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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Presos, mas quase bem


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


OI
ESPERO QUE GOSTEM
BOA LEITURA
deixe nos comentário se, para a próxima história, vocês vão querer caps longos ou curtos :))
DESCULPE A DEMORA. BLOQUEIO CRIATIVO + ANIVERSÁRIO DA MINHA MÃE + PARENTES EM CASA= sem cap novo :(
obs: espero que essa fotinha deixe evidente que ela não tá bem :))
DEEM UMA PASSADA NA FIC O OUTRO LADO QUE TA FICANDO F0D# SZ
e no meu perfil tem um oneshoot que ta maneiro sz

Capítulo 45 - Presos, mas quase bem


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Presos, mas quase bem

Depois da tarde de almoço agradável junto com Enzo, as coisas não sucederam tão calmas assim. Logo nos primeiros meses do último semestre, houve várias provas e trabalhos que nem tempo para respirar eu tenho. Mas, sem dúvidas, a coisa mais bizarra que aconteceu nesses três últimos meses foi o fato de, depois daquela discussão no corredor, Joseph e eu nos tratamos de uma maneira normal, como se nada tivesse acontecido. Ah! Na verdade, a coisa mais estranha é a namorada de Joseph, Ana, estar constantemente me ameaçando e dizendo para eu ficar o mais longe possível dele. Claro que eu não dou a mínima para o que ela diz e continuo conversando normalmente com Joseph. Somos apenas amigos agora. Ele tem uma namorada e eu estou por aí mesmo. 

Por mais que eu diga a Joseph que sua namorada é louca e vem me ameaçando, ele parece não ligar a mínima para o que digo. Não sei se ele não se importa com os ciúmes da namorada, ou se não acredita no que falo. Bem, acho que esse não é o pior. Ana faz o mesmo curso que eu e ela está na minha sala. O tempo todo ela me sabota, das maneiras mais infantis possíveis. Ela pegava o meu caderno e escondia em sua mochila, pegava minhas canetas na hora das provas... Teve uma que foi o cúmulo: trocou as tintas da minha caneta para vermelho e tirei zero na prova. Se tenho vontade de torcer seu pescoço até ela morrer? Claro. Suas atitudes me lembram de Halsey: infantis e sem sentido. Que tipo de adulto roubaria o caderno do colega de classe aos 23 anos? Francamente.

Mas hoje as suas pegadinhas de criança não vão me pegar. Por causa de uma severa reunião que os professores, diretores e coordenadores terão hoje a tarde e amanhã durante todo o dia, os alunos foram dispensados mais cedo, e no dia seguinte não haverá aula. Isso é bom. Ótimo, na verdade. Apesar de que pra mim não faz diferença ter ou não ter aula. Pelo menos terei mais tempo para ir adiantando o meu trabalho de conclusão para essa etapa. Quer dizer, a verdade é que estou muito atrasada em relação ao restante da sala. Rafa e eu temos feito uns pocket shows, e isso tem nos prejudicado um pouco na faculdade, e essa pausa para essas reuniões vieram em um excelente momento. Espero que dê tempo de fazer o trabalho e ir ao programa que Rafa, Sam, Enzo, Joseph, Ana e eu marcamos. Bem, Ana está indo porque não tem outro jeito e foi Joseph quem deu a ideia de sairmos ''em casal''. Como será em um barzinho, talvez eu encontre alguém por lá. Enzo? Fora de cogitação, somos apenas amigos e ele também está namorando. Apesar de não parecer, não me importo de ser a única solteira, muito pelo contrário, é até bom.

Enquanto ando pelos corredores até meu armário para pegar minhas coisa e poder ir para casa, tenho a estranha sensação de estar sendo observada. Olho para trás e nada, para os lados e nada. Jade, não seja idiota. Isso é coisa da sua cabeça, penso. Abro a pequena mochila que pende em meus ombros e pego a chave do armário e o meu celular. Parabéns. Se esqueceu de recarregar seus créditos e agora está sem banco de dados e sem internet. Se algo de ruim acontecer você está ferrada porque não vai dar para avisar a ninguém, digo a mim mesma. É estranho perceber que isso de conversar sozinha e discutir comigo mesma é a coisa que mais acontece em meu dia a dia. 

