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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Fique comigo, Rafael


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


Mais um capítulo ;)
PS:: foto do capítulo: Jade e Rafael (Jade Picon e Leonardo Picon)

Capítulo 9 - Fique comigo, Rafael


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Fique comigo, Rafael

   Nunca imaginei que iria gostar de ficar na casa do meu pai. Quer dizer, o fato de ter que suportar Ashley não é nem um pouco confortável, mas o.k.. Também nunca imaginei que uma simples revelação poderia me deixar tão próxima de Mauro. Estou realmente impressionada em como a minha vida mudou em menos de uma semana. Bom, vou descer agora para tomar meu café da manhã. Não me preocupo com a minha roupa. A mesma de ontem, um top preto e uma calça de moletom cinza. Enquanto desço as escadas, me lembrei que meu avô ainda está no hospital. Bateu uma grande tristeza. Saudades. Por que o universo está contra mim? O que foi que eu fiz de errado? Sem contar que estou muito longe da minha mãe. A saudade de meus amigos aperta cada dia mais. Nunca me senti tão mal como me senti descendo apenas alguns degraus.

   Enfim, todos já estão terminando seu café da manhã e eu acabei de chegar. Isso é bem estranho, Josh e Ashley estão olhando para mim como se eu fosso um alienígena que acabara de invadir sua casa. Meu pai me olha como se estivesse vendo um sonho acontecer, o que estava ocorrendo de fato. E Joseph, quase me comendo como os olhos. Está bem, foi completamente constrangedor o jeito que ele me olhava. Mas fingi não perceber.

   - Dormiu mais do que a cama, Jade? Teve dificuldades em colocar o relógio para despertar? Por que acordou tão tarde? Temos um cronograma nessa casa caso não saiba. E você deve respeitá-lo. – Ashley falou com um tom de voz calmo e falso.

   - Bom dia para você também, é... qual é o seu nome mesmo? – comecei. Ela ficou bem brava, foi hilário. – Enfim, não importa. Não, eu não dormi mais do que a cama. Se você quiser ir lá em cima olhar, a cama ainda está dormindo. E eu não tenho dificuldades em colocar um relógio para despertar. Talvez você tenha, parece até que acordou umas quatro da manhã de tanto mau humor, credo. E acordei nesse horário porque o fuso daqui é bem diferente do fuso do Brasil. Vou demorar um tempo para me acostumar. E eu não estou ligando para esse tal cronograma. Ninguém aplica regras em mim. Muito menos você. E esse tal de cronograma se aplica apenas para a sua família, que por sinal, não faço parte dela. Muito obrigada por isso Deus! – falei me sentando a mesa e começando a comer.

   - Vai deixar ela falar assim comigo, amor? – ela perguntou ao meu pai.

   - Na verdade, não tenho muito que falar. Ela realmente está certa. Ah! E a propósito, bom dia, Jade. Como foi sua primeira noite aqui? Gostou? – ele perguntou a mim.

   - Bom dia, papai. Foi muito boa. Apesar de ter algumas pessoas inconvenientes que invadem o meu quarto durante a noite para fazer sabe-se lá o que. Foi maravilhosa. – respondi olhando para Ashley.

   - Fui apenas ver se estava tudo bem com você. – ela se defendeu. Não acreditei e pelo visto papai também não. Seja lá o que ela fez, vou descobrir.

   - Enfim, eu estava dizendo que Jade está certa, pois, o cronograma é para que seu filho não se atrase para seus compromissos. Quer dizer, nosso filho. Jade não precisa segui-lo, pois não tem as mesmas coisas para fazer durante o dia. E realmente o fuso daqui é bem diferente do fuso do Brasil, então dê a ela esse desconto. – papai falou. 

   - Enfim, você pensou na minha proposta, Mauro? Vai me colocar em algum esporte? – perguntei ansiosa pela resposta.

   - Sim. Você irá fazer handball, Karatê e Street Dance. Confesso que pensei seriamente na possibilidade em te colocar na ginástica olímpica, mas esses três esportes mais a musculação na academia já são o suficiente. – Mauro falou.

   - Muito obrigada. – agradeci.

   - Hoje irei analisar quais serão as melhores academias para matricular você, e depois que suas aula começarem, iremos visitá-las. – concluiu ele. Apenas assenti com a cabeça comecei o meu café da manhã. Enquanto todos saiam da mesa, eu ainda estava terminado o meu cereal com leite.

   Depois do café da manhã, fui para o meu quarto, notei algo diferente. O quadro que pintara para Mauro não estava ali. Sem perceber, soltei uma leve risada. Como Ashley é inconveniente e ingênua. Seja lá o que ela fosse fazer, há a minha assinatura no quadro. Desci as escadas rapidamente. Lá estava ela entregando o quadro para Mauro.

