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História Um Brilho Na Escuridão - Capítulo 9 - Mudança


Escrita por: nayla_tatty

Notas do Autor


Espero q gostem^^
Boa leitura;

Capítulo 10 - Capítulo 9 - Mudança


Fanfic / Fanfiction Um Brilho Na Escuridão - Capítulo 9 - Mudança

É tão bom você acordar todos os dias pela manhã, e ver que mais uma vez teve a chance de mudar ou reparar algum erro que acabou cometendo no dia anterior. Deus te dá mais uma oportunidade pra corrigir aquela mesma falha que muitas vezes chegamos a crer, ser tão irreparável. Agora eu me sinto muito mais feliz quando desperto com os raios do sol iluminando minha face, e agradeço a Deus por me conceder mais um dia. Antigamente, sentia-me tão injuriada que nem ao menos tinha forças pra me erguer da cama e aguentar mais duras e incansavelmente aulas sobre etiqueta e decoro, e em seguida ficava brincando com minhas diversas bonecas, pra quem nunca tive oportunidade para mostrar pra minhas amiguinhas, a infinita coleção que possuo. Afinal eu não tenho nenhuma amiga. Meu pai sempre foi super-protetor e nunca permiti que eu brinque com ninguém, nem mesmo com alguma menina da vizinhança. Muitas vezes cheguei confrontá-lo, gritando incontrolavelmente, dizendo com o quanto sentia-me sozinha dentro daquela enorme casa solitária. Foi quando ele me contou a triste história envolvendo minha mãe e me obriguei a ficar em silencio, e parei de questionar papai. Ele a amava e queria me preservar ao máximo. Mais já estou ficando totalmente sufocada, diante de tanta auto preservação.

Naruto parece ser outra pessoa, completamente diferente do seu antigo eu: mergulhado em miséria. Ele está com uma aparência muito mais saudável, sua pele adquiriu uma tonalidade cor de pêssego, e seus olhos estão nitidamente ainda mais azuis – um azul safira, intenso, e muito mais febris. Demorou um certo tempinho para que Naruto pudesse finalmente se acostumar em chamar meu pai de “papai”. E essa foi uma das rígidas exigências de nosso pai. - Papai parecia estar tão feliz por ter acolhido Naruto em nossa pequena família, fazendo de todo o possível, pra fazer Naruto se sentir em casa. Não demorou muito tempo, para que Naruto pudesse andar sozinho pela mansão, sem ajuda ou auxilio de alguém ao seu lado a todo tempo. Mais ainda assim, ficávamos temerosos de que ele pudesse cair e se machucar a qualquer momento. Eu sempre vou ao seu quarto e leio pra ele algumas histórias literárias que tanto adoro, como por exemplo: (Shakespeare e Jane Austen). Naruto parece também ter adquirido uma certa paixão obsessiva pela narrativa intensa dos livros de Shakespeare, e seus olhos brilhavam de fascinação, a cada parágrafo que eu terminava de ler em voz alta. Quando não estou lendo para ele, geralmente ficamos brincando no jardim e conversamos durante horas a fio, encobertos pela relva do jardim gigante, nos banhando um pouco de sol. Mas, sempre acabamos ouvindo cochichos ásperos, vindos de alguns serviçais maldosos, comentando cruelmente sobre mim e Naruto. Mais toda vez ignoramos a presença inexistente desse bando de corvos carniceiros.

Eu gosto de me sentir assim, contente e realizada. Ás vezes quando paro para refletir, finalmente me dou conta, do quanto eu tenho sorte por ter uma família tão: maravilhosa e perfeita. Antes de Naruto em minha vida. Sentia-me tão opaca e melancólica por dentro. Fazendo de todo possível e o impossível, para atrair a atenção de todos a minha volta, correndo e gritando enlouquecidamente com qualquer um que me repreendia por causa de minhas sôfregas malcriações. Mais agora não. Eu mudei. E consigo reconhecer que graças a Naruto, estou começando amadurecer de verdade. Eu amo Naruto, mais meu amor por ele é diferente do amor que sinto pelo papai, e ainda estou tentando compreender e definir, esse tipo de amor indefinido que realmente sinto por Naruto. E sem nenhum motivo aparente eu temo pela resposta. Quando estou ao seu lado, consigo, por fim, esquecer-me completamente do tão implacável tempo que gira e roda sem parar, seu tic-tac trabalhando inexoravelmente no relógio acima da lareira.  Meu pai percebeu que a bengala não ajudava muito Naruto, por que ele tinha uma certa dificuldade pra manuseá-la, por ser muito curto. Foi quando papai teve a brilhante ideia de presenteá-lo, com um cajado retorcido, e na ponta acima da extremidade superior recurvada em forma de gancho, havia uma pequena pedra de rubi incrustado na madeira de ébano. O cajado era simplesmente lindo e incrivelmente fascinante. Tenho quase certeza de aquele presente, deve ter custado uma pequena fortuna para papai. Mais ele me confidenciou que mandou fazê-lo, propriamente e especialmente pra Naruto. Aposto que papai nem se importou com o preço. Afinal somos muito ricos. Mais a melhor coisa de todas, foi ver a felicidade transbordante espelhada no rosto de Naruto, ao receber seu presente afortunado. Isso eu nunca me esqueceria e nem mesmo papai conseguiria, se esquecer de um momento tão primoroso como aquele.