Depois de pegar tudo o que tinha que pegar, que era apenas um livro que eu estava lendo, meus fones e... Droga, esqueci o casaco. Estava frio na sala, pois o ar condicionado estava ligado. Dei meia volta, a fim de pegar o casaco que esquecera. Até que fui empurrada para dentro de uma sala escura e fria. Foi tudo tão rápido que só então percebi que eu estava caída no chão. Me levantei imediatamente e tentei abrir a porta. Tarde demais, pois ela estava trancada. Tanto tentei que a maçaneta da parte de dentro caiu.Ótimo, me prenderam em uma sala que está caindo aos pedaços.

Fiquei com o rosto enquadrado na janela de vidro que tem na porta. A real é que, não só o meu rosto, mas sim quase até a minha cintura. Avisto pessoas mas elas não me veem. Até que vejo Rafa e bato na porta, ele olha e procura a origem do som grave que o chama a atenção. Agradeço a Deus por Rafael ter me avistado e estar vindo em minha direção.

- O que aconteceu? - ele pergunta, num tom de voz quase inaudível por causa da porta fechada.

- Alguém me trancou aqui. - quase berro, para que ele possa me escutar.

- Vou te tirar daí. Vou chamar um chaveiro, sei lá. Aguenta firme aí. - ele começa a se afastar. Pelo menos vou sair daqui. 

Continuei com o rosto na janela, a fim de atrair mais ajuda. Avistei Joseph e fiz o mesmo que fiz com Rafa.

- A maçaneta quebrou. Me tira daqui. - imploro, fazendo um pouco de drama. Está frio! Aparentemente ele entendeu o que eu falei. Joseph tirou da mochila não sei o que e abriu a porta. - O que você fez? - pergunto quando ele abre a porta.

- Eu não sei. - ele dá um sorriso abafado. - Só sei que usei isso aqui. - ele levanta uma espécie de canivete suíço, daquele que têm várias ferramentas e uma delas era algo que destranca fechaduras. - Hoje a gente ia esculpir na aula, e então resolvi trazer isso. Vamos? - faço que sim com a cabeça. Quando nos viramos em direção da porta, ela se fecha. As janelas estavam fechadas, o que torna meio impossível de culpar o vento. Ao fechar-se, a porta não fez nenhum barulho sequer. Talvez Joseph tenha deixado-a muito próxima de se fechar. Não me controlo e dou um chute na porta. 

- Droga! - fico estressada.

- Desculpe. - Joseph diz, se encolhendo. 

- Não foi culpa sua. Eu que perdi o controle mas estou bem. Rafa já deve estar vindo com algum chaveiro nos tirar daqui. - digo. - Você não pode usar essa seu treco aí não? - Joseph começa a procurar seu canivete multi-funções.

- Ah, não, não, não, não. Não acredito que fui burro a ponto de colocá-lo no bolso furado. Ele está lá do lado de fora, no chão. - ele diz, parece estar com ódio de si mesmo.

- Por que você veio com uma calça que tem um bolso rasgado? - pergunto.

- Eu não vim com uma calça que tem o bolso rasgado. Como disse, hoje fizemos esculturas. Meus amigos levaram tesouras e outros materiais. Eu também estranhei o fato de terem levado uma tesoura, mas a intenção deles era me pregar uma peça, porém não dei brecha. O máximo que conseguiram foi rasgar meu bolso. Só agora me lembrei disso. Sou muito idiota! - ele explica.

- Não precisa se culpar. Daqui a pouco Rafa vai chegar e nos tirar daqui. - digo isso para me manter mais calma.

- Eu não teria tanta certeza. Já fecharam a faculdade. Só tem nós dois aqui. A reunião dos professores, diretores e coordenadores será na prefeitura. Vamos ter que esperar por uma divindade para sairmos daqui.

