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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Dois novos amigos


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


OI
ESPERO QUE GOSTEM
BOA LEITURA :))
P.S.: desculpa a demora, uma vez que os capítulos estão sendo postados diariamente eu demorei hehe. Eu escrevi esse cap ontem, mas daí a energia aqui em casa acabou (???) e, quando voltei o cap tava intacto. Até aí tudo ótimo, mas quando terminei e cliquei pra postar, a internet não tava carregando. Conclusão: perdi o cap e agora espero que ele fique melhor do que antes.

Capítulo 44 - Dois novos amigos


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Dois novos amigos

P.O.V Jade

Já fazem 7 anos que minha mãe e Mauro se casaram e moramos no Brasil como uma família de novo. Sem dúvidas, esses anos foram os melhores da minha vida, em relação ao tempo que morei sob o mesmo que teto que Ashley principalmente. Durante quase todo esse tempo, Rafa e eu tivemos muitos shows. Tanto que a escola não frequentávamos e terminamos o colegial a base de professores particulares que nos acompanhavam nas viagens. Uma maneira bem peculiar de estudar, na verdade. Mesmo tendo sido o melhor período da minha vida, até o momento, passei por uma pequena fase chata e complicada que não entrarei em detalhes por agora.

Agora estou na faculdade de Ciências Musicais, último período. No final deste ano já estrei com meu diploma em mãos, e capacitada de criar uma escola de música, se tudo der certo. E, claro, continuarei com os shows junto a Rafael. Eu estava cursando em uma faculdade da Inglaterra, mas, segundo eles, sou muito boa e fui transferida, para uma universidade que fica em Home Sweet Home. E isso nos leva a um outro tópico: Joseph. Sim, agora é o momento dramas de uma Jade adulta, de 23 anos, que volta à sua sofrida adolescência. 

Depois que Joseph voltou para os EUA, não nos vimos mais, a não ser por fotografias em redes sociais. Eu não o seguia em nem uma delas, mas acontece que Rafa e ele ficaram bem amigos e vira e mexe estavam juntos nas fotos. Tive outros relacionamentos, claro. Mas nunca eram bons o suficiente, intensos o suficiente, nunca era com o cara certo. Nunca era com Joseph. Ok, eu cresci e amadureci mais um pouquinho. Mesmo depois de conhecer outros caras incríveis, a minha cabeça ainda vagava em um outro ser humano. E pensar que tudo isso se deve ao fato de eu ter sido burra e não ter dito uma palavra sequer que estava na minha cabeça. Quando ele foi me pedir desculpa, não falei nada, no ano novo eu não disse nada. Não dei uma segunda chance aquilo que eu também queria. Imatura

As vezes sinto saudade daquela Jade de 12 a 15 anos. Mesmo tendo suas paixões secretas, que nem mesmo ela sabia, ela era destemida e falava o que vinha em sua cabeça. A Jade de agora é insegura, e usa uma máscara todos os dias. Por trás desta máscara ninguém vê o quão fraca ela é, o quão sensível ela é. Mas, ao olhar para a máscara, as pessoas veem uma garota forte, independente, ou pouco fria, talvez e autossuficiente. A máscara, nada mais é do que a antiga Jade, que eu gostaria muito que voltasse por causa de suas qualidades de menina madura demais para a sua idade.Quando se vai envelhecendo, parece que sua idade mental só diminui e você vira uma criança cheia de medos e inseguranças.

Meu término com Joseph não foi fácil, mas não foi tão difícil encontrar um outro alguém que, segundo meu coração partido desesperado por amor, achou que iria ser o suficiente. Tentei várias vezes tirar aquele garoto da minha cabeça, mas acontece que nosso primeiro amor tem um lugar, que não consegue sair, na nossa cabeça. Droga!

Agora, nos corredores da movimentada faculdade, tenho uma grande dificuldade em encontrar minha sala. Dispersa, continuo tentando encontrar a sala 201, mas ao que parece ela nem existe. Tão distraída que demoro um pouco para perceber que acabei de me esbarrar  de maneira tão brutal com algum outro universitário que está com a cabeça vagando em um outro mundo, assim como eu. 

- Ai! - não sei exatamente quem gritou, acho que ambos.

- Desculpa! Se machucou? - o rapaz educado se desculpou.

- Não, não foi nada. - digo. - É que sou nova aqui, não estou acostumada. Fui transferida, a outra universidade era mais calma. - ainda me recuperando do trombo repentino. Quando finalmente levanto o meu olhar, vejo quem eu mais queria ver, e ao mesmo tempo quem eu menos queria. Isso explica o choque que percorreu por todo o meu corpo quando senti o toque do garoto. Não foi um choque de dor, foi um choque de lembranças dos momentos que seus lábios tocavam os meus. - Joseph? - falo sem conseguir disfarçar o tom de surpresa em minha voz, e com um sorriso incrédulo. Depois de tantos anos sem vê-lo pessoalmente, sentir seu toque de maneira inesperada me faz despertar a Jade de 15 anos. A Jade que acabara de conhecer o amor alheio.

