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História Safe and Sound - O dia em que a verdade veio a tona.


Escrita por: wolfiverse

Notas do Autor


Leia as notas finais.

Capítulo 2 - O dia em que a verdade veio a tona.


Fanfic / Fanfiction Safe and Sound - O dia em que a verdade veio a tona.

   Não sei exatamente como poderia descrever a sensação que eu estava sentido, era horrível ver Jungkook assim, tão vulnerável, como se fosse algo muito frágil prestes a quebrar a qualquer instante. Corroia-me por dentro saber que eu era um completo inútil e não podia ajudá-lo. Depois daquele dia eu comecei a visitá-lo com mais freqüência, pra falar a verdade eu ia praticamente todos os dias, apenas faltava quando eu realmente estava ocupado com alguma tarefa da escola. Jungkook não tinha piorado desde então, o que de certo modo me aliviou, mesmo que tenha sido só um pouco.

   O que mais estava me intrigando naqueles dias era o fato do Jungkook não sair nunca daquele hospital, eu entendo que ele esteja doente e precisava ficar de repouso e observação, porem tenho certeza que um pouco de ar fresco não faz mal a ninguém. Pelo menos foi com esse pensamento que fui o visitar, queria tirar ele daquele quarto que cheirava a remédio.

   Foi nesse dia que eu descobri do que ele gostava.


   Estava andando para o hospital, mesmo minha cabeça martelando aquela mesma vontade de pegar Jungkook pelo braço e levar pra qualquer lugar que fosse só precisava passear com ele um pouco, mas... Será que ele poderia? Seu responsável deixaria? Sair faria mal? A ultima coisa que eu queria era prejudicá-lo, por isso levantei todas as hipóteses em minha cabeça para futuros problemas, mas pensando bem, não acho que fará realmente um mal a ele sair um pouco.

   O clima estava agradável, o céu estava em um tom bonito de azul com apenas algumas nuvens vez ou outra fazendo alguma sombra. Uma brisa bem gostosa tocava em minha pele exposta enquanto eu andava e apenas algumas pessoas caminhavam na rua. Eu realmente adorava observar as coisas, cada detalhe por mais que pareça insignificante, pra mim, é realmente grandioso. Passei por uma pequena loja e o cheiro de rosquinhas me chamou a atenção me fazendo parar. Olhei por dentro da grande vitrine e vi a variedade de guloseimas. Não posso negar que aquilo não havia me deixado com água na boca, afinal eu não me lembrava de qual tinha sido a ultima vez em que eu comi algo assim. Entrei no local e fui direto ao caixa.


— Por favor, poderia embrulhar alguns doces para a viagem?

— Claro! — A moça de cabelos presos levemente sorriu. — Quais o senhor gostaria de levar?

— Coloque derivados, não tenho preferências. — Afirmei.

   Sim, eu ia levar esses docinhos para Jungkook. Não sei se ele já experimentou as coisas daqui, mas essas definitivamente são umas das lojas que vendem minhas guloseimas favoritas, espero que ele goste. A moça não tardou em trazer a sacola. Eu paguei e voltei a meu caminho ate o hospital.

   Como aquilo já estava virando habito, já nem tinha tanta burocracia para entrar já que as enfermeiras e o medico responsável pelo Jungkook me conheciam. Fui direto para seu quarto e abri a porta sorrateiramente. Ela não fez o barulho que costumava fazer quando era aberta, por isso Jungkook não notou quando entrei.

   Ele estava dormindo.

   Posso dizer com todas as letras que era a cena mais linda que eu já havia presenciado em toda minha vida, se não era a mais, estava pelo menos no top cinco. Ele estava tão sereno, tão tranqüilo. Dava a impressão que era alguém sem problema nenhum.

Sorri me aproximando de sua cama branca. Seu gato veio correndo me receber, levei meus dedos até meus lábios fazendo um ‘’shh’’ baixinho para que ele não miasse. Sentei na fofa poltrona ao lado da sua cama e o observei dormir. Seus cabelos lizinhos caídos em sua testa, sua boca meio sem cor, e sua pele um pouco mais pálida que o normal. Por causa dos remédios mais fortes ele ficava cansado com mais facilidade. Ao lembrar disso sinto meu peito doer. É doloroso, me sinto impotente por não poder fazer nada. Um inútil.