- E como você me diz isso nessa calma? - começo a ficar desesperada. - Vou mandar uma mensagem para Rafa. - me lembro que é impossível porque meu celular está sem créditos - Me empresta o seu celular? - faço um sorriso forçado que arranca risadas de Joseph.

- Ana é estranha. Ela fica o tempo todo querendo mexer no meu celular para saber se estou traindo ela o algo assim. Ela fica tão em cima que, nem se eu quisesse, eu iria conseguir fazer algo escondido dela. Enfim, ela está com o meu celular. - aparentemente ele já aceitou que estamos presos e não temos saída. - Por que não tenta ligar a cobrar? - ele sugere. Faço que sim com a cabeça e tento. 

- Aqui não tem sinal. - suspiro depois de tentar ligar. - A faculdade vai ficar um dia e meio inativa e desligaram o Wi-Fi. - lamento.

Me sento no chão, do outro lado da sala, de frente para Joseph. Ficamos assim, nos encarando por uns 30 minutos. Percebi que, na verdade, seus traços ficaram mais firmes. Sua aparência não é exatamente a mesma. Só de olhá-lo dá para notar que amadureceu. Ele parece estar até mais bonito. Está mais musculoso e mais bronzeado. Seu olhar ficou mais intenso. Ele está adulto. Mesmo não tendo acompanhado sua infância para acompanhar seu crescimento, sei que ele cresceu bastante, principalmente mentalmente e emocionalmente.

- É estranho. - ele fala, depois de tempos sem dizermos nada. Seus olhos estão fixos no chão, como se sua mente literalmente vagasse em um outro lugar.

- O que? - olhos diretamente para a sua imagem. 

- Quando estávamos namorando, éramos dois adolescentes que não acreditavam no amor, mas sustentávamos os sentimentos um do outro. Você, sempre deixou em evidência a sua descrença no amor, e eu ''fingia'' amar, mesmo não sabendo que o que eu sentia por você era verdadeiro. Não acreditávamos no ''amar'', amando.

- Parando agora para pensar... Você tem razão. Nós nos amávamos, um pretérito imperfeito. - não sei porque, mas me lembrei da minha professora de português da sétima série. Ela foi a primeira pessoa a me dizer que eu deveria deixar essa ''bobeira de não amar''. 

- Por que você sempre arruma um jeito de brigarmos? Estávamos tão bem sem brigar. - ele reclama. Se eu disser que eu apenas me lembrei do meu passado no Brasil, ele dirá que estou arrumando desculpa esfarrapada. Apenas o ignorei. - Jade, me responda. - não imaginei que ele iria insistir nesse assunto. Tento ignorar mais um vez, mas ele se levanta e vem em minha direção. Ele levanta o meu rosto, que finge estar concentrado lendo, com delicadeza pelo queixo. Senti-lo me tocar daquele jeito outra vez me desperta aquele sentimento de novo: arrependimento por não ter dito tudo o que eu queria dizer. Seu toque acalma o pânico que tento não deixar aparente. Está frio e escuro dentro dessa sala. - Ei, por favor. Eu só preciso dessa resposta. Só preciso que você tenha piedade de mim e pegue leve com o meu coração. Você me tem nas mãos e nem sabe o tamanho de seu poder... - ele recita aquela música que fez pra mim sete anos atrás até acabar.

- Sabe o porquê de eu nunca ter cantado essa música em nem um de meus shows? - digo depois de secar as lágrimas. Ele semicerra seus olhos intensos e encaram os meus de tal maneira que, por um segundo, o frio que sinto desaparece e seu calor me aquece. Joseph me observa, esperando pela resposta. - Porque eu queria ter algo que seria só nosso. Já que fui burra e o deixei partir, eu queria ter algo que veio de você, só para mim. Eu não queria dividir com ninguém aquilo que já esteve em meus braços. Cantar aquela música nos palcos seria como se eu estivesse entregando você a todos, e eu não queria isso. Eu o que só para mim, o quero para que eu possa me refugiar debaixo de suas asas seguras e quentes de novo. Mas eu fui idiota e não disse nada, apenas o deixei ir. - as palavras saem com dificuldade, e ele seca as lágrimas que inundam o meu rosto.

