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História Um Brilho Na Escuridão - Capítulo 7 - Céu


Escrita por: nayla_tatty

Notas do Autor


Desculpem os erros;
Espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 8 - Capítulo 7 - Céu


É absolutamente terrível se sentir traída. Nunca imaginei que meu pai me trairia da maneira mais sórdida e grotesca que somente um ser humano, mergulhado em lixo fétido, faria algo tão baixo como trair a própria filha e vendê-la a uma família preenchida por: dois tubarões arrogantes. Justo papai sempre alegou dizer amar-me incondicionalmente. Estou com muita raiva. Esse sentimento despertado dentro de mim é tão inflamável que chega me assustar. Aperto com força os dedos de Naruto que estão entrelaçados firmemente com os meus, e sinto os olhares de todos recaírem sobre mim - seus olhos queimam ardentemente minha pele: como soda cáustica corroendo lentamente uma barra de ferro. As lágrimas não param de rolar pela minha face, a sensação de sentir-se como um coelho encurralado e cercado por sua presa selvagem. Não posso permitir que minha falecida mãe comande minha vida, mesmo após ela estar morta. Eu sei que isso deve soar muito egoísta e extremamente indelicado. Mas, não posso admitir ser manuseada como um fantoche nas mãos de seu manipulador em pleno show de marionetes. 

- Eu não vou casar-me com ele – murmurei chorosa.

- Eu também não quero me casar contigo – rebateu Sasuke, não querendo ser rejeitado e muito menos não ser humilhando, diante de toda aquela plateia esplendorosa, observando e nos fitando com tanta atenção.

- Se não queremos nos casar. Não há necessidade de ter um casamento forçado – argumentei calmamente, lágrimas continuavam a derramar-se.

- Sakura! – meu pai bramiu, impaciência no seu tom de voz mal controlado, e percebo que ele estava prestes a perder as estribeiras. – Deixe-nos ao menos explicar as vantagens deste arranjo tão benéfico.

- Não! – eu gritei muito alto, assustei Naruto com a força gravitante de minha palavra emergida do fundo da minha garganta latejante pelo rancor profundo. – Eu não quero e não vou me casar com ele!

Papai respirou fundo. Lançou um olhar suplicante para a mulher de cabelos escuros. Ela me fitou com amorosidade e disse-me o mais gentilmente possível:

- Querida! Eu sei que isso soou muito difícil, mais com o tempo se acostumará com a ideia. Seu pai foi muito imprudente em não ter lhe contado a verdade desde o início, talvez ele estava querendo manter-te protegida. Eu não julgo-o por querer proteger sua cria e poupá-la das responsabilidades da vida. Mas, quero que saiba que Sasuke reagiu da mesma forma que você, quando contamos a ele sobre o contrato de casamento e nos acusou de ilícitos.

Nisso ao menos ele tinha razão.

- Talvez não seja tão ruim assim, Sakura – disse Naruto tentando apaziguar a situação.

- Então... casa-se você com ele – respondi furiosa e puxei minha mão com raiva me soltando do emaranhado de dedos dele.

- Eu não! É você quem deve casar-se com ele, sua boba! – respondeu Naruto rapidamente o rosto ficando escarlate de vergonha.

- Pois deveria, os dois formariam um lindo casal – cantarolei sem parar.

- Ei! – gritou Naruto e Sasuke ao mesmo tempo, ambos vermelhos de raiva.

Comecei a rir e pressionei os dois braços sobre a barriga morrendo de rir. Nunca imaginei que trocando apenas algumas poucas palavras com Naruto, voltaria me sentir alegre tão rapidamente, vejo um pequeno sorriso brotar dos seus lábios zangados.

- Sakura! Não deve falar sobre esses assuntos tão abertamente - papai repreendeu-me novamente. – Isto é indecoroso, tem que aprender a manter tua língua atrás dos dentes.

- Não precisa ser tão carrasco, Kizashi – disse-lhe a mulher pesarosa.

- É preciso ter pulso firme, Mikoto. Não é fácil criar uma filha sem o auxílio de uma mãe.

