru entendeu os pensamentos conflituosos dela e riu. Acariciou seu rosto atormentado.

- Não, minha princesa. A verdade é que eu já a encontrei. Eu fui alertado que deveria traze-la a presença do altar e quando todas as luzes dançassem eu teria a prova concreta de que aquela pessoa seria a sua re-encarnação.

Rin atordoada, arregalou os olhos olhando as luzes coloridas reluzindo naquela coreografia belíssima. Não conseguia entender... não conseguiu fazer a associação...

- O que quer dizer com isso? - encarou o noivo - Diga exatamente o que quer dizer! - repetiu com um nó na garganta. O surto psicológico e o medo de perde-lo faziam com que ela não conseguisse pensar direito.

- Quero dizer que você é a re-encarnação da minha falecida esposa, Rin!

Ela quase desmaiou quando ouviu isto. Aquilo era impossível. Olhou novamente para a ilustração dentro do altar, disse:

- Não pode ser, não bate a idade. - olhava para ilustração e para Sesshoumaru - Você tem quase a mesma idade que eu! Isto só pode ser um engano.

Sesshoumaru resignou-se a rir novamente.

- Não, doce Rin, não é um engano. Eu tenho certeza absoluta. Você a re-encarnação dela, minha princesa. Você tem o mesmo cheiro, os mesmo gostos, é igual a ela.

- Está certo que eu sonhava com seus olhos desde que me conheço por gente, mas pode ser alguma espécie de dom premonitório. Pelo menos essa foi a explicação que eu encontrei.

- Errado, minha Rin. Inconscientemente, você se lembrava de mim também.

- Mas Sesshy! Veja bem... Quando sua esposa faleceu? Em que ano?

Ele passou uma das mãos em seus cabelos, suspirou fundo.

- Muitos, muitos anos atrás, minha princesa!

- Então, você era muito novo?

- Bem... acalme-se. Vou continuar... Por conta desse acordo que fiz com a sacerdotisa das esferas como pagamento para realizar esse altar, ela pediu minha capacidade de gerar, e por isso sou estéril.

O coração de Rin quase saiu pela boca, quando ouviu isso. Lembrou-se do que ele havia dito: já havia vivido um inferno por conta de seu amor.

- Sesshy, como quer que eu acredite nisso? - Estava nervosa.

- Fique calma, meu amor. - aproximou-se dela beijando-lhe a fronte Trouxe-a para entre seus braços. - Eu te procurei tanto, eu quase enlouqueci com sua ausência. Quando reconheci seu perfume e fui atrás de você na Praça das Sakuras quase perdi meus sentidos. Quando você entrou aqui e as luzes brilharam eu simplesmente quase tive um ataque cardíaco. Obvio, isto não é possível para mim.

Estava muito confusa. Mesmo que aquilo fosse uma história surreal, no fundo, ela sabia que era verdade e acreditava nele.

- Bem... acho que você deve ver com seus próprios olhos e lembrar-se dos eventos e de quem eu sou. Assim não haverá duvida. Você aceita lembrar-se de nossa história?

Ela ficou segundos em silencio encarando os olhos âmbar dele. Enfim, cortou aquela mórbida tortura para Sesshoumaru, disse:

- Sim, como seria isso?

- Espere-me um pouco. - levantou-se saindo da sala e deixando-a ali sozinha com seus pensamentos e as luzes do altar. Minutos depois chegou com um futon pequeno e algumas almofadas.

- Deite-se confortavelmente. Pela primeira vez na minha vida vou abrir o pequeno baú para que você se lembre. Está preparada?

- H-hai – ela gaguejou.

Ele levantou-se e com muito cuidado pegou um pequenino objeto que havia ali em cima do altar. Aproximou-se dela e sentou-se ao seu lado.

- Precisa relaxar. Inspire algumas vezes para que você fique mais tranqüila.

Acariciando sua tez branca depositou um leve e delicado beijo em sua boca.

- Eu te amo muito.

Abriu a caixa...

Ela viu nuvens lilases e viu um caminho dourado no meio daquele neblina. Viu seu corpo e Sesshoumaru ao seu lado a observando com carinho. Foi seguindo aquele caminho afastando-se cada vez mais... Estava num lugar antigo.

Sentia-se outra pessoa, viu-se outra pessoa mas sabia que era ela. Instintivamente, identificou-se com aquela menina.

