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História Um amor sem barreira - SessyRin - O recanto escondido parte 2


Escrita por: Kayennee

Notas do Autor


Oi minna!
Arigatou... muito obrigada a todos os comentários e favoritos. :) :*
Infelizmente, nesse capítulo não deu pra fazer a ilustração, a vida não deixou, :( mas prometo que consigo no próximo!
Espero que gostem do capítulo, boa leitura a todos. :)
bejinhos

Capítulo 9 - O recanto escondido parte 2


Rin acordou com uma melodia graciosa, misto do som das águas e dos pássaros. Percebeu que estava sozinha naquele recinto. Ainda no futon, abriu os olhos e lembrou da noite anterior. Que homem era aquele? Parecia mais um sonho. Um deus que saíra dos seus sonhos, materializado!

Ficou assim por alguns minutos aproveitando as recordações da noite anterior, o era clima agradável e aquele lugar lhe proporcionava paz. Mas, onde estaria o causador do seu estado de êxtase? Aquele era seu quarto, certamente. Onde estaria ele?.. E com este pensamento em mente, levantou-se e andou pelo para observar melhor o lugar onde estava hospedada.

Era um quarto aparentemente muito antigo, com um piso de madeira e sem muitas mobílias. Havia uma porta de correr com desenhos singelos. Cuidadosamente a abriu. Dava para a varanda com a vista para uma queda d'agua. Que esplêndida visão! Por isso era difícil de localizar o empresário. Se estivesse no lugar dele não sairia mais dali. E o mais importante, aquele lugar estava no centro da cidade. As gotículas de água, trazidas pelo vento fresco, coloriam o tom encantado e melodioso da natureza. Aproveitou para respirar fundo e fechar os olhos. Percebeu que vestia uma camisa masculina, branca, de mangas cumpridas. Sesshoumaru deve ter-lhe trocado as roupas, já que adormecera em seus braços, e só àquela hora acordara. 'Eu nem apercebi-me que ele me trouxera para dentro e muito menos mudado minhas roupas'. Pensou, não se fixando muito nisto. O clima… O vento… Tudo a fazia estar em silêncio interior. Estava tão envolvida por aquele ambiente que nem notou quando o dono da casa, silenciosamente, entrou no quarto com uma deliciosa cesta de café da manhã, reforçada. Sem que o menor som perturbasse a paz do cômodo, sorrateiramente, já próximo dela, abraçou-a com força.

- Hum, que gostoso!.. - disse ainda com os olhos fechados. - Você é tão silencioso que nem o vi entrar.

- Bom dia, meu tesouro! - disse num sussurro rouco ao seu ouvido.

Virando-se para ele e agarrando-lhe o pescoço, passou uma das mãos entre seus sedosos cabelos pratas. Depois num ímpeto audacioso, puxou-lhe o rosto para mais perto, para que pudesse tocar seus lábios com os seus.

Era irresistível essa nova versão da Rin. Ele, Sesshoumaru, estava totalmente entregue a ela, de corpo e alma.

Deixaram que aquele beijo singelo se transformasse em um longo e intenso affair. Entregues um ao outro, o clima fogoso tornou-se um convite para uma dança excitante em que corpos se acariciavam com muita sensualidade. O som da água e o cântico dos pássaros pareciam estar entusiasmados com o calor produzido pelo casal ali dentro daquele quarto.

Entre carícias, abraços, beijos e 'mordiscadas' chegaram ao ápice daquela coreografia com um gemido de prazer não muito alto, mas o suficiente para que todos que estivessem aos arredores ouvissem. Principalmente pessoas curiosas, pessoas que pararam seus afazeres e ficaram boquiabertas, uma a olhar para as outras, sem crer no que os ouvidos e a imaginação lhes diziam.

Sem nenhum comentário, as duas empregadas bisbilhoteiras decidiram por 'fofocar', mais tarde quando não houvesse ninguém ali, ou quando o senhor da casa estivesse fora. Porque como todos sabiam nunca foi prudente falar nada a respeito do homem com ele por perto.

Como se nada houvesse ocorrido, todos voltaram para os seus afazeres, cada um a cuidar de alguma coisa...

O casal estava em silêncio, curtindo o momento de paz e sossego. Para ele era como estar no paraíso; para ela, uma sensação jamais experimentada, misto de realização, prazer e paz.

