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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - O Acidente de Eduardo Müller


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


Hoje terá mais uma maratona de capítulos! Bora escrever! ;)
PS:: foto do capítulo: Eduardo Müller (Gianluca Vacchi)

Capítulo 6 - O Acidente de Eduardo Müller


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - O Acidente de Eduardo Müller

   Descemos as escadas com o skate nas mãos. Quando íamos sair pela porta da frente, lá estava ela, sentada no sofá lendo um livro.

   -- Onde vocês pensam que vão? – Elena perguntou com um tom de autoridade.

   -- Bom, geralmente, a gente age sem pensar, mas antes de decidirmos, pensamos na melhor opção. E é pra lá que vamos. – falei com um ar de deboche. Rafael segurou a risada.

   -- E onde é essa opção? Posso saber? – ela perguntou.

   -- Essa opção fica aonde nós vamos, ué. E para ser sincero, não. Você não pode saber. – Rafael falou. Ele entendeu direitinho o meu plano para trocarmos essa babá, por uma melhor, no mínimo.

   -- E por qual motivo não posso saber? – Elena indagou desconfiada. Acho que ela não é tão inteligente quanto pensei. Não era óbvio? Estávamos com nossos skates nas mãos!

   -- Você não pode saber simplesmente porque não queremos falar! – falei com uma carinha de inocente.

   -- Rá! – ela quase gritou. – Vocês não me enganam!  Vocês estão indo andar de skate! – ela falou como se tivesse descoberto a coisa mais importante do mundo.

   -- Demorou pra descobrir hein! Não viu os skates em nossas mãos não? – falei com cara de deboche.

   -- Vi sim, engraçadinha – espera aí! Engraçadinha? Como assim meu Deus? – Agora vão! Vão fazer amigos e se divertirem. – Elena concluiu. Rafael e eu nos entreolhamos com uma expressão de quem não estava entendendo nada! – Ei! Se vocês demorarem vou mudar de ideia!

   Não pensamos duas vezes e saímos pela aquela porta, não acredito que ela deixou numa boa. Chamamos o motorista e fomos até a pista que havíamos estreado no dia anterior. Eu realmente achei que estaria mais cheio, mas o fato de estar quase vazio foi até bom, pois assim eu poderia aproveitar melhor a pista. Ai meu Deus! Esses paparazzi não se cansam de fotografar não? Resolvi fingir que eles nem estavam lá. Chegando à pista, antes de descer rampa abaixo, uma garotinha que não aparentava ter mais de 10 anos me chamou.

   -- Ei! Você não é Jade? A neta de Eduardo Müller? – ela perguntou. Tem uma voz tão doce e amável.

   -- Sim, sou eu! E você, quem é? – perguntei a ela.

   -- Meu nome é Anne. E gostaria de saber se tem como você me ensinar a andar de skate. Vi você andando ontem e de repente me veio a vontade de aprender! Parece ser tão legal. – ela disse. Meu Deus! Que garotinha fofa!

   -- Ajudo sim. Mas onde estão seus pais? – perguntei, afinal, o que uma garotinha da idade dela estava fazendo sozinha na rua?

   -- Estão conversando com uns amigos ali na padaria do outro lado da rua. Mas antes de vir pra cá pedi permissão e eles deixaram. – ela respondeu.

   -- O.k. Vamos aprender a andar de skate! – falei. Ela me pareceu bem animada.

   Rafael já estava enturmado. Havia várias pessoas ao seu redor. Acho que estavam pegando dicas de skate. Enfim, a garotinha, Anne, estava mesmo disposta a aprender. Com aquela primeira... digamos, aula, ela já estava quase fazendo um ollie. Mas, cinco minutos após darmos início ás aulas, seus pais chegaram, marcamos de no dia seguinte no encontrarmos no mesmo lugar e na mesma hora. Depois de ela ir, fui até Rafael. Ele estava rodeado de pessoas. Sempre fui o contrário dele em alguns aspectos. Socializar, por exemplo. Sou mais seletiva com esse lance de amizade, Rafael faz amizades em instantes, admiro isso nele. Ele sempre fala pra eu ser como ele nesse quesito, mas não é assim que funciona, ele tem a personalidade dele e eu tenho a minha, por mais que sejam muito parecidas.

   -- Chega aí, Jade. – Rafael me chamou para mais perto assim que notou minha presença. – Me ajuda a esclarecer as dúvidas do pessoal aqui.

