1. Spirit Fanfics >
  2. Um amor sem barreira - SessyRin >
  3. Um novo começo

História Um amor sem barreira - SessyRin - Um novo começo


Escrita por: Kayennee

Notas do Autor


Muito, muito, muito obrigada a todos os comentários e favoritos.
Realmente é muito gratificante recebe-los, me deixa feliz! :) :*
Espero que se divirtam com o capítulo.
bejinhos e boa leitura!

Capítulo 6 - Um novo começo


Fanfic / Fanfiction Um amor sem barreira - SessyRin - Um novo começo

Após desligar o telefone Sesshoumaru deu a partida no carro e dirigiu-se até sua casa. Enfim, ele iria poder dormir em paz, sabendo que havia a reencontrado. Em seu plácido rosto, estava um suave sorriso. Algo quase sonhador. Sesshoumaru estava quase flutuando, tamanha era sua alegria.

Já na garagem de seu prédio, estacionou o carro e inalou profundamente o perfume que persistia ali dentro.

- Ah, como é reconfortante este aroma! - disse em voz alta, fechando os olhos de satisfação.

Na manhã seguinte, Sesshoumaru acordou muito cedo e arrumou-se para ir ao escritório. Entrou no prédio de sua empresa como um imperador. Usava um terno preto acompanhado de uma gravata azul. Seu perfume masculino era muito sutil e muito agradável. Ao passar pela secretária deu um meio sorriso e charmosamente colocou uma das mãos no bolso, entrando na própria sala.

"Nossa, este homem é um deus. Como um homem tão magnificamente charmoso pode ser tão magnificamente frio." a secretária pensou. Ela nem se atrevia a falar nada depois do ocorrido no dia anterior. Tornou-se muda ali dentro, abria a boca somente para o essencial.

Não deu nem cinco minutos e o telefone da secretária tocou mostrando que o patrão estava querendo lhe falar.

- Por favor, peça que os dois seguranças da portaria principal subam até aqui o mais rápido possível! - disse calma e polidamente

- Imediatamente! - respondeu Kanae achando aquilo muito suspeito, mas nem se atreveu a dizer mais nada. Discou o número da portaria:

- O senhor Sesshoumaru quer falar com vocês. Pediu-me para chamá-los aqui imediatamente.

- C... co... como? Ai, meu Deus, ele vai nos engolir vivos. Yama! O homem quer falar com a gente. Só pode ser por causa da garota. Ele vai nos explodir vivos. - o segurança disse para o companheiro com os olhos esbugalhados.

O outro passou a mão pelo cabelo mostrando nervosismo. - E agora, vamos fugir? - perguntou com uma voz desesperada.

- Venham logo aqui. - Kanae disse impaciente. - Não quero levar bronca por causa de vocês dois. Fazem as burradas, agora, agüentem! O senhor Sesshoumaru quer vê-los, então venham logo.

- Mas... quem ficará na portaria? - disse Sujiro.

- Boa, garoto!

- Hmmmmmm! - a moça disse colocando a mão no queixo para pensar em como resolveria esse problema. - Não sei e não vou aborrecer o patrão. Darei um jeito de arrumar alguém pra ficar aí no lugar de vocês.

- Eu fico. - disse a senhora na outra sala prontamente. - Já estou descendo.

- Pronto! Esperem até a Tomoe chegar. Até mais. - disse e desligou o telefone.

Em cinco minutos os dois avistaram a figura elegante e magra da senhora Tomoe. Os cabelos eram grisalhos e estavam presos com palitos que seguravam-lhe o coque.

- Tomoe, o que ele quer com agente? - um dos seguranças perguntou visivelmente desnorteado.

- Não tenho a menor idéia, mas ele hoje está com um astral maravilhoso. Nem parece com o senhor Sesshoumaru. Chegou sorrindo para Kanae. Está certo que foi um meio sorriso, mas... – comentou dando de ombros.

- Sério? - Yama questionou incrédulo.

- Andem logo, antes que o homem mude de humor. - disse Tomoe, fazendo um gesto com a mão indicando que eles deveriam se apressar.

Os dois foram correndo antes que alguma desgraça pudesse acontecer. A secretária os anunciou e eles entraram com um medo tremendo do chefe.

- Entrem, por favor! - disse Sesshoumaru levantando-se da poltrona em que estava mostrando dois acentos para eles.

O cheiro de medo deles era muito característico. Até camuflado Sesshoumaru dava medo nos humanos. Ele pensava consigo mesmo. Isso era muito engraçado, o fazia rir por dentro. Depois de tanto tempo de existência, Sesshoumaru aprendeu a ser mais flexível e começou a entender o mundo dos humanos. Talvez melhor que os próprios humanos.

