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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Cadela invejosa


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


OI
ESPERO QUE GOSTEM
BOA LEITURA
sim, a história tá se aproximando do fim :')

Capítulo 40 - Cadela invejosa


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Cadela invejosa

Finalmente chegou o dia do show, que começa às 18:09 e agora são 3:21 da madrugada. Não consigo dormir desde que Rafa me mandou uma mensagem dizendo que viria me buscar de manhã antes da passagem de som. Odeio esperar e ele sabe disso. Eu e minha ansiedade pagamos por isso. Ele disse que tem algo sério para me falar. Geralmente, ele diz isso e no final o assunto é algo bobo e sempre fico do mesmo jeito: ansiosa.

Não aguentei ficar deitada olhando para o teto. Pensei em me levantar e ir para a varanda observar a lua cheia como tenho feito nos últimos dias, mas isso só contribuiria para a minha insônia. Dormir e descansar é algo extremamente importante para mim hoje. Será um grande dia com um grande show para mais de vinte mil pessoas. Não posso falhar, muito menos pensar na possibilidade de falhar. Me levantei, quase me arrastando, e abri a gaveta do meu armário. Peguei um remédio e tomei. Meu médico disse que sempre que tivesse dificuldade para dormir por causa da ansiedade era para eu tomá-lo. Tem funcionado desde então. Claro que não tomo esse remédio sempre que não consigo dormir com 7 minutos, tem que ser usado com cautela. Qualquer uso errado me levaria ao hospital com algo bem grave.

O remédio funcionou e acordei apenas mais tarde. Tomei um banho e coloquei uma roupa bem arranjada, mas nada muito extravagante - um short com uma malha mais soltinha, de cós alto, por causa da perna engessada, uma blusinha com a estampa da banda Slipknot, tenho escutado bandas um pouco mais agressivas por causa de toda a minha revolta com tudo, um quimono preto para dar um ar mais meigo e um All Star. E os cabelos ainda molhados por causa do banho.

- Pra onde vai assim tão linda? - Mauro me pergunta da mesa de café da manhã ao notar que estou descendo a escadaria. Ele se levanta imediatamente para me ajudar a descer os degraus. Pelo visto a minha tentativa de estar discreta falhou, mas tudo bem.

- Ah, Rafael vai vir aqui me buscar porque temos um show hoje e temos que fazer o último ensaio, passagem de som, etc. - explico já com certa facilidade de me locomover com as muletas.

- Você vai fazer um show com a perna do jeito que está? - Mauro não me parece satisfeito, está bem preocupado. Tentando fazer papel de pai coruja depois de tanto tempo ausente, desdenho comigo mesma.

- Já fazem três semanas, minha perna não está tão ruim. E não foi ficar apoiando-a no chão ou algo do tipo. Vai ter uma poltrona confortável com o encosto para as pernas no palco para que eu não corra o risco de me machucar mais. - explico mais uma vez. - Já está tudo combinado.

- E a sua mãe sabe disso?- Mauro está preocupado do que o usual e teme pela minha resposta. Minha mãe confia em mim e sabe que sou capaz de realizar um ótimo show mesmo com a perna ainda engessada. Já meu pai, perdeu muito mais que a metade da minha vida e não conhece muito a meu respeito.

- Sim. - a palavra sai com uma enorme facilidade da minha boca. O rosto de Mauro se contrai, formando uma expressão insatisfeita. Ele apenas bufou discretamente. Dei de ombros.

- Sério que você vai tocar naquele festival que vai ter hoje? - Josh está surpreso, o que é engraçado.

- Sim. - falo com um leve riso por causa da sua surpresa. - Se quiser posso conseguir um ingresso para você na primeira fileira.

- Sério? - ele diz empolgado. Mas logo murcha. - Não acho que minha mãe vá me deixar ir.

- Que isso, filho? Claro que deixo você ir. Jade, você pode ir na minha bolsa e pegar minha carteira? A bolsa está ali na sala. É para eu poder pagar o ingresso de Josh, ele disse que estava louco para ir nesse festival. - ela pede.

