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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Jade Emotiva


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


Mais um capítulo ;)
P.S.: foto do capítulo:: Jade (Jade Picon)

Capítulo 17 - Jade Emotiva


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Jade Emotiva

- Bom, agora que você já sabe a matéria, vou jantar. Licença. – Joseph falou saindo do meu quarto.
   - Ok. Daqui a pouco estou indo também. E obrigada por me ajudar. – falei. Ele assentiu e saiu pela porta.
   Uns sete minutos depois de ele sair chegou uma mensagem de Rafael.
         "Oi, maninha. Fiquei sabendo do que aconteceu. Desculpa por não ter entrado em contato antes. Eu estava ocupado, na aula de tênis, que a propósito, infelizmente não é no mesmo lugar que você pratica esportes. Amanhã passo aí na sua casa para irmos juntos para o colégio. Aí conversamos melhor. Beijos. Te amo muito.".
   Fazia muito tempo que não recebia mensagens assim de Rafael. Gostei bastante. Respondi com um emoji de coração. Desliguei o computador e fui preparar meu jantar. Fui com a roupa que estava. Do mesmo jeito que estava. Ah! E você não ouviu (leu) errado. Eu mesma irei preparar o meu jantar. Sei lá. Me sinto mais segura de que vou comer algo que eu realmente goste.
   -Boa noite. – falei ao me deparar com as pessoas na mesa jantando. Mas nem olhei para seus rostos. Apenas me direcionei para a cozinha, arregacei as mangas do casaco e comecei a fazer o meu jantar.
   Resumindo o meu jantar: arroz integral, carne de soja, brócolis, alface e tomate. Comi lá na cozinha mesmo. Coloquei a louça suja na pia e fui para a sala com uma sobremesa. Sorvete de creme – meu favorito – com calda de chocolate e castanha.
   - Ei, ei, ei! Aonde você pensa que vai com esse sorvete? – Ashley falou. Olhei para trás e vi que todos estavam sentados a mesa comendo a sobremesa.
   - Pra sala. – falei como se não fosse óbvio.
   - Nada disso! Nada de comida na sala! – ela falou. Olhei para Mauro com a esperança de que ele me permitisse ir. Mas ao invés disso, ele falou:
   - Ela está certa. – seu tom de voz era sereno. Revirei os olhos e sentei-me a mesa bufando.
   Ashley me olhava com ódio e, quando percebia, mandava beijinhos e piscadelas irônicas para ela. Isso a fez ficar irada. Foi hilário. Joseph e Mauro tentavam conter as risadas, mas às vezes deixavam escapar uma risada ou outra. Eu realmente não entendo esse ódio dela por mim. Talvez, para ela, eu seja algo parecido com um caminho de Mauro ir de volta para minha mãe. Acabei o sorvete e saí. Isso mesmo. Sem pedir licença. Sou muito rebelde! Tá, ok. Isso não foi uma atitude de rebeldia. Foi apenas um comentário sarcástico. Deus! Onde está o senso de humor das pessoas? Quanto drama, Jade. Dramática, eu? Imagina!
   - Não vai pedir licença, Jade? – Ashley falou. Deus, o que eu fiz para merecer essa mulher no meu pé?
   - Não, não vou. – falei com um sorriso irônico nos lábios e subi as escadas.
   Olhei para o relógio que fica no corredor, a caminho de meu quarto, e vi que ainda eram 20h37min. Então, ao invés de ir para o meu quarto, resolvi jogar videogame. Lá, no segundo andar, há uma TV para jogar. Resolvi me distrair jogando. Coloquei GTA V. É um jogo atrasado, considerando que estamos em 2030. Já tem vários outros, mas prefiro esse. Faço parte da pequena porcentagem de pessoas que, ao jogar GTA, realmente realiza o que as fases pedem ao invés de ficar perambulando no mapa roubando carros. E, em pouco tempo, já estava na quinta fase.
   - Ei! O que você está fazendo? – Josh falou. Não sei dizer se ele estava bravo ou admirado.
   - Jogando. Já estou na fase cinco. Joga comigo. – o convidei vendo que o notebook estava ao meu lado. Ele assentiu e se sentou ao meu lado para jogarmos. Fomos até a fase dez. Quando olhei para o relógio, vi que eram 22h43min.
   - Bem, ta ficando tarde. Amanhã a gente zera o jogo. – falei.
   - Ok. Boa noite, maninha. – Josh falou. Seu tom de voz era sarcástico ao dizer "maninha". Fui para o meu quarto, peguei minha mochila e arrumei os materiais do dia seguinte. Fui ao banheiro e escovei os dentes. Depois, me joguei na cama, mas não consegui dormir de imediato como acontecia quando morava com minha mãe. Fui dormir mesmo mais ou menos 01h07min da manhã.
