História Um caminho sangrento para a paz. - Começando do básico.

Itachi estava esperando na área de treino fora da vila, era um lugar muito bonito, o barulho do vento na grama e o movimento do rio que passava ao lado criavam uma atmosfera de calma e harmonia. Pena que aquele lugar nunca permanecesse assim, afinal era ali que muitos ninjas vinham para treinar seus jutsus e técnicas de combate, tanto que se olhasse com atenção dava para ver as queimaduras recentes no solo e cortes de espadas na grama e nas arvores.

Enquanto ele aproveitava para respirar o ar puro do local, infelizmente ele logo percebeu que não teria muito mais tempo para isso quando sentiu a presença do colega se aproximando. Yamato se aproximou devagar acenando para o colega usando sua armadura e mascara da Anbu em contraste com Itachi que usava suas roupas pretas do clã, ele logo iniciou uma conversa:

- Tudo bem Itachi- san? Está preparado para o começo da missão?

- Sim, estou pronto e já preparei todo o meu equipamento.

- Falando nisso, é a primeira vez que te vejo sem a armadura da Anbu - falou tirando a mascara para não abafar o som - Acha que não vai precisar dela na missão?

- O motivo é outro, o objetivo é deixar Naruto mais a vontade nesse primeiro contato.

- Entendo... mas pode me responder uma pergunta Itachi- san?

- Claro, pergunte.

- Se é você que vai treinar o garoto a partir de agora, qual é o meu trabalho exatamente? Afinal foi você e Kakashi- senpai que planejaram isso.

- Sua obrigação será somente fazer o controle do chakra da raposa caso ele se descontrole e ajudar a mantê-lo seguro, mas não se preocupe afinal caso o descontrole seja emocional eu o acalmarei com meu sharingan e no caso de ser algo com o selo quem agira será Jiraya- sama... Afinal foi ele que ajudou a cria-lo e como avô ele faz questão de fazer parte do treino.

- Espera... Então eu vou ficar sem trabalho?!

- O que quer dizer?

- Você sabe o que quero dizer! Com os Anbus,Jiraya e você cuidando do treino e protegendo o Naruto eu não vou ficar com nada para fazer! Ele é um ninja lendário e você é um dos ninjas mais fortes da folha! Que serviço sobra para mim?

- Yamato você é um ninja capaz e com habilidades únicas e também é um dos poucos que confio, preciso que fique próximo para me ajudar a vigia-los.

- Espera... Vigiar quem?

- O resto da Anbu envolvida com o Naruto, lembra-se do caso do hospital seis anos atrás?

- Sim, quando um traidor vazou informação que pós o menino em risco.

- É exatamente por isso que preciso de alguém de confiança na segurança, enquanto eu cuido das ameaças externas você cuida das internas, por isso preciso que continue alerta e não relaxe nos treinos para não sermos pegos de surpresa.

- Entendo, principalmente com o Danzou e os raízes na nossa cola... Pena que o Kakashi não ta aqui, ele é um dos poucos que sabe como contornar eles.

- Verdade e por isso temos que aumentar ainda mais o nosso... Chegaram...

Logo ele viu duas figuras se aproximando, a primeira figura tinha a idade deles, mas era um pouco mais baixa. Era Shizune a aprendiz e assistente de Tsunade, uma morena magra e esbelta que se andava com um sorriso e um jeito alegre, fazendo com que mesmo com um kimono escuro ela tivesse uma beleza radiante. O segundo que era bem mais baixo era um garoto loiro de olhos azuis que usava uma camisa e shorts despojados que combinavam com seu jeito despreocupado junto de um colar de cristal verde.

Eles logo se aproximaram e Shizune amigavelmente começou a conversar com eles:

- Bom dia, vocês são os encarregados do treino certo? Itachi e Yamato não é? Minha senhora me contou de vocês.

- Sim somos nós, é um prazer te conhecer – respondeu o Uchiha cortes como sempre – eu serei o encarregado do treinamento e Yamato me auxiliará com a segurança.

-... – O rapaz estava estático olhando a moça com um olhar perdido.

- Yamato responda a moça – ele cochichou para o parceiro.

- Hã?! – ele se tocou mas ficou encabulado e nervoso tanto que começou a gaguejar – P-perdão s- sou o Yamato, m-muito prazer!

- O prazer é meu – ela fez deu leve sorriso de volta.

 Enquanto isso Itachi se dirigiu a Naruto para falar com ele no centro da área verde

- Olá, você deve ser o Naruto – ele falou esticando a mão para ele fazendo um cumprimento – ouviu falar de você.

- O meu avô me contou sobre você - Ele apertou a mão dele respondendo ao gesto – Disse que você é bem forte.

- Sim... Mas nem tanto quanto seu avô.

- E é você que vai me treinar não é? E então o que vai ser primeiro? Chakra, luta, arremesso de shuriken...

- Sabe eu sei exatamente o que vamos fazer primeiro.

- E o que é?

- Porque não começamos com um pequeno teste?

- Que tipo de teste? Uma prova ou coisa assim?

Itachi não respondeu, ele calmante pós a mão no seu estojo de armas e tirou um pequeno objeto, um guizo de prata.

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A noite estava linda e tenebrosa ao mesmo tempo, nos céus a lua cheia iluminava como se fosse um segundo sol e a ventania fazia curvas nas arvores e colinas fazendo um assobio continuo, já na floresta os enormes pinheiros que balançavam sincronizados com o vento e as sombras abaixo deles. Naquele lugar desolado onde ninguém ousava se aventurar havia uma figura misteriosa.