 Levo silenciosamente minha mão até seu rosto, e acaricio. Minha mão faz o trajeto até a sua que estava jogada para fora da cama. A coloco em cima do colchão, mas não sinto vontade de solta-la, então não o faço. Acaricio seus cabelos com todo o cuidado do mundo, e devagarzinho deito minha cabeça perto do seu corpo ainda segurando sua mão. E então não me lembro de mais nada, apenas dos meus olhos pesando e tudo se tornando calmo e escuro.

 

                                        [xXxXx]

Senti uma leve cutucada em minha bochecha e então acordei levantando minha cabeça num ápice.

— Hm? O que, o que? — Perguntei rápido e assustado. Então quando voltei a si me dei conta de que eu estava dormindo.

— Hyung... — Riu esfregando os olhinhos, aparentemente ele tinha acabado de acordar também. — Está ai a quanto tempo?

Estiquei meus braços pra cima me alongando e olhei em volta. O quarto tinha um relógio redondo na porta, indicava 15:00. E eu tinha saído de casa por volta das 12:00.

— Umas três horas, por ai. Eu peguei no sono — ri soprado. Logo o gatinho acordou também, ele dormia na barriga de Jungkook, se espreguiçou. Não resisti e fiz carinho em sua cabeça.

— Desculpe dormir na hora da sua visita. — Falou baixinho. — Eu estava meio cansado hoje...

— Não precisa se desculpar Jungguk. — Me apressei a dizer, nem percebi que tinha o chamado por um apelido carinhoso. Pela primeira vez. Ele me olhou e me encarou por uns segundos demorados sem reação. Até abrir um dos seus melhores sorrisos.

— Ninguem nunca tinha me dado um apelido. — Falou sincero e fechou um pouco os olhos em meio o sorriso.

Senti meu rosto ruborizar, mas sua expressão era tão linda.

— Pois então Jungguk vai ser seu novo apelido, está bem? — Comentei animado me levantando da poltrona e indo até a mesinha. Eu havia deixado a sacola com as guloseimas lá quando entrei.

— Sim! Sim! — Confirmou. — Hyung. — Chamou e eu o olhei parando no meio do caminho. — Posso te dar um apelido também? — Perguntou brincando com seus dedos de maneira nervosa, ele não me olhava nos olhos.

— Mas é claro que pode. Eu iria adorar. — Ri nasalmente com o seu nervosismo aparente, era adorável. Peguei a sacola e voltei me sentando na beira da cama. Ele parecia meio distante pensando. — E ai qual vai ser?

— Ji. Seu apelido vai ser Ji.

— Ji? — O outro assentiu. — Pois bem, será Ji então. — Só depois de rir mais um pouco o mais novo percebeu que eu estava com uma sacola na mão.

— O que é isso? — Olhou curioso.

— São uns doces que eu trouxe pra você. — Ele arregalou os olhos. Argh adorável.

— Sério Hyu... Ji. — Se alto corrigiu. — Trouxe pra mim mesmo?

— Huhm. Mas eu não sei se você vai gostar... — Tirei os doces da sacola. Todos estavam dentro de uma sestinha. Tinha muitas variedades. Palitinhos de chocolate, roscas, pãezinhos doces, de mel, de açúcar. Mas todos eram em pequenas quantidades, era apenas para um tira gosto. Eu não queria prejudicar a saúde dele, pelo menos não queria ajudar nisso. — Coma essas primeiro. — Peguei uns palitinhos de chocolate e levei até sua boca, ele instantaneamente abriu.

— !! Ixo ta multo Bom!! — Falou de boca cheia. Ele realmente havia gostado.

— Espere mastigue antes de falar Jungguk. — Ri da forma desesperada em que ele comia, parecia uma criança no parque de diversões, não sabia em qual ir primeiro.

Fiquei olhando ele comer os docinhos durante um bom tempo. Todo minha idéia de sair com ele foi por água abaixo. Nós dois tínhamos dormido e não acho que seria bom sair tarde com ele, não quero que ele pegue friagem, e mesmo se ele se agasalhasse não seria bom. Não comentei, afinal não queria dar esperanças. Falsas esperanças.

