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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Mauro


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


Hoje é dia de maratona de capítulos! Bora escrever! ;)
PS:: foto do capítulo: Mauro/Mikael (Ian Somerhalder)

Capítulo 7 - Mauro


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Mauro

- Olá, minha doce e querida filha! Está sabendo que vai morar com o seu papai agora? – Mauro. Meu pai disse.

   - O que? Quem disse que vou morar com você? Eu vim para morar com o meu avô! – falei.

   - Bom, respondendo a sua primeira pergunta, estou a bastante tempo tentando obter a sua guarda, então, fiquei sabendo do acidente de seu querido avô ontem a noite e falei com o juiz sobre o ocorrido e ele disse que você vai morar comigo. E, você não pode morar com alguém que está nesse estado! Nesse caso, sua guarda está sob minha responsabilidade. – ele falou com um sorriso sarcástico no rosto.

   - Não me importo! Vou chamar a advogada do vovô! Graças a ela, não sou obrigada a te suportar por mais de uma semana por ano. – argumentei com um sorriso de quem já havia ganhado essa batalha.

   - E é aí que você se engana minha amada. Sua querida advogada, Carol, também está impossibilitada. Caso vocês não saibam, ela acabou de dar a luz ao bebê. Acho que ela não volta a trabalhar tão cedo. Ah! E antes que eu me esqueça, a sua mamãe não poderá vir salvar vocês porque, com esse ato, ela pode ser presa, segundo o juiz, já que eu estou com a guarda. – ele argumentou de volta.

   - Com quanto você subornou esse juiz? Tipo, só quero saber por curiosidade mesmo. – falei ironicamente – Você é mesmo um monstro! Prefiro a morte a ter que viver com você e sei lá mais quem! – conclui.   

   - Bem, você não perguntou, mas vou responder assim mesmo. O seu querido irmão, primo, sei lá o que o Rafael é seu, vai morar com o pai dele, o tio Mikael, do outro lado da rua, ou seja, em frente a sua nova residência. – ele falou.

   A única coisa que fiz foi gritar todos os palavrões em português que eu conhecia. Sorte minha que apenas Rafael compreendeu o que eu estava falando. Minha única opção era aceitar tudo isso que estava acontecendo. Então, ao entrar no carro, bati a porta com toda a minha força e raiva. Segundo Mauro, o pai de Rafael já estava indo buscá-lo.

   - Então, Mauro, que você vai me manter presa naquele cativeiro que você chama de casa eu já sei, mas, vou poder praticar meus esportes e exercer o meu trabalho como modelo e os shows? – perguntei quebrando o silêncio que ali estabelecera.

   - Primeiramente, não é Mauro, é papai. E você não vai ficar em um cárcere privado, é o seu novo lar! Claro que vou deixar você praticar seus esportes, e exercer o seu trabalho como mode... Espere aí! Modelo? Como assim, modelo? Show? Como assim, SHOW? – ele quase surtou, foi engraçado.

   - Primeira coisa que quero deixar bem claro: não sou mais a Jade bobinha de sete anos que te chamava de papai. Aqui agora nesse carro, é a Jade de quinze anos que te acha um monstro covarde por não ter assumido as suas responsabilidades. E sim, modelo. Recebi alguns convites. Fazendo esses trabalhos serei paga com roupas e um salário que ainda não combinei com as marcas. E shows porque Rafael e eu iríamos abrir alguns shows do vovô durante alguns finais de semana. Mas com esse acidente, é mais provável que façamos os shows por inteiro.  – expliquei.

   - O.k.. Você vai poder fazer isso de ser modelo e fazer os shows. – cedeu ele. – Bom, chegamos. Esse é o seu novo lar. Seu lar, doce lar. – ele falou cheio de orgulho. A casa é linda. São três andares, tem um jardim enorme, piscina, área para churrasco, vários quartos, uma sala se cinema e várias outras coisas.

