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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Te odeio, mas te amo


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


OI
BOA LEITURA
ESPERO QUE GOSTEM :))

Capítulo 37 - Te odeio, mas te amo


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Te odeio, mas te amo

Depois de ter levado uma forte pancada, não me lembro onde, acordei em um lugar completamente diferente do que eu estava. Não estava mais chovendo, eu não estava espatifada no chão e nem com o meu skate em mãos. Estava cercada por duas pessoas: meus pais. Rafa provavelmente estava na recepção esperando que eu acordasse.

- Como se sente? Dói? Está bem? - minha mãe me encheu de perguntas assim que abri os olhos. 

- Não faço a mínima ideia de como estou. Não sei nem o que está acontecendo. Onde estamos? - perguntei, curiosa. Com certeza não estávamos em casa.

- Querida, você sofreu um acidente. Estamos no hospital. - meu pai logo tomou seu espaço bem perto de mim. Agora as coisas estão começando a fazer sentido. 

- Tá, mas o motivo de eu estar aqui é...? - perguntei. Sim, sofri um acidente, mas qual foi o motivo pra eu estar no meio da rua e um carro me acertar? Não era pra eu estar em casa dormindo numa hora dessas?

A única pessoa que eu não queria que estivesse ali adentrou o quarto. Primeiro, fiquei um pouco feliz por saber que ele se preocupou comigo e foi ver como eu estava, mas foi rápido. O meu ódio profundo tomou conta do espaço que esses segundos de alegria ocupavam.

Você. Sai daqui! - berrei ao ver que Joseph estava se aproximando. A minha primeira ação foi querer voar em cima dele e espancá-lo até não sentir meus punhos, mas meus pais me seguraram com firmeza e me impediram de realizar tal ato tão violento. Mesmo que eu pudesse socar Joseph, eu não conseguiria, assim que peguei impulso para voar nele senti uma dor insuportável na perna. Agora me lembro exatamente de tudo o que aconteceu, com os míseros detalhes. 

Joseph estava conversando com uma mulher que estava com a voz muito rouca, que não consegui identificar quem era. Essa mulher disse que eu ficou comigo por causa de vinte dólares. Como ele pôde fazer isso? Eu o amei.

Ele saiu de fininho, com o rabo entre as pernas. 

...

Depois de um Raio X, tive a notícia de que minha perna esquerda está quebrada e terei que ficar em observação por um tempo, mesmo depois de colocar o gesso. Ótimo, era exatamente isso que eu queria. Ah, Universo, como eu te odeio.

Para que meus pais me deixassem sozinha, em paz, resolvi fingir que estava dormindo. Funcionou, mais ou menos. Tipo, eles saíram de muito perto, mas continuaram por lá. Pude até ouvir um breve diálogo.

- Que susto que ela nos deu. - meu pai comentou sem graça.

- Pois é... Mas ela é tão esperta, o que faria nesse tempo de chuva, na rua andando de skate numa hora dessas? - ah, mamãe, nem te conto...

- Joseph deve saber, eles têm estado juntos o tempo todo. - Mauro concluiu. - Ah, oi, Joseph! Estamos curiosos para saber o porquê Jade estava na rua numa hora dessas e de skate.

- Uma longa história que prometo lhe contar mais tarde, Sr Gilbet e Srta Müller. - ele estava bem inseguro. - Posso ter um segundo com ela? - não, por favor não.

- Hã... Ela está dormindo, mas ok. - palavra final da minha mãe. Não! Pelo o que pude perceber, meus pais saíram e me deixaram com aquele imbecil que eu chamava de namorado.