Depois que ele terminou de comer tudo. Eu nem havia tocado neles, achei mais interessante olhar ele comendo, de vez em quando Jungkook me olhava e levava um docinho ou outro até minha boca me dando, e eu aceitava tudo de bom grado.

 

Eu simplesmente poderia passar o dia todo descrevendo o quanto Jungkook era adorável. Nesse dia tive que limpar sua boca muitas vezes pois o mesmo se sujava muito rápido. Era como um bebe provando chocolate pela primeira vez. Tive que conversar com o médico e avisar o que eu tinha dado pra ele, claro. Escutei alguns sermões chatos, mas não me arrependo, já vi a comida do hospital. A comida era cheia de proteína porem era sem gosto, meio ruim. Não é como se tivesse feito um grande mal para o mais novo. Ele estava feliz. E pra ver aquele rostinho feliz eu faria tudo novamente.

Sobre os apelidos, tenho que admitir que foi uma boa idéia, eu adorava ser chamado de Ji por ele. Era fofo, vindo dele quase tudo se tornava adorável. E ele parecia gostar de quando eu o chamava de Jungguk. Ele ficava vermelhinho e sorria bobo.

Depois de uns tempos, ele começou a ficar mais manhoso, digamos assim. As vezes pedia para eu ir visitá-lo duas vezes por dia, apenas pra sentar ao seu lado e ver algum desenho na televisão, no fim ele só queria passar a tarde com alguém. E eu jamais negaria isso. Eu sabia o que era se sentir sozinho. Sabia como ninguém o quanto esse sentimento te corroia.

Tambem consigo me lembrar do dia em que eu consegui autorização do hospital para sair com Jungkook. Levar ele para passear. O que eu não havia entendido é o por que sempre quem tratava desses assuntos era o hospital. O Jungkook não tinha nenhum responsável para falar por ele? Bom, eu tinha muitas duvidas sobre isso. Mas não era como se eu pudesse chegar e simplesmente perguntar. Não me sentia confortável para fazer isso. Mas não quero contar isso agora. E sim de como me diverti saindo com Jungkook.

Foi nesse dia que eu aprendi coisas com ele

 

 

— Espera Jungguk.

Dês da hora que eu tinha dado a noticia que eu o levaria para sair ele não parava de tagarelar e dizer o quanto estava animado. Me enchendo de perguntas sobre o lugar. É claro que era uma surpresa, e eu já planejava isso por tanto tempo que nem via a hora de ver a sua reação.

Era meu parque favorito. Estava mais bonito do que eu me lembrava, cheio de flores, mais especificamente tinha um tapete de flores amarelas. Jungkook não sabia para onde olhar, parecia cego em tiroteio.

— Ji, isso tudo é tão... Tão lindo... — Eu não sei porque ele estava tão emocionado a ponto de quase chorar só por ter visto algo bonito, mas eu achei uma graça.

— É um dos meus lugares favoritos, até esqueço que tenho problemas quando me sento aqui.

Ele me olhou e sorriu logo se sentando no chão. Eu o segui e me sentei também.

— Eu nunca vi um lugar tão florido, é lindo. — Riu. — Me desculpe por dizer ‘’lindo’’ tantas vezes. Eu acho que estou um pouquinho animado demais com isso.

— Não se preocupe, é realmente; Lindo lindo lindo lindo lindo. — Falei rindo e me deitando pra trás. Jungkook soltou uma gargalhada gostosa e deitou pra trás também seguindo meu ato.

— É. Eu esqueci de todos os meus problemas...

— Viu, não disse. Acho que quando estamos nos sentindo confortáveis demais, nada mais importa, ao menos nesses breves momentos. — Ri soprado.

— Então, ficar perto de você é muito confortável pra mim, Hyung. Eu sempre esqueço dos meus problemas quando estou perto de você. Esqueço de tudo e de todos. — Falou baixinho. Mas eu escutei perfeitamente, o que me fez olhar para sua direção de rabo de olho.

— Sabe... Aqui tem muita borboleta. — Mudei de assunto por ter ficado meio constrangido. Levantei o tronco ficando apenas sentado, e Jungkook fez o mesmo novamente. — Eu nunca consigo pegar nenhuma. — Fiz um bico.