- Kizashi, tem absoluta razão... – concordou o homem de cabelos negros, sua voz era grossa e extremamente fria: – Já deu para perceber o quanto essa sua filha é mimada, ela deve aprender a manter-se no seu devido lugar. Ficar em silêncio e aceitar seu destino.

- Fugaku está totalmente certo – respondeu meu pai contundente.

- Agora sei para quem teu filho herdou a arrogância exorbitante – eu disse olhando para dentro dos olhos negros vazios, inumanos do homem odioso. – Não gostei nenhum pouquinho do senhor! - respondi entre dentes.

Nem ao menos havia percebido que meu pai voou para cima de mim e agarrou-me pelo braço com violência, sacudindo-o com muita força a ponto de desmembrar meu úmero. Me encolho com medo, arfei de dor. Um silêncio perplexo pairou sobre todos: como uma nuvem negra ocultando e recobrindo totalmente o sol. Ninguém ousou respirar.

- Já disse para ficar calada! – Grita desvairado. – Tem que aprender a respeitar as pessoas mais velhas, e acima de tudo respeitar os convidados que frequentam minha casa.

Ele ergueu sua mão grande para me estapear em cheio no rosto, e quando estava prestes a esbofetear-me. A Sra. Uchiha gritou para impedi-lo:

- Kizashi, não há necessidade de usar força bruta! Por favor, controle-se!

Papai engoliu a raiva reprimida e retrocedeu para longe de mim, apertando firmemente seus pulsos na medida que tentava controlar a efervescência de seu sangue borbulhante. Naruto nos fitava incrédulo tentando compreender a situação polvorosa, e senti seus dedos roçarem levemente os meus num gesto de compaixão. Respirei fundo. E deixei a vergonha jorrar para fora de mim, enquanto senti-me sendo entregue a um bando de hienas carniceiras. Me permito olhar para Sasuke e vi o desprazer exuberante que irradiava e recobria sua face arrogante. Engoli em seco, tentando diminuir o bolo dolorido parado na minha garganta. Não iria chorar mais uma vez diante deles. Entrelacei novamente meus dedos com os de Naruto, inclinei-me sobre ele, sussurrei baixinho no seu ouvido:

- Prepare-se.

Ele ergue suas sobrancelhas confuso mais não ousou me questionar. Me ergo do sofá e sinto minhas bochechas arderem, porque sei que todos estão me observando principalmente papai. Solto um suspiro trêmulo. Ajudo Naruto a se levantar também, enfio seu braço na dobra do meu, e pego sua bengala escorada sob o braço do sofá. Caminhamos em direção da saída e antes de irmos embora, me volto para eles, faço uma curta reverência e murmuro educadamente:

- Se me derem licença, agora irei me recolher. Foi um prazer conhecê-los Sr. e Srta. Uchiha.

E me afasto para o mais longe possível deles - quase a ponto de correr, arrastando Naruto comigo. Mas não antes de ouvir papai gritar meu nome sem parar. Ordenando que eu voltasse imediatamente para a sala particular, e ajudá-lo a entreter sua mais nova família. Da qual eu não escolhi fazer parte. A única pessoa que realmente merecia ser abolida daquela trupe de família azeda seria somente a senhora Uchiha que foi muito gentil e amorosa comigo. Eu não quero me casar com uma pessoa desconhecida. E acima de tudo ainda sou criança, não quero estragar minha infância pensando num casamento arranjado. Naruto e eu, caminhamos por um bom tempo e sentamos sobre o banco de concreto que decorava o jardim, o cheiro das rosas frescas e bem cuidadas, resfolegavas nossos olfato e o sol apareceu para nos brindar com sua benção. Apoio meu queixo no ombro de Naruto e aspiro seu cheiro de hortelã suave.

- O céu está muito bonito hoje – digo para ele encantada.

- Deve estar mesmo. Uma pena que eu não posso vê-lo – murmurou Naruto um pouco entristecido.

Sorrio benevolente.

- Se quiser posso lhe descrever e te contar cada detalhe da paisagem – eu sugiro.

Seus olhos azuis se alegram de expectativa.

- Você faria isto?

- Mas lógico que sim – falo sincera.

- Por favor! Diga-me e descreva-me o céu – pediu jubiloso.