- Com licença! - disseram em uníssono.

- Bem, vou ser o mais direto possível. Não vou dar rodeios. – O jovem de cabelos prata disse o mais gélido que alguém possa imaginar.

- Gostaria de saber de quem foi a ordem para que a moça de cabelos castanhos e compridos subisse até aqui, ontem.

Os homens congelaram. Seus rostos estavam pálidos como cera. Ao redor da boca de cada um estava uma coloração amarelada e a boca em si estava completamente branca, sem cor. Ficaram mudos, olhando para ele, sem nenhuma palavra. Sesshoumaru achou aquela tortura muito engraçada, e continuou:

- Então, quem deu a ordem? - disse levantando uma das sobrancelhas.

- F... fo... oi, fo-ii-i. a-ga-ro-ro fof-ao... - um deles tentou dizer, mas não conseguia pois gaguejava tanto que as palavras não saiam direito. Sesshoumaru estava se divertindo tanto com aquilo que teve que se conter muito para não rir.

- Então, não consigo entender uma só palavra do que diz. - respondeu com a cara mais plácida do universo.

-Nósresolvemosnósmesmosdeixalasubirporqueeladissequeerasuanamoradaequetinhaalgodevidaoumorteparalhedizer! - respondeu rapidamente um dos seguranças, atropelando-se nas palavras, olhando para baixo e balançando a perna nervosamente.

- Como? - disse o empresário dando uma gargalhada por dentro, com aquela situação.

- Nós resolvemos deixá-la subir porque afirmou ser sua namorada! - ele repetiu mais lentamente, no entanto, ainda tremendo a perna de nervoso.

- Ah, sim! - ele disse olhando fixamente hora para um, hora para outro. – Então, em suma. Foram os dois que a deixaram subir. Eu sei que vocês dois são praticantes de kendô, não é verdade?

- S-sim. - responderam com uma cara de: 'mas o que isso tem a ver?'

Então, Sesshoumaru levantou-se da cadeira e andou até o móvel que estava perto da porta. Abriu-o e retirou de lá duas Katanas velhas. Voltou para sua mesa, e colocou as espadas em cima dela. Deu um tempo e ficou olhando fixo para os seguranças. Ora olhava para as Katanas, ora para os suados rostos dos seguranças. Eles suavam frio, em imaginar o que ele pretendia com aquilo. Então, cautelosamente, segurou uma delas e retirando-a da bainha, movimentou-a magistralmente.

- Essas espadas pertenceram a dois grandes Samurais. São autênticas. - disse ainda movimentando-a. - Eu tenho algumas dessas.

A destreza com que o rapaz movia a arma era tanta que mal dava para se ver os rápidos movimentos. Os olhos dos dois ficaram quase fora da órbita e a única coisa que eles conseguiam pensar era que agora iriam ser retalhados. Quanto mais Sesshoumaru movimentava a espada mais os homens faziam cara de pânico e mais o rapaz se divertia. Até que ele se cansou e depositou a espada na bainha. Sentou-se.

- Primeiro de tudo, acalmem-se, não vou matar vocês. Não agora... - disse já querendo acabar com aquela pequena brincadeira. - Segundo, gostaria de recompensá-los por tê-la deixado entrar. Guardem muito bem as espadas porque são relíquias. Poucas pessoas neste país possuem Katanas originais. - disse estendendo uma espada para cada homem.

Os homens piscaram muitas vezes para tentar captar a mensagem pois estava sendo muito difícil de digerir e de acreditar ser verdadeira. No entanto, mais relaxados agora, começaram a montar os fatos.

- Muito obrigado! - disse um deles.

- Arigatou! - replicou o outro e ambos reclinaram o tronco para frente.

- Agora vão que eu preciso trabalhar. – os dois ainda em choque saíram antes que o humor dele mudasse.

Quando saíram da sala Sesshoumaru riu com a própria brincadeira. Os homens com as espadas na mão estavam um pouco em choque ainda e a secretária abriu a boca de espanto ao ver as armas, mas não disse uma palavra. Ela se limitava só a pensar desde o dia anterior.

- Depois contamos. - um deles murmurou. Correndo, desceram para voltar ao posto novamente.

Enquanto isso, Rin acordou com olhos de menina sonhadora. Colocou uma roupa e foi logo para a redação do jornal. Precisava entregar a dispensa antes de poder aproveita-la. Pegou as chaves do carro e alegremente foi para seu trabalho. Afinal, ela teria folga.

