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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Uma Leve Visita ao Hospital... Quem é essa?


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


Agora sim, esse é o último capítulo de hoje! Amanhã tem mais ;)
PS:: foto do capítulo: Jade (Jade Picon)

Capítulo 5 - Uma Leve Visita ao Hospital... Quem é essa?


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Uma Leve Visita ao Hospital... Quem é essa?

   São três horas da manhã. Estava dormindo desde as 19h00min. Rafael me acordou com mensagens de texto me convidando para fazermos uma caminhada pela manhã. Daqui a três horas! Qual é o problema dele? Nunca fomos pessoas matinais! Por que isso agora? Mas como é para fazer exercício físico, até entendo o lado dele. Chega de reclamar, Jade! Você ainda tem duas horas de sono. Só não irei dormir durante todas essas três horas que me restam porque se não irei ficar mais do que atrasada.

   Droga! Esqueci-me de colocar o celular para despertar e agora, estou atrasada. Rafael odeia esperar, então só deu tempo de trocar de roupa e comer um pedaço de uma barra de cereal. Fomos correr. Durante metade do percurso me senti... fraca! Isso nunca ocorrera antes, se no início eu estava correndo uns 15 km por hora, naquele instante caiu para 5 km. Já sei! Eu deveria ter comido algo. Aquele pequeno pedaço de barra de cereal não fez o efeito que esperara. Ele não me satisfez. Não adiantaria dizer isso a Rafael, ele iria dizer que era frescura da minha parte, que estaria fazendo corpo mole por não querer levantar cedo. Não tive escolha, tive que terminar o percurso, mesmo estando fraca. Meu ritmo começou a desacelerar, meu pulmão desejava mais ar do que minha força permitia, com isso, minha respiração foi ficando cada vez mais ofegante.

   -- Jade, você tá bem? – Rafael perguntou. Não conseguia falar nada, tudo ao meu redor ficou embaçado, até que do embaçado foi para o escuro total. Vencida pela fraqueza, desmaiei.

   Quando acordei, não estava reconhecendo o local, ouvia vagamente conversas, até que o rosto de Rafael apareceu na minha frente. Sua expressão era de preocupado. Finalmente acordei. Eu estava no hospital, a conversa vaga que ouvira era do meu avô com o médico. Ainda estava confusa, mas bem menos do que antes. Rafael percebeu que acordei e balbuciou algumas palavras:

   -- Ei! Você acordou finalmente!

   -- Há quanto tempo estou aqui?

   -- Há mais ou menos uma hora e meia. Bom, talvez tenha sido menos, mas para mim, esperar você acordar me pareceu uma eternidade.

   Ele ainda estava com a mesma bermuda de malha, a mesma camiseta preta, o mesmo tênis de caminhada e com os fones de ouvido pendurados em si. Seus cabelos ainda estavam meio molhados, de suor. Mediante a esses fatos, deduzi que Rafael estava exagerando, que eu estava ali no máximo há meia hora.

   -- O médico disse que você desmaiou por falta de energia. Você deveria ter comido algo. – Rafael completou.

   -- Não quero colocar culpa em ninguém, mas se você talvez não fosse tão apreçado com tudo, eu teria tempo para fazer o que deveria ser feito, comer. Mas, a culpa também é minha, eu me esqueci de colocar o celular para despertar. Eu realmente deveria ter acordado mais cedo.

   Rafa apenas assentiu com a cabeça. Fiquei feliz por ele ter sido tão compreensivo.

   Depois de mais alguns exames e constatar que não havia nada de errado, o médico me liberou e fomos embora. Quando finalmente chegamos em casa, tomei um banho e fiz o que o médico pediu, comi algo e fui para o meu quarto, ficar de repouso. Quando abri minha caixa de mensagens do e-mail para conversar com minhas amigas e contar as novidades, para a minha surpresa, havia muitos, muitos, mas muitos mesmo, e-mails de marcas de roupas, tênis e skates. Todos eles com a mesma proposta. Parcerias.

   -- Rafael! – gritei para ver se ele me ouviria. Deu certo.

   -- O que foi? Precisa de algo? – ele perguntou poucos segundos depois de aparecer na porta do meu quarto tão de repente que me assustei.

   -- Não exatamente. Mas, olhe só que estranho. – ele se aproximou e franziu as sobrancelhas.
   – É só a sua caixa de mensagens do e-mail que pelo visto está bem cheia. Há quanto tempo você não responde e-mails? - ele falou com um tom brincalhão.

