Parte 17
Mark havia saído do quarto para ver o que era, desceu e foi olhar lá embaixo.
-Você me deixou aqui sozinha até agora!-disse Han Na sussurrando com uma expressão de raiva em seu rosto.
-Merecidamente!
-Aish!
-Han Na, você não respeitou o espaço deles, invasão domiciliar é crime!
-Sinto muito, mas eu queria ver tudo o que você vê todo dia… queria o seu trabalho, na verdade.
-Mesmo assim! Isso não coisa que se faça. Ia gostar que invadissem sua casa?
-Se fosse o Got7 eu nem reclamaria.
-Aigooo!-Você deu um tapa na cabeça dela.
-Aaaai!-ela tentou não gritar enquanto esfregava onde estava dolorido.-Vai me pagar por isso também!
-Calada!
-Tem alguém aí?-disse Mark entrando no quarto em que vocês duas estavam.
Rapidamente você levantou, assustando de imediato o rapaz.
-Sou eu!
-Aigooo!-ele quase gritou, colocando a mão no peito e massageando-o, pois o coração estava agora abalado, então começou a rir.-O que está fazendo aí, S/N?
-Estava procurando uns barulhos que eu ouvi antes de sair.
-Já achou o problema?
-Ani, não era nada.
-Tem certeza?
-Absoluta.
-Ok, então. Vou dormir. Komawo~.-ele agradeceu e logo foi para o quarto.
Você voltou o olhar furiosamente pra sua amiga e a puxou pelo braço até o lado de fora da casa.
-Vai pra casa que temos provas essa semana, vai estudar!
-Ne!
Cada uma seguiu para o seu lado. Você chegou em casa por volta das 02:00 am deixando sua mãe extremamente preocupada como sempre. Ela estava cochilando no sofá, pois cansou de esperar.
Cuidadosamente pegou um lençol e cobriu-a, foi pra o seu quarto, tomou um banho e deitou para tentar dormir.
Infelizmente isso não foi possível, então decidiu estudar já que o sono não se fazia presente naquele momento. A noite foi uma bagunça e o dia que estava chegando em poucas horas seria mais problemático ainda, pois você precisava conversar com a Han Na sobre que ela havia feito, pedir desculpas ao JB por estar sendo uma idiota e tentar prevenir que mais coisas ruins aconteçam.
Porém, nem tudo acontece como planejamos. Seu telefone tocou, eram quase 03:30 am.
~
-Yeoboseyo?
(Filhota? Como está?)
-Pai? Eu… bem, bem… e você?
(Bem também. Que horas são aí mesmo? Não me lembro bem como funciona esse horário…)
-São 03:32 am.
(Uh… sério? Te acordei?)
-Não.. eu já estava acordada.
(Porquê? Aconteceu algo?)
-Só muito trabalho e estudo, entro na semana do provas amanhã.
(Ah, entendo. Boa sorte nas provas, querida.)
-Obrigada, pai.
(E… sua mãe?)
-O que tem ela?
(Anda muito ocupada?)
-Trabalho, somente.
(Sempre que ligo ela parece cansada.)
-O senhor tem feito o que pedi?
(O quê?)
-Parou de beber?
(Como você sabe, é difícil… mas já não bebo nas madrugadas.)
-Então está bebendo agora?
(Não pretendo.)
-Pai, se esforça mais. A mamãe quer voltar pra você, mas assim não dá.
(Quem disse isso? Ela?)
-Ela não precisa dizer… está claro nos olhos dela.
(Só vou acreditar quando me provar que ela não está com o meu irmão.)
-Ah, pelo amor de Deus!
(S/N, você nem está prestando atenção, não é?)
-Como assim?!
(Ele tem feito de tudo para agradá-la… e sabe que esse é um dos grandes fracos de sua mãe.)
-É seu irmão! Está cuidando da sua família enquanto você não tem condições de fazer isso.
(É tarde demais… ele já te tomou de mim também…)
-Ah, boa tarde aí pra o senhor, tenho que estudar.
(Depois não diga que não houveram avisos.)
~
Você desligou sem pestanejar. Aquilo virou mais uma das paranóias de seu pai e ele nem aparentava estar bêbado dessa vez.
Preocupada com todas essas confusões na cabeça, não conseguiu se concentrar novamente então desceu para beber um pouco de água e relaxar os nervos. Ao chegar lá em baixo, viu que alguém estava abrindo a porta da frente… você ficou parada na escada, observando quem era e se deparou com seu tio, que entrou com umas sacolas nas mãos, sem fazer nenhum ruído.
-Aigo!-ele quase gritou ao te ver parada na escada.-Que susto, S/N… o que está fazendo aí?
-Vim beber um pouco de água… e o senhor o que está fazendo aqui a essa hora?
-Sua mãe havia me chamado, pediu que eu comprasse um remédio, mas acabei fechando o Coffee mais tarde e me atrasei.-ele disse colocando as sacolas na mesa da cozinha.-Tive que fazer uma reunião com os funcionários, porque alguns estavam tirando fotos de uns idols que iam pra lá tomar um café.
-Aish…
-Daí passei numa farmácia vinte e quatro horas e consegui, mas ela fica muito longe daqui, o que me atrasou mais ainda.
-Porque não deixou pra entregar de manhã?-Você perguntou receosa, enquanto se aproximava de seu tio.
-Porque tenho que abrir cedo o Coffee.-ele se virou para você, percebendo seu incômodo.-Não deveria ter vindo?
-É que essa hora… são quase quatro horas da manhã, tio.
-Eu sei… me perdoe. É que... como se tratam de remédios, decidi vir logo.
-Tudo bem.
Enquanto ele os guardava, você sentou para observá-lo. Ele colocou um post-it na porta da geladeira, deixando um aviso de que já havia comprado os remédios e estavam guardados, no final do papelzinho amarelo, ele deixou um “Melhoras.”, que por algum motivo te incomodou um pouco.
-S/N, o JYP disse que caso precise de alguma coisa, avise a ele.-falou entregando-lhe um envelope, que era bem familiar.-Aqui está seu pagamento do mês.
-Kamsahamnida…
-Você está bem?
-Ne.
-Estou feliz que esteja me ajudando assim, querida.-ele disse com um enorme sorriso no rosto, enquanto esfregava o topo de sua cabeça.-Você nunca me decepciona.
-Ne…-por mais que quisesse abraçá-lo, algo te impedia e mal conseguia olhar o homem nos olhos.
Mais uma vez ele percebeu que estava estranha, então decidiu ir embora. Foi até a porta e antes de sair, se despediu.
-Me desculpe se incomodei. Boa sorte com as provas.-disse deixando mais um sorriso e finalmente saindo.
“Miane.. tio… mas preciso saber se o meu pai está falando a verdade ou não.”
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