Ficaram assim, por muito tempo. Até adormecerem novamente. Nenhum empregado se atreveu a bater à porta ou perturbar o dono da casa. Todos ali já conheciam o humor do homem, e estando ele com alguém no quarto, ninguém queria 'morrer' fora da hora. Era preferível esperar que a porta se abrisse e o próprio Sesshoumaru ordenasse o que deveriam fazer, então. Afinal, esta era uma situação muito nova para todos.

O telefone tocou… um dos empregados atendeu. Era Inuyasha a perguntar pelo irmão, se iria trabalhar. O empregado, obviamente, disse que ele estava no quarto com uma senhorita, e que o chefe não queria ser incomodado por ninguém no universo.

Com essas novas informações e morrendo de curiosidade, Inuyasha ligou para o telefone pessoal do irmão mais velho, mas estava fora de serviço. Fez cara de safado… E deixou que a imaginação guiasse sua mente.

Esboçou um sorriso travesso e ficou com olhar vago a pensar…

- Osuwari!

Cabummmm! Ouviu-se o som de Inuyasha a despencar ao chão.

- Porque fez isso, Kagome? Eu estou aqui quieto, pensando! - com um sorriso malicioso.

- Osuwari! Osuwari! Osuwari!

Cabum, cabum, cabum!

- O que? Porque? Eu não fiz nada! - dizia o homem indignado estatelado ao chão.

- Só vou perguntar uma vez e veja lá o que vai me responder! - dizia a mulher de cabelos compridos e olhos grandes com o dedo apontado no nariz do marido.

- Eu es-estava a pe-pe-pensar que…

- Agora você gagueja, é? - a mulher dizia com uma das sobrancelhas levantas.

- Osuwari! Cabummmm!

- Não é nada de mais. Só estava preocupado com o Sesshoumaru.

- Ah, pensa mesmo que eu sou alguma espécie de imbecil? - dessa vez ela disse torcendo as orelha do rapaz.

- Aaaaaaaaaiiiiiiiiiii... Não tenho mais as orelhas no topo da cabeça, mas dói na mesma. Porque esta fazendo isso?

- Porque não gosto de mentira! - Kagome respondeu secamente, sentando numa cadeira próxima a ele.

- Mas eu não estou mentindo! Eu fiquei preocupado com o meu irmão e liguei para o telefone dele, mas ele não atendeu. Então, liguei para o recanto escondido e o empregado disse que o meu caríssimo irmãozinho está com uma garota.

- Oh!

- É! E então, eu não resisti e estava imaginando coisas…

- Seu hentai! Hentai, hentai... hentai...

- Não seja puritana, Kagome. - puxou-a bruscamente pelas ancas e antes que ela pudesse falar atacou-a com um beijo.

…......

Essa era a primeira vez que o magnata não aparecia na empresa sem que houvesse uma reunião fora, ou coisa do gênero. Obvio, assim como Inuyasha, todos ali ficaram intrigados e criavam as mais loucas teorias a tentar imaginar o que havia ocorrido. Uns diziam que o homem estava doente, outros que ele estava para morrer e outros ainda, mais positivos, teorizavam que enfim o homem tinha se resolvido, e que agora, talvez pudesse ser um 'ser humano' aturável. Embora houvesse alguns que imaginavam o fim do mundo!

Nitidamente, essa nova história criou uma reviravolta, tanto na empresa dos irmão quanto no recanto escondido. No entanto, tudo na vida depois de algum tempo se torna algo natural. Claro, dentro dos limites que essa situação permitia. Era totalmente incabível e inimaginável um poderoso ser imortal, estar loucamente apaixonado por uma humana, e revirar o universo a sua procura. Sendo assim, natural essa situação nunca seria.

Mas a tendência da vida sempre foi, e sempre será, a busca pelo equilíbrio. Assim sendo, uma hora todos que estavam envolvidos nessa história se acalmariam e acostumariam com o que estava a acontecer.

Lá dentro do ninho de amor havia Sesshoumaru, deitado ao lado da companheira, acariciando seus cabelos sedosos e negros deixando que esta descansasse, enquanto ele pensava.

Pensava… Lembrava… Lembrava de quando eram casados, ele e ela, por várias vezes, encontravam-se naquela posição. Como ela o acalmava... o inspirava!

