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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Meu Mundo Foi Destruído


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


OEE PESSOINHAS QUE HABITAM AS INTERWEBS! PASSANDO AQUI PRA POSTAR MAIS UM CAPÍTULO FREXQUINHO PRA VOCÊS PORQUE EU SOU LEGAL E ESSA É A MINHA OBRIGAÇÃO NE -qq
ESPERO QUE GOSTEM E BOA LEITURA ;)
FOTO DO CAP: Jade (Jade Picon) SEI QUE VOCÊS JÁ SABEM, MAS É ISSO AÍ.
SEM MAIS DELONGAS, BOA LEITURA ;)

Capítulo 28 - Meu Mundo Foi Destruído


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Meu Mundo Foi Destruído

- Oh, acho que estou atrapalhando... Ei, espere aí! O que está acontecendo? - nos desgrudamos assustados com a voz grave de Mauro, que em sua primeira frase era mais suave. Provavelmente (com certeza), ao se lembrar de fazer seu papel de ''pai-coruja'', fez com que seu timbre ficasse mais grave em sua frase seguinte. 

- Um beijo. - respondi automaticamente. Sarcasmo, agora não!,pensei. 

- O quê? - Mauro ainda estava incrédulo, só não sei o motivo... É mais do que normal duas pessoas se beijarem, principalmente se essas duas pessoas forem adolescentes. Joseph ainda estava meio paralisado.

- Sabe quando dois lábios se juntam e... - eu realmente preciso parar com isso de sarcasmo. 

- Eu sei o que é um beijo! - ele me interrompeu. - Eu só não sabia que vocês estavam juntos.

- Mas nós... Hum... Hã... Nã... - fiquei sem ação.

- Nós estamos juntos, Senhor Gilbert! Inclusive, eu estava te procurando para contar essa novidade. - Joseph finalmente falou algo ao perceber que eu não sabia o que dizer. Valeu, Joseph! Ajudou muito! Só que não...

- Estamos? Ah, estamos! - falei com vontade de estrangular aquele garoto, que agora teria que fingir ser meu namorado toda vez que estivéssemos na frente de Mauro. Era para ser algo sem compromisso, e agora estamos ''namorando''. Droga.

 Mauro saiu do quarto meio confuso. Ao ter certeza de que ele já não estava mais por perto, dei um tapa no braço de Joseph.

- Ai! O que eu fiz? - ele perguntou.

- Tem certeza de que não sabe? - o olhei bem no fundo de seus olhos. Acho que foi mais assustador do que eu queria.

- Ok, fiz besteira. Mas veja pelo lado bom! Estamos namorando. - ele falou ironicamente animado. Me deu um selinho e saiu do meu quarto.  

Triiim

Foi o barulho que meu celular fez. Era uma mensagem de meu avô.

''Boa noite, querida. Como vai? Eu queria te chamar para irmos tomar açaí amanhã depois que você saísse do colégio. Daí eu te busco amanhã na escola, ok? Ah! Momento reflexão: a felicidade está onde nos sentimos seguros. E estamos seguros nos braços de quem amamos. Te amo, querida!'', é o que a mensagem dizia. Meu avô coloca esse momento reflexão às vezes e isso me preocupa um pouco por algum motivo. Sinto uma sensação ruim, não sei. 

Troquei de roupa e me joguei na cama. Tive pesadelos. Foi bem terrível. Mas me assustei mais ainda quando vi que Joseph estava em cima da minha cama com uma expressão de preocupado.

- Ei, você está bem? Ouvi os gritos de lá do meu quarto. - ele disse ao notar que eu havia acordado. 

- Não, não estou. Sonhei que eu e minha família estávamos em um jatinho e ele caiu no mar. E eu não sei nadar muito bem e tenho medo da água. E quando se tem essa ''fobia'', sonhar que está se afogando é horrível. Sem contar que vi a minha família morrer da mesma maneira. - falei assustada.

- Calma, princesa. Estou aqui e está tudo bem, ok? - eles disse me abraçando. Ele meio que se sentou ao meu lado e me debrucei em seu tórax enquanto ele ainda me abraçava. Foi bem melhor dormir daquele jeito. Me senti mais segura. 

 A noite sucedeu mais tranquila e, ao acordar com o barulho do meu despertador, notei que Joseph já tinha saído. Me senti um pouco desprotegida com a ausência dele. Provavelmente estava desconfortável pra ele. Tomei um rápido banho, me vesti, peguei minha mochila e fui a caminho da cozinha. 

- Está melhor agora? - Joseph disse ao me ver no corredor de nossos quartos.

- Acho que sim. - fiz um sorrisinho.

- Ótimo. - um sorriso maior esboçou-se em seus lábios. Foi bom ver seu sorriso logo de manhã.

Desci a escada e peguei apenas uma maçã. Fui andando até a escola. 

As aulas passaram voando. Quase nem percebi.

- Ei, maninha! Tá na hora de irmos pra casa. - Rafa disse estalando os dedos na frente de meu rosto, como se fosse para que eu saísse de uma espécie de transe. 

- Vamos. - falei.

- Você está estranha. - ele disse enquanto saíamos da sala.