Via seus pés balançarem correndo na água pura e límpida de um lago. Percebeu que estava vestindo um quimono alaranjado que batia no seus joelhos. Estava atrás de um peixe. Conseguiu capturar o pequeno animal. Adorava saber fazer isso. Ela era ágil com as pequenas mãos, mesmo para uma criança.

Saiu alegremente com aquele animal entre os dedos gorduchos, entrou numa pequena cabana e colocou sua pesca em cima de uma mesa. Um barulho chamou sua atenção. Saiu da cabana e viu uma estrela cadente que caiu direto na floresta. Correu entre as árvores para ver o que seria aquilo.

Um belíssimo homem de cabelos prateados e cumpridos como a luz da lua, estava caído no chão deitado ali entre as árvores. Ela ficou olhando-o escondida atrás de um tronco. Ele possuía os olhos vermelhos como sangue. Certamente era um youkai, ela sabia disto. Parecia muito ferido. Rosnou para ela com os olhos rubros, marcas disformes no rosto e uma meia lua no centro da testa.

A pequenina menina engoliu em seco, mas reuniu toda a coragem e foi até ele, caminhando em passos lentos. Suor escorria por seu rosto moreno do sol. O youkai desconhecido começara a acalmar-se e seu rosto foi tomando um ar sereno. Seus olhos tornaram-se dourados e as marcas do rosto estavam mais finas e elegantes. Ele era belo como uma divindade sagrada. Ela não sentiu medo dele...

Todos os dias, ela viu-se deixar algum alimento para ele, peixes, cogumelos, assim como água fresca, sobre uma folha verde e grande. Rin deixava o alimento ali, mantendo-se alguns metros de distância do ser. Um dia, quando estava virando-se para ir embora, ele enfim, disse:

- Não faça algo tão desnecessário. Comida humana não me agrada.

Ela virou-se, olhando para ele. Mas mesmo assim, não cogitou parar de ajuda-lo. Ele estava ferido e precisava de alguém que cuidasse. Iria pensar em alguma coisa.

À noite, estava com fome, resolveu encontrar alguma coisa para comer. Foi para um lago artificial onde havia um cultivo de peixes. Os moradores da vila tinham construído aquele lago. Estava entretida buscando o animal. Quando conseguiu pegar um deles, um grupo de homens com tochas chegaram.

- Eu sabia! Rin, Você é a culpada! - um dos homens dizia.

Correram até ela e a agarraram, jogando-a no chão de terra batida. Fizeram um circulo ao seu redor e aos chutes e pontapés a agrediram.

- Você está roubando peixes de nossa reserva! Porque você é órfã, as pessoas do povoado tiveram pena e deixaram que ficasse aqui. Mas se fizer isso outra vez vamos matá-la.

Saiu cambaleando, toda machucada.

- Que garota estranha! - um outro homem disse – Nem ao menos chora!

- É normal, viu os pais serem mortos na sua frente. Depois disso não pronunciou nenhuma palavra.

Foi para sua barraca mancando, com os olhos inchados e um dente quebrado. Estava dolorida pelas pancadas. Mas mesmo assim, não conseguia parar de pensar naquele ser sobrenatural ferido na mata. Como ele havia lhe dito que não gostava de comidas humanas, então, ela foi buscar algo diferente. Colheu algum trigo, e levou para ele numa folha de couve.

- Não, obrigada. - o belo youkai disse ríspido – Eu lhe disse que não preciso de nada.

Ela ainda assim insistiu, mas ele não a olhava diretamente. Suspirou desanimada.

- O que aconteceu com seu rosto? - perguntou sem a encarar, no entanto, percebendo seus olhos inchados. - ela nada respondera – Se não quiser falar tudo bem. - disse o youkai prateado.

Virou o rosto completamente para poder olha-la. Ela ficou tão feliz que ele havia falado com ela de um modo gentil que abriu um enorme sorriso. Não estava acostumada com essa espécie de cortesia, não estava acostumada que lhe tratassem de modo calmo e gentil.

- Por que está tão feliz, eu só lhe fiz uma pergunta? - ela sorria incansavelmente.

No dia seguinte, ela viu-se brincando e pulando sobre um dos pés. Foi até sua cabana e lá encontrou um ladrão de orelhas pontudas roubando mantimentos em sua casa. Era um outra youkai.

Ele saiu correndo quando ouviu sons estranhos. Viu que eram lobos. A matilha era liderado por um jovem youkai lobo que estava a procura de Shikon no Kakera. O ladrão amedrontado devolveu o fragmento da jóia. Quando conseguiu o que queria disse aos lobos que eles poderia comer tudo o que quisessem. Acabaram com toda a vila, ela via corpos e corpos mortos.

