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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Ódio Gratuito


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


Mais um capítulo, galera! Espero que gostem ;)
PS:: foto do capítulo: Jade (Jade Picon)

Capítulo 15 - Ódio Gratuito


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Ódio Gratuito

   Enquanto estávamos a caminho de casa (que não é nem um pouco longe, dá para à pé), Mauro resolveu preencher o silêncio que ali estabelecera:

   - Pelo visto fez uma amiga. – seu tom de voz era calmo e sereno.

   - É. Acho que sim. Mas fiz inimigas também. E tirei a prova de que os garotos são babacas. – respondi meio seca.

   - Mas o que aconteceu? – ele perguntou. A princípio hesitei em responder. Mas disse a mim mesma: "Ah, dane-se!", e contei o que aconteceu. Ele riu um pouco em algumas partes, e ficou sério e bravo em outras. Como a parte que os meninos meio que nos assediaram.

   - Vou ir até a escola e informar o diretor disso! – foi o que Mauro falou enquanto estacionava o carro em nossa garagem. Uau. Sério que falei "nossa"? Alguém me interna, por favor!

   - Faça-me o favor, né Mauro! Não tenho mais dez anos de idade. Você não precisa fazer isso. E pelo pouco que te conheço, deve estar pensando que fui abusada. Mas não estou. Sério. Se estivesse, você seria o primeiro a saber. Tirando isso, meu primeiro dia de aula foi ótimo. – expliquei calma.

   - Ok, ok. Enfim, ansiosa para seu primeiro dia na academia de Karatê? – ele mudou de assunto enquanto entrávamos na cozinha.

   - Sim! Faz muito tempo que não pratico! – falei, realmente animada.

   - Ok. Vamos um pouco depois do almoço. – ele falou. Assenti e subi para o meu quarto. Joguei minha mochila no chão e me joguei na cama ligando o computador para conversar com minha mãe. Com eu estava fazendo desde que cheguei em Home Sweet Home.

   - Oi, filha! – minha mãe disse assim que me conectei ao Skype.

   - Oi, mãe! Tenho muitas novidades! – introduzi, animada. – Fiz uma amiga e algumas inimigas, talvez. Hoje irei para o meu primeiro dia na aula de Muay Thay. Espero não estar muito sem prática como imagino. – falei.

   - Sério? Que bom! Mas, me responde uma coisa. Por que você fez inimigas? – minha mãe perguntou realmente interessada. Expliquei pela segunda vez o que havia acontecido n meu primeiro dia, desde que me esbarrei com Melissa, até a novidade de que iria começar a fazer Karatê novo.

   - Meu Deus, seu primeiro dia de aula foi mais agitado do que minha vida inteira. – ela brincou.

   - Não exagera! – falei rindo um pouco.

   - E sobre essa falta de respeito dos garotos, hein? – ela perguntou preocupada.

   - Relaxa. Foi verbalmente. E da próxima vez, talvez eles fiquem sem dentes. – falei e ela riu um pouco. – Bem, Mauro está me chamando para o almoço. Daqui uns quinze minutos volto para conversarmos mais. – falei empolgada.

   - Ah, filha. Desculpe, mas aqui na agência estou com muito trabalho. É ensaio fotográfico para fazer, dinheiro para administrar, modelos para escolher... Tá uma bagunça a minha vida! Sinto muito a sua falta! Somente essas conversas por Skype, por telefone e por mensagem para me dar forças. – seu tom de voz era completamente desapontado.

   - Ah, ok. Até mais tarde então. – falei com o tom de voz triste. Ela se despediu e desliguei computador. Desci as escadas e me sentei à mesa. Todos estavam comendo carne. Argh. Enquanto eu estava comendo meus legumes, vegetais e carne de soja.

   - Nós vamos às 14h45min, ok Jade? – Mauro falou. Assenti e olhei para o relógio. Eram 13h47min. Tinha bastante tempo ainda. Mas mesmo tendo todo esse tempo tentei comer o mais rápido que pude. Já não estava mais aguentando vê-los devorando aquela carne. Sem contar que aquele cheiro fazia meu estômago embrulhar.

   Fui para o meu quarto tomar banho. Fiquei boa parte do tempo pensando na vida enquanto a água morna batia em meu corpo. Finalmente saí do banho e vesti uma roupa qualquer. Mauro disse que a academia é grande, e lá há a loja da academia. Onde compramos os uniformes necessários para os determinados esportes.

   Nos cabelos fiz seis tranças. Três tranças bem rentes ao meu coro cabeludo do lado esquerdo e três tranças bem rentes ao meu coro cabeludo do lado direito. Já na parte de cima, apenas prendi juntamente ao rabo de cavalo que fiz para prender resto do cabelo. Não me pergunte como fiz essa proeza das tranças, porque eu não sei. Ou melhor, sei sim. Fiz Karatê por mais de seis anos. E por todo esse tempo usei o mesmo "penteado". Uma garota mais velha, na época que comecei a praticar o esporte, fez em mim em meu primeiro dia. Minha mãe viu e achou legal e bonito. E aí ela fez em mim nos outros dias de Karatê, até que aprendi a fazer em mim mesma.

