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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Redação


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


Capítulo novo!!!
P.S.: foto do capítulo:: Joseph porque sim :p (Shawn Mendes)

Capítulo 18 - Redação


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Redação

Suas mãos passaram de minha cintura para o meu rosto, acariciando-o de leve.
   Enquanto nos beijávamos, senti algo estranho. Um estranho bom. Como se o meu cérebro me dissesse que aquilo era o paraíso. Mas eu não podia permitir o meu cérebro pensar assim. Por mais que estivesse bom. Eu não podia. Por isso, tomei uma decisão. Escapei do beijo. O sinal já tinha tocado há uns dois minutos ou mais. É. Acho que nos beijamos por tempo demais. Foi um ótimo pretexto para fugir daquela "encrenca" boa.
   - Hum. É. Temos que ir. – falei meio sem graça.
   - É. Temos. – Joseph falou. Seu tom de voz era meio constrangido, acho. Fomos para a sala de aula. Andando, não nos apressamos. Ficamos andando com aquele silêncio constrangedor. Bati na porta da sala. A professora a abriu.
   - Posso saber o motivo do atraso de vocês dois? – a professora perguntou com uma de suas sobrancelhas arqueadas. Pense Jade. Pense! Você não pode fala "Ah! Oi, professora! Chegamos atrasados porque estávamos nos beijando!". Então pensei rápido e falei:
   - Eu estava a caminho, mas aí veio uma cólica muito forte! Tão forte que cheguei a chorar. – falei para disfarçar meus olhos vermelhos já que, de fato eu havia chorado muito – Eu mal conseguia andar. Aí encontrei Joseph no caminho e ele me levou até a enfermaria. – conclui. Joseph soltou um suspiro aliviado, mas foi discreto.
   - Ok. Podem entrar, e nem mais um pio. – a professora falou. Entramos e nos posicionamos em nossas carteiras.
   Depois, as aulas fluíram normalmente. Chata. As aulas foram de matemática e física. Quer coisa pior do que isso? O sinal bateu e fomos para o recreio.
   - Até que enfim! Recreio! – falei saindo da sala junto a Melissa.
   - Não é recreio! É intervalo! – uma voz feminina me corrigiu. Olhei para trás e vi que era Halsey. Seu tom de voz era completamente arrogante.
   - Garota, se eu quiser chamo de Josefina Gatona! – falei debochando. Halsey fez cara feia e saiu rebolando. Atitude típica dela.
   Melissa e eu fomos até o refeitório para que ela pudesse comprar seu lanche. Eu havia levado de casa. Uma ameixa. Ela comprou uma vitamina, a mesma de ontem. Saímos do refeitório e fomos para o jardim, o local onde eu havia chorado muito e beijado Joseph. Aquela cena passou pela minha cabeça de novo.
   - Ei! Acorda! Esta dormindo acordada? – era a voz de Melissa me tirando daquela espécie de transe.
   - Posso te falar algo? – falei. Eu precisava falar aquilo para alguém, mas não para me gabar, longe disso, e sim para desabafar. Melissa parecia ser o alguém prefeito para isso.
   - Claro! – ela falou com toda a certeza do mundo.
   - Promete que não vai contar pra ninguém? – perguntei meio insegura.
   - Prometo de pé junto! Acho que o correto é juro de pé junto. Mas dá na mesma. Prometo que não irei contar a ninguém.
   - Joseph e eu nos beijamos. – disparei a informação. Automaticamente Melissa levou sua mão à boca para não gritar, acho.
   - Sério? Mas... Mas como? Como aconteceu? – Melissa perguntou sem conter a curiosidade. Contei a ela, timtim por timtim, enquanto andávamos pelo colégio.
   - Shippo muito! – foi o que Melissa falou, completamente animada.
   - Não! Não shippe! – falei sem graça. – Aconteceu porque eu estava frágil no momento, acho. – argumentei.
   - Mas ninguém beija sozinho! O que um não quer dois não fazem. – ela argumentou.
   - Frase feita em pleno século XXI? Fala sério. – falei tentando desviar do assunto. Senti alguém cutucar o meu ombro. Me virei imediatamente para ver quem era. Joseph, mais uma vez Joseph. Para ser sincera, não sei o que estou sentido por ele agora. Não sei se é raiva por ele ter me beijado, e não sei se gosto dele por ter me beijado.