Rin corria para fugir dos lobos famintos pelo caminho de terra que ia até o jovem youkai belo como um deus e que estava machucado. Chorava...

Tropeçou numa raiz e foi alcançada pelos lobos, morreu abocanhada pelos dentes afiados de um daquele do grupo de animais selvagens. Viu-se sair de dentro daquele corpo morto estirado de bruços no chão. Seus olhos puderam ver vários seres de outro mundo com foices em cima dela. Viu o youkai belo de cabelos cumpridos e percebeu que ele sentiu o cheiro de sangue dela. Viu-o seguir até seu corpo desfalecido no chão.

- Entendo... eu posso vê-los! Os emissários do outro mundo. - Seu epírito o ouviu dizer estas palavras, em seguida, viu-o retirar uma espada que pulsava. - Eu devo testar o verdadeiro poder de Tenseiga.

Sem pensar cortou os emissários e segurou a menina no braço direito e para seu espanto ouviu seu coração bater novamente. Ele a tinha revivido usando a espada herança de seu pai. Ele possuía o poder de dar a vida aos mortos ao cortar os seres de outra mundo.

Ela sentiu uma força a puxar para dentro do corpo novamente. Abriu os olhos castanhos e viu olhos dourados a encarar.

Sesshoumaru... aquele era o nome de seu senhor... Sesshoumaru era quem ela seguiria...

Depois disso a menina queria segui-lo por todo o canto. Nunca teve medo dele. Ela tinha mais medo dos seres humanos que a bateram e a machucaram. Viu-se seguindo por vontade própria o Inu- youkai por todos os cantos e todas as batalhas e lutas travadas das mais difíceis. Ela era sempre era levada pelo dragão de duas cabeças. Ela tornou-se uma tagarela.

Fora sequestrada para chantagear Sesshoumaru que com o tempo e o convívio, ele passou a protege-la mais que a própria vida. Ela nunca tinha deixado de acreditar que Sesshoumaru-sama a salvaria. E ele a salvou em todas as vezes. Ela tinha se tornado algo importante para ele. Ela tinha se tornado algo imprescindível para sua vida. Começara a ter apreço por ela. Começara a amolecer seu duro e frio coração.

A jovem começou a crescer e transformou-se em uma belíssima mulher. O senhor começou a sentir a mudança no aroma, de criança para jovem adolescente. Humanos são rápidos de mais. Era tudo em uma velocidade acelerada.

Sesshoumaru a deixou aos cuidados de Kaede, a anciã sacerdotisa da vila de seu irmão, Inuyasha. Há essa época já não odiava tanto o irmão. Mas ainda não tinha sentido algum criar nenhum vinculo com o ele. Acreditava que assim ele iria se livrar daquele sentimento que estava crescendo dentro dele, um apresso incompreensível e incomensurável por aquela reles humana, fraca e pequena.

Sem se aperceber, mesmo que deixando-a sob os cuidados de Inuyasha, no território dele, Sesshoumaru ia sempre presentea-la com novos quimonos de seda fina e presentea-la com coisas belas como enfeites de cabelo e espelhos.

Decidiu que iria se afastar dela por um tempo. Precisava saber o que era aquilo que estava acontecendo com ele. Colocar os sentidos no lugar. Realizar o que era importante para ele. Ele despediu-se dela com poucas palavras.

Era doloroso o seu senhor a abandonar. Mas ela entendia, ele pensava em seu bem estar. Quando ele parou de visitá-la ela era uma jovem adolescente. Tinha quatorze anos. Com o tempo passou a conversar um pouco com o irmão de seu senhor. Afinal eles eram parecidos.

Inuyasha estava doente porque Kagome não voltava mais. O poço não a trazia mais, ele estava triste. Ele chegou a conclusão que iria ficar firme e esperançoso já que sabia que a encontraria novamente num futuro. Inuyasha planejava re-encontrar a amada Kagome na era moderna.