- Bom dia! - disse sorridente sentando-se à sua mesa.

- Nossa, que felicidade toda é essa? - perguntou a amiga, que estava na mesa logo de frente.

Rin levantou-se e foi correndo para lá.

- Muitas coisas maravilhosas aconteceram ontem.

- Hum! - disse a garota balançando a cabeça mostrando que estava atenta para ouvir.

- Primeiro, eu tenho uma dispensa de sete dias. - a amiga estava boquiaberta. - Estou com estafa nervosa. - ela completou antes que a garota se pronunciasse.

- E você acha que estar com estafa é algo maravilhoso? - a moça de cabelos sedosos e negros disse fazendo uma cara de controvérsia.

- Não, mas ficar sem ter que vir trabalhar é 'ultra-magnânimo'. - disse abrindo um sorriso de pólo a pólo.

- Isso é verdade. Mas e o resto das coisas maravilhosas? - a moça perguntou interessada.

- Sango! Você não vai acreditar. - disse como uma criança levada.

- Vindo de você, Rin, tudo pode ser possível. - Sangô respondeu com um ar levemente zombeteiro.

- Então, morra de inveja, minha amiga, porque em segundo lugar eu conheci o empresário bilionário, Taisho Sesshoumaru.

- O Quêeeeeeeeeeee? - Sango gritou freneticamente. - Isto é impossível? - disse incrédula - Você está me enganando...

- Estou não, e o melhor de tudo é que eu vou jantar com ele hoje a noite. – disse, morrendo de satisfação.

- Não acredito nisso, Rin! Eu sei que você é uma jornalista muito despachada. Até aí tudo bem. Mas, daí isto de conhecer o senhor Sesshoumaru... aí já é um absurdo!!! Mentir é feio! - disse balançando a cabeça de um lado para o outro e jogando os cabelos.

- Eu não estou mentindo e conversei ontem com ele o dia inteiro. Por isso eu não vim para a redação.

- Só acredito nisso vendo.

- Mas nem sei se vai ser possível vê-lo, já que ele não gosta muito de jornalistas.

- Então como conseguiu isto? Até onde eu saiba, você também é jornalista... - disse Sangô fazendo uma careta descrente.

- Eu tenho meus métodos, Sangô. E são infalíveis. - respondeu Rin, prontamente. - E, nossa... Ele é um deus! Você não faz idéia de como aquele homem é lindo. Tem os olhos dourados... Completamente dourados... Os cabelos prateados com um corte ultra moderno... Muito elegante e alto... E quando eu digo alto eu me refiro a um homem de quase dois metros de altura. É uma tentação para qualquer mulher. - Dizia Rin, absorta em seus pensamentos mais secretos. E concluiu:

- Bem, agora preciso entregar o atestado médico para o chefe. Depois eu escrevo a matéria que comecei com o Meu empresário. - ela disse, já saindo e deixando uma Sangô estupefata.

- Hummmmm... Meu empresário... Humpt! Que coisa, heim? – disse a amiga, com uma 'pesadíssima' ponta de inveja.

O chefe de Rin não gostou muito dela ter que se ausentar por sete dias enfim... melhor tê-la saudável do que doente, sem falar que ele sentia uma 'quedinha' por ela e ficar sem vê-la seria desagradável.

Rin saiu do jornal dando saltos de alegria. Resolveu que tiraria aquele dia para si própria, coisa que ela não fazia há milênios. Foi a um salão de beleza e pediu um tratamento completo, desde depilação até tratamento no rosto. Ficou lá toda a manhã. No almoço, foi para casa e preparou algo bem leve para comer. Não queria empanturrar-se de comida. Deitou na cama e ficou sonhando com o beijo do outro dia. Gostaria que aquilo nunca mais acabasse, que aquele fosse um beijo que durasse por sua vida inteira. Nunca beijou ninguém daquela maneira. Suas peles pareciam que combinavam. O toque dele era tão leve e ao mesmo tempo mostrava tanta paixão.

- Nossa! Que homem é esse? - exclamou de olhos fechados.

O despertador tocou indicando que já estava na hora dela arrumar-se para ir ao jantar marcado. Ainda tinha que escolher qual roupa usar. Afinal não era todos os dias que se tinha um jantar com alguém tão importante.

Abriu o armário e pôs-se a escolher qual 'modelito' usaria. Começou a tirar todos os vestidos de dentro, e experimentá-los, um a um. Por fim, depois de tanta indecisão, resolveu por colocar algo mais provocante, com toques tradicionais. Primeiro uma lingerie vermelha carmim, com rendas, ultra sensual, logicamente para combinar com o vestido... Pegou um vestido ultra curto, também vermelho, que lhe moldava e esculpia o corpo. Feito em seda, com bordados em fio preto representando ilustrações de temas japoneses na barra. Contornando a parte de cima do busto havia somente um fio preto, enquanto um decote provocante moldava-lhe os fartos e arrebitados seios.