Desde que se apaixonara por Rin, há muitos séculos atrás, esta passou a ser a luz dos seus olhos e começou a ter uma percepção totalmente diferente da vida. Ele amadurecera. Depois de tudo que havia passado e tanta solidão, ele havia se tornado um ser mais humilde e perceptivo.

Imóvel e com a respiração muito calma, fechou os olhos.

- Rin, minha doce Rin! - acabou por dizer em voz alta. - Já ía morrer de saudades! - terminou a frase num sussurro de voz. Reparou que ela estava num sono muito agitado. A respiração começou a ficar ofegante.

- "Não!" Ouviu a garota num fio de voz. Quase grito surdo.

- Rin, o que acontece? Acorda!

- "Não!.." Mais uma vez as mesmas palavras, ele sentou-se para olha-la melhor! -"O que está acontecendo? O que ela tem?"

Parecia que ela lutava contra alguma coisa, ou contra alguém.

- Rin, meu tesouro, acorda! O que se passa? Estou preocupado. Abra os olhos… - disse acariciando seu rosto e beijando-lhe a face, em seguida.

Vagarosamente, depois de alguns chamados dele, ela foi abrindo os olhos, muito lentamente. O suor na tez branca era evidente.

- Tudo bem? - perguntou ele preocupado deixando um beijo molhado e quente em seus lábios rosados.

- Hai! Foi só um pesadelo!

- Hm... Tenho uma idéia! - ele disse tentando sorrir para fazer que ela saísse daquele estado de torpor em que se encontrava. - Porque não vamos à sua casa e pegamos umas roupas para que passe seus dias de dispensa aqui comigo, nesse lugar paradisíaco? Tenho certeza que você conseguirá descansar.

- Mas não vou incomodar?..

- Obvio que não, se fosse, realmente acha que eu a convidaria?

- E você não vai trabalhar?

- Ah, trabalhei como um insano justamente para quando eu decidir não ir ao escritório, não ir simplesmente. Ademais… - parou de falar imediatamente e ficou uns segundos pensativo enquanto ela curiosa o observava com os olhos marejados a espera da conclusão da frase. - Bem! - ele continuou parecendo concentrado - Ademais, aprendi que a vida é muito mais do que trabalho, dinheiro, poder… Aprendi a duras penas que a vida é uma dádiva.

Parou em silencio para pensar em sua próprias palavras. Mas, antes que Rin pudesse falar qualquer outra coisa ele continuou.

- Já vivi muito, e tenho muito a contar… Já vi e ouvi muitas coisas... Você nem acreditaria. O mais importante é que cada ser vivo tem um caminho a percorrer. Isso eu percebo agora melhor do que antes. O meu caminho até aqui foi solitário e vazio; amargo e soturno. Conscientemente me escondi no trabalho para não pensar em outras coisas. Enquanto esperava… Esperava o momento certo… Mas deixa meus pensamentos para lá. Depois falamos mais a esse respeito. Há coisas que quero preservar para mim mesmo. Pelo menos por enquanto. - disse ele muito baixo, no entanto ela pode ouvir e perceber a profundidade das palavras sofridas.

- Eu entendo perfeitamente. - disse fungando e limpando os olhos. - Quando mais nova, eu também era muito solitária. Nunca entendi porque me sentia assim.

- Vamos? - ele levantou-se freando todo o desabafo, pois tudo aquilo estava ficando perigoso. Ainda não era o momento. Nem sabia se algum dia ele poderia expressar toda a falta que ela sempre fez e tudo o que ele havia sofrido.

- Hum?.. Vamos para onde? - perguntou um pouco perdida.

- Buscar as suas roupas. Ou prefere que eu mande comprar novas?

Rin por um leve momento sentiu-se insegura. O que estava acontecendo era algo muito novo para ela. Estava sempre tão acostumada a se virar sozinha e a estar com ela mesma. Uma companhia, ao mesmo tempo que era tudo o que sempre sonhou, também era amedrontador. Mesmo tendo namorados anteriores sempre foi muito independente, nunca se deixava envolver mais do que o limite imposto por ela mesma. Mantinha sempre uma distância, tinha sempre uma proteção segura para qualquer relacionamento. No entanto, isso era diferente. Ele era diferente. A sensação na presença dele era algo inexplicável. Como em tão pouco tempo podia ter tanta intimidade com alguém que a uma semana atrás ainda estava andando a procura de uma entrevista? Haviam muitas perguntas, e muitas dúvidas envolvidas nisso tudo. E esse sonho estranho... Fora do contexto.