   Acordei, mas dessa vez, sem muito sono. Fui ao banheiro tomar banho. Por mais que estivesse sem sono, eu estava cheia de preguiça. Liguei o chuveiro e deixei a água quente bater em meu corpo. Saí do banho depois de uns quinze minutos. Coloquei uma calça jeans azul escura – por incrível que pareça, sem rasgos dessa vez –, um All Star preto surrado e uma blusa cinza, escrito Back in Black – sim, é do AC/DC. Peguei minha mochila e desci as escadas. Antes de colocar minha mochila em algum cantinho da cozinha para que pudesse tomar meu café da manhã, ouvi alguém tocar o interfone.
   - Quem é? – perguntei atendendo o interfone.
   - É o Rafa! – ao ouvir a voz de Rafael, abri um baita sorriso. Ainda muito sorridente e radiante, apertei o botão para abrir o portão e fui até lá recebê-lo.
   - Bom dia, maninha! – ele m cumprimentou radiante e me dando um dos melhores abraços.
   - Bom dia! Veio tomar café aqui? – perguntei animada enquanto nos dirigíamos à cozinha.
   - Sim. – ele falou como se não fosse obvio. Ri um pouco. Pedi para Lucy, a ajudante, colocar mais um prato na mesa. Dessa vez, eu fui a primeira a sentar-me a mesa da casa.
   Rafael e eu já estávamos quase acabando nosso café, quando Ashley desceu as escadas com o seu magnífico bom humor.
   - Madrugou para tomar seu café mais cedo, Jade? – ela debochou. Fingi não ouvir, continuando minha conversa com Rafael sobre mangás, e para irritá-la ainda mais, ficamos conversando em português. Funcionou.
   - Ei! Estou falando com você! E fale minha língua! – ela falou completamente irada após ser ignorada por uns dez minutos. Resolvi atender seu pedido.
   - Rafael, é impressão minha, ou tem mais alguém aqui além de nós dois? – falei, em inglês, ainda ignorando completamente a presença de Ashley. – De qualquer forma, vamos para escola! Antes que eu enlouqueça com essas vozes. – concluí. Rafael riu e pegou minha mochila e me entregou. Fomos a pé para o colégio.
   - Como você consegue suportar aquela mulher? Pelo pouco tempo que fiquei lá deu pra perceber que ela é uma grande pedra no sapato. – Rafael falou enquanto andávamos.
   - Bom, acho que nem eu sei. Tento ignorá-la o máximo que posso. Enfim, posso te fazer uma pergunta? – falei mudando de assunto, me lembrando de algo importante.
   - Se estiver ao meu alcance de respondê-la. – ele falou.
   - Seu pai te falou sobre o porquê ele e Mauro nos abandonou? – disparei a pergunta.
   - Sim. – Rafael falou de imediato. – Seu pai foi a uma festa e acabou traindo a sua mãe e engravidando outra mulher, mas não foi culpa dele. Ele estava muito alterado por culpa de um amigo, que havia batizado todas as suas bebidas. O pai dessa mulher era militar, e disse que se seu pai não se responsabilizasse, iria mandar matá-lo. Mas seu pai não queria morrer, não antes de te pegar no colo e ouvi-la dizer "papai". Você não sabia dessa história? – falou Rafael.
   - Sim. Eu sabia. Mauro já me contou. – falei. Rafael me olhou como que dissesse "se já sabia, por que me perguntou?". – Olha, não quero colocar pulga atrás da sua orelha, mas, eu estava pensando...
   - Você pensa? – Rafael debochou me interrompendo. Dei um empurrão nele. Rimos. – Enfim, como eu ia dizendo, sem querer criar discórdia, Mauro teve seus motivos para me abandonar. Mas... E Mikael? Seu pai. Qual foi o motivo dele para te deixar? – perguntei hesitando e pensativa.
   - Bem, isso ele não me falou. Vou perguntar a ele mais tarde. – Rafa falou pensativo.
   Depois desse breve diálogo, e uns instantes de silêncio, mudamos de assunto.
   - Temos um show semana que vem! No sábado, às 20h00min. – ele falou empolgado.
   - Sério? Que ótimo! Estava mesmo precisando de algo para me distrair. Onde vai ser? – perguntei animada.
   - Bem, isso eu ainda não sei. Mais sei que vai ser maravilhoso! – ele falou super empolgado.
   Chegamos no colégio. Fomos direto para a sala de aula. Quer dizer, eu fui. Rafael encontrou um de seus amigos no caminho. Entrei na sala e me sentei em meu lugar, no fundo. Peguei meu celular e os fones, os coloquei e apertei o play na ordem aleatória das minhas músicas. A primeira música foi – não é rock, mas mesmo assim gosto dela. Mas nem sei o que ela estava fazendo ali – Without You do David Guetta com o Usher. De imediato a minha mente projetou a imagem da minha mãe e a de meu avô. O pior de tudo é que a letra da música tem tudo a ver com os dois e com os meus sentimentos por ambos.
      Trecho:
Eu não posso vencer, eu não posso reinar
Eu nunca ganharei este jogo sem você
Estou perdido, eu sou inútil
Eu nunca serei o mesmo sem você
Sem você