   - Er... Oi. Eu queria falar com você. – ele falou meio tímido. Percebi que Melissa estava se afastando de fininho. Ao perceber que notei sua saída, ela falou:
   - Bem, tenho que fazer uma ligação para a minha avó. E vou deixá-los a sós. Deve ser em particular. Licença. – me deu uma breve vontade de socar a cara dela. Poxa. Que amiga é essa?
   - Ok. Hum. Pode falar. – eu disse meio sem graça. Será que é assim que dois amigos se comportam um com o outro depois de se beijarem?
   - Podemos ir andando? – ele falou. Assenti. – Bem, eu queria te chamar para ir ao cinema comigo. Vai passar um filme maneiro. – gelei.
   - Sem querer ser indelicada, claro. Mas, você está me chamando para irmos ao cinema por causa do beijo? – disparei a pergunta, mas hesitando. Ele soltou um leve sorriso. Senti minhas bochechas queimarem.
   - Não. Não. Fique tranquila. Não vou te beijar de novo. A não ser que você queira e me permita. – ele falou com um sorriso sacana, mas hesitando um pouquinho. Senti meu coração derreter. Não! Isso não! – Tanto que quando cheguei perto de você hoje mais cedo, quando estava aos prantos, a minha intenção era, justamente, chamá-la.
   - Ok. Qual filme nós vamos assistir? E quando será? Porque no sábado da próxima semana não posso. Tenho um show para fazer. – falei enquanto ainda andávamos.
   - O filme é de terror – respirei aliviada, pois não haveria romance e muito menos beijos – e se chama Felicidade Demoníaca (N/A: não, esse filme não existe. Apenas inventei o nome.). É sobre palhaços. – ele falou. Gelei. As coisas que mais tenho medo são: escuro e palhaços. Corrigindo: tenho medo de o que o escuro pode esconder (apesar de que prefiro a noite do que o dia, e prefiro cores mais escuras a cores claras). E palhaços, por motivos de nem sempre eles nos querem sorrindo. Às vezes nos preferem sendo torturados. Sei lá. Sou um pouco, talvez muito, paranóica.
   - Palhaços? Adoro filmes de terror, mas PALHAÇOS? – falei com um tom de voz meio desesperado.
   - Você tem medo de palhaços? Sério? – ele falou debochando.
   - Sim. E não é nem um pouco engraçado. – falei.
   - Qualquer coisa, você pode me abraçar se sentir medo. – ele debochou mais uma vez. Sorrindo bem mais do que antes.
   - Bobo. – falei dando um leve empurrão nele. – Mas sim, eu topo ir com você ao cinema. Quem sabe eu não perco o medo? Ou tenha um ataque de vez e fique mais paranóica ainda, achando que palhaços macabros estão me perseguindo e querendo me matar para arrancarem meus órgãos e vendê-los no mercado negro. – falei rindo, mas com um verdadeiro arrepio, com medo de que aquilo realmente acontecesse.
   - Nossa! Enfim, será nesse sábado às 15h45min. Ok? –Joseph falou. – Bem, agora tenho que ir. Até depois, já que não temos aula de Literatura juntos. – ele concluiu. Assenti e voltei para a sala, poucos segundos antes de o sinal bater anunciando o fim do recreio.
   Fui para o meu lugar e a professora chegou.
   - Bom dia, alunos! – ela falou. Poucas responderam, e eu fui uma delas. – Alguém conhece William Shakespeare? – ela perguntou dando início a aula. Eu e mais cinco pessoas levantamos uma das mãos, afirmando já ter ouvido falar de tal autor. – E de Romeu e Julieta? Já ouviram falar? Já leram? – ela perguntou. Rafael, Melissa e eu levantamos uma das mãos.  – Apenas três pessoas? Sério isso? Bem, vejo que os novatos já leram, e a proposto, bem vindos! – ela disse radiante. – Bem, Jade. Não é? – ela falou se dirigindo a mim. Afirmei com a cabeça – Conte-me o que você entendeu ao ler o romance Romeu e Julieta.
