História Um bom dia para a perdição - Um bom dia para a perdição

-Dia 01- Querido Diário... Minha sala ganhou um novo aluno chamado Seiji, achei ele muito fofo, ele tem cabelos loiros e lindos olhos verdes, mas ele estava com um rosto sério, deveria estar nervoso. Ele sentou na carteira da minha frente, senti um pequeno arrepio e fiquei desconfortável... Bom, talvez fosse minha vergonha. Ele não disse uma única palavra durante as aulas, e para que ele prestasse atenção em mim, derrubei minha borracha perto dele para que pegasse e conversasse comigo até gostar de mim, e então ele pegou e perguntou: -Essa borracha é sua? Respondi que sim, e então ele me devolveu com um sorriso lindo. Acho que ele começou a gostar de mim! Depois disso, acabou a aula... Boa noite Querido Diário. -Dia 02- Querido Diário, hoje foi um dia incrível! Na hora em que sentei em minha carteira e olho na porta, me deparo com o Seiji entrando todo sorridente olhando pra mim, logo, sorri de volta pra ele e quando se sentou à sua carteira, ele se virou falando: -Oi! Como foi seu dia? Fiquei pensando... Será que ele já está se soltando comigo?!? Será que começou a gostar de mim?!? Só sei que fiquei muito feliz ! E então eu disse: -O-oi! M-meu dia foi bom e o seu? – Ele disse que estava bem também. Depois da aula, ele me deu uma linda pedra vermelha como presente e demos “Tchau” para ambos... Boa noite Querido Diário. -Dia 03- Querido diário, ouvi um barulho vindo da cozinha e estou com medo, deve ser um ladrão ou algo do tipo, mas estou curiosa e darei uma olhada... Era uma criatura, mas não sei direito, ela estava com meus pais ensanguentados no chão da cozinha e então comecei a correr para meu quarto, onde eu me tranquei e coloquei minha cama em frente à porta... Saí gritando para os vizinhos pedindo ajuda, mas ninguém me ouviu... E então me lembrei do Seiji, liguei para ele, que atendeu rapidamente e então eu disse: -Seiji! Por favor, chame por ajuda! Tem uma coisa que matou meus pais e estou trancada em casa! Por favor, chame a polícia e ajuda! E então ele disse: -Certo! Chamarei a polícia e uma ambulância! Antes de ele desligar o telefone, ouvi uma risada doentia bem baixa, acho que era impressão minha... Após 10 minutos, a polícia chega me mandando abrir a porta, e então eu tirei minha cama da frente e quando abri a porta, os policiais me encaravam dizendo: -Você já não é grandinha de mais pra passar trote para nós? E então eu disse: -M-mas é verdade! Meus pais estão mortos na cozinha! E quando olho atrás dos policias, vejo meus pais me olhando nervosos... Depois, os policiais foram embora com meus pais pedindo-lhes desculpas, e quando meus pais foram falar comigo, eu disse: -Eu juro! Eu vi uma criatura cm vocês mortos no chão! E então eles gritaram para parar de fazer brincadeiras, e então comecei a chorar dizendo que não era mentira, então eles ficaram nervosos me dizendo para me deitar e me proibiram de mexer no celular, aí eu disse para que pelo menos deixassem meu amigo vir em casa, e então eles deixaram como o último pedido, e então eu lhes agradeci e disse que nunca mais faria isso novamente, por isso comecei a escrever em você Querido Diário... Boa noite. Querido Diário, meus pais me deram outro diário, mas ele é diferente e me disseram pra mim escrever em você sempre que acontecer algo... -Dia 04- Estou me arrumando para a chegada do Seiji, acho que vou colocar um vestido e obviamente usarei meu colar... Talvez ache bonito, mas agora vou ao banheiro arrumar minha maquiagem... Quando me olhei no espelho, me vi diferente, com olhos negros, saindo sangue pela boca... Dei um enorme grito e saí do banheiro, t-talvez s-seja minha imaginação, certo? Depois disso, ouvi a campainha e saí correndo para ver quem