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História Um amor sem barreira - SessyRin - Eterno Vazio


Escrita por: Kayennee

Notas do Autor


Muito obrigada aos comentários e por adicionar minha fanfic aos favoritos: ~ellychann, ~ValentinaBlack, ~larissa8, ~AmorzinhaMP, ~thaisguiso, ~biancavicks2, ~YoruBriefs, ~RinTaishou, ~Jkelinda, ~Rinn_Taisho.
Arigatou :*
Boa leitura, divirtam-se!

Capítulo 2 - Eterno Vazio


Fanfic / Fanfiction Um amor sem barreira - SessyRin - Eterno Vazio

Capítulo anterior:
...Assim foi para seu escritório no centro tumultuado de Tóquio. A central da empresa Taisho era um arranha-céu com uma arquitetura arredondada e muito exótica. Poderia-se dizer que era um obra de arte moderna. Numa visão rápida, destacava-se no meio dos outros prédios da cidade. Podia-se ver a cidade toda dos últimos andares e lá estava a sala do elegante empresário de cabelos prateados.

Todos os empregados já tinham ido para suas casas. Eles tinham alguém para encontrar. Ele não, não tinha ninguém. Trabalhou até tarde e só parou de madrugada...

As paredes de sua sala formavam amplas janelas de vidro. Podia-se ver a lua crescente brilhar. Era uma belíssima visão. Nesses dias de vida moderna não se conseguia ver o céu aberto como ele era acostumado em seus dias de jovem Youkai. Porém, precisava ver a lua. Ela o acalmava, ela dava um pouco de paz a seu coração machucado. Sesshoumaru abriu uma das janela e flutuou para fora até o topo do prédio. Lá poderia ter uma visão mais ampla do céu e poderia ver a luz do luar.

Capítulo 2
Um eterno vazio

Era dia, Sesshoumaru estava observando a movimentação pela janela da sala de estar de seu apartamento bem mobiliado em Tóquio. Prestava atenção nas pessoas correndo para irem para seus empregos. O ser humano era muito engraçado. Depois que o poderoso youkai perdeu seu único amor, começou a analisar melhor a vida. Se tornou uma pessoa sofrida, no entanto, interessado em todos os aspectos sociais. A vida era uma teia e os habitantes desse planeta não conseguiam perceber que ela, é única e essencial. Muitas vezes deixavam passar oportunidades pelos dedos. Estava filosofando quando o telefone tocou.

- Moshi moshi!

- Sesshoumaru, sou eu, Inuyasha.

- O que quer? - disse o homem friamente

- Se fosse possível poderia pedir alguém para nos pegar no hospital? Kagome teve alta.

- Eu mesmo irei. - respondeu secamente. O jovem pai nem pareceu importar-se com as respostas secas e o comportamento quase hostil do meio-irmão - Preciso arejar as idéias, já né! - disse por fim desligando o telefone.

Procurou as chaves do carro para ir buscar o irmão, a esposa e a sobrinha. Ele e o irmão sempre brigaram, mas com o passar dos séculos Sesshoumaru percebeu que não o odiava. Se não se unisse a ele não suportaria a solidão. Eles possuíam o mesmo sangue e ter um membro da família por perto era melhor que ninguém. Inuyasha havia amadurecido muito, não era mais o mesmo de antes.

Sesshoumaru dirigia devagar apreciando a paisagem dos prédios de Tóquio. Chegou em frente ao hospital, estacionando o carro. Andou em passos firmes até a recepção.

- Por favor! Poderia informar ao quarto 301 que Taisho Sesshoumaru já os espera? - falou seca, ao mesmo tempo que educadamente.

- Só um instante, por favor... - a moça disse com um sorriso.

O rapaz andou pela recepção vazia, e sentou-se em uma das cadeiras do lugar. Ficou admirando a mobília. Tentava ignorar o terrível cheiro de morte que invadia suas sensíveis narinas. Mas, permaneceu pouco tempo. Logo, o casal e a bebê já estavam prontos à recepção.

Sesshoumaru ajudou a pegar algumas coisas de Kagome enquanto Inuyasha levava a esposa com a filha em uma cadeira típica de hospitais. Kagome com Inuyasha sentaram-se no banco de trás.

- Obrigada, Sesshoumaru. - a jovem mãe estava feliz e sorrindo para ele.

- Doitashimashite. - respondeu atento ao caminho.