   - Quando li o livro, entendi que os Montecchios e os Capuletos, famílias dos protagonistas Romeu e Julieta, cultivavam uma intensa rivalidade. Romeu e Julieta, filhos únicos desses clãs poderosos, se apaixonam e decidem lutar por esse sentimento. Os dois se conhecem em uma festa feita pelo líder dos Capuletos, pai da jovem. Romeu, obviamente, não fora convidado, mas acreditando estar apaixonada por Rosaline, uma das moças presentes no evento, vai à festa disfarçado. Quando se depara com Julieta, seu coração bate mais forte. Depois acontecem outros fatos que deixam a história mais emocionante. Cujo não me recordo no momento porque faz muito tempo que li o livro. No final, Julieta forja sua morte para não ter que se casar com um cara, Páris. Ao vê-la "morta", Romeu se mata. Pois não sabia que ela estava apenas, digamos, em um sono profundo. Ao acordar, ela vê que Romeu está morto e, com um punhal roubado de Romeu, se mata. E abalados com a tragédia, as duas família rivais se reconciliam definitivamente. – falei.
   - Uau! Ótimo resumo! – falou a professora. – Turma, quero que produzam uma redação, de no mínimo 20 linhas, de um romance onde vocês são a personagem principal e que está narrando a paixão vivida.
   - Amor e eu na mesma frase? Nem em redação. – pensei alto.
   - Por que, Jade? – a professora perguntou.
   - Por que o que? – perguntei confusa.
   - Por qual motivo amor e você na mesma frase, nem em redação?
   - Porque não acredito no amor. Pra mim isso é uma grave doença menta, como Platão disse, E seria inconveniente da minha parte pregar algo que não acredito. – argumentei.
   - É uma pena você pensar assim. Mas independentemente da maneira que você pensa sobre o assunto, terá que fazer o texto que estou pedindo. – ela falou. Seu tom de voz era calmo. Dei de ombros e tentei fazer a redação. Acho que me saí bem.
   Deve estar se perguntando o porquê eu falei aquilo de amor, e ainda por cima, em voz alta. Estou tentando me convencer de que aquilo é verídico. Não sei o que está acontecendo comigo. Depois daquele beijo estúpido, não paro de pensar naquele momento. E dizer em voz alta que não acredito no amor era uma das maneiras de me convencer de que tal assunto é uma futilidade tremenda. Uns trinta e sete minutos se passaram de a professora falou:
   - Pessoal, não darei mais tempo. Vocês já estão grandinhos demais para demorar mais de vinte minutos para fazerem uma redação. – seu tom de voz era calmo – Vou escolher algumas pessoas para lerem. Hum... Jade! Venha aqui na frente ler seu texto. – ela me convidou. O que ela tem comigo? Por que eu? Assenti e me levantei com o caderno em mãos. Fui até lá e li minha redação.
         Texto:
            Você fez falta
    ' Faltam sete dias para que eu complete 16 anos. Meu pai, o rei, faz questão que eu entre no salão de festa do castelo acompanhada. De um garoto. Nada contra garotos. Tanto que sou irmã mais nova entre dois garotos. Mas meu pai disse que esse garoto que terá de me acompanhar, infelizmente, não pode ser nem um de meus irmãos.
      Resolvi ir até o jardim pensar sobre aquela situação. "Olá, bela moça.", falou um rapaz de boa aparência. "Olá, cavalheiro.", respondi. "O que faz uma bela dama a só neste belo jardim?", ele perguntou. "A procura de um belo cavalheiro que possa acompanhar-me em meu aniversário, talvez.", falei. "Bem, talvez eu, Príncipe James, possa acompanhar vossa senhoria.", ele propôs. "Talvez sim, talvez não.", falei com um tom de mistério. Ele sorriu.
      Continuamos a conversar e marcamos de nos encontrarmos mais vezes. Esses "encontros" duraram três dias. Depois que afirmei a ele que era o escolhido para acompanhar-me em meu aniversário, James sumiu! Não o vi mais. Perdi as esperanças. Agora, irei passar vergonha na frente na mídia, uma vez que já fora anunciado quem seria o acompanhante.
      Faltam duas horas para que eu entre no salão, e nem sinal de James. Estou em meu quarto aguardando que me digam que está na hora de ir. Alguém bateu a porta. Ainda lendo e meio dispersa, mandei que entrasse. "James!", falei radiante ao perceber que ele, de fato, estava ali. "Achou que eu não viria?", ele falou. "Sim", respondi.
      A festa ocorreu como planejada e foi tudo maravilhoso. ' (N/A: quem sabe esse texto não vira fic hehe).
   Depois que li o texto, todos aplaudiram. Fui para o meu lugar e as palmas cessaram.


Notas Finais


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