   Lágrimas brotaram em meus olhos. Um filme de todos os tempos felizes que passei com a mamãe e com o vovô em minha mente.
   - Você está bem? – ouvi uma voz masculina falando. As lágrimas rolaram, impedindo-me de ver quem era o dono da voz. Senti algo, uma mão, acariciar meu rosto limpando as lágrimas. – Princesa, não chore. – a mesma voz falou envolvendo-me em seus braços, abraçando-me. Escorei minha cabeça em seu tórax e desabei. A pessoa levantou meu queixo delicadamente. Pude ver quem era. Joseph. – Ei. Não chore. – ele insistiu.
   - Dói muito. – foi a única coisa que consegui falar.
   - Calma princesa. Vai ficar tudo bem. Seja lá o que esteja acontecendo. – Joseph falou acariciando minha cabeça, enquanto ela estava apoiada em seu tórax olhando para o nada pensando em várias coisas ao mesmo tempo. Não tive forças para falar que não era para me chamar de princesa. Sério. Odeio quando me chamam assim. – Tive uma ideia. Vamos até o jardim. Lá você espairece. – ele falou tentando me por pra cima. Concordei. Ele me ajudou a levantar.
   Fomos até o jardim, abraçados, já que eu mal conseguia andar direito. Aquela tristeza estava acabando comigo de uma maneira horrível. Chegamos. Sentei-me ao tronco da grande árvore que fica no centro do jardim. Joseph sentou-se ao meu lado. Apoiei minha cabeça em seu ombro. As lágrimas foram cessando aos poucos. Até que se tornaram escassas, e eu olhando para o nada, com a mente gritando.
   - Você está passando bem? Quer que eu te leve a enfermaria? – Joseph finalmente falou.
   - Não. Não é necessário. Estou bem. Pelo menos é o que acho. – falei.
   - O que você sente? – Joseph perguntou.
   - Saudades. Tristeza. Tudo misturado. – respondi. Olhei para o relógio, que estava em meu pulso esquerdo, e vi que faltava um minuto para que o sinal tocasse anunciando o início da primeira aula. – Vamos. Faltam menos de dois minutos para o sinal tocar. – falei. Joseph se levantou primeiro. Estendeu as mãos para me ajudar a levantar. Peguei suas mãos. Do jeito que ele me puxou, suas mãos pousaram em minha cintura e, as minha em seu peitoral.
   Nossos olhos se encontraram meio confusos com tudo o que tinha acontecido, imediatamente. Nos olhamos por alguns instantes. Seus olhos se desviaram para a minha boca. Sem minha permissão meus olhos fizeram o mesmo. Direcionaram-se para sua boca.
   Nos beijamos.


Notas Finais


O que acharam? Fortes emoções não é mesmo? Deixem suas opiniões aqui nos comentários ;)
Até o próximo capítulo


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