Olharam-se. Não era muito comum o belo homem ser tão cortês. No restante da viagem a única coisa que se ouvia era o choro da criança e o cheiro do leite produzido pela mãe. Esse cheiro penetrava as narinas dos dois youkais, de maneira impetuosa.

Chegaram ao prédio onde Inuyasha morava com a esposa. Lá, na cobertura, já havia um quarto preparado para a criança. Logo que entraram Kagome já foi imediatamente cuidar da filha. Deixou os irmãos conversando na sala.

- Eu sei que não devia tocar nesse assunto, mas preciso.

- O que você quer? - ele sabia ser seco.

- Andei pensando muito. Sei que você sofre pela falta da garota, há séculos. Entendo porque senti o mesmo. Sofremos juntos todos esses anos. Mas, eu sabia que Kagome estaria nessa época a minha espera. Então, para mim foi mais fácil.

- Fala logo, sem rodeios, Inuyasha.

- Está bem. Fico pensando. Kagome é a reencarnação de Kikyou. Então, deve ser normal isso entre os humanos. Se Rin era humana ela deve estar encarnada em algum lugar por aí.

- E você acredita que eu nunca tenha pensado nisso?

- Já? - o outro estava surpreso.

- Obvio, caro irmão. Você não faz idéia do que já fiz para tentar encontrar minha Rin durante todos esses séculos. Tudo! Absolutamente tudo! Já andei por todos os lugares e países. Nós só estamos convivendo juntos esse último século quando essa tecnologia aumentou. Durante muitos séculos eu a procuro.

- Entendo. Mas como você pretende encontrá-la?

- Já perdi as esperanças. Não a procuro mais. Tento esquecê-la. Para você foi fácil. A Kagome foi para ti e estava com a jóia de quatro almas dentro de si. A Rin não. Tenho que aceitar as coisas. É impossível encontra-la novamente...
Pra que? Para que continuar tentando reencontrar sua luz? Realmente desisto. Não há valor na vida sem alguém para partilhar. Um eterno vazio no coração e na alma. Isso é uma maldição.

Inuyasha sentiu o enorme peso em cada palavra pronunciada pelo irmão. Aquilo era verdade, mas ele não queria pensar nisso naquele momento.

- Não deveria ficar triste agora. Acredite em mim, meu caro. Viva cada segundo intensamente com sua adorada esposa. Como se nunca mais fosse a encontrar. Eu já vou para o escritório. - disse virando-se para ir embora.

Era difícil ver o grande youkai, antigo senhor das terras do oeste, falando daquela forma, contudo realmente a vida ensinava as pessoas da maneira mais dura.

- Você devia trabalhar menos. - foi o que Inuyasha comentou já de costas para o outro que saia.

- Devia, eu sei. Mas assim eu penso menos na minha tristeza. Adeus, caro irmão. - disse abrindo a porta e saindo logo em seguida.

Ele era muito severo e frio. Perdera o gosto pela vida. Não podia mais lutar como um youkai. Era um tormento viver. Não havia mais sentido em estar ali.

Agora Sesshoumaru tinha um pensamento nítido na sua mente. Como fazer para acabar com a maldição da sua imortalidade. O peso da vida começara a ser excessivo para ele. Era muito doloroso estar sem seu coração. Coração este que o youkai só tomou conhecimento por causa dela. Ela o ensinara o que é o amor.

Ele já havia tentado tudo. Casou-se com uma mulher parecida com Rin, mas não era ela. Não o completava e acabou morrendo também. Ele sempre permanecia vivo. Não podia mais continuar com aquilo. Estava cansado em demasia. Queria descansar. Só havia uma solução para o seu problema: A Morte!

Sesshoumaru chegou a seu escritório e ordenou para que não fosse interrompido. Precisava pensar, pensar na morte. A morte não o deixaria mais sentir-se sozinho, ela seria excelente companheira e amante. Mas como daria fim a própria vida? Não havia mais com quem lutar. Inuyasha nunca faria isso.

Olhou para alguns papéis que estavam a sua frente. Era preferível a morte a passar o resto da eternidade assinando papéis, reuniões de negócio intermináveis, sem ninguém para compartilhar a vida. Isso era uma maldição. Deixou de lado o trabalho e voltou para seus pensamentos depressivos. O telefone tocou:

- Jã não disse que não quero falar com ninguém? - atendeu com uma voz cavernosa que deu medo à pobre secretária.