Durante esse tempo, Sesshoumaru construiu um castelo grande e tornou-se o Senhor das terras do Oeste. Já havia se passado alguns anos desde que deixara Rin sob os cuidados de Kaede. Desde que havia se afastado percebeu que aquilo que estava se passando era nada mais do que a mesma coisa que seu pai sentia por Izayoi. Aquelas humanas eram alguma espécie de vicio. Ele não conseguia tira-la de sua cabeça, ficava imaginando como ela estaria, como estava vivendo. E... se havia se casado. Sua pequena Rin, sua menina. Ficou com os olhos vermelhos, totalmente descontrolado, ao pensar que ela poderia ter se entregado para qualquer outro homem. Mas... ele não poderia fazer nada quanto a isso, ele a deixara por tanto tempo sozinha, que se ela escolhesse ficar com os humanos seria um direito dela. Aquele pensamento fez com que ele voltasse para ela, ele não iria entregar a qualquer homem o que era dele, o que pertencia a ele, voltou para o vilarejo.

Rin estava em um campo colhendo trigo. Estava entretida cantarolando. Levou um susto quando ele chegou sem que ela se apercebesse e a chamou com um delicado toque nas costas. Aquilo era uma coisa totalmente fora do contesto.

- Sesshoumaru-sama. É mesmo o senhor? - disse virando o rosto para ele com um largo sorriso.

Ele teve que se controlar muito para não a abraçar e manter o aura frio de sempre. Segurou em sua mão a levando para algum lugar para que pudessem conversar.

A jovem ficou reluzindo de alegria quando Sesshoumaru-sama, disse que a levaria para seu castelo, se ela quisesse o acompanhar. Claro que sim, era evidente que sim. Ela o adorava. Iria onde quer que ele fosse.

Sesshoumaru não pode deixar de perceber os belos atributos femininos que ela possuía. Havia se passado três anos desde que ele havia a deixando, ela era uma jovem adulta. Era linda! Encantadora! Tinha seios fartos, cintura fina, quadril largo, curvilínea. O perfume era algo que o embriagava. Os cabelos cumpridos cor de ébano eram sedosos, os olhos vivos chocolate eram animados.

Levou-a para seu castelo para morar com ele. Tinha um aposento somente dela. Nesse seu novo lar ela aprendera a ser vaidosa.

Desde que ela voltara ele sempre a levava para acompanha-lo em suas rondas por suas terras. Rin há muito tempo percebera que sentia algo além de carinho por Sesshoumaru. Mas ela conteve-se e procurou anular esse sentimento, acreditando que ele a via como uma humana inferior. Ela queria pouco, estava satisfeita só pelo fato de seu senhor a querer perto e ter ido a buscar, e sempre a levar em algumas de viagens e quando ele a convidava para ir nas jornadas pelas terras ela ficava muito satisfeita.

O cheiro da Rin mulher despertou nele algo que nunca havia sentido por nenhuma fêmea. Ele se excitava com seu mísero aroma distante. Nem precisava de muito. Ela o excitava de forma inacreditável. Ele não queria admitir de maneira nenhuma aquilo, no entanto, havia desenvolvido o mal hábito de a observar às escondidas.

Viu-se numa destas viagens. Rin tomava banho pelos riachos e termas que encontrava. Gostava de fazer óleos cheirosos com flores do campo. Nesta viagem em especial fazia muito frio e Rin encontrara um lago quente. Havia avisado a Jaken que queria ficar sozinha, iria banhar-se. Conseguiu despistar qualquer perigo com as rezas e encantamentos que a anciã Kaede havia lhe ensinado. Sentiu-se segura. Retirou sua yukata vermelha e caminhou nua para poder banhar-se. Ela realmente não imaginava que tinha um youkai de cabeleira prateada a espreitando entre as árvores. Foi a primeira vez que ele a vira. Não conseguiu desgrudar os olhos. As curvas bem acentuadas era algo que estava tirando seu fôlego. Aquele aroma era algo de enlouquecer. Ele deu mostrar de sua excitação. Ela, não imaginava que o seu senhor tinha desenvolvido um sentimento que nem mesmo ele conseguia decifrar.

Ouviu um ruído e ficou alarmada, afinal, ela havia se protegido com os encantamentos. O que ela não imaginava era que aqueles selos eram como se fossem nada para Sesshoumaru. Ele simplesmente quebrou todos os selos só de avançar para dentro do círculo de proteção.

Vendo a moça banhar-se e o aroma fundido com o cheiro das rosas, instintivamente ele apareceu na beira do rio a encara-la com o olhar encandeceste. Rin, encabulada, cobriu os seios mergulhando-se mais ainda nas águas. Aquilo fez com que ele ficasse ainda mais agitado e tivesse maior vontade de a tocar, no entanto, precisava se controlar. Entrou nas águas devagar sem deixar de olha-la nem um segundo. Mergulhou-se de quimono e tudo, acariciou seu rosto dando-lhe um beijo carinhoso. Tocando de leve os lábios com um dos dedos.