   Depois de me arrumar, peguei um dos livros da minha prateleira que eu havia comprado um mês atrás que, até então nem havia tocado neles. Comecei a ler. É um livro um pouco antigo, digamos. De alguns poucos anos atrás. A Espada de Vidro. Enquanto escolhia um livro para ler, hesitei em o primeiro da série A Seleção. Mas eu tinha que terminar aquela série que começara.

   Deitei-me na cama e coloquei músicas de Amy Winehouse. As letras não tinham nada a ver com o que sentia naquele momento, acho. Coloquei apenas para ler mesmo. Mas confesso que algumas de suas músicas descrevem mais ou menos o que sinto.

Top 5 músicas favoritas de Amy:

             Stronger Than Me
             Rehab
             Valerie
             You Know I'am No Good
             Back to Black

   Nem vi o tempo passar, eu já estava na metade da metade do livro, quando ouvi alguém bater a porta.

   - Entre. – falei. Era Mauro.

   - Vamos? Já está na hora. – ele falou se referindo a hora de ir para o Karatê. Levantei-me, peguei o meu celular e o livro, pois queria continuar a ler no caminho. Aquele livro realmente era muito interessante.

   Entrei no carro, sentei-me no banco da frente, botei o sinto e, sem falar nada, continuei lendo.

   - Você está bem? – Mauro perguntou.

   - Sim. Estou apenas lendo. Esse livro me prendeu de um jeito, que não tenho vontade de fazer mais nada além de lê-lo. – falei.

   - Hum. Ok. Tenho uma surpresa para você. Só não sei se vai gostar, mas é para o seu bem. – ele falou. O quê? Surpresa? Odeio surpresa!

   - Odeio surpresa! Você... – comecei a falar, mas fui interrompida:

   - Shh! Se você falar mais uma palavra, e darei spoiler desse livro! – Mauro falou com um tom meio brincalhão.

   - Mas você nem leu esse livro! Não tem como você fazer isso. – falei calma.

   - Ah é? Então como sei que o Maven... – antes de ele terminar a frase, tampei a boca dele com uma das mãos para que ele não falasse o que pretendia. Ele riu depois que tirei a mão de seu rosto e voltei a ler. – Como você acha que cheguei na sua mãe? Ela estava lendo esse livro na época em que nos conhecemos. Li os livros para ter assunto. – ele concluiu. Achei engraçado que o amor que ele sente por ela (ou me faz acreditar que sente) foi capaz de fazê-lo ler um livro – dois, na verdade – para que tivessem sobre o que conversar. Pergunto-me até hoje como meus pais se conheceram, ao certo.

   Continuei a ler até que chegamos. Saí do carro e vi, do outro lado da rua, uma enorme "casa". E quando digo enorme, quero dizer muito grande mesmo. Mauro não me explicou nada do o que iria acontecer naquela academia. Apenas atravessamos a rua e entramos. Vi pessoas em rings de luta, pessoas jogando vôlei, garotos jogando tênis, pessoas fazendo Street Dance e pessoas fazendo... GINÁSTICA OLÍMPICA! Espero que Mauro não tenha me colocado nesse esporte.

   - Ah! Que cabeça a minha! Confundi handebol com voleibol. Enfim, você irá fazer vôlei no lugar de handebol, ok? – Mauro corrigiu. Assenti.

   Ginástica Olímpica me traz muitas lembranças ruins.

   No ano passado, quando eu ainda praticava esse esporte, eu era a melhor, segundo os treinadores e jurados. Por esse motivo, as outras ginastas meio que me odiavam. Aí, em uma competição super importante para a minha "carreira" – era uma competição que diria se eu era boa o suficiente para as olimpíadas –. As meninas não queriam que eu fosse, já que ganhei muitas medalhas em competições anteriores. Então, para que eu não competisse, sabotaram a trave! – é tipo um meio-fio, só que alto e com 10 cm de largura. – Quando fui me apresentar, escorreguei (elas colocaram óleo) e quebrei a perna. O pior não foi ter me acidentado. E sim o fato de elas me odiarem tanto daquele jeito, a ponto de fazer aquilo comigo. Elas poderiam ter sido mais maduras e terem treinado mais para mostrar seu verdadeiro potencial. Mas ao invés disso, se comportaram como crianças.

   O pior é que eu não passei apenas um ano sendo olhada de um jeito diferente pelas outras garotas. Elas me odiaram desde o momento que pisei no ginásio! Foram doze anos sendo odiada gratuitamente. Até os meus dez anos eu me importava. Mas depois comecei a focar mais no treino do que nas meninas. Mas foi horrível ser sempre olhada e julgada daquele jeito. Por esse motivo odeio ginástica olímpica. Ainda tenho medo de não ser aceita. Por mias que não me importe com o que as pessoas pensem ou não sobre mim. Mas tenho que admitir que é horrível ser odiada, sem ter pelo menos uma amiga para passar por isso com você.


Notas Finais


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O próximo capítulo está sendo produzido ;)


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