   - A casa é linda, mas com você, acho está mais para lar, amargo lar. – falei.

   - Argh! Deixe de ser careta! Isso aqui é herança de seu avô, meu pai. – ele falou. Revirei os olhos, como alguém entediado. – Bom, vamos, vou te mostrar a casa e o seu quarto. – ele continuou.

   Entramos na casa pela porta da frente, que é feita de vidro. Ele nem me mostrou a sala de estar nem nada, fomos direto para o segundo andar, para colocar minhas coisas em meu quarto. Que era bem grande, mas básico. Tinha um armário gigante, uma cama de casal, um banheiro com banheira, uma grande estante cheia de livros e uma mesa branca com uma cadeira que aparentemente é bem confortável. Eu realmente prefiro o quarto que vovô havia mandado fazer para mim. Deixei minhas coisas lá.

   - Argh! Branco? Sério? Odeio essa cor. Se bem que, as paredes até podem ser brancas, mas tudo branco? Quando olho esse quarto me dá vontade de morrer! Prefiro mil vezes o quarto que o vovô Eduardo havia mandado fazer para mim! – falei.

   - Mas quem disse que seu quarto vai ficar assim? Daqui a pouco, depois do almoço, vamos ao shopping para você comprar itens de decoração. – afirmou ele.

   - O.k.. É... ouvi dizer que você tem outro filho. Da minha idade. Que por sinal, foi por causa dele que você não me assumiu. É verdade?

   - Ah... hmm... Sim! É verdade! Perdoa-me filha, mas o pai da Ashley, minha esposa, era muito mais bravo do que o seu avô. Ele disse que se eu não assumisse, iria mandar me matar! – ele falou.

   - Não sei como minha mãe conseguiu te amar! Não sei como eu ainda consigo olhar para a sua cara! O que eu mais tenho de você é nojo! Seu covarde medíocre. – falei com ódio.

   - Filha, venha aqui, sente-se ao meu lado. – ele falou se sentando na cama. Eu não me sentei, puxei a cadeira que do lado da mesa estava e me sentei. – Chegue bem perto. Vou te contar um segredo. Eu sempre amei sua mãe. Ela é o amor da minha vida! Meu sonho sempre foi ter uma família com ela. Mas eu tinha apenas dezesseis anos. Com essa idade, a gente não pensa direito. Então, eu meio que traí sua mãe em uma festa. Eu era muito novo, fácil de influenciar, então, eu bebi todas, e acabei ficando e engravidando Ashley. Quando o pai dela descobriu, sua mãe já estava grávida de alguns meses. E se eu não assumisse Josh, seu meio-irmão, eu iria morrer. Eu não queria morrer, não antes de ao menos te pegar no colo, de ter você em meus braços, e o mais importante, pedir perdão a sua mãe.  Agora, eu faria de tudo para tê-la aqui comigo. Mas fui burro de ter ido para aquela festa! Se você me entender, poderia me ajudar a reconquistar sua mãe! – ele falou baixinho. Por um momento deixei meu coração ser mais forte que meu cérebro.

   - O.k.. Talvez eu te ajude. Mas antes, você vai ter que me conquistar de novo. O que creio que vai ser bem mais complicado do que você imagina. Mas, Ashley sabe que você não a ama? – perguntei.

   - Na verdade, ela sabe, só não quer admitir para si mesma que só estamos juntos ainda por causa de Josh. – ele falou.

   - O.k.. Agora começa a sua tarefa mais difícil, fazer com que eu te chame de papai de novo. – falei sorrindo. – Você terá que se acostumar com os meus defeitos e manias.

   - Que nada! Minha princesinha não tem defeitos! – ele falou.

   - Ei! Vai com calma! Primeiro: não sou princesinha, nem sua e nem de ninguém! Eu pertenço apenas a mim mesma! Você ainda não me conquistou não o.k.? – falei meio brava.

   - O.k.. Não está mais aqui quem falou! Vamos almoçar. – ele mudou de assunto.