— Voce é meio destrabelhado não é Ji. — Levantou e olhou em volta procurando alguma borboleta. — Vou te ensinar a pegar. No jardim do  hospital tem bastante também.

— Ya! Não fale assim do seu Hyung. — Levantei para segui-lo.

— Olha ali uma. — Ignorou minha fala e foi sorrateiramente até uma borboleta azul. Ele foi de forma tão mansinha, que ela nem ao menos saiu da flor. Permaneceu parada, ele levou seus bracinhos até ela e a pegou com cuidado. Não para machucar apenas para segura-la. — Viu, fácil.

— Sei sei. — Revirei os olhos e bufei, fingindo uma irritação. Mas eu logo ri, não consegui ficar sério por muito tempo. Me aproximei para olhá-la melhor, e era impressionante como ela não saia da sua mão, permanecia parada. Ela era linda. — Como consegue? Isso é incrível.

— Eu não sei. — Deu de ombros. Aproximou ela de seus lábios e soprou fazendo a mesma levantar vôo.

— Ela voa de forma tão suave, argh. É tão frágil e fofa que me da gana.

— Gana, o que é isso? — Jungkook tombou a cabeça pro lado.

— Hm, como posso explicar. É quando você vê algo tão fofo que sente vontade de beijar e abraçar bem forte.

— Oh. — Pensou um pouco. — Ji, você me da gana! — Falou sério.

Ele falou tão de repente que eu corei. Mas também não sei se ele falou no duplo sentido.

— Voce me da gana também Jungguk.

 

Depois disso, eu não entendi muito bem o porque, porem eu sempre corava quando Jungkook me dizia coisas doces, eu sentia meu coração acelerar e minhas mãos suarem, me sentia tão nervoso, era como se aquela borboletinha do parque estivesse dentro da minha barriga. Taehyung começou a perceber minha mudança de comportamento, e ficou um pouco estranho comigo. Ele sabia de toda minha história com o Jungkook, e parecia que algo nisso o incomodava. Então, quando ele foi pra minha casa, resolvi perguntar o que era.

Foi nesse dia que eu discuti com Taehyung.

 

— Eu não vejo motivos aplausíveis para eu  parar de falar com Jungguk! — Gritei para Taehyung que estava do outro lado da sala tão bravo quanto eu.

— ‘’Jungguk’’? Voce deu apelidos para ele? — Revirei os olhos e cruzei os braços, pra que esse cena toda? Assim do nada. — Olha, eu não to pedindo pra você parar de falar com o Jungkook, só estou pedindo pra você diminuir a freqüência. Só isso.

— Mas Tae eu gosto de falar com ele, e alem disso ele é sozinho e você sabe mais do que ninguém que eu o entendo perfeitamente. Jamais faria isso com ele. — O olhar dele, não estava mais parecendo de raiva, mas eu não conseguia identificar o que era.

— ... — Suspirou. — Eu só estou falando isso pro seu bem. Voce tinha depressão, uma depressão forte, e eu não quero que ela volte. — Levou sua mão bagunçando seus cabelos de forma nervosa.

— Me desculpa, mas eu não vejo bem nenhum em parar de falar com ele. Voce sabe como eu estou me sentindo perto dele. — Argumentei.

— Jimin, ele tem leucemia. E pelo pouco que sei, ele está piorando.

Senti minhas pernas fraquejarem, qual era a necessidade dele falar isso? Eu não entendi aonde ele estava querendo chegar. Mas não pude evitar de sentir meu coração apertar e meus olhos marejarem.

— I-isso não tem nada a ver. Voce sabe o quanto ele é importante pra mim Tae. — Tentei me manter com uma postura forte a palavra ‘’leucemia’’ ainda rondava minha cabeça. — Eu ainda não entendi aonde você esta tentando chegar Taehyung.

— Jimin... Voce está apaixonado por um garoto que está morrendo. 


Notas Finais


Então, me desculpem por TODA essa demora, mas não, eu não abandonei essa fic. Eu apenas a deixei de lado, mas quero muito finaliza-la logo.

Espero que voces tenham gostado desse capitulo, foi meio doloroso esse final, porem não fiquem com raiva do Taehyung ok? Tentem entender o seu lado. Até a proxima att <3


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