Rin escolheu um colar brilhante branco, todo em strass, acompanhado por uma delicada pulseira e anel. Escolheu um salto preto altíssimo, ao estilo agulha, para completar o traje em que se encontrava. Depositou tudo em cima da cama e foi tomar aquele banho para ficar perfumada, pois, parecia que o jovem empresário gostava de um bom perfume.

Rin estava pronta! Ouviu o aparelho celular tocando e viu que o número dele estava no visor.

- Moshi, moshi! – ela disse com o coração batendo um pouquinho acelerado.

- Boa noite! Como passou o dia de folga? – ele perguntou cordialmente.

- Muito bem, obrigada por ter me proporcionado isso.

- Foi bem merecido. – disse ele, continuando - Já está pronta? – perguntou gentilmente, no entanto, direto como uma flecha.

- Siiiiiimmmmmmm! – respondeu Rin, terminando de colocar algumas gotas de perfume ao pé do ouvido.

- Já estou aqui à porta do seu prédio...

- Já? - ela perguntou espantada. – Que pontualidade! Já estou saindo – disse, já saindo do quarto apressada, com medo de faze-lo esperar mais.

Sesshoumaru estava sentindo algo tão estranho e depois de tantos séculos de existência gostaria de entender que coisa era aquela. Era algo que o fazia ferver por dentro com tanta intensidade que derretia qualquer metal. Era uma espécie de nervosismo. Uma ansiedade, misturada com alegria. Ele estava ligeiramente confuso. Sentiu o aroma da pele de sua doce Rin misturado com um outro perfume muito delicado e sutil. O rapaz pode ver a moça apressada, a fechar a porta, e a sair do prédio em que estava. Notou claramente o vestido provocante e sensual, o que lhe fez o sangue ferver. Foram tantos anos de espera e expectativa que ele, agora, começara a ficar nervoso e ansioso, sentimentos que nunca ousara imaginar ter antes.

A moça andou a passos pequenos e curtos para chegar ao carro preto, estacionado à frente do prédio. Abrindo a porta, entrou.

- Desculpe-me! Por que não telefonou-me antes? Eu poderia ter-me apressado mais.

- Imaginei que deveria estar se aprontando. Mas como eu já estava aqui, resolvi ligar.

Com as pernas à mostra, Rin era algo completamente inusitado para ele. Isso o deixou um tanto desconcertado pois seus olhos deram uma atenção fora do comum a elas e permaneceu por segundos a observar as pernas cruzadas da moça sentada a seu lado. O vestido tentador era uma novidade para ele, e nessas condições, o rapaz de cabelos prata não pode deixar de desejar ainda mais aquela mulher que um dia já fora sua esposa.

Ele, não perdendo tempo, mais por não agüentar-se naquela situação angustiante, acariciou os sedosos cabelos da moça e logo em seguida a pele do rosto. Como esperou por aquele momento!.. Como ele queria tê-la por completo!.. Como ele queria que ela fosse novamente sua!..

Algo novo acontecia com ele; seus batimentos cardíacos estavam levemente acelerados. Isso era estranho. Nem perante a morte Sesshoumaru amedrontou-se. No entanto, agora ele sentia uma incerteza. Um medo estranho. Algo que ele não conseguia perceber bem o que era. Ele sentia-se diferente, estava absolutamente muito mudado, com uma dúvida: "Será que essa nova personalidade de Rin irá me desejar tanto quanto a minha amada esposa?"

- Então, vamos? – ele perguntou para tentar afastar aqueles pensamentos e sentimentos de incerteza para bem longe da sua cabeça.

- Claro! Onde vamos? – ela perguntou

- Isso já é uma surpresa. – respondeu Sesshoumaru, com aquele misterioso sorriso nos lábios.

'Ai, por que parece que meu estômago vai revirar de nervoso toda vez que ele faz isso? Rin o que se passa contigo, garota! Jamais pensei sentir-me assim frente a nenhum outro homem!' A jovem jornalista perguntava-se.

Rin desde cedo jamais se deixara envolver demais com seus namorados. Estranhamente, para ela, parecia que estava sempre a trair alguém. Ela jamais conseguiu perceber o verdadeiro motivo daquele sentimento uma vez que não havia traição alguma, visto que não havia outro homem em sua vida. Mas a verdade era que, para ela aquilo parecia uma traição.