Respiro fundo. Observo seu semblante feliz. Por um momento me sinto anestesiada por dentro, e não entendo porque me sinto tão segura na companhia de meu irmão. Á uns poucos minutos atrás eu estava furiosa, chutando qualquer objeto pedroso que se encontrava em meu caminho, murmurando sem parar do ódio que sentia por nosso pai traidor. Naruto apenas sorria e me dizia-me que minha raiva seria: passageira. E que eu não deveria alimentar sentimentos tão negativos e rancorosos, contra uma pessoa tão boa e generosa como papai. Naruto estava se tornando uma pessoa insubstituível para mim e comecei temer perdê-lo, assim como perdi minha mãe. Esse pensamento relâmpago deixar-me aturdida. Me obrigo a retornar ao presente e tento afastar esses pensamentos pavorosos da minha mente.

- Acredito que se pudéssemos tocar no céu seria o mesmo em que tocar em lençóis de seda... – eu começo a descrevê-lo ao Naruto – ele parece ser tão suave e aconchegante... parece até mesmo com um bolo gigante de algodão branco que recobriu totalmente os céus, o azul cobalto é como se fosse um pano de fundo e as nuvens brancas um pouco acinzentadas, conseguem tomar várias formas diferentes. A luz do sol que vara sob os lençóis de algodão macio, lança círculos brilhantes por toda a propriedade, e brinda nossas faces com o calor da natureza. Eu sempre tentei imaginar como seria voar e mergulhar dentro daquelas nuvens gigantescas e se pudéssemos prova-las com toda certeza ela se dissolveria e sentiríamos um gosto doce na boca. O céu é lindo e absolutamente incrível!

Olho para Naruto que parece estar comovido, vejo as lágrimas descerem pelo seu rosto. Ele não estava chorando de tristeza mais sim de alegria. Ele segura minhas mãos entre as dele, encostando sua cabeça sobre a minha e deixo a sensação de paz, obstruir todo ódio de dentro de mim. Ficamos em silêncio. Deixando a tranquilidade vaguear a nossa volta.

- Obrigado – murmurou Naruto depois de um certo tempinho. – Ninguém nunca havia descrevido-me como era realmente o céu. Eu estou muito feliz de que você tenha me falado sobre ele, por ter me contado tão detalhadamente de maneira sensível e emocionante.

- De nada. É para isso que existem as irmãs mais novas. Elas servem tanto para atazanar, como para até mesmo ajudar seu irmão mais velho – digo a ele sorrindo.

- Eu tenho uma irmã mais nova bem prestativa – anunciou contente, ele acaricia de leve a palma da minha mão e sinto meu coração bater descompassado. – Me desculpe por tê-la beijado. Eu prometo nunca mais fazer aquilo novamente.

Minhas bochechas ardem com vergonha.

- N-não p-precisa desculpar-se – eu falo gaguejando. – Afinal, foi minha culpa você ter feito o que fez, e também foi minha culpa a senhora Chiyo ter lhe batido.

- Sua culpa, Sakura? – Questiona incrédulo. – Se eu não fosse um incapacitado nada disso haveria acontecido. Nada justifica o que fiz.

Sorrio para tranquilizá-lo.

- Eu não ligo de você ter me dado meu primeiro beijo, Naruto!

Agora é ele quem está ruborizado.

- Não, diga-me uma coisa tola dessas.

- E porquê não? – questiono também. – Afinal acidentes acontecem.

Ele respira fundo.

- Você não entende...

- O que é que eu não entendo? – Indago a ele.

Naruto fecha os olhos e sinto a pressão de seus dedos mais firmes.

- Não posso lhe falar... você não compreenderia.

- Então, por favor! Explique-me. – Implorei.

- Isto explica a ela... –  Naruto e eu nos viramos com brusquidão e vimos Sasuke o menino de cabelos negros parado bem ao nosso lado, nos fitando com animosidade. – Diga a Sakura que você está perdidamente apaixonado por ela, e certamente uma pessoa que beija a própria irmã na boca é nojento e totalmente impudico!

 

 

 


Notas Finais


Eu espero q tenham gostado^^
Obrigada a todos.
Até o próximo;
Kisses...


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