***

Pensei que reencontrar Joseph seria algo mais agradável. Errada eu estava. Ele fez um comentário que me despertou raiva. Disse que se eu realmente tivesse sentido saudade, teria ido atrás dele. Quem disse que eu não fui? Todas as vezes que Rafa e eu fizemos shows em Home Sweet Home, fui a procura de Joseph. Mas ele nunca estava lá, e quando seus pais estavam, sempre respondiam a mesma coisa: ''Joseph saiu com a namorada. Quer deixar algum recado?''. Eu nunca deixava recado. Se ele estava ocupado demais com suas amadas, com certeza não tinha tempo para pensar em mim. Até então tudo bem. Todo mundo discute. Só que chegou uma garota dos cabelos curtos, com as pontas verdes e lhe deu um beijo. Um beijo daqueles. Sinto a dor de um tiro no peito. As lágrimas inundam meus olhos, mas me recuso a chorar em sua frente. Forcei um sorriso que pedi para que Rafa e Sam, que já estavam por lá, me levassem até a sala que eu estava a procura.

As aulas foram tranquilas, tirando o fato de que passei 3 anos inteiros ouvindo o sotaque britânico. Então tive um pouco de dificuldade. Porém, um cara chamado Enzo me ajudou. Ele até me chamou para almoçarmos juntos. 

- Bem, primeiro temos que passar no meu apartamento para eu pegar minha carteira. - ele diz com um sorriso abafado, enquanto caminhávamos pelo estacionamento. Apenas faço que sim com a cabeça. 

- Obrigada por ter me ajudado hoje. - quebro o silêncio que se instala enquanto Enzo dirige até seu apê. 

- Não foi nada. Quando eu era novato aqui, não tive muita ajuda e sei como é ruim. Desde então ajudo sempre que posso. 

- Você me parece uma boa pessoa. - comento e ele sorri, em forma de agradecimento. Seus dentes brancos e perfeitamente alinhados dentro de seus lábios carnudo formam um belo sorriso quando sua boca se contrai. 

- Ok, não vou negar. Ainda estou um pouco surpreso por estar carregando Jade Müller, herdeira dos talentos de Eduardo Müller, em meu carro e dividindo uma classe. - é engraçado o jeito que ele fala. Parece um daqueles fãs um tanto quanto maluquinhos. Eu já deveria ter me acostumado. 

- Uma das herdeiras. E também tem Rafa, que não fica nem um pouco atrás. - corrijo com um tom descontraído na voz. - Acredite. Mas, por favorzinho, não vamos entrar no assunto ''Avô da Jade''. Me incomoda muito. Sabe, é muito difícil perceber que esse ano fazem 7 anos que não o tenho ao meu lado. - falo tentando não soar grossa. Realmente, posso conversar sobre qualquer coisa, menos a morte de meu avô. 

- Ah, desculpe. Não era a minha intenção...

- Eu sei que não era. - corto sua fala ao meio, de maneira civilizada. Mais uma vez o silêncio reina. - Enzo! - grito ao perceber que, por muito pouco, não atropelamos um gato. Enzo pisa firme no freio o automóvel para a tempo. Desço do carro e pego o animal, que está muito magro e com alguns machucados. - Posso levá-lo em seu carro? - digo, pensando em levar o animal para a minha casa e cuidar dele. 

- Contando que ele não estrague nada no meu carro. - ele diz com m sorriso abafado. Faço que sim com a cabeça e volto para dentro do carro. Durante o caminho, vou acariciando o pobre gato. Ele é incrivelmente encantador. Pelos negros, um pouco anelados um tom de caramelo, e olhos dourados. Enzo nos olha de relance e percebo que seus olhos param em meus pulsos nus, pela falta de acessórios. - O que são essas marcas em seus pulsos? - ele hesita em perguntar.

- Digamos que, por mais que não pareça, tive uma adolescência emocionalmente difícil. Término inesperado e complicado com o primeiro amor da minha vida, ou seja: primeira desilusão amorosa, morte do meu avô, descobrir que a assassina que matou meu avô morava debaixo do mesmo teto que eu, meus amigos antigos nunca davam notícias, muito longe da minha mãe, pressão da mídia, basicamente uma depressão... Foi coisa demais para a cabeça de uma garota de 15 anos que tinha acabado de descobrir o que de fato era amar alguém que não era da sua família. Sem contar que fui diagnosticada com bipolaridade... Imaginei que a dor física iria abafar a dor emocional. Errada eu estava. - dou um longo suspiro depois das sofridas palavras. Dizer aquelas coisas me causam calafrios só de me lembrar. - Sobre a bipolaridade, relaxa que eu tomo remédios. - tento brincar e Enzo solta um sorriso sem graça. 

- Estou aqui para o que precisar, ok? Pode contar comigo. - ele diz, depois de pegar minha mão e beijar suas costas. Todos dizem isso. Mas ok, já me acostumei com o fato de todos dizerem que sempre estarão ao meu lado e, quando mais preciso, nunca estão lá.

Antes de mais nada, não diga que quase atropelamos esse camarada aqui só porque ele é preto e trás azar, ok? Ele é incrível. Está vendo essas cicatrizes? São provas de quão valente ele é. - digo com um sorriso. Enzo nos olha e também sorri. O sol das duas da tarde bate em sua pele bronzeada e em seus olhos cor de âmbar. Ele é um rapaz de boa aparência, e a cor de sua pele me lembra a de  meu avô.

No final do dia, acabei ganhando dois amigos: Enzo e Cisco, meu mais novo companheiro de apartamento, vulgo o gato que encontrei na rua.

 


Notas Finais


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SOBRE A NOVA HISTÓRIA, VÃO NO MEU TWITTER (@AnaEsttevao) e votem se vão querer capítulos mais longos ou menores.


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