No decorrer do tempo, Naruto e eu não só viramos irmãos, como também acabamos nos transformando em melhores amigos um do outro. Eu lhe digo todos os meus segredos, e, ele os seus. Naruto se transformou em meu único melhor amigo e confidente, e conto somente a ele minhas maiores fantasias e aspirações.  Nas noites de tempestade, eu me ergo de minha cama e vou até seu quarto, em busca de sua solidez e vitalidade humana e me enfio debaixo dos cobertores, agarrando Naruto com força, e acabo soltando pequenos gritinhos, com extremo pavor do temporal. Por algum motivo absurdo, Naruto parece não se intimidar nem um pouco com o barulho assustador que as trovoadas provocam. E quando lhe perguntei por que ele não tinha medo, Naruto simplesmente me respondeu que os trovões fazem parte da natureza e que a chuva ajuda manter o céu mais limpo e muito mais respirável. Eu ri diante de seu ponto de vista maluco e argumentei:

- Você está totalmente enlouquecido se acredita nesse seu argumento para loucos. Trovoadas dão sim muito medo e causam muito terror. Ás vezes penso que a qualquer momento os céus vão desabar pra abaixo! Uma pena que não pode enxergar, Naruto. Pelo menos veria com quanto estou certa e... – não consigo terminar a frase, por que outro trovão explode no céu, e eu me encolho todinha, enterrando meu rosto e me enfiando debaixo do braço de Naruto, desejando desaparecer. – E-está v-vendo quando lhe digo essas coisas, você deve e tem que a-acreditar em m-mim! – murmurei chorosa.

- Estou começando achar que talvez tenha razão – comenta, Naruto começando a rir, achando a maior graça.

 

Três anos se passaram. Eu e minha família acabamos nos mudando para Hampshire uma propriedade rural localizada no interior de Londres. Quando papai nos informou de sua repentina mudança. Chorei furiosa. Afinal, eu amo minha cidade recoberta por casas rusticas, e gostava ainda mais das ruas tão bem asfaltadas. Mas, finalmente compreendi que o ar seco da cidade estava começando a causar sérios problemas de saúde a Naruto, prejudicando seriamente seus pulmões, e concordei que seria melhor nos mudarmos. Nossa propriedade é a mais linda do condado, rica, e ornamentada em abundância. Uma mansão maravilhosamente bela, as paredes são pintadas de um tom forte de creme, e os móveis é de uma madeira nova, lustrosa, e as cortinas são lindamente bordadas por cores suaves. Os lacaios começaram a descarregar nossas bagagens da carruagem, várias e dezenas de baús transbordando de roupas e objetos pessoais. Papai estava inquieto, gritando ordens sem parar aos empregados, deixando-os tão nervosos e assustados que acabavam trombando um no outro, em meia a tanta correria ou melhor dizendo: euforia. Respirei fundo e inalei uma boa quantidade de ar fresco, estava começando a me apaixonar por aquele lugar de verdade. Tudo era tão tranquilo e agradável. Naruto está silencioso, se apoiando freneticamente em seu cajado, sua expressão distante, parecia sofrer com as consequências da mudança inesperada.

- Eu estou bem. Não precisa se preocupar – murmurou Naruto quebrando o silêncio.

- Como sabe que estou te observando? – Indago, arqueando uma sobrancelha surpresa.

Ele sorri divertido.

- Conheço-te perfeitamente bem. E reconheço quando está preocupada, você fica muito silenciosa e sua respiração fica mais instável. O que não é de seu feitio, Sakura.