- É... é.. é que seu... seu irmão disse... disse que era urgente, caso de vida ou morte!

- Passe, então.

Esperou alguns segundos. O que raios o irmão queria agora? Com que direito poderia tirá-lo dos pensamentos mais sombrios?..

- Sesshoumaru?

- Fale logo, Inuyasha. Não vê que estou trabalhando?

- Não desista, Sesshoumaru. Estou preocupado com você. Só agora entendi o que quis me dizer.

- Não seja tolo, meu caro.

- Não desista da vida, Sesshoumaru.

- E desde quando você se importa comigo?

- Desde o dia em que você me reconheceu como irmão. Não quero que meu irmão se vá antes mim.

Sesshoumaru ficou em silêncio. Era verdade. Desde que os dois perceberam que no fundo eram iguais, começaram a se aturar.

- Esse estado meloso não combina com você, pirralho!

- E esse de fracassado combina menos ainda com o grande e arrogante senhor das terras do oeste. - Sesshoumaru ficou mudo, mas por fim falou.

- Está bem, Inuyasha. Até mais. - desligou o telefone.

Ficou pensando no que o irmão disse. A coisa mais comum que o rapaz fazia era pensar. Ele pensava muito. E agora estava pensando em como a vida dava muitas voltas. Mas resolveu que não iria esperar nem mais um dia para resolver como daria fim a seu eterno sofrimento chamado solidão. Resolveria agora, naquele instante. Nunca pensou que uma humana fosse prendê-lo dessa maneira e com tanta intensidade.

- O homem está insuportável hoje. - do lado de fora da sala a secretária falou muito baixo com outra funcionária.

- Calada! Você só tem uma semana nessa empresa. Ele tem ouvidos nas paredes. Se não quiser ser mandada embora nunca fale nada sobre os dois irmãos.

- Mas estamos só nós duas e ele está trancado enterrado no trabalhando. Empresário desalmado! Assim a vida dele será um eterno vazio. Ninguém nunca se aproximará dele. - a secretária estava injuriada e levemente alterada pela forma como foi tratada. Mas a outra, mais experiente, saiu de perto antes da catástrofe acontecer.

Dentro da sala, Sesshoumaru ouviu de longe a conversa das duas. Humanos eram tão previsíveis. Ele estava muito mal humorado, e seu olhar assassino estava sempre presente, principalmente depois das idéias de cessar com a própria vida. Saiu de dentro da sala e foi direto falar com a secretária. Abaixou-se para poder olhar bem dentro dos olhos dela.

"Não! Essa não é a Rin, não a minha Rin."

- Contenha-se em executar suas tarefas dentro desta empresa. A maneira como eu vivo ou deixo de viver não lhe diz respeito, e nunca mais repita algo semelhante a 'Assim a vida dele será um eterno vazio. Ninguém nunca se aproximará dele.' A senhorita não sabe nada a meu respeito, então, se tiver amor a própria vida nunca mais repita isso.

A voz do homem era tão mórbida que a fez congelar na cadeira onde estava. A única coisa que ela se perguntava era como aquele homem, de dentro da sala, pode ter ouvido o que ela falou. Certamente, havia microfones por toda a parte e ele ficava monitorando a conversa dos funcionários. “Só um psicopata faz coisas deste tipo.” pensou a moça, mas engoliu em seco e disse:

- Desculpe-me. Não quis ofender.

Ele virou-se e retornou para dentro do escritório. A garota, pálida, recebeu uma olhada da outra como quem diz, 'eu te avisei!' Não disse uma única palavra o resto do dia.

A moça atendeu a inúmeros telefonemas e todas as pessoas queriam falar com o empresário. Ela não queira incomoda-lo. Não depois do ocorrido. No entanto, havia um telefonema que estava sendo muito inconveniente.

Uma jornalista ligava de cinco em cinco minutos para falar com o grande e poderoso empresário. Queria marcar uma entrevista e queria que fosse logo. A secretária lembrando do mau humor do patrão disse que não poderia incomodá-lo e recebera ordens restritas de que não poderia marcar entrevistas com ninguém, nem se fosse a rainha da Inglaterra.

Porém, a moça era muito insistente. Ela tornava a ligar sem parar. A secretária nem mais atendia os telefonemas daquele número.