era... Ele chegou, ele está tão lindo! Ele me disse que eu estava linda! Então eu lhe agradeci. Eu disse para subirmos e irmos ao meu quarto, quando chegamos lá ele pediu para que usasse o banheiro, após isso, ouvi um barulho estranho abaixo de minha cama, quando fui ver era eu mesma ensanguentada, dei um grito e então o Seiji saiu correndo do banheiro e me perguntou o que havia acontecido... Eu disse que tinha meu cadáver abaixo de minha cama toda ensanguentado, mas ele disse que não tinha nada, e quando fui ver, não tinha nada mesmo... Depois disso, eu e ele conversamos por 2 horas sobre coisas aleatórias, depois ele foi embora e quando voltei ao meu quarto, vi o Seiji enforcado no teto, mas eu juro que tinha acabado de vê-lo indo embora... E então fiquei em choque... Não conseguia me mexer e então gritei aos meus pais para correrem daqui o mais rápido possível... Quando chegaram ao meu quarto, apontei para o teto gritando com uma voz falhando: -Olha o Seiji! O Seiji está morto! Eles disseram nervosos que não tinha nada ou ninguém pendurado no teto, e quando fui ver de novo, realmente não tinha nada... Acho que estou tendo alucinações... Depois disso, eu e meus pais fomos a algum psiquiatra e me deixaram em uma sala sozinha sentada em um banco enquanto falavam com alguém que eu não conseguia ouvir (acho que era o psiquiatra), eles voltaram e me deram um remédio dizendo que era pra eu tomar, fui ao banheiro com um copo de água e tomei o remédio e a água... Que gosto horrível era aquele! Deu vontade até de vomitar, e então comecei a vomitar, mas em vez de sair vômito, saiu sangue! Era sangue negro! Eu gritei para meus pais, mas eu estava engasgada com o sangue, então só os ouvi gritando para perto de mim e gritando meu nome enquanto eu estava desmaiando... Quando acordei, estou em uma cama tomando soro pela veia, e então gritei para meus pais e quando chegaram, estavam chorando e gritando: - Por que você tentou fazer isso? Por quê? Eu rapidamente disse: - Tentei o que? E então minha mãe revidou, dizendo: - Não me faça de idiota! Você tentou se suicidar! Eu disse que nunca faria isso... Então eles me disseram que eu não iria para a escola e que ficaria internada, logo, entrei em desespero implorando: - Por favor, mãe! Por favor, não faça isso comigo! E então foram embora enquanto me deixaram gritando sozinha... Pelo menos me deixaram você Querido Diário, escreverei em você à noite... Já é noite... Impossível dormir com o barulho dos outros pacientes gritando e estou ouvindo vozes perto de mim me dizendo: - Como é possível ser traída pela própria família? Ninguém gosta de você! Seus amigos vão se afastar de você, eles vão te chamar de louca! Até seu amado Seiji ficaria longe de você! E então eu gritei com lágrimas saindo de meus olhos: - Mentira! Isso é Mentira! E então as vozes começaram a rir de mim cada vez mais altas e mais altas e mais altas! Até que ouvi alguém batendo na porta de meu quarto e quando vejo, é o Seiji... Tirei todos os equipamentos de mim e saí correndo abraça-lo gritando: - Seiji, obrigada! Obrigada por vir me ver! Estou tão feliz em te ver nesse momento! E então ele começou a rir... Era uma risada doentia e perguntei com medo do porque estar rindo, e então ele respondeu com enorme sorriso: - Você é idiota ou algo do tipo? Só vim pra ver você sofrer sua idiota! Quero que você morra! Depois disso, minha vida não tinha sentido... Fui traída por minha família e agora pelo meu amado Seiji? Nesse exato momento, peguei minha caneta e perfurei minha garganta... Nesse exato momento, estou escrevendo com a caneta ensanguentada prestes a morrer, a respiração está ficando fraca... Meus olhos estão fechando... E a última coisa que ouvi e vi, foi a risada doentia do meu amado seiji.....