   -- Não seu bobo! Esses e-mails são os que recebi ontem! Olhe só as datas! Esses e-mails são todos de marcas de roupas, tênis e skate! – expliquei. – Você não recebeu não?

   Havia 60 e-mails apenas de lojas e marcas querendo parcerias!

   -- Não sei. Espere um pouco, vou pegar meu notebook.

   Pouco tempo depois vi Rafael surgir mais uma vez na porta do meu quarto, mas dessa vez com o seu computador nas mãos. Verificamos e, sim! Rafael também havia recebido e-mails pedindo para fazer parcerias com tais lojas e marcas. Depois de lermos todos os e-mails e responde-los, vi que também havia agencias de modelos nos convidando para fazer alguns jobs e tudo mais. Aceitamos em média 15% dos convites. Muitas empresas não souberam negociar. Queriam ficar com muito mais do que deviam, além de cobrarem um preço muito, mas muito baixo por cada post divulgando a marca. Somente eu tenho quase um milhão de seguidores no Instagram, e, em média, uns setecentos mil no Twitter. Então, cada post teria uma repercussão muito grande já que seriam posts contínuos e Rafael também os faria assim a divulgação dos produtos iria duplicar de tamanho, digamos assim, pois, além de também divulgar, ele tem mais seguidores do que eu nas redes sociais.

   Antes de começar a missão de responder todos aqueles e-mails e negociar, chamamos vovô. Ele sim sabia o que realmente fazer. Por fim, fechamos parcerias com quatro lojas, três marcas, uma de skate, uma de roupas e acessórios e uma de tênis. E também vamos fazer alguns jobs em duas agencias de modelos. Bom, já são quase uma da tarde e vovô disse que não daria para irmos passear a barco como havia prometido. Então, Rafael e eu decidimos jogar vídeo games. Começamos a jogar, mas eu estava completamente fora de órbita, saudades da mamãe.

   -- Planeta Terra chamando Jade! – Rafael tentou me acordar. Demorei um pouco para voltar para a Terra. – Aposto que está com fome! Vamos, o almoço já deve estar sendo servido.

   Fomos para a mesa e nos deparamos com uma pessoa diferente, não a vimos no primeiro dia que chegamos. Era uma mulher, alta, magra, e ruiva. Com certeza não era natural! Ela tinha a pele mais pálida do que a minha e olhos castanhos, puxado para um tom de mel. Uma cara de nojo e um olhar de... ódio se formou em seu rosto quando seus olhos encontraram Rafael e eu.

   -- Crianças, essa é a Bárbara, minha empresária – vovô nos apresentou ela. – Bárbara, esses são Rafael e Jade, meus netos que falei para você.

   -- Prazer em conhecer vocês crianças. O senhor Müller não parava de falar em vocês dois desde que marcaram a data dessa viagem. – ela falou. Percebi um tom de falsidade em sua voz, talvez tenha sido coisa da minha cabeça, mas enfim... – Podem contar comigo o.k?

   -- Prazer em conhecer você também é... Bárbara, né? – falei.

   -- Sim.

   Silêncio tomou conta do local.

   -- Bem, sentem-se, vamos almoçar. Espero que gostem de lasanha. – vovô quebrou o silêncio que ali estabelecera. – Crianças, devo a vocês explicações. – claro que ele devia! Desmarcou o passeio a barco do nada! Aquele passeio era praticamente a nossa única chance de conversarmos com o vovô já que agora ele era prefeito e é muito ocupado. – Bom, tive que desmarcar por motivos de trabalho. Bárbara e eu teremos que viajar para outra cidade que fica cinco horas daqui. E essa viagem vai durar apenas dois dias o.k? Tenho um show para fazer. – após essas chatas palavras, ele olhou o relógio e viu que estava atrasado. – Meu Deus! Desculpa, mas tenho que ir agora. Vamos, Bárbara.

    Em seguida ele deu um beijo na minha testa e outro na de Rafael e saiu. Algo me diz que essa tal de Bárbara não é flor que se cheire. Espero que Rafael tenha achado o mesmo, caso contrário, vai ser bem complicado desmascarar ela sozinha. Enfim, a lasanha estava deliciosa, mas, com a saída repentina do vovô, perdi o apetite. A única coisa que consigo pensar agora é naquela mulher. Céus! Espero que não seja nada do que estou pensando, porque, se ela for daquele tipo de secretária que quer roubar o chefe da própria esposa, isto é, fazer com que ele traia sua mulher, serei obrigada a ser um pouco violenta. Espero que minhas aulas de Muay Thay sirvam para alguma coisa. Espero também que isso seja apenas coisa da minha cabeça. Meu Deus! Acho que estou ficando paranóica.