   Fui até eles no skate, muito tímida. Meu Deus! O carinha do avião... Não estava lá. Te peguei! Não ligo a mínima para aquele garoto que não faço ideia de quem seja. Apenas o acho muito bonito. Enfim, ao chegar naquela roda de skatistas, pensei que suas dúvidas seriam sobre o esporte e coisas do gênero, mas não, eram perguntas pessoais como "Em que escola vocês vão estudar? "Seus olhos são lentes?", "Vocês são irmãos?", "Qual tipo de música vocês mais gostam?" e outras perguntas fúteis. Olhei para o relógio, e vi que ficamos quase uma hora respondendo àquelas perguntas, um tanto quanto desnecessárias, e não andamos nada de skate. Resolvi ir embora, fui bem educada ao me despedir, Rafael sem muitas opções, veio comigo. Não acredito que perdi meu dia. Primeiro, perdi o passeio a barco e agora, perdi minha tarde respondendo perguntas idiotas sobre mim.

   Cheguei em casa, mas fiquei quase dez minutos plantada do lado de fora porque não tenho a chave do portão e as empregadas estavam fazendo o jantar. Conclusão: tivemos que esperar elas tirarem o frango do forno, pois, ou era entrar logo em casa, ou comer frango assado queimado no jantar. Escolhemos ficar esperando, quer dizer, Rafael escolheu esperar, para mim, não faria a menor diferença entre ter frango assado ou não. Sou vegetariana! Enfim, precisamos de uma cópia daquela chave urgente! Subi e tomei um banho. Agora, estou aqui escrevendo e respondendo e-mails das marcas que fechamos "negócios" e comentários em minhas redes sociais.

   Minhas aulas começarão daqui a um mês, então, tenho bastante tempo para poder fazer amizades. Quer dizer, considerando o fato de ser uma pessoa muito seletiva, talvez seja mais complicado de se estabelecer um vínculo de amizade tão rápido assim. Bom, agora, acho que vou assistir seriados, ou filmes, ou sei lá o que. Estou completamente entediada. Geralmente tenho mil e duas ideias legais de o que fazer quando se está no completo tédio, mas, hoje, justamente hoje, me deu um baita de um bloqueio criativo! Não consigo pensar em nada a não ser me deitar naquela cama macia que está a minha espera. Acho que vou fazer isso mesmo! Tchau!   

   Depois que deitei na cama ontem à noite, acordei somente agora, 09h21min da manhã. Meu Deus! Nunca dormi tão cedo e acordei nesse horário. Geralmente, quando durmo cedo como ontem, acordo cedo também, mas dessa vez foi diferente. Enfim, isso foi completamente desnecessário, mas o.k. Hoje é sexta-feira e dia do meu avô chegar da viagem ridícula que fez com aquela tal de Bárbara. Espero que hoje possamos ir passear a barco ou fazer algo juntos, enfim, acordei muito confusa, não sei exatamente o que quero ao certo. Acho que vou voltar a dormir para poder organizar melhor as minhas ideias.       

   Não sei exatamente o que está acontecendo, eu acordei com a voz de Mary dizendo: "Jade, se arrume o mais rápido possível, estamos indo para o hospital, seu avô sofreu um acidente.". Arrumei-me, quer dizer, na verdade eu apenas coloquei uma blusa e um casaco, estava frio lá fora, eu costumo ficar em casa de calça e um top, não gosto muito de usar blusas. E calcei um tênis qualquer, o primeiro que vi. Nem reparei nesse misero detalhe, eu estava com o rosto um pouco inchado, afinal, eu acabara de acordar. Não me importei.

   Chegamos ao hospital bem mais rápido do que eu imaginava. Aparentemente Mary estava bem ansiosa por notícias de seu futuro marido. Espero que não tenha acontecido nada de demais.

   - Doutor, ele vai ficar bem? – perguntou Mary, completamente eufórica de nervosismo.

   - Sim. Ele vai ficar bem, apesar de ter alguns cortes fundos, mas nada que alguns pontos não resolvam. Mas, tenho uma notícia que talvez não agrade muito a vocês. Ele está em um coma muito profundo. E, nós médicos, não temos nem uma previsão de quando ele vai acordar. Mas, fiquem tranquilos, ele vai acordar, só não sabemos quando. – o médico falou para nos tranquilizar. Para mim não deu muito certo, mas permaneci com uma expressão tranquila. Se eu demonstrasse o quanto estava apavorada, Mary ficaria ainda mais desesperada. E quanto a Rafael, ou ele realmente estava tranquilo mediante ao o que o médico disse, ou estava disfarçando muito bem, como eu. 

Estava tudo muito bem, na medida do possível, quando escuto uma voz, uma voz familiar.


Notas Finais


E aí, o que acharam? DE quem vocês acham que é essa voz familiar? Algum palpite? Deixe aí nos comentários ;)


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