- Olha, eu sabia que você ainda sentia algo por mim, só não imaginei que seria algo forte desse jeito. Você teve tantos outros namorados que imaginei ter me esquecido e restado apenas um carinho entre amigos. - ele diz. 

- Pois é... Pensou muito errado. Mas pelo visto, Joseph seguiu em frente. Tem até uma namorada psicopata. - falo e ele sorri. Não, não era para sorrir.

- Senhorita Gilbert, não tem ideia de o quanto está errada. O tempo me fez pensar ter te esquecido, mas foi só tocar sua pele mais uma vez que notei que estava enganado. Só de vê-la novamente, tudo veio a tona. - ele me puxa para si, em um confortável abraço. O frio diminui, mas continua ali. Pelo menos me sinto mais segura em seus braços. - Você está extremamente gelada. Quem teve a ideia de deixar o ar condicionado ligado, sendo que toda a universidade saiu? - Joseph se levanta. 

- Abra a janela. Como eu disse, a sua namorada é uma psicopata e me quer longe de você. Tenho certeza de que foi ela que me prendeu aqui, pra eu não poder ir até o barzinho com vocês. - explico.

- Aqui, pegue o meu casaco. - ele tira o moletom do corpo e fica com uma camisa da antiga banda de meu avô. Me levanto, visto o casaco e fico de frente para a janela aberta, que não é muito grande, mas não muito pequena. O vento quente adentra a sala, atropelando o meu rosto. Me lembro de quando eu ia para a casa do vovô e ele preparava biscoitos de chocolate para comermos em dias frios em frente a lareira. 

Joseph me abraça, e fica ali comigo. 

- Acha que merecemos uma nova chance? - ele cochicha em meu ouvido.

- Eu realmente tenho que pensar nisso. Você tem uma namorada louca, que se souber que irá terminar com ela por minha causa vai tentar me matar. Se lembra de Ashley e Mauro? Nem um pouco agradável. O limite de ex's ciumentas na minha vida já foi atingido. - me dói dizer isso.

- E se eu terminar com ela, e ficarmos juntos escondidos até nos formarmos e irmos morar na Inglaterra? - ele sugere, ainda apoiado em cima de meus ombros. Dou risada.

- Você quer mesmo ir morar na Inglaterra? - ele faz que sim com a cabeça e beija ao minha bochecha, me virando e deixando-me cara a cara com ele.

- Eu quero ter uma vida com você. Sabe, todo esse tempo perdido por nada... 

- Ok, primeiro termine com ela. Não quero ter fama de ''amante''. - falo, aninhada em seu peito.

- Considere feito. - ele levanta meu rosto e me beija. Sentir o toque de seus lábios contra os meus é como se voltássemos ao nosso primeiro beijo juntos, é a uma sensação ótima.

Começo a me senti mal, muita coisa junto e meus joelhos bambeia.

- Opa. O que está acontecendo? - Joseph me pega no colo, impedindo que eu caia e me coloca delicadamente em uma cadeira.

- Meu remédio. Esqueci em casa.

- Aquele remédio que você toma desde os 15 anos? - faço que sim com a cabeça. - Precisamos sair daqui... Já sei!

Joseph tenta passar pelas barras de ferro da janela, mas falha. Ele tira a camisa, a enrola na mão e começa a dar socos na janela de vidro que tem na porta, até que o vidro se rompe. Joseph olha para mim com um sorriso orgulhoso e devolvo em um sorriso de apoio. Passando um dos braços pelo buraco, consegue abrir a porta pela maçaneta do lado de fora. 

- Agora é só conseguir sair de dentro da faculdade. - falo.

 


Notas Finais


OI
POR HOJE É SÓ :))
GOSTARAM? DEIXE SUA OPINIÃO NOS COMENTÁRIOS SZ
deem uma olhada no meu perfil que tem um oneshoot maneiro sz


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