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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Como você pôde?


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


CAPS PEQUENOS DESCULPA AAAAAAAAHH

Capítulo 36 - Como você pôde?


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Como você pôde?

- Diga. - o detetive me apressou.

- Um tempinho atrás meu avô colocou uma câmera de segurança na cozinha pra poder ver quem andava pegando comida na geladeira durante as madrugadas. A câmera ainda está lá, e é possível ver as imagens através de um aplicativo. Tendo isso em mente, o fiz. Consegui ver a assassina...

- A assassina? - minha tia me interrompeu. Assenti.

- Pelo o que vi, tenho quase certeza absoluta de que é uma mulher. É canhota. - afirmei. - E se eu estiver certa, essa mulher pode ser Ashley, a esposa de Mauro. - tia Maju levou a mão à boca, um pouco surpresa. Pegue meu celular e mostrei aos dois as imagens que a câmera registrou.

- Tem como me enviar essas imagens? - Elliot, o detetive, perguntou. - Tenho que analisá-las. - assenti. - Bem, tente descobrir se Ashley é mesmo canhota e nos avise o mais rápido possível. 

- Ok. E muito obrigada por estar nos ajudando. - agradeci.

- De nada. É esse o meu trabalho, ajudar pessoas. - ele disse com um sorriso. Seus olhos castanhos brilham ao sorrir. Tia Maju e Elliot foram embora e eu fiquei com a missão de descobrir se minha madrasta é mesmo canhota.

...

- Ashley, tem como você assinar isso aqui? É uma prova do colégio e preciso que algum adulto assine. Já que não encontrei Mauro, creio que a escola aceitaria que você assinasse. - falei me aproximando de mansinho dela.

- Claro. Tem uma caneta? - ela disse com um sorrisinho.

- Na verdade não. Todas as minha canetas simplesmente desapareceram. Não faço a mínima ideia de onde estão. - falei sorrindo. Essa mentira foi fácil. Ela deu uma leve gargalhada.

- Dentro da gaveta do criado-mudo, no meu quarto tem algumas. Se quiser pode pegá-las pra você. - que serzinho gentil... Fui até seu quarto. De cara reconheci o sobretudo pendurado, os óculos em cima da pia do banheiro e ao abrir a gaveta do criado mudo encontrei as luvas de grife prateadas. É ela. A não ser que ela não seja canhota. Peguei a caneta e voltei onde ela estava, no sofá do segundo andar lendo sua revista de maquiagem. 

- Achei. - falei entregando a caneta a ela. Ela assinou e ela é... Destra.

Destra?!

- Obrigada. - tentei disfarçar que estava desapontada. Fui para meu quarto e avisei minha tia da descoberta.

Lágrimas quentes de ódio desciam por minhas bochechas. Creio que parte delas é mais de frustração do que ódio. Quem pôde matar um homem bom como ele?

Resolvi assistir algum seriado pra tentar me distrair, mas meus olhos não se secaram, as lágrimas ainda estavam ali, insistentes. No segundo em que parei o episódio para respirar fundo e secar o rosto, alguém bateu a porta. Apenas falei o bom e velho ''entre!". Para a minha surpresa - e não surpresa, ao mesmo tempo - era Joseph. Incrível como ele sempre sabe quando estou precisando de seu ombro para me acabar em choro, ou em risadas. 

- Ei. - ele disse com uma voz doce. Acho que já está acostumado a entrar em meu quarto e me ver chorando. Por isso, fez o que sempre faz: me abraçou e me deixou desmoronar nele. Ele sempre está por perto quando eu mais preciso. - Não vou dizer nada pra te deixar pra cima, porque a dor precisa ser sentida. Você tem que chorar. Tem que ter seus momentos de luto. Seja lá o que estiver se passando dentro da sua cabeça ou no seu coração, saiba que vai passar e tudo vai ficar bem, ok princesa? - ele me consolou. Apenas assenti. - Por que não toma um banho, pra daqui a pouco fazermos um chocolate quente com morangos, chantilly... Sei que você gosta. - ele sugeriu. Apenas assenti de novo. Nada iria sair da minha boca, a garganta estava seca, e nada de bom iria sair. A não ser o palavrões de raiva e frustração.