- Eu pego, Jade está meio impossibilitada. - Mauro diz para me ajudar.

- Pai, eu pego. Falando desse jeito parece até que sou uma inválida. - Mauro dá de ombros e me acompanha até a sala.

Abro a bolsa, com Mauro ao meu lado, e dou de cara com um Calibre 38. Meu espanto é extremamente notável mas não ouvido.

 - O que foi? - Mauro pergunta.

- Mauro, Ashley é destra ou canhota? - disparo a pergunta, quase incapaz de respirar e segurando firme as lágrimas que brotam em meus olhos.

- Bem, ela é ambidestra, na verdade. - ele diz confuso, tentando entender onde quero chegar com a minha pergunta repentina. - Por quê? - abro mais a bolsa, de maneira que ele veja o revólver dentro dela. Ele se espanta também.

- Porque ela pode ter matado meu avô. Mas shhhh, não comenta nada. Liga para a polícia, discretamente. Vamos colocar essa vadia atrás das grades. - por incrível que pareça, Mauro assente, calmo. Mas consigo ver o desespero em  seus olhos. Como pude morar com uma assassina por tanto tempo?, é o que ele aparenta pensar.

Peguei a carteira de Ashley e a levei até a mesa, onde ela estava tomando seu café da manhã. 

- Aqui. - ela retirou o dinheiro de dentro da luxuosa carteira e me entregou.

- Bem, na verdade não precisava. - falo. Minha voz não vacila. Ela só dá um sorrisinho. Com certeza ela colocou aquela arma em sua bolsa de propósito. Vadia.

- Não vai se sentar para tomar café? - ela pergunta.

- Não, Rafa e eu vamos tomar café juntos hoje. Só não sei onde. - descobri que tenho uma incrível capacidade de ocultar meus sentimentos e pensamentos. O interfone toca e sei que é meu irmão. - E por falar nele...

Não tenho mais tanta dificuldade em andar de muletas, já estou até acostumada com elas. Então, vou até o portão, o abro e dou de cara com a polícia.

Bom dia. Somos agentes federais. Aqui que mora a sra Ashley Gilbert, acusada de homicídio? - um dos dois homens altos e robustos com expressões indecifráveis e sérias começou a falar. Apenas assenti. - E, sinto muito pela perda. - ele se referiu à morte de meu avô. Apenas assenti mais uma vez.

- Bem, eu não sei exatamente se ela o fez, mas as provas colhidas por mim e um detetive contratado pela minha tia levaram a ela. - comentei enquanto os policiais iam me acompanhando até a cozinha pela porta dos fundos. Eles apenas assentiram.

- Por isso que estamos aqui, para nos certificarmos. - um deles disse. Mauro foi bem discreto ao ligar para a polícia, nem eu percebi que ele fizera a ligação.

Entramos na sala de jantar e Ashley se levantou rapidamente, assustada com a presença da polícia.

- Desculpe a grosseria, mas não temos tempo para apresentações. Recebemos uma denúncia que aqui está o assassino de Eduardo Müller. - um dos policiais disse sem rodeios. Josh estava paralisado e Ashley completamente sem ação. - Se nos permitem, temos que dar uma olhada na casa. 

- Vocês não podem entrar assim na minha casa e vasculhar como bem entendem. - Ashley intervem, tentando aparentar uma calma que não cabe a ela. Na verdade, eles têm todo esse direito, são agentes federais.

- Tem algo a esconder, senhora? - o policial pergunta.

- Não. - vejo a mentira escorrer junto com seu veneno. Mesmo não tendo a certeza de que foi ela, sinto ódio.

Os agentes sobem a pequena escadaria e Mauro vai junto. A atmosfera na sala de jantar é bem desagradável. O interfone toca mais uma vez e agora é Rafa. Abro o portão através do interfone mesmo e vou até a porta da sala esperar por ele.

- Por que há uma viatura policial ali fora? - ele cochicha em meio ao abraço que me dá para disfarçar a pergunta.

- Talvez  assassino do vovô esteja aqui. Agora, haja naturalmente. Ou quase. - falo. 