Todos esses sentimentos, pensamentos e idéias passaram num lapso de um segundo na mente da moça que agora já estava mexendo nos longos cabelos.

Aquele movimento levava ao apurado olfato de Sesshoumaru o aroma exalado por Rin o que quase lhe turvava a vista. Tinha que se concentrar ou bateria com o carro. Sim... Depois de tantos séculos aquele homem forte e poderoso ainda morria de amores por uma humana. Que fascínio era este que ela exercia sobre ele?

Na época em que Jaken morreu, em uma das muitas batalhas em que Sesshoumaru se meteu, o velho servo já estava muito cansado, quase a morrer. Desejou que seu mestre se livrasse desse feitiço: o amor. Mas isto era um laço muito forte para se romper. E obviamente ele mesmo, Sesshoumaru, não desejava se libertar disso, sublime amor que fez com que ele chegasse aonde chegou.

Sesshoumaru dirigiu lentamente ao som de uma música folclórica japonesa, muito calma e relaxante. Afinal, ele precisava disto. O silêncio foi interrompido pelo jovialidade da moça que estava morta de curiosidade.

- Então, por favor... - dizia em tom de súplica - Eu estou muito curiosa. Onde me leva? – perguntou piscando os olhos de maneira carinhosa para tentar retirar a informação do empresário através de pequenas provocações.

Sesshoumaru restringiu-se a não olha-la, já pressupondo que ele não estava em seu juízo natural. Então, nestas situações melhor não arriscar e perder completamente o controle do volante.

- Já estamos chegando. Já vai ver...

- Ah, vá la... Diz-me? Vou acabar tendo um enfarte de curiosidade. – falou virando-se para ele e abrindo um largo sorriso.

Desta vez Seshoumaru respirou muito fundo para não ter uma parada cardíaca.

- Ahhhhhhhh, por favor, conta pra mim – ela falou com uma voz muito fininha fazendo beicinho.

Depois de tanto tempo a procura e de tantos anos de existência Sesshoumaru, que era somente fisicamente um rapaz, acabou por rir-se e disse:

- A senhorita pretende fazer o que com todo esta provocação? Me fazer perder o controle da direção do carro?

- Ah, e o que posso fazer? Você não quer me dizer onde está me levando, seu mauzinho! – cruzou os braços e fez um enorme beiço.

- Talvez um pouco menos de curiosidade, de sua parte? – Sesshoumaru respondeu com uma pergunta, agora entre gargalhadas.

- Ah, isso é pedir demais de uma jornalista, né? – ela respondeu, acompanhando-o nas risadas.

- Nossa, você está me fazendo rir! Tem literalmente muitos séculos que eu não ria. – ele disse num suspiro aliviado. – Já tinha me esquecido como era isso.

- Isso o quê?

- Sorrir! - disse o rapaz, com uma voz doce, no entanto, sofrida.

Ela o olhou e ele virou o rosto lentamente para que os seus olhos pudessem vislumbrar a doce mulher que lhe acertara o coração preenchendo-o de algo que ele nem tinha palavras para descrever. Seus olhares se trocaram e ela sentiu um bater acelerado como uma adolescente. Poder olhar verdadeiramente para os olhos dourados dos seus sonhos era algo inacreditável. Não resistindo, ele levou uma das mãos ao rosto delicado da moça acariciando-o com o dorso da palma. Ouvindo as batidas aceleradas do coração dela suspirou com um meio sorriso, que mais parecia ansiedade. Virou-se.

Rin, então, observou que Sesshoumaru estendeu um pequeno controle remoto, com a mão direita, para um portão de ferro preto em um prédio de vidros, e que abria-se para um estacionamento vazio. Ela estava tão entretida com aquele pequeno jogo de sedução, que realmente não estava observando nada o trajeto. Parou e pensou, 'Que estranho! Na realidade não estou nada curiosa com o lugar pra onde estou indo. Na verdade estou mais é interessada nele... em brincar com ele!' Franziu a testa e começou a prestar a atenção ao local onde estava.

Era um estacionamento, mas estava vazio.

- Bem, sua curiosidade já vai ser eliminada. – disse o homem – espere só mais um segundo e o meu mundo vai se apresentar aos seus olhos.

Continua...


Notas Finais


Cenas do próximo capítulo:
“...Um arrepio tomou-lhe a espinha com esse sopro de voz e com o beijo molhado que veio a seguir, sugando delicadamente o pescoço. Dedicou alguns minutos àquela região que ele lembrava muito bem ser a preferida dela, tanto quanto outras 'mais intimas'...”


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...