Me separei dele e fui para o banho, ele fez o mesmo. Não foi um banho tão longo quanto os que costumo ter, não queria que Joseph ficasse muito tempo me esperando. Vesti um blusão, que era dele que uma vez eu o ''roubei'' risos.

Depois de me trocar, abri a porta do quarto e ele estava lá a minha espera. Sorriu ao me ver com sua blusa.

- Então foi aí que minha camisa do time foi parar, né. - ele abriu um sorriso mais largo, que me fez sorrir também. - Gosto mais de te ver sorrindo do que chorando. - ele pensou alto.

- Queria muito ter tantos motivos para sorrir o tempo todo, mas acho que o tempo todo é muita coisa. - foi a única coisa que saiu e que seria mais educado a dizer. Mas na minha mente a resposta era algo parecido com sou uma infeliz, é impossível ter motivos para sorrir quando você perde seu avô, alguém mais próximo de uma figura paterna que tive na minha vida inteira, e nem saber quem o tirou de mim. Ele ficou meio sem graça, mas deixei passar. Entendo seu lado. ''Tentando fazer minha namorada feliz, mas não consigo. Isso me deixa mal''. 

Me diverti bastante fazendo o chocolate quente com Jo, nos sujamos, sorrimos... Eu preciso mesmo desses momentos de distração. 

...

Adormeci rapidamente e acordei mais rápido ainda. Mas acordei com barulho de uma discussão.

- Você vai terminar com ela. - não consegui decifrar de quem era voz.

- Mas eu a amo. - Joseph?!

- Pare de bancar o adolescente apaixonado! Sei que você nem a admirava, nem pensava em chegar perto dela. Só a achava bonita. Foi só te oferecer uns vinte dólares que você começou a se engraçar pro lado dela. - ainda não decifrei a voz.

- Não foi bem assim! Já conhecia o trabalho da Jade, já a admirava. - ele começou a se explicar. 

- Mas faz parte do acordo: você namora ela por um determinado tempo e quando eu  quiser você iria terminar. - nada de decifrar a voz.

- Ok... Talvez eu termine.

- Você vai!

Lágrimas brotaram em meus olhos. Como ele pôde querer ficar comigo por vinte dólares? A maçaneta se mexeu e em seguidas batidas firmes, mas sempre tranco a porta antes de dormir.

- Jade. - a voz de Joseph falou ao me ver, depois de ter aberto a porta. - Podemos conversar?

- Não, não podemos. Como você pôde? - falei já chorando - Como se não bastasse tudo o que já está acontecendo, descubro que o meu primeiro amor é, na verdade, um imbecil que anceia por até mesmo vinte dólares. Esse é o preço que valho pra você? 

- Jade, as coisas vão muito mais além do que você ouviu. - ele estava calmo, ao contrário de mim.

- Jo, eu amei você, e você disse que me amava. Acha que a palavra amor é algo com um significado vazio que você sai dizendo para as pessoas como se fosse ''bom dia''? Tem noção de como minha cabeça está agora? Não, você não tem porque não se importa. A não ser que eu te dê uns quinze dólares e você finja se importar. - as lágrimas desciam com tanta intensidade, que nem seu rosto mais eu conseguia ver. - A única coisa que quero de você agora é distância. - ele nem tentou lutar e argumentar. Aceitou.

Desci as escadas, correndo e chorando. Fui até a garagem e peguei o skate e saí sem rumo. Quando me dei conta, já tinha andado uns três quarteirões, tudo isso sem enxergar direito. As lágrimas e a miopia me segaram de vez. 

O tempo era pra chuva. Tem coisa mais clichê do que isso? Por que sempre que estamos tristes toda a água nas nuvens depositadas resolvem cair céu abaixo? Injusto. Quando estamos tristes só queremos ver a cor viva do céu azul, sorrir e esquecer os problemas.

Cheguei em uma determinada avenida que é conhecida por ser muito movimentada. Tenho que atravessá-la, mas a chuva já está muito forte e eu não enxergo nada. Tive que ir na intuição. Peguei impulso e fui. Estava tranquilo, até eu ver um carro surgir do extremo nada e sentir uma pancada muito forte. Depois disso, de nada me lembro.


Notas Finais


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BYE


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