- Eu tenho aquelas imagens na minha mente! - disse confusa.

- Fique a vontade. Fale o que precisar. Eu sou um ótimo ouvinte.

- Eu quero te contar um 'sonho' repetitivo. Bem... - ela endireitou-se. Quero, porque confio em você. Acredito que não me julgará. Acredito que me entenderá. Eu sinto que lhe contar fará com que isto tudo saia da minha cabeça.

Ele não pôde deixar de se sentir em êxtase, ao ouvir essas palavras. Porém, o tal 'sonho' o deixava inquieto.

- Então, conte-me e livre-se dele! - disse lambendo-lhe o lóbulo da orelha direita.

- Bem, parecia alguma espécie de vilarejo antigo. Haviam lobos... Não pareciam lobos normais... Haviam pessoas…. Mortas…. Eu conhecia aquelas pessoas. - lágrimas. - Tudo está embaralhado na minha cabeça... não consigo entender.

Terminou a frase olhando para ele com horror nos olhos. Ao ouvir isso, ele também arregalou os olhos e não pôde deixar de pensar: 'Pelos deuses, isto parece com a infância de Rin na era feudal, quando a conheci, quatro vidas anteriores. Isto deve ser o reflexo do santuário. A sacerdotisa e feiticeira disse que isso poderia acontecer. Certamente que é.'

Lembrou-se da voz da sacerdotisa:

- Atenção! Muita atenção, meu caro amigo inu-dai-youkai! - a mulher dizia com muita calma no entanto com ar de advertência. - Esse plano poderá ter efeitos colaterais.

- O que quer dizer com isso, Ahmah? - ele perguntava docemente e com um leve pigarro rouco, toque de notável angústia em sua voz.

- Nunca se sabe... É uma hipótese… Suponhamos que você a encontre. Que tenha um lado espiritual desenvolvido, ou que simplesmente seja muito sensível. Ela poderá recordar das encarnações anteriores. Todas elas! Isto tudo depende dela e de como ela seja, quando a encontrar. Por exemplo, nem todas as pessoas tem efeitos colaterais depois de tomar um remédio, pois não? Mas muitas pessoas desenvolvem estes e incontáveis outros efeitos imprevisíveis! Então, fica este aviso. Espero que se lembre disto! Eu poderei não estar aqui para te ajudar. Se eu não estiver mais aqui e realmente precisar de ajuda, invoque a sacerdotisa das esferas em exercício. Você é o senhor da vida e da morte. Tem o dom de ver o que seres comuns não vêem, até mesmo os mais poderosos youkais. Tem o dom de ver outras dimensões.

….....

- Sesshy, Você sabe de uma coisa? - ela tirou-o de seus pensamentos fazendo-o voltar a realidade. - Eu sempre soube o básico. Isso é tudo muito estranho e suspeito. Eu quero entender as coisas, só que cada vez entendo menos.

- Rin... - Sesshoumaru disse com um ar calmo, mas muito sério. - Já considerou a hipótese de ter 'sonhado' com uma vida anterior a esta?

Ela abriu a boca, mas de pavor.

- Que horror!.. Que horror!.. - ela dizia repetidas vezes encolhendo-se como um bebe.

- Fique calma! - ele a aconchegou entre os braços como os pais fazem com os filhos. - Acalme-se, tudo vai estar bem. Nada lhe acontecerá, eu juro! Querendo você ou não, vou ligar para o meu médico particular.

- Eu não quero dar trabalho. - ela disse envergonhada - Não quero ser um estorvo… - disse muito baixo. Ele arregalou os olhos. Era nesse tom que ela sempre dizia, há séculos atrás.

continua...


Notas Finais


Próximo capítulo:
"Durante todos os anos que andava junto com Jaken, Sesshoumaru e Ah-Uh, Rin era sempre divertida e alegre.
- Sesshoumaru-sama? - chamava a garota de quimono bordado com enormes flores vermelhas, correndo alegremente em direção ao homem que estava sentado na ponta de uma rocha sentindo o sabor do vento, deixando os cabelos longos e prateados se misturarem com o ar..."


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