Enquanto isso, dentro da sala, Sesshoumaru já havia planejado tudo sobre como deixaria de sofrer. Estava cansado daquilo e queria descansar para sempre, de uma vez por todas. Aquela gritaria que a nova secretária estava fazendo o estava incomodando. O incomodava tanto que resolveu sair para ver que diabos estava acontecendo.

Ao olhar o patrão saindo da sala e caminhando em sua direção com um olhar assassino, seu sangue gelou.

- Pode me explicar que barulheira é essa que está fazendo? - indagou grave e quase inaudível.

- N... n... nããã... não é nada. Estou tentando despistar uma mulher que conseguiu entrar aqui.

- Como? Não dei ordens restritas para que ninguém entrasse nesse escritório?

- Si-sim Senhor. Estamos providenciando tudo.

- Assim espero. Se eu tiver que sair de dentro daquela sala novamente. Você todos me pagam. - disse e depois entrou na sala.

A mulher colocou a mão no coração para fazê-lo parar de bater. Estava suando frio. Nunca sentiu tanto medo de um homem daquela maneira. Como podia ser tão magnífico e tão amedrontador daquela forma. E como a tal mulher conseguiu furar toda a rede de segurança que havia naquele lugar? Aquilo era totalmente inusitado.

Não tardou muito, a secretária se deparou com uma garota aparentando seus 26 anos. Usava uma calça jeans apertada e uma blusa estampada de flores. Os cabelos negros eram sedosos e compridos, caíam-lhe sobre a fina cintura. Os olhos amendoados e castanhos lhe davam um toque gracioso. Os supercílios grandes eram graciosos e os lábios rosados e carnudos terminaram de emoldurar um rosto sensual e charmoso. A garota se aproximou da mesa dizendo:

- Não me diga que seu patrão não pode me atender.

- Você é a garota que está fazendo toda essa confusão? Retire-se ou terei que chamar os seguranças.

- Não se preocupe, já tratei de todos eles.

Espantada com o fato, a secretária respondeu:

- Tá mas, infelizmente o senhor Sesshoumaru não está. Eu tentarei marcar uma reunião e te ligo assim que conseguir. Pode deixar seu numero de celular por favor?

- Não pense que vai me enganar.

- Não senhorita, pode deixar o numero. - a outra falava educadamente tentando despistá-la o quanto antes.

A garota, mesmo que a contra gosto, escreveu os números e caminhou para o elevador, entrou e a porta de metal fechou-se.

Nesse momento, a porta do escritório de Sesshoumaru se abriu abruptamente. A pobre secretária teve um colapso nervoso quando viu os olhos do patrão ficarem quase vermelhos. Estavam inacreditavelmente vermelhos. Ela sentiu o coração quase sair pela boca. O que significava aquilo? Estavam como duas bolas de fogo que a olhavam de maneira demoníaca. Ele saiu andando como um louco na direção da secretária, mas assim que se aproximou os olhos já haviam retornado para a cor dourada de sempre. Ela devia estar tendo delírios de medo.

- Quem era essa moça que estava aqui? - falou calmamente

- A tal mulher que lhe falei.

- Para onde ela foi? - respondeu com a voz seca.

- Foi-se. Não sei para onde. Mas deixou um número de telefone.

- Dá-me!

Segurou o papel. Era um cheiro muito conhecido. Era o cheiro dela. Como podia ser? Em séculos, ele não havia esquecido nada dela, nem o cheiro.

O papel que ela havia escrito estava com o cheiro dela cravado nele. Andou rapidamente e entrou em sua sala. Pegou o telefone.

- Inuyasha, venha aqui, imediatamente.

- O que aconteceu? O que houve?

- Você se lembra do cheiro da Rin?

- Não sei, talvez. Se eu sentisse talvez lembrasse com certeza.

Então, venha aqui imediatamente.

Continua...


Notas Finais


Cenas dos próximos capítulos:
“...Sesshoumaru não disse nada. Segurava o pedaço de papel como se fosse uma jóia preciosa e muito valiosa em suas mãos. Estava disposto a ligar para a garota. Depois de tantos século, será que finalmente a reencontraria? Levou o pedaço de papel até as narinas e aspirou o perfume que ainda estava impregnado nele. Era fraco mas ainda estava lá. Um perfume suave e doce. Fechou os olhos pronunciando em voz alta.
- Mal posso esperar!...”


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