- Oi, Jade. Sei que está muito brava comigo, mas saiba que eu amei você de verdade. E ainda amo. Sei que o que fiz foi completamente errado e equivocado. Eu era só um moleque que não tinha noção nenhuma. - ele começou seu discurso. Era? Como uma pessoa muda tanto em meio ano? - Você me ensinou muita coisa. Me ensinou a ser responsável, maduro, uma pessoa melhor. Ao contrário do que você pensava de mim, eu também não acreditava em amor e nada dessas coisas, mas acabamos descobrindo esse mundo juntos. Você também foi meu primeiro amor, e sinto muito que as coisas tenham acabado assim. Se acha que não fiquei chateado com as coisas que me disse hoje mais cedo, saiba que está errada. Ainda dói ouvir o eco da sua voz dizendo que não quer me ver nunca mais. Aqueles vinte dólares não são nada perto da garota linda, inteligente, divertida e cheia de conteúdo que conheci e me apaixonei. Só queria que soubesse que te amo. - a voz dele estava vacilando, provavelmente chorando. Também te amo, mas não sei se acredito em você. - E se você quiser saber a real história, estarei sempre disponível pra você. Espero que todo esse ódio que está sentindo agora passe. Me perdoe. 

...

Já em casa, resolvi ir para o meu quarto, o que já é habitual. Foi um pouco difícil subir as escadas sem a utilização de uma perna, mas minha mãe veio comigo para a casa de Mauro, ela aproveitou que Ashley não estaria em casa, assim evitando um clima pesado e estranho entre o primeiro amor de meu pai e a atual dele.

- Filha, me conte o que aconteceu entre você e Joseph. Depois que ele saiu do quarto lá no hospital você acordou e desde então está estranha. E por que caralhos você estava na rua naquela hora? As coisas não estão se encaixando. - ela estava alterada, mas não brava comigo. Ela geralmente fica irritada quando não consegue entender algo, a entendo completamente. Olhei com uma expressão surpresa pra ela. Por mais descontraídas que somos uma com a outra, minha mãe não costuma falar palavrões perto de mim ou para mim. - Ah, desculpe, mas é que não consigo entender.

- Eu também não entendo, você não é a única. E, mãe, não estou afim de falar sobre ele agora, ok? - falei.

- Está bem, mas assim que se sentir a vontade para falar sobre isso se dirija a mim primeiro, ok? Psicólogo depois. - ele falou se levantando. 

- Pode ter certeza de que será a primeira a saber. - afirmei.

- Bem, agora eu tenho que ir, ok? - assenti.

- Como ela está? - Mauro a perguntou quando minha mãe estava saindo do quarto.

- Ah, na medida do possível creio que esteja bem. - ela respondeu. Ele assentiu e então se aproximou.

- Tenho uma coisa para te mostrar, venha. - ele falou me estendendo a mão. 

- Hã... Tenho escolha?

- Não.

- Tá, né. - fui com o auxílio de meu pai até não sei onde. É muito difícil andar com uma perna só e com os olhos tampados. Entramos em um quarto e então Mauro me permitiu ver. 

Uma sala de música com piano, bateria, guitarra, violão e microfones. A sala tinha entrada de som quase inteiramente bloqueada para que eu pudesse tocar sem incomodar muito.

- Ah, foi aqui que o piano que avô Harry me deu. - observei.

- E aí, gostou? - Mauro parecia orgulhoso. Por mais que não parecesse, eu estava maravilhada.

- Amei! Obrigada. - sorri. Então foi por isso que ouvia barulhos de reforma. Me direcionei ao piano e comecei a tocar i hate u, i love u.


*Feeling used
But I'm still missing you
And I can't
See the end of this
Just wanna feel your kiss
Against my lips


And now all this time 
Is passing by
But I till can't seem to tell you why
It hurts me every time I see you
Realize how much I need you


I hate you I love you
I hate that I love you
Don't want to, but I can't put
Nobody else above you

I hate you I love you
I hate that I want you*

 

Joseph, te amo, mas te odeio. Odeio amar você, odeio querer você.

 


Notas Finais


*Me sentindo usada
Mas eu ainda sinto sua falta
E eu não consigo
Ver o final disso
Só quero sentir seu beijo
Nos meus lábios

E agora todo esse tempo
Está passando
Mas eu não consigo te dizer por que
Me dói cada vez que te vejo
Percebo o quanto preciso de você

Eu te odeio, eu te amo
Eu odeio te amar
Não quero, mas não consigo colocar
Mais ninguém acima de você
Eu te odeio, eu te amo
Eu odeio querer você*

E AÍ, GOSTARAM? DEIXE SUA OPINIÃO NOS COMENTÁRIOS
BYE


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