Um homem que vestia trapos sobre seu corpo musculoso e as suas dezenas de cicatrizes. Foi quando outro chegou, ainda mais sombrio, usando uma mascara laranja e um manto preto que se confundia com seus cabelos, os dois se entreolharam antes que o recém chegado começasse a falar em tom calmo e amistoso:

- Por um momento achei que não viria...

- Você me ajudou a sair daquele buraco, eu não iria sumir sem pagar minha divida.

- Bom saber que é um homem de palavra Kakuzu.

- Então diga quanto dinheiro quer? Me de um tempo e arrumo tudo.

- Não quero seu dinheiro.

-...

- Algum problema?- o mascarado reagiu ao silencio do fugitivo.

- Acho muito difícil águem fazer algo assim de graça, então fale qual logo o que quer- ele cruzou os braços sério.

- Direto ao ponto é então... estou montando uma organização, um grupo independente pode se dizer e gostaria muito que participasse.

- Isso depende, quanto você paga?

- Não se preocupe com isso, vai ganhar uma boa fortuna caso se junte.

- Então temos um acordo, a propósito como devo te chamar?

- Me chame de Tobi... E bem vindo a Akatsuki Kakuzu.

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Os anos que se seguiram foram bem agitados para todas as partes, muitas vezes eles se pegaram pensando como em algumas semanas a vida deles mudado de rumo tão rápido em tanto pouco tempo. Nas terras das nuvens Kakashi ficou como agente pessoal do raikage, demorou para que os demais ninjas confiassem nele, mas logo suas habilidades e conhecimentos táticos conquistaram o respeito dos demais, permitindo que o acordo entre as duas vilas crescesse lentamente até virar uma verdadeira aliança.

Shisui se dedicou ao máximo na sua nova posição de jonin de confiança e membro do conselho de guerra, atender as novas obrigações não era fácil, mas ele estava mais que altura do cargo. O famoso “ninja teletransportador” logo formou uma boa relação com o alto escalão e conseguiu fazer uma mudança decisiva em relação ao clã, com alguns anos de insistência, acordos e pequenas tramas ele conseguiu fazer com que os uchihas pudessem se transferir para fora da policia.

Algo simples, mas que para aquele clã guerreiro que sempre foi sedento por ação e gloria era um tormento, casou que muitos ninjas que faziam missões fora da vila desejavam aquela posição mais cômoda. Demorou, mas todos saíram ganhando. E contraste com Yamato que pela primeira vez pode experimentar um período bem sossegado em sua vida, mesmo que tivesse que ficar alerta para traidores e opositores o próprio Danzou fazia isso de maneira indireta.

O líder da raiz vigiava tão bem o jinchuuriki que ele mesmo era o primeiro a notar qualquer ameaça contra o rapaz e fazia questão de elimina-la rapidamente, não por consideração, mas sim para proteger um “valioso recurso da vila”. Sabendo disso o rapaz aproveitava para ter um tempo de sossego, ele tinha tempo de sobra para treinar, se divertir e de vez em quanto tentar uma conversa com Shizune. Não que sua timidez ajudasse.

Agora o trabalho de Itachi, esse sim foi movimentado, eles o encarregaram de dar um treinamento que transformasse Naruto em um ninja de elite e para ele missão dada era missão cumprida. Os treinos aconteciam todos os dias do amanhecer ao anoitecer, faça chuva ou faça sol, ele não era um gênio que dominava tudo rapidamente como seu professor, mas aos poucos pegou o ritmo dos treinos e com sua dedicação se tornou um excelente aluno.

Os métodos não eram muito convencionais mais muito efetivos, para estudar tática Itachi o prendia num guenjustsu onde ele deveria comandar missões e exércitos, em seções de meditação ele era levado para os locais mais caóticos e barulhentos da cidade onde o desafio era manter a calma no meio do caos, nas viagens de campo ele enfrentava os climas mais pesados para desenvolver o físico e a mente, desertos, montanhas, geleiras e pântanos tudo é claro acompanhado por Itachi e Jiraya. Nessas ocasiões eles fora atacados dezenas vezes por shinobis de outra vila, Itachi aproveitava isso para testar Naruto em combate real. Com isso a dupla do corvo e da raposa ganhou fama rapidamente

No começo ele só informava como ele devia agir para distraí-los e assistir enquanto o shinobi agia, mas a partir de certo ponto de seus treinos ele começou a participar da luta e até mesmo lidar sozinho com a situação, isso se devia a intensa prática de combate que fazia na folha. Lutava com chunins e jonins experientes em combate em duelos, ele nem sempre ganhava de primeira e após aprender com seus erros consegui uma revanche na qual saia bem sucedidos na maioria das vezes, se bem que contra Gai e Assuma algumas vezes não foram suficientes até que eles próprios lhe deram algumas aulas.

As ordens do alto escalão fora cumpridas com maestria por Itachi, mas isso teve um preço pessoal para ele. Os longos períodos que passou fora da vila o afastaram de sua família e amigos,afinal foram seis anos de treino.Por um lado ele conseguiu ainda mais respeito e influencia sendo colocado entre um dos ninjas mais importantes da corporação, só que as vezes o próprio irmão não o reconhecia.