   - Olha meu amor, comprei esse quadro para comemorar nosso décimo quarto aniversário de casamento. – ela falou toda alegre.

   - Obrigado, Ashley. Mas, nosso aniversário de casamento será no meio do ano. Em agosto. E eu não sabia que Jade havia vendido para você. Ela disse que o daria para mim. – ele falou achando estranho.

   - O que? Eu comprei esse quadro. E não foi daquela pirralha não! – ela disse indignada.

   - É porque essa assinatura embaixo da pintura está escrito JadeMüller. Que por coincidência é o nome dela. – meu pai falou segurando o riso.

   - Ah! Então foi aí que o meu quadro foi parar. Agora já sei por qual motivo você foi para o meu quarto no meio da noite. – falei rindo.

   - Ai meu Deus! O que eu fiz para merecer isso? – ela saiu batendo os pés.

   - Induziu meu pai a trair minha mãe. – falei enquanto ela saía.

   Sabe, eu realmente achei que Ashley seria a maior vilã da minha vida aqui nos Estados Unidos, mas não. Ela está sendo a maior palhaça. Apesar de eu ter medo de palhaços. Enfim, ela é muito boba, ingênua, lerda e tapada. Eu sinceramente achei que seus planos diabólicos seriam, de fato, diabólicos. E não planinhos bestas como roubar uma pintura minha para dar para o meu pai.

   - Pai, me tira uma dúvida? – perguntei do nada.

   - Claro filha. – ele falou.

   - Esse tal de Joseph, amigo de Josh, mora aqui? Porque, tio, eu sempre vejo ele aqui. – falei.

   - Ah! Não! Ele mora aqui do lado. Mas os pais dele são empresários e vivem viajando, e por causa dos estudos Joseph não pode ir com eles. Então eu sugeri que ele ficasse aqui, mas os pais dele pagam suas despesas. – Mauro explicou.

   Fiz apenas uma expressão de que havia entendido o que era verdade, e subi para o meu quarto, não para me trocar, mas para deitar-me na cama e dormir ou assistir seriados. Mas acabei não fazendo nem uma dessas alternativas. Eu comecei a pensar na vida. Nos acontecimentos dos últimos dias de novo. Pensei que se o meu pai quer tanto ter outra chance com a minha mãe, se ele quer voltar com ela, por que diabos ele a proibiu de poder me visitar aqui? E se ele promoveu aquele acidente do vovô para poder ficar com a minha guarda? Isso faz sentido, afinal, pouco tempo depois ele chegou lá no hospital já com toda a papelada da guarda. Será que meu pai é esse monstro? Meu Deus! Minha cabeça cria cada coisa absurda que nem eu mesma acredito.

   Mas vale a pena pensar sobre isso. Vou começar a investigar tudo isso. Mas ninguém pode saber. É hora de ativar meu modo FBI. Ai meu Deus, como sou retardada.

   Me troquei e, ao passar diante do espelho que fica na copa, vi uma pessoa rebelde com uma calça jeans preta rasgada, uma blusa preta soltinha e um par de tênis qualquer, o primeiro que vi. Não me senti a pessoa mais linda, mas me senti confortável com minha aparência, e é assim que devo me sentir. Confortável com o que sou, com o que visto, com o que me pareço. Saí pela porta da frente e atravessei a rua. Lá estava o número 17, número da casa do tio Mikael, novo lar de Rafael.

   Toquei a campainha e uma moça me atendeu, deve ser a mulher que os auxilia na organização da casa.

   - Em que posso ajudar senhorita? – ela falou.

   - Não, pode me chamar de Jade – falei rindo um pouco, mas não foi de gozação, achei engraçado o fato de estar sendo tratada com tanta formalidade. – O Rafael Müller está? – perguntei.

   - Ah, sim. Está sim. Entre. – ela disse abrindo mais a porta para que eu pudesse entrar.

   A casa do tio Mikael é bem grande, mas parece uma casa antiga, mesmo assim é bonita. Me sentei no sofá e aguardei Rafael dar o ar da graça. Ouvi ele descer as escada rapidamente. Ao aparecer em minha frente, me levantei e o dei um forte e longo abraço. Parecia que estávamos sem nos ver há uma eternidade.  

   Fomos até o StarBucks e conversamos sobre o que estamos achando de morar com nossos pais. Rafael disse que está gostando e que eles, seu pai e ele, irão viajar dali a pouco. Então, ele deixou o dinheiro para pagar a conta e saiu, com uma despedida bem escrota. Me senti completamente abandonada. Fui para a casa e dormi o dia inteiro. 


Notas Finais


Esse foi o último capítulo de hoje! Amanhã tem mais ;)


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