O que ele estava fazendo? O que era aquele formigamento que estava sentindo entre as pernas? Inconscientemente ela entrelaçou os braços ao redor do seu pescoço e o puxou para mais perto. Ele aceitou o convite e tocou ponta da língua em seus lábios carnudos e rosados.

- Vista-se, Rin! Ou não serei capaz de controlar-me! - foi o que ele disse.

O que era aquilo? Ele a tocara? Ficou com o coração acelerado e com mil borboletas no seu estômago quando passou pela cabeça que ele também poderia sentir algo por ela. Mas o que era? Será que ele também sentia-se assim? Claro que não, era impossível o grande inu-dai-youkai e Senhor das Terras do Oeste ter qualquer sentimento por uma mera humana insignificante. Ela duvidara, mas porque ele havia a tocado então? Sesshoumaru-sama nunca brincava, ele era sério demais. Ficou confusa e atordoada. Ela obedeceu e voltaram para o acampamento.

Quando Sesshoumaru-sama ordenou que Jaken fosse buscar algo para ela comer naquela noite fria, a aqueceu com seu calor, acariciou seus cabelos e a sentou em seu colo para que seu frio acabasse, Rin sentiu-se nas nuvens. Sentiu-se quente e aquele formigamento engraçado entre as pernas que tinha quando ele se aproximava ou quando ela o fitava por muito tempo aumentava.

Foi então, que ela quase explodiu em alegria, o coração palpitando desordenadamente. Ele disse que a amava e tocou novamente os lábios aos dela, a moça ficou quase em transe.

Depois disso, Sesshoumaru já não mais conseguia esconder seus sentimentos e o amor que sentia por ela. Ele a cortejou e casaram-se. Ele a possuiu em várias vezes e em várias situações. Ele era muito potente e sedutor. Fazia-a sentir completa e ela o fazia sentir vivo. Era como se aquele pedacinho de pessoa sedutora fosse a metade dele. Ele faria qualquer coisa por ela.

Viveram apaixonadamente por muitos anos. Em meio aos inimigos e a todos os problemas Sesshoumaru nunca a abandonava. Sempre a salvava e estava sempre ali ao seu lado. Ele a amava e era isso que importava.

Então, ela engravidou. Viu a barriga desenvolver-se. Sentiu o pequeno ser chutar-lhe o ventre. Sentia-se feliz. Sesshoumaru não cabia em si. Iria ter um filho de sua doce e adorada Rin. Agora entendia o pai e o respeitava por isso. Aquela humana era uma espécie de bruxa que havia feito algum encantamento para que ele ficasse assim caído aos seus pés como um tapete. Ele era capaz de qualquer coisa por ela. Com o tempo percebeu que aquele sentimento o fortalecia, ele era capaz de mover o céu por ela. O caminho da dominação e poder não eram nada comparados àquilo que ele estava sentindo.

Sua barriga estava enorme. Sentiu uma pontada alucinante e um líquido escorreu-lhe por entre as pernas. O castelo estava num enorme alvoroço. Contrações a corroía, gritava desenfreadamente com a dor que sentia. Foi, então, que ao dar a luz ela não suportou. Ouvindo a voz de seu amando marido gritando e pedindo que ela não o abandonasse. Ela respondeu que nunca o abandonaria e que iriam o encontrar mesmo em outra vida. Estava morta, viu-se deitada na cama com Sesshoumaru chorando por cima de seu corpo sem vida. Ouviu ao longe uma voz a chamando.

Ouviu a voz doce e melodiosa de Sesshoumaru. Ele a chamava de volta. Ele a beijava de leve buscando por sua consciência.

- Rin, minha princesa! Volte! Já está há muito tempo em transe. Preciso de você, não me abandone outra vez! - um dejavu.

Sesshoumaru estava quase aos prantos. Ela soltou um sussurro suave. Sesshoumaru beijou-a com ternura.

- Venha, meu amor! Volte pra mim!

Outra trilha de beijos por todo seu rosto feminino. Ela abriu os olhos castanhos e cheios de lágrimas disse:

- Sesshoumaru-sama!

- Minha princesa, você sabe quem eu sou?

- Sim, meu amor! Eu lembrei, mas o que você fez para me re-encontrar depois que eu parti?

- Agora precisa descansar. Foi muita informação para um dia só. Está cansada.

Continua...


Notas Finais


Beinhos
Inté


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