Adentramos juntos a área de café da manhã e nos deparamos com Ashley com um dos braços em segurando os braços de seu filho atrás do próprio corpo e segurando uma faca em sua garganta com a mão livre. O quê? Rafa e eu ficamos paralisados. Josh está extremamente assustado e desnorteado, enquanto a mãe está completamente aflita, com os olhos arregalados. Conhecendo a vida do jeito que é, eu diria facilmente que era só um cena deles dois, que era fingimento. Mas olhar de Josh clamava por socorro. Inconscientemente solto um grito de pavor. Mauro e os policiais descem rapidamente a escada.

- Solta o garoto! - o policial diz com autoridade, com o revólver em mãos. Ele com certeza não vai puxar o gatilho, mas mesmo assim a arma representa uma ameaça e tanto.

- Abaixa a arma ou rasgo a garganta dele. - Ashley rosna.

- Solta o garoto! - o policial abaixa o tom de voz, porém com mais autoridade. Ashley começa a obedecer, mas hesita. O policial aperta o olhar, como que mirando. Ashley finamente solta o filho, que está em estado de choque.

- Mãe... - a voz de Josh vacila drasticamente, ele está chorando. - Como pôde? Você é um monstro! - ele grita. A expressão da mãe não muda. - Por que você fez isso?

- Meu filho, você não entende como é ser rejeitada pelo homem que sempre amou. Você não tem nada a ver com isso. Fiz isso para atingir Maria Luiza, aquela vadia perfeita. Seu pai só tem olhos para ela. Ele nunca me amou de verdade. - Ashley cuspia a palavras.

- Não é bem assim. Amo meu filho, e não me arrependo de ter assumido sua paternidade, mas foi você que se atirou em mim naquela maldita festa! Você tirou Maria Luiza de mim! Eu nunca menti a respeito de meus sentimentos por você, nunca lhe dei falsas esperanças. - Mauro intervem.

- Eu amo você, Mauro! Foi por isso que fiz tudo o que fiz até hoje!

- Você acha mesmo que um filho automaticamente me faria amar você? A morte de um cara extraordinário que não tinha nada a ver com tudo isso me faria amar você? Suas ações só mostram que você tem inveja da mulher maravilhosa que o amor da minha vida! Tentou tirar tudo dela, e conseguiu! Olhe para ela e para Jade, só não vê quem não quer. Sua inveja tirou a felicidade da minha filha e, consequentemente, a da mãe dela. Acha mesmo que alguma mãe gosta de ver seu filho em uma depressão? Tomara que você apodreça da cadeia, sua cadela! - Mauro vomita as palavras junto a lágrimas de ódio. Por mais que não pareça, ele admirava muito o meu avô e tinha um enorme carinho por ele. E, secretamente, meu avô achava o mesmo.

A vadia faz um corte na garganta do próprio filho, não fundo demais mas faz, e sai correndo em direção ao carro mais próximo do portão. Mauro pega Josh imediatamente para levá-lo ao hospital. Mas, para evitar sua fuga, o policial dá um tiro em cada roda dos dois carros que estão na garagem. O outro agente pega Mauro e Josh e os leva imediatamente para o hospital. Como ele teve coragem de fazer isso com o próprio filho? Essa distração seria o suficiente? E se ele o tivesse matado e mesmo assim não tivesse fugido? Ela quase tirou a vida do filho para nada.

Ando até Ashley, que agora está com as mãos algemadas, e cuspo em sua face.

- Cadela invejosa. - repito o que disse a mim mesma, só que em voz alta.

Depois de todo esse transtorno, Rafa me faz o favor de me tirar daquela casa e me leva para o lugar que mais gostamos daqui de Home Sweet Home. Finalmente Ashley vai ter o que merece.


Notas Finais


O QUE ACHARAM? DEIXEM AQUI NOS COMENTÁRIOS PARA EU SABER :)) DESCULPA SE O CAP NÃO FICOU BEM ESCRITO, É A PRIMEIRA VEZ QUE FAÇO ALGO ASSIM
ESPERO QUE TENHA FICADO BOM :))
BYE


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