Assobio impressionada.

- Uau, você realmente já me conhece. E a cada dia que se passa, me impressiona cada vez mais. Gostaria de caminhar um pouco? –pergunto a ele.

- Papai não vai se aborrecer? Se sumirmos de suas vistas de repente.

Dou de ombros.

- Mais é claro que não – sorrio benevolente. – Afinal, ele tem uma propriedade inteira para organizar. Lhe garanto Naruto, papai nem vai sentir nossa falta.

- Ok. Então vamos, estou mesmo precisando exercitar meus músculos dolorido da viajem – disse Naruto, esticando seu braço, para que eu pudesse segurá-lo, e foi o que fiz.

Andamos por sob uma estradinha pedrosa e lamacenta, nossos sapatos estavam atolados em lama, e nossas roupas encharcadas de suor. O sol da tarde estava nos castigando cruelmente, e comecei a sentir minha cabeça doer, latejando com uma dor incomoda. Naruto tremia pelo esforço enorme que exercia ao se apoiar no cajado, e seus dedos estavam brancos de tantos apertá-los em volta da madeira. Finalmente encontramos um lago e bebamos uma boa quantidade de água, para matarmos nossa sede, mergulhando as mãos em forma de colcha, dentro da água fresquinha. Sorvendo grandes goles da fonte da vida. Em seguida nos recostamos sob uma árvore que produzia uma leve sombra, pra descansarmos e recuperamos nossas forças. Decerto estamos arrebentados da longa caminhada cansativa, e me merecemos um pouquinho de descanso.

- Aqui é um pedacinho do paraíso – comento entre um suspiro.

- Verdade – diz Naruto prazeroso. – Apesar do sol estar implacável, essa água revigorou minhas forças.

- Com certeza – murmuro preguiçosa. – Queria poder viver aqui para sempre. Tudo aqui é tão lindo, desde o riacho quanto até mesmo o bosque lhe dão um aspecto encantador. Igualzinho ao que descrevem nos livros.

- Pensei que odiasse a natureza.

- Mais é claro que não – digo ferina. – A única coisa que odeio são os trovões.

- E Sasuke!

- Isso sim é verdade – respondi, e nos dois começamos a rir.

Apoio minha cabeça em seu peito, ouvindo seu batimento cardíaco lento. Parece irreal, imaginar que estamos assim, deitamos sob a grama verde macia, ouvindo os gorjeios dos pássaros sobrevoando nos céus acima de nós. Escutando o som da água corrente batendo contra alguma pedra no riacho, e aspirando um ar incrivelmente puro. Naruto me abraça com força, me apertando ainda mais contra ele, e sinto seu batimento se acelerar.

- O que foi? – pergunto em sussurro. – Por que, está ficando agitado?

Ele balança a cabeça, impotente demais pra falar. Me apoio sob um cotovelo, e estendo minha mão livre, acariciando sua face com delicadeza. Naruto fecha os olhos como se sentisse algum tipo de dor.

- Me conta. – Implorei.

Ele segura meu pulso e beija meus dedos.

- Eu não quero que você se case – confessa ele finalmente.

Curvo em meus lábios em um meio sorriso.

- Não vou me casar ainda... – falo docemente: - Só vou me casar com Sasuke quando eu completar vinte e três anos. Antes disso, não haverá casamento. Foi um dos acordos proposto por ambas as famílias. Sasuke vai cursar faculdade e eu preciso estudar muito mais pra me aprimorar.

Naruto respira muito fundo, buscando forças pra poder falar.

- Não eu... – ele tenta dizer mas fraqueja. – Eu não quero... – Naruto tenta mais uma vez e fracassa sofregamente em sua missão de palavras.

Me inclino sobre ele e beijo sua bochecha carinhosamente.

- O que você não quer? – digo incentivando-o a falar novamente.

Ele suspira. Dizendo finalmente, sua voz mortalmente tremida:

- Sakura, eu não quero que você se case. Nem com Sasuke e nem com nenhum outro homem.

 

 

 


Notas Finais


Eita!!!!
Eu espero q tenham gostado do capítulo, ele ñ estava totalmente terminado e pensei q fosse ficar muito comprido e não sei se vcs gostam de ler capítulos muito grande.
O Meu Eterno Amor, minha outra fanfic. Já estou escrevendo um novo capítulo, e até o final da semana eu posto ele.
Obrigada!
Até o próximo;
Kisses...


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