- Não. Eu tô ótima. - falei. Eu realmente estava ótima, só que sentia algo estranho. 

- Estranha. - o ignorei. Continuamos a andar, até que chegamos no jardim da entrada do colégio e meu avô não estava lá. Isso é mais estranho do que eu, ele nunca se atrasa. Liguei para ele, mas só dava caixa postal.

- Venham. - Mauro surgiu em seu carro. 

- Mas meu avô iria me buscar hoje.- falei atravessando a rua junto a Rafael.

- Só entrem, por favor. - ele disse com um tom de voz calmo. Pude sentir uma ponta de tristeza também. Entramos no carro e ficamos em silêncio, até que chegamos na porta da casa do meu avô e Mauro parou  carro.

- Por que paramos aqui? - Rafa perguntou. Mauro se virou devagar e nos deu a pior notícia que eu nunca esperava ouvir. Pelo menos não agora.

- Eduardo Müller foi assassinado essa madrugada. 

Senti meu mundo desmoronar. Meu mundo caiu. Agora só conseguia ver tristeza e escuridão. Uma das pessoas que me trazia luz e alegria já não estava mais entre nós. Ele foi assassinado. Está morto. Isso me entristece profundamente. Senti tudo rodando, escurecendo e as lágrimas rolando.

Acordei em meu quarto. ''Foi só um sonho'', pensei aliviada.

- Ei, princesa. Você está bem? - Joseph disse adentrando o quarto com rapidez e se sentando ao meu lado na cama.

- Estou. Por que eu não estaria? - perguntei confusa.

- Bem, você está lidando com a morte de seu avô de um jeito diferente do que eu pensava. - ele disse com a voz carregada de preocupação.

- Não era um sonho. - pensei em voz alta. - Meu Deus. - as lágrimas voltaram de novo, com mais intensidade. 

- Ei, estou aqui. - ele disse me abraçando de novo. Foi como se aquela cena em que eu estava chorando na sala de aula se repetisse. Me permiti chorar até não aguentar mais, pois senti segura nos braços de Joseph. 

Você não tem ideia do tamanho da minha tristeza. Por mais que eu não tenha passado tanto tempo da minha vida com o meu avô, sentia um ligação muito forte com ele. Como se eu e ele fôssemos a mesma alma. Eu o amava muito, e ainda amo. Mas não saberei lidar com a perda. Foi tudo muito rápido, ninguém esperava, eu não esperava. 

- Jo, você sabe como ele foi assassinado? - perguntei entre soluços. Ele deu um longo e sofrido suspiro e acariciou meu rosto de maneira delicada.

- Foi com um tiro de Calibre 38 na garganta, é o que estão achando. - ele disse hesitando. Mais lágrimas brotaram.

- Posso ficar sozinha por um instante? - pedi. Ele hesitou mais uma vez, mas cedeu. Me deitei em posição fetal e desabei de novo. ''Eu nem me despedi'', pensei repetidas vezes. ''Só queria que minha mãe estivesse aqui. Ela saberia o que fazer''.

- Filha, trouxe comida pra você. - Mauro disse entrando em meu quarto com uma bandeja que havia um sanduíche de queijo e suco de morango natural. Meu lanche favorito, mas eu estava sem fome.

- Obrigada, mas estou sem apetite. - falei me levantando e desfazendo a posição fetal. Reconheci seu esforço, ele, como todo pai, não queria ver sua filha chorando. A queria feliz, radiante como costumava ser aos 7 anos. Mas tudo mudou. Nunca voltarei a ser aquela Jade. 

- Jade, já são mais de cinco da tarde e você nem almoçou. Fiz com carinho pra você. E se não comer, vai ter que fazer uma visitinha ao hospital. - ele disse se sentando na cadeira da minha escrivaninha. Soltei um suspiro e mordi um pedaço do sanduíche e tomei um gole do suco. Não estava ruim. Estava bom, até.

- Posso te pedir uma coisa? - falei, enquanto comia e ele me assistia, ao me lembrar de algo.

- Claro. 

- Você poderia comprar uma sapatilha com ponta de balé pra mim? 

- Sim, você vai voltar a fazer balé? - ele perguntou um pouco mais animado. Acho que a morte de meu avô também mexeu com ele.

- Por enquanto, só irei reviver meus antigos espetáculos. Dançá-los novamente naquela área da casa que é bem aconchegante mas ninguém usa. - ele deu um leve sorriso.

- Sim, faça isso. Bem, vou ir lá comprar as sapatilhas. Me mande as informações do tipo: cor e tamanho por mensagem, ok? - ele falou se levantando finalmente. Depois de comer, fui para a banheira e por lá fiquei chorando mais um pouco. 

Depois que Mauro saiu do meu quarto, resolvi ir para a área da piscina e ficar lá pensando na vida, na minha vida que até agora só aconteceu desgraças. Depois que vim para Home Sweet Home, nada de bom me aconteceu, com a exceção das pessoas que conheci. Mas nada me distrai da morte de meu avô. Ainda dói muito.

Meu mundo foi destruído. 


Notas Finais


E AÍ? GOSTARAM? DEIXE NOS COMENTÁRIOS ;( #LUTO E SORRY, MAS FOI NECESSÁRIO ;(


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