    A porta do meu quarto estava fechada, até o momento em que Rafael entrou. Eu havia o chamado para conversarmos sobre a Operação Descobrir Qual é a Intenção de Bárbara. Mas esse nome ficou grande e tosco demais, então deixei apenas as iniciais, ODQIDB, o que deixou Rafa um pouco confuso.

    -- Bater na porta não machuca e é mais educado, sabia? – falei após levar um susto com a entrada repentina de Rafael em meu quarto. – Sei que não está entendendo nada, e que está mais confuso com as iniciais que te mandei. Mas, antes que pergunte, irei explicar. – falei antes que ele abrisse a boca para perguntar algo. – Sabe essa tal de Bárbara? – prossegui. Mas dessa vez Rafael foi mais rápido e tomou a palavra.

    -- Sei, ela me parece suspeita. Aquele olhar de ódio me surpreendeu. Fora aquela cara de nojo pra gente. – Rafael disse me cortando completamente. – Você não reparou nisso? Da nossa dupla, você é a mais observadora. Estou surpreso por não vir falar comigo sobre isso ainda.

    Obrigada, Deus! O Senhor me deu um irmão completamente atento.

    -- Seu você não tivesse me cortado, saberia que aquelas iniciais significam Operação Descobrir Qual é a Intenção de Bárbara. Confesso que fiquei com medo disso ser apenas coisa da minha cabeça e acabar em um hospício. – retomei palavra, falando com ironia. – Será que ela é daquele tipo de secretária clichê que só está de olho no dinheiro do chefe e, por isso faz de tudo para conseguir o que quer tipo, tudo mesmo?

    Antes de responder, Rafael fez uma cara de pensativo, foi hilário. Não pude me conter e soltei a maior gargalhada.

    -- Do que você está rindo? Quero rir também. – ele falou com uma expressão de confuso. – Ah, deixa pra lá. Enfim, acho que essa tal de Bárbara é sim esse tipo de secretária, mas não acho que ela seria tão baixa a ponto de fazer isso que está pensando. Mas creio que ela seria capaz de tirar qualquer pessoa do caminho dela para conseguir o que quer. Custe o que custar. É melhor ficarmos de olho, maninha.

    -- Tive uma ideia! – falei de repente. – A namorada, noiva, esposa, sabe lá o que ela é do vovô, pode nos ajudar!

    -- Mas como? E se ela acha Bárbara uma pessoa legal? Mary é do tipo de pessoa que gosta de todo mundo! – Rafael começou. – A não ser que... – um sorriso malicioso, de quem vai aprontar alguma coisa, se formou em seus lábios. – Vem comigo, tenho um plano!

    Segui-o até seu quarto. Lá ele me contou seu plano. Sua ideia era de fazermos perguntas objetivas a Mary. Assim, dependendo de suas respostas, a teríamos em nosso plano. Mas esse não era o maior problema. O problema é que Mary e vovô não se casaram ainda, então ele não mora junto com ele, suas coisas estão sendo trazidas de pouco em pouco, ela vem aqui no máximo duas vezes por semana. Também não sabemos quais perguntas serão mais adequadas a serem feitas.

   -- O.k! Mary não está aqui, então a única coisa que nos resta é esperar! Que tal esperarmos na pista de skate? – sugeri – Assim poderemos nos enturmar mais rápido. Quero fazer novos amigos! Você é insuportável! – debochei da cara dele.

   -- O.k. Nós vamos, mas essa tal de Elena, a babá que vovô colocou na nossa cola vai deixar a gente ir?

   Elena é uma mulher razoavelmente alta, de longos cabelos castanhos de olhos verdes, que vovô a colocou como nossa governanta, babá. Ela tem em média uns 30 anos, ela é muito mandona. Quando perdi a fome no almoço, faltou pouco ela enfiar a comida goela abaixo. Se ela não tivesse feito isso, provavelmente, a minha primeira impressão dela seria completamente diferente.

   -- Qual é? Somos Jade e Rafael Müller! Somos as mesmas crianças que conseguiram trocar de babá sete vezes em uma semana! Essa aí é fichinha! -- falei. – Nós vamos até a pista de skate! Custe o que custar! Tenho argumentos convincentes o suficiente para ela. – conclui.


Notas Finais


O que acharam? Até amanhã ;)


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