   Descemos as escadas e nos deparamos com... o menino que encontrei no avião! Como assim? O que é que está acontecendo universo? Você pirou de vez?

   - Esse é o Josh? – perguntei a Mauro.

   - Não, esse é o Joseph. Melhor amigo de Josh. Porque vocês não conversam um pouco? Enquanto isso vou até a cozinha para ver se já estão servindo o almoço. -- Mauro falou já saindo. Minha expressão era de quem não estava entendendo nada.

   - O.k.. Hmm. Você é Jade. Não é? – perguntou Joseph.

   - Sim. E como você sabe o meu nome? – perguntei.

   - Por dois motivos. Um: você é neta de um dos maiores astros do rock, e dois: Josh vive falando de você. – Joseph explicou.

   - O.k.. Isso é bem estranho. O fato de Josh falar sobre mim. O que ele fala, exatamente? – indaguei.

   - Bom, ele fala que você é muito bonita, e nisso ele está coberto de razão. – Joseph falou e, por um milésimo de segundo, senti minhas bochechas corarem. Mas passou.

    - Sério? Muito obrigada. Enfim, o que você mais gosta de fazer? – perguntei enquanto estávamos indo para o jardim.

   - Bem, há várias coisas como andar de bicicleta, ver o pôr-do-sol, me deitar na grama e olhar para as nuvens, fazer piquenique, assistir seriados, dormir, escutar música, praticar esportes mais radicais. Enfim, essas coisas simples que dão prazer. – ele falou. -- E você? O que gosta de fazer?

   - Se eu falar os meus passatempos favoritos você talvez não fosse acreditar porque, por baixo de todo esse preto, tem uma garota que gosta de assistir ao pôr-do-sol, contemplar o céu durante a noite, escutar música, mas também gosto de praticar esportes bem radicais, jogar vídeo games, dançar, assistir seriados, e dormir, eu amo dormir. Enfim, gosto das coisas simples da vida que dão prazer. – falei entre risos. Ele também riu.

   - Deve ter sido difícil para você vir para cá. Ter deixado o seu namorado lá no Brasil, seus amigos, familiares... – ele falou.

   - Namorado? De onde você tirou isso? – perguntei.

   - Simples. Você é uma garota linda! Encantadora. Impossível não ter um namorado. E além do mais, você usa um anel de compromisso! – ele argumentou.

   - Obrigada pelos elogios, mas não, eu não tenho namorado. E esse anel é feito de côco, comprei ele da última vez que fui ao Rio de Janeiro, na praia de Copacabana. E tem mais uma coisinha. Acho que nunca vou ter um namorado. – falei.

   - Mas por que não? – ele perguntou meio confuso.

   - Porque eu não acredito em amor. Tenho medo do que pode acontecer. Tenho medo de me magoar de novo por causa de um sentimento bobo. – falei como se fosse óbvio.

   - Mas o amor não é bobo! Não quando é recíproco! Você só precisa encontrar a pessoa certa. – ele explicou.

   - Mas como faço para descobrir sem me machucar? – indaguei.

   - Olha, quando você aprendeu a andar de skate você se machucou, certo?

   - Sim, bastante – respondi.

   - Então, assim é o amor. É impossível aprender sem se machucar. – ele explicou mais uma vez.

   - É estranho. Me sinto livre para compartilhar com você qualquer coisa. Espero que seja real isso. – mudei um pouco de assunto.

   - É mesmo? Fico feliz com isso. – ele falou um pouco orgulhoso.

   - Deveríamos ir qualquer dia desses fazer um piquenique e contemplar as nuvens. – sugeri.

   - Sim, deveríamos mesmo. – ele concordou.

   - Crianças! Venham almoçar! – Mauro nos chamou.


Notas Finais


O que acharam? Será que será o amor de Jade? Ou será que ela está fazendo apenas um joguinho com